- Sakura, que site eu acesso? – Perguntou a Hyuuga, timidamente.

- O de sempre. – Sakura sorriu.

Hinata somente a obedeceu, acessou o “google” e pesquisou sobre o que fazer para ser sedutora. As duas haviam falado que após fazer a pesquisa, iam treinar, e se precisassem, encontrariam mais uma pessoa para ajudá-las, mas alguém que soubesse o que fazer.

Enquanto elas trabalhavam e eles relembravam, Temari esperava uma pessoa em sua casa, que estava absolutamente impecável, assim como ela.

Velas que se encontravam sobre a mesa iluminavam a sala de jantar, pois todas as luzes se encontravam apagadas, a mesa estava coberta por um pano vermelho, além disso, era impossível faltar comida para alguém naquele ambiente, não por quantidade, mas por qualidade. Qualquer um que comesse o espaguete preparado por aquela mulher não sentiria fome por muito tempo, além de estar suculento e cheiroso, seu molho dava uma aparência redondamente atrativa. Molho branco, um delicioso molho branco. Porém, ele não era capaz de superar a divina beleza de Temari, que usava um vestido da mesma cor que o pano de mesa, o mesmo possuía um corte em V na frente e tinha um decote atrás, que chamava a atenção, pois ia até o final das costas e era um pouco largo no começo, mas que vai se tornando menor aos poucos e era mais deslumbrante que o pano de mesa, disso não tenho dúvidas. Seu cabelo já não estava arrumado com o penteado de sempre, mas sim por um simples coque. Sua sandália era de salto alto e extremamente fino. Era preta. Somente preta.

Seria um jantar a luz de velas entre ela e um homem, provavelmente.

Um homem que ainda não havia chegado.

- Onde ele está? Que demora. – Resmungava a moça dos cabelos loiros, mas que logo se levantou ao ouvir o som da campainha. Correu em desespero até a porta e a abriu do mesmo modo. – Você sabe que horas são? Meu irmão pode chegar a qualquer momento e você sabe que... – Ele colocou o indicador na frente de sua boca, em sinal de pedido de silêncio. Após fazer isso, a atacou com um beijo; não queria perder os minutos restantes que possuíam. Porém, ela logo se afastou.

- Entre, alguém pode nos ver. – Ela o puxou pela camisa com um movimento rápido e agressivo e ele a abraçou pelas costas, enquanto Temari fechava a porta delicadamente.

- Você sabe que te amo, não é? – Sussurrou em seu ouvido.

- Claro que sei. – Ela sentiu algo tocar o seu pescoço. Era ele, o homem de sua vida que estava fazendo o que ela mais gostava, que é beijar delicadamente o seu pescoço e geralmente, dar leves mordidas na orelha, ele sabia que ela não resistia a isso.

- Pare com isso, está me mimando demais. – Falou Temari, que se virou e deu um selinho no rapaz. – Você sabe que não temos tempo para isso hoje. – Falou com uma voz sensual.

Ela pegou a mão do homem e o levou até a cozinha, notou que ele havia ficado surpreso com toda aquela beleza, ainda mais por saber que tudo havia sido feito com o maior carinho por ela para ele.

- Temos que fazer isso rápido, Gaara pode estar chegando. – O garoto piscou e puxou uma cadeira para sua amada, que fez questão de sentar e ele fez o mesmo, mas se sentou ao lado oposto do dela. Ficaram de frente um para o outro.

- Experimente um pouco do espaguete que preparei para você. – Ela sorriu e ficou o observando. Já ele, olhava fixamente em seus olhos, enquanto pegava um pouco da comida preparada por Temari.

- Aposto que está bom. - Pegou o garfo que estava sobre a mesa e enrolou o macarrão nele, levando-o até a boca, mastigou devagar. Adorava saborear as coisas, principalmente quando estava com uma pessoa especial.

- E então? – Abriu um enorme sorriso, mas logo ficou triste e curiosa ao ouvir a resposta do homem que estava a sua frente:

- Você irá descobrir amanhã. – Se levantou e foi até Temari, dando somente um selinho na garota. – Estou tendo o pressentimento de que Gaara está chegando, melhor eu partir. – Deu as costas para ela e se foi.

- Tchau. – Falou baixinho. – Ele poderia pelo menos ter respondido a minha pergunta. – Sussurrou meio decepcionada, mas notou que tinha que arrumar tudo aquilo rapidamente, então não ficou sentada esperando que a cozinha se arrumasse sozinha: acendeu a luz, apagou as velas, deixou o espaguete sobre a mesa e lavou os talheres e pratos. Em questão de segundos, a cozinha já estava pronta.

- Cheguei, irmã.

- Olá maninho. – O abraçou. – Como foi seu dia?

- Nada que seja interessante. – Olhou para o chão, estava pensativo. – Lembrei, teve algo especial sim, mas não posso falar. – Estava feliz agora, não sério ou pensativo, mas feliz.

- O que será que está escondendo de mim hein, garoto? Cuidado que eu descubro! – Brincou Temari, que foi até a sala e ligou a televisão.

- Acredito em você, mas nem tanto. Bom, vou tomar um banho. – Direcionou-se até o banheiro em passos rápidos e longos, não parecia cansado.

- O que será que ele está aprontando? – Pensava a irmã dele, que não entendia o motivo de tal felicidade, ainda mais quando o assunto se tratava dele. Era difícil vê-lo sorrir, mas isso a deixava confortável de alguma forma.

. Ela tentava achar alguma resposta para seu pensamento no momento, enquanto seu irmão estava tendo lembranças do que havia ocorrido hoje. Foi triste no início, mas no fim, teve um final inesperado.

Flashback

Estava tudo calmo, tranqüilo. Ninguém na rua, somente o bandido e a mocinha e como numa história de conto de fadas, um herói.

- Passe a grana e entre no carro! – Gritava um homem desconhecido na região, segurando uma arma em suas mãos, que estava bem próxima do pescoço da garota. Garota desesperada, sem saída. Lágrimas deslumbrantes, assim como ela por inteiro.

- Me solte! – Estava presa, o homem a abraçava com uma das mãos, não de jeito carinhoso, mas sim agressivo. Não queria que ela fugisse, mas talvez nem fosse preciso segurá-la, pois ter uma arma em mãos já era o suficiente para que a pessoa fique sem reação. Talvez ele quisesse tocá-la, levá-la embora e ficar com ela só pra ele. Aliás, ele queria isso.

O que ela não sabia, era que teria outra chance de continuar livre e ficar com seu dinheiro.

Tudo graças a um homem, chamado Gaara, que chegou silenciosamente por trás do bandido e o acertou com um soco extremamente certeiro e forte no pescoço, que fez o homem desabar.

A garota? Olhou profundamente para ele, ainda com medo, mas partiu para o abraço, havia sido especial o que ele tinha feito por ela. Hoje em dia, ninguém teria a ousadia que ele teve.

- Obrigada.

- Não me agradeça. – Ele a abraçou, não iria rejeitar; isso somente a faria sofrer ainda mais.

A menina saiu correndo daquele lugar, para ficar bem distante do ladrão. Ele lhe dava medo e isso já era de se esperar, ainda mais quando sua vida quase foi arruinada por ele.

- Vamos ver se você gosta de ser roubado. – Gaara entrou no carro do desconhecido e saiu com ele, deixando o homem sozinho e caído no chão. Mas somente andou com ele por alguns minutos, pois não sabia se o carro era roubado ou não, então logo desceu do próprio e tomou o seu rumo, mas foi tempo suficiente para deixá-lo bem longe do lugar em que aquele estranho se encontrava.

Fim do Flashback.

- Quem será que é aquela garota? – Perguntou para si mesmo.

Instantes depois, de reflexão misturada com relaxamento, ele desligou o chuveiro e foi até a sala, na esperança de ainda encontrar Temari acordada.

- Você ainda quer saber o que houve de especial? – Ela estava lá.

- Claro. – Olhou atentamente para seu irmão.

- Eu salvei uma garota.

- Eu não acredito! É sério? Está tudo bem com você? Como foi a sensação? Ela era bonita? Qual o nome dela?

- Pode acreditar, é verdade! A sensação foi ótima e é assim que me sinto, ótimo. Era, muito bonita, encantadora, mas você sabe que ainda não supera a Sakura, até porque, não sei o nome dela.

- Como assim não sabe o nome dela? – Arqueou as sobrancelhas. – Para mim, qualquer uma é melhor que a Haruno. E Gaara, se você soubesse o nome da garota, a acharia melhor que ela? – Sorriu com esperanças no coração.

- Ela saiu correndo após me abraçar. Devia estar com medo, mas também, quem não estaria, né? – Ficou pensativo novamente. – Ah, não sei, talvez. E Temari, qual o motivo de odiar tanto assim a Sakura? – Franziu a testa.

- Realmente! Bom, não é da sua conta! – Ela riu e saiu correndo para entrar no seu quarto e se trancar: ela sabe o quanto Gaara odeia quando ela o deixa sem resposta.

- Idiota! – O ruivo gritou para que ela e talvez toda a vizinhança ouvisse.