Holes Inside escrita por ladymalfoy


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem, tem mais coisa planejada porém essa saiu do acaso :)



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Eu lembro muito bem do dia em que entrei na BAU.

Passei por aquelas mesas, as pessoas me olhando, um moreno alto e forte me com o cenho franzido; uma loira fofa cheia de enfeites da cabeça aos pés segurando uma caneta de plumas rosa; um garoto novo alto de cabelos penteados na altura do maxilar, magro e meio pálido; uma morena de cabelos grandes e lisos, com uma expressão superior, ela me parecia familiar. Todos me encarando. 

O chefe da unidade de análise comportamental me acompanhava, Aaron Hotchner era seu nome. Ele andava a minha frente junto com o famoso Jason Gideon, eles conversavam algo baixo. Ja ao meu lado estava a coordenadora de comunicações da unidade, Jennifer Jareau, mais conhecida como JJ.

Ela conversava comigo algo que nao prestava muita atenção pois estava meio tensa e nervosa, porém, nós sendo profilers saberíamos quem está nervoso.

- Connie Tanner - chamou Hotchner - por favor aqui - ele indicou uma sala grande com várias estantes e entramos.

- Hotch, tem uma mãe que quer falar comigo, preciso ir, licença - JJ, ao anunciar, saiu da sala.

- Tanner sabe os procedimentos da unidade, Hotch. Ela veio transferida da Interpool. Ela trabalhava com a agente Gallegher, se lembra? Aquela que nos ajudou a solucionar o caso parecido com o do Jack, o Estripador. - Jason Gideon comentava com o chefe, Hotch.

- Era isso que eu nao estava entendendo Jason. Agora está tudo mais claro. - Hotch afirmou - Porém, há algo que me deixa intrigado. - Hotch me analisava - Por que voce veio transferida?

- Eu na verdade pedi demissao do cargo - Gideon franziu o cenho - Eu peguei um caso, há algumas semanas, cujo um menino inocente havia sido morto por falha minha. Nós traçamos o perfil do serial killer e eu disse que talvez ele não estivesse em casa, porém, como podem imaginar... Ele estava. Nós fomos parar num casarão, no centro da cidade, uns 500 km de distancia da casa. Poderíamos ter salvado o menino - Eu parei de falar. Minha garganta se transformou num nó. Meus olhos arderam em lágrimas e estas desceram pelo meu rosto. Hotch pigarreou. 

- E o que mais aconteceu? - perguntou Hotch

- Quando chegamos no casarão vimos que ele realmente estaria em casa. Chegamos tarde demais. Eu havia prometido à sua familia que o levaria de volta a salvo, sem nenhum dano - eu parei novamente - mas era tarde demais. - Eu tossi - Quando chegamos em sua casa, arrombamos a porta e descemos o porão. Ao chegarmos lá, o homem havia acabado de degolar o menino. Eu fui atirar no culpado porém ele atirou antes em mim - eu pousei a minha mao esquerda em cima do meu ferimento cicatrizado, abaixo das costelas - e por pouco eu sobrevivi.

- Entao foi por isso que pediu demissao? - Hotch perguntou

- Exato. Mas um agente, muito amigo meu, pediu para que eu nao saísse da profissao, somente pedisse transferencia. Ele me conveceu e aqui estou eu - eu sorri levemente

- E ele fez o certo - Gideon afirmou - Creio que será uma grande profiler - Gideon bateu em minhas costas levemente e saiu da sala.

Hotch ainda me analisava de cima a baixo.

- Tanner - ele chamou - vou te mostrar onde ficará - Hotch comentou e fez sinal para que eu o seguisse. 

Descemos uma escada e logo estávamos em frente a um monte de mesas com pessoas conversando, rindo, sérias, trabalhando...

- Engraçado, mesmo sendo profilers voces nao sabem disfarçar que estavam prestando atenção na conversa deles - eu ouvi JJ comentar ao meu lado, olhei de onde vinha a voz e a vi com mais 4 pessoas ao seu lado.

- Pessoal - Hotch e eu chegamos nesse grupo que estava JJ mais seus 4 amigos - essa é a agente Connie Tanner. Ela veio transferida da Interpool - Todos deram um sorriso timido para mim e eu retribui - Connie, estes são, o agente Derek Morgan - ele apontou para o moreno alto e forte, apertamos nossas maos e sorrimos -, a agente Elle Greenway - a moça alta de cabelos curtos, fizemos o mesmo cumprimento e sorrimos -, a nossa analista Penelope Garcia - a mulher loira com enfeites, ela era uma graça, mesmo cumprimento - e por fim, esse é o Doutor Spencer Reid - o magro alto com cabelos curtos, sorrimos mas ele nao esticou sua mao. Ele balançou sua mao perto do corpo e apenas sorriu timidamente. Morgan riu. - creio que está bem acompanhada - Hotch falou - e sua mesa está ali - ele apontou para uma mesa normal, sem muitas coisas - até mais - ele sorriu fracamente (senti a tensão entre nós ir embora) e voltou para sua sala.

- Entao, diga-me, porque se transferiu? - perguntou Morgan

- Na verdade eu nao me transferi, pedi demissão porém um amigo me convenceu a pedir transferencia - sorri. Nao queria explicar o caso todo.

- Por que voce pediu transferencia? - Garcia perguntou

- Um caso bem complicado... 

- Oh, desculpe, nao queria ser indelicada - Garcia me interrompeu com olhos de cachorro morto 

- Hahaha voce nao está sendo indelicada - eu sorri - na verdade foi um caso em que eu errei o perfil e um garoto morreu por minha culpa - eu olhei para o chao - porém isto é passado - eu levantei a cabeça e sorri

- Nao pode se culpar Connie, nao é sua culpa - Elle se pronunciou - Nem todos os perfis estão certos - eu apenas sorri e ela retribuiu

- Na verdade, raros são os perfis exatos. - Reid começou a falar - Pelo menos 10% são. Sabia que quando começou a BAU, com o famoso agente especial David Rossi, somente 5% eram exatos? É dificil acertar um perfil. Porém 90% chegam perto. Os dados nem sempre são exatos também. Eu soube de um caso na Nigéria que... 

- Nem todos os casos são exatos - Elle interrompeu e Reid ficou envergonhado. Todos rimos

- Nao se assuste, ele é sempre assim. É uma metralhadora com QI de 187. Não é, garoto? - Morgan comentou brincando e saiu para falar com Hotch, Penelope foi com ele.

- Bom, com licença, tenho que falar com Strauss. - Elle saiu e foi falar com a temida Erin Strauss, a chefe superior.

- De onde você é mesmo? - perguntou Reid

- Eu sou de Cheshire, Inglaterra - respondi

- Eu notei pelo sotaque - comentou sorrindo e eu sorri tambem - eu cresci em Las Vegas - ele disse

- Ah, eu ia sempre visitar meus avós lá, é muito legal - falei enquanto pegava um café 

- Você lê muitos livros? Digo, se interessa por eles? - perguntou meio nervoso. Ele é muito fofo, embora nao seja meu tipo.

- Sabe, eu me amo ler, mas depende dos livros. Eu sempre lia, quando criança, livros de terror e Harry Potter. Também já li A Besta, um livro sobre um serial killer stalker, que era pedofilo... muito legal. Tambem costumava ir à biblioteca quando nao tinha nada para fazer e ler, tipo Freud, Einstein. Eu sempre me interessei em manter uma parte inteligente dentro de mim, embora meu QI já fosse um pouco alto. Na escola eu era alvo de brincadeiras por causa disso. Eu era sempre a primeira da turma e... - eu parei e Reid me olhou meio esquisito - Desculpe, eu estou falando demais. Eu fico assim quando estou nervosa. - sorri amarelo e ele riu

- Tudo bem. Se voce se lembra, nao é voce que é a metralhadora de QI alto. - nós rimos.

- Mas voce... - fui interrompida por JJ chamando todos para apresentar um caso.

- Connie, está bem? - perguntou Hotch ao lado de minha mesa

- Ah, sim Hotch, eu só estou pensando - eu sorri e ele assentiu.

Lembro do aniversário de Reid, o primeiro que passamos juntos, todos juntos.

- Já vamos cantar o parabéns Spence - olhei para ele sorrindo enquanto assendia as velas. Garcia e Elle me ajudavam a pegar todas as velas.

Reid conversava com Gideon e  Hotch. Ouvi de longe.

- Ela é a unica pessoa que me chama de Spence - Reid comentou feliz e Gideon sorriu. 

Eu fiquei feliz, afinal Reid era uma coisa a mais para mim. Nao somente um amigo. Eu me sentia nervosa com sua presença. Digo, somente nós dois.

Lembro-me quando Elle foi embora.

- Agente Greenway, precisamos conversar. - Strauss a chamou.

Reid, Garcia, Morgan, JJ e eu estávamos encostados na mesa de Morgan - que era ao lado da minha - enquanto tentávamos prestar atenção na conversa deles.

Só vimos Elle saindo com Hotch. 

- O que será que houve? - perguntou Garcia

- Eu acho que depois do cara que ela matou... Nao é coisa boa. - comentei dando de ombros

- Só torço para que nao seja demitida - Morgan suspirou e Reid segurou sua costumeira bolsa e sentou-se em sua mesa, cuja era a minha frente.

Nossas mesas formavam um quadrado. A de Reid ficava a minha frente, enquanto ao seu lado ficava a de Elle. Morgan ao meu lado, de frente para Greenway.

Depois de minutos esperando a pronuncia de alguém, vemos Elle, Hotch, Gideon e Strauss andando em nossa direção.

- Temos um comunicado. - Strauss começou - Devido aos fatos recentes - olhamos para Elle, que segurava as lágrimas - A agente Elle Greenway nao está mais na BAU. - nós nos entreolhamos surpresos e tristes

- Como assim "Nao está mais na BAU"? - perguntou Garcia. 

- Você ouviu bem Penelope - Strauss, grossa como sempre, saiu.

- Elle? - chamei

- Elle, por favor no explique - Morgan pediu 

- É isso - Elle fungou - eu estou punida, e como agi de forma irregular, e matei um homem, fui expulsa. - Elle deixou algumas lágrimas saírem - Eu amo todos voces! - ela nos abraçou 

- Nao Elle! - a voz de Reid falhou 

- Elle, vamos - Hotch a lembrou 

- Adeus Elle - Garcia, com seus olhos marejados falou. Eu simplesmente abracei Reid. Sempre quando ficava triste eu o abraçava.

Observamos Elle ir embora. Uma parte nossa ficará com ela.

Olhei para o visor da tela. 20h. E nenhum caso. Reid, Morgan, Prentiss e eu estavamos praticamente dormindo. Era a única hora em que podíamos descansar. Quando terminávamos um caso e esperávamos um outro.

Lembro-me como se fosse ontem a saída de Gideon.

- Frank realmente nos surpreendeu - Prentiss respirou pesadamente. The Evolution Of Frank. Era o que estava escrito no quadro. Estávamos esperando o telefonema de Gideon. Que nao vinha há dias.

Reid ainda andava de um lado para o outro, preocupado com Gideon.

Após do terror que o perseguiu, Gideon sumiu por dias. Estava um clima ruim desde que partira. 

- Já chega, eu vou procurá-lo. - Reid pegou sua bolsa e seu casaco, e saiu às pressas.

- Reid! - chamei - voce nao pode sair assim! - Reid ignorou meu comentário e continuou andando.

Depois de horas esperando, Reid volta com uma carta em mãos e os olhos vermelhos.

Todos lemos a carta. Reid sentou-se ao meu lado e me olhou com os olhos de uma criança que implora pela vida.

- Voce estava certa, Connie. Não devia ter ido la - sua voz era fraca e falhava. Todos sabíamos que Gideon e Reid tinham uma relação mais paternal. Gideon era o mentor de Reid.

- Nunca pensei em dizer isso mas, quando JJ virá com um caso, hein? - Morgan quebrou o silencio e vi Reid pular da cadeira ao ouvir Morgan derrubar seu celular. Soltei uma gargalhada. Prentiss e Morgan me acompanharam e Reid ficou confuso.

Vimos JJ descer a escada

- Outro caso? - perguntei

- Hoje será a folga de voces. Nao temos nenhum caso. - JJ sorriu.

- Eba! - Reid comemorou fofamente e nós rimos, dessa vez ele tambem.

Enquanto Reid, Morgan, eu e Prentiss entrávamos no elevador, lembrei que tinha que fazer umas coisas, coisas rápidas. Algo de organizar uns 5 casos. Pedi para alguém me ajudar.

- Ei gente - chamei-os enquanto apertava o botão do térreo - alguem tem alguma coisa hoje? - eles nao entenderam - Eu tenho que arrumar uns 5 casos, coisa rápida. - Eles torceram a cara - Ah vamos lá, nao é nada demais. É questão de 30 minutos. - eles riram

- Não dá Connie, eu tenho um encontro - Prentiss sorriu.

- E eu... - Morgan começou e sorriu galanteador - tenho um jantar - nós rimos

- Nicki? - perguntei

- Desta vez é a Melina - Reid respondeu

- Nao é! - Morgan negou - é outra pessoa

- Você está vermelho - Prentiss reparou

- Voce está se mechendo muito nervosamente - Reid acrescentou

- Suas pupilas estão dilatadas e suas maos estao suando - comentei

- Ta bom, ta bom! É a Melina - ele riu e ouvimos o pin do elevador ao chegar no térreo.

- Aqui é a nossa deixa - Prentiss fala 

- Até amanha - nos despedimos

- Connie, eu posso te acompanhar - Reid deu meia volta - eu nao tenho nenhum encontro hoje - ele brincou

- Então, quer comer alguma coisa? - perguntei e ele me olhou feio - que é?

- Eu deveria convidar voce! - protestou indignado e eu ri. Era engraçado ver ele bravo

- Ok, Dr. Spencer Reid, convide-me. 

- Vamos comer alguma coisa? - convidou 

- Com absoluta certeza - respondi e seguimos para o McDonald's.

- O que vai comer? - perguntei enquanto passava os olhos pela lanchonete

- Nao seria melhor nós comermos lá na BAU? - Reid comentou enquanto escolhia o que ia comer

- Tudo bem, vamos pedir para a viagem entao - chamei o atendente - Eu quero a promoção do Big Mac por favor, com suco de laranja - eu sorri e retirei o meu dinheiro. Reid me olhou

- Pra uma pessoa pequena, voce tem um apetite de leão - ele brincou - nunca vi mulheres comendo no McDonald's.

- Deu R$36,00 - o caixa informou. Retirei o dinheiro mas Reid nao me deixou pagar.

- Acrescente com mais um Big Mac com Coca-Cola normal por favor - ele sacou o dinheiro mas eu fiquei indignada. - para a viagem

- Como assim voce vai pagar para mim? - perguntei com as maos na cintura

- Voce é minha convidada -  Reid passou o cartão. Eu bufei indignada. - Voce ainda irá me retribuir - ele comentou e eu tive que rir

Pegamos nossos lanches, claro que ia roubando umas batatas do garoto prodigio ao meu lado, e ele bufava indignado

- Ei! Voce tem a sua! - ele brincava

- Eu sei, mas eu estou com preguiça de pega-las - eu retruquei e ri.

- Olha, o Morgan está entrando com a Melina na BAU - Reid apontou para a unidade e eu olhei procurando-os. Mas na hora em que virava o rosto, senti um peso em minhas maos. Olhei para a sacola e vi Reid pegando muitas batatas.

- Ei! Nao é justo! Eu só peguei 3 suas! - Eu parei de supetão na rua e fiquei olhando para minhas batatas e para o Reid - e voce pegou mais! - eu bati o pé no chao 

- Viu, voce está me retribuindo - ele riu e eu revirei os olhos rindo - Voce nao vai querer de volta vai? - perguntou ele inocentemente

- Há há há - eu ri sacarsticamente - muito engraçado Spence, mas nao, obrigada - nós rimos

Entramos no elevador, o cheigo do lanche impregnava nossas narinas, e meu estomago se contorcia de fome. Peguei umas batatas e comi. Reid fez o mesmo.

- Entao, quais sao os casos? - perguntou Reid ao sentar-se ao meu lado e abrindo seu lanche

- Eschao ani - respondi de boca cheia apontando para uma pilha no final da minha mesa. Reid riu

- Nunca pensei que fosse ver uma mulher com um apetite assim - ele riu

- Entao voce nunca saiu com mulheres de verdade - comentei sem pensar. - Digo, nao que estamos saindo, nao é isso - eu estava envergonhada e Reid me olhava sorrindo - e nem que eu seja uma mulher de verdade, eu me expressei mal, o que eu quis dizer é que voce entao nunca comeu com uma mulher com um apetite de verdade. Porque eu até amo salada, mas eu prefiro me esbaldar num lanche assim. Nao que todas as mulheres comem só salada, mas eu prefiro comer McDonald's porque...

- Eu entendi - Reid me interrompeu e nós rimos. 

Quando já estávamos no ultimo caso, Reid estava calculando umas coisas e eu, de saco cheio, fui perturba-lo um pouco. 

Fui por trás, silenciosamente, inclinei-me e sussurrei em seu ouvido: "O que pensa tanto Dr. Reid?"

Spence virou rapidamente que nossos rostos se bateram, ficando centímetros nosss bocas. Ouvia nossas respirações.

- Me desculpe eu nao queria assusta-lo - eu pigarriei e me ergui. 

- Nao, tudo bem - ele fechou o caso - só estava repassando as coisas. - ele coçou a nuca envergonhado

- Er... eu já acabei... e voce? - perguntei envergonhada também

- Ah, eu já acabei - ele tossiu

- Então podemos guardar os casos - abri a gaveta e guardei os casos nela, enquanto Reid arrumava uns.

- Bom, obrigada Reid - agradeci e ele parou. - Que houve?

- Por que nao me chamou de Spence? - Reid perguntou com os olhos semi cerrados enquanto pensava.

Eu estremeci. Eu o chamei pelo sobrenome porque estava muito constrangedor o momentom aliás quase nos beijamos

- Eu... Er... nao o chamei... chamei? - perguntei rindo disfarçadamente

- Eu sou um profiler Connie - ele suspirou

- Ok - me rendi - Eu senti vergonha do que aconteceu - eu dei de ombros. Só isso

- Por que vergonha? - Reid se aproximou - Seria uma coisa normal e boa, sabe? - ele sorriu - Beijar é uma coisa natural, necessariamente nao precisam os dois estarem apaixonados.

- Entao quer dizer que voce acha que eu estou apaixonada por voce?

- Sim, digo, nao! - Reid respirou - Eu que estou apaixonado por voce, Connie - Reid se aproximou e eu gelei. 

Continuei parada. Reid e eu nos fitávamos.

- Eu ta-também Spence - nos aproximamos cada vez mais e eu passei os braços por seu pescoço. Fitei profundamente seus olhos antes de ir para sua boca. Ele sorriu levemente e com os braços em minha cintura me puxou para mais perto. Nossas bocas se tocaram, trocamos um leve beijo, que logo depois se tornou um beijo profundo de cinema. Nossas linguas se tocavam e causavam choques; nossos corpos estavam colados e nossas bocas juntas como uma só.

Eu o amava.

Quando nos afastamos, arfantes, eu e Reid nos olhamos sorrindo timidamente.

Ele respirou fundo.

- Connie - ele se aproximou e agarrou a minha cintura - quer namorar comigo? - perguntou e eu sorri de orelha a orelha.

- Claro - eu o beijei - que - o beijei de novo - sim! - o beijei novamente e nos abraçamos.

Nos beijamos de novo e sorrimos.

- Eu te amo, Connie - ele se declarou assim que nos afastamos

- Eu te amo, Spence - eu me declarei também e nos abraçamos. - Mas será que eles vao aprovar nosso namoro? Digo, Hotch e Strauss?

- Aprovando ou nao, é uma coisa que nao podemos controlar. Nos amamos, e por natureza, quando duas pessoas se amam, elas ficam juntas. - Reid respondeu me fazendo rir.

Como eu amava meu Dr. Spencer Reid.


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Notas finais do capítulo

(:



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