Why Dont I Love You? escrita por Kidrauhl


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Hm, ficou meio pequeno porque estava sem muita ideia mas quis postar logo :))



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Acordei no outro dia atrasada, como podia ter dormido tanto? Porem me sentia muito melhor do que ontem, me sentia um pouco feliz. Peguei minha maleta, meu casaco e meu jaleco e sai um tanto apressada dando de cara com um Nolan esparramado em meu sofá vendo um jogo de basquete.

- Bom dia bela adormecida.

- Por que não me acordou?

- Sei la – deu de ombros.

- Agora estou atrasada – bufei e sai com uma maçã e minhas tralhas rumo ao hospital, mais um dia de trabalho prestes a começar.

O transito estava terrível e continuava sem encontrar meu celular em lugar algum, precisava falar com Hannah, ver se ela me dava cobertura. Nunca tinha me sentido tão irresponsável como me sentia agora, não me atrasava para o trabalho há anos e agora aqui estou eu atrasada, bufei com meus pensamentos e me concentrei com o transito.

[...]

- Vamos almoçar Demi? – minha equipe me chamou logo depois de mais uma cirurgia bem sucedida, me sentia ótima, a sensação de salvar vidas é a melhor possível.

- Não posso, tenho que observar alguns pacientes – dei de ombros, não queria ir de qualquer forma.

- Vamos Dem, não enrola vai – Josh disse com uma cara que tinha mistura de preocupação com outro sentimento ao qual eu não compreendia.

- Não posso mesmo, podem ir, quem sabe mais tarde apareço.

- Estamos indo naquela nova lanchonete aqui perto Dem, não demore. – Hannah disse autoritária e eu apenas revirei os olhos. Logo todos saíram e eu peguei minha prancheta com o nome dos pacientes que teria de observar. Li o primeiro nome, Pattie Mallette, acabara de dar entrada. Já estava caminhando em direção a o quarto quando ouvi a recepcionista me chamar dizendo que meu chefe Marshall me chamava. Afinal o que ele queria?

Caminhei vagarosamente escolhendo as palavras caso recebesse um sermão pelo meu atraso ou por outro motivo ao qual não faço ideia mas enfim, Marshall sempre achava um motivo.

- Ola Marshall.

- Ola Demetria -  meu chefe virou-se com uma expressão suave no rosto e fez sinal para que me sentasse na poltrona a sua frente. Observei sua sala claramente mais sofisticada do que a minha antes de dirigir minha atenção ao homem a minha frente, sua expressão cansada dominava seu rosto, o homem de cerca de quarenta e cinco anos me encarava com o que poderia dizer preocupação, não muito diferente de como todos do hospital me olhavam nos últimos anos.

- Estava me chamando? – ele assentiu – Bem, aqui estou – dei um meio sorriso.

- Percebe-se – deu um sorriso cínico debochando de minha cara, apenas revirei os olhos e fiz sinal para que continuasse. – Bem, Demetria não acha que tem trabalhado demais? Você é uma ótima medica, cobiçada por muitos outros hospitais, competente, mas sinto que tenho lhe deixado.. como posso dizer – pensou um pouco – sem vida.

- Não concordo, estou bem assim senhor.

- Pois eu discordo e insisto que passe essa semana de folga, soube por seus colegas de trabalho que um grande amigo seu esta por aqui, quero que digamos, divirta-se, você merece Demi – sorriu simpático e levantou-se vindo me abraçar, retribui o abraço, Marshall era meu chefe, mas também era meu amigo, e acho que ele sabia do que eu precisava agora.

- Obrigada Marshall, você não é um chefe tão mal assim – rimos um pouco – mas enfim, vou terminar meu expediente antes dessa folguinha, obrigada de novo.

Meu chefe assentiu e logo sai indo realizar minhas tarefas. Me dirigi ate o quarto de numero 689 e abri a porta observando uma mulher de cerca de trinta e cinco anos ler seu livro atentamente sem perceber minha presença. Observei na prancheta o nome que a minutos atrás observara, Pattie Mallette, caminhei ate o armário de remédios e retirei os quais as anotações assinadas por mim diziam. Virei-me e a senhora me observava.

- Ola, Pattie.

- Ola, ahn, doutora.

- Como se sente?

- Um tanto cansada, mas bem, posso ir embora?

- Mas acabou de dar entrada! Tem que ficar em observação – dei um sorriso reconfortante e ela sorriu de volta.

- Ok, pelo menos não é nada grave, não é?

- Você terá que fazer alguns exames mas não se preocupe, tudo vai dar certo. – ela sorriu um pouco.

- Espero, só não posso ficar aqui por muito tempo, alem de ser tedioso tenho um filho pra cuidar – disse e me lembrou muito uma adolescente falando, o que me fez rir um pouco – Por que esta rindo?

- Você parece uma adolescente falando isso – dei de ombros e ela gargalhou me lançando um sorriso.

- Não sou tão velha assim. E você parece muito nova para ser medica doutora – ela ergueu a sobrancelha.

- Bem, me formei um pouco nova.

- Quem dera se meu filho quisesse algo com a vida – suspirou triste.

- Ei, aposto que seu filho quer o seu bem, e logo ele vai se decidir, ainda é muito novo pra isso – disse, o filho dela devia ter uns 5 anos, não é?

- Meu filho não tem 5 anos, tem 19, e não parece querer nada. – fiquei surpresa, Pattie não parecia ter um filho dessa idade, ela parecia tão nova pra isso. – Surpresa não é? – assenti.

- Um pouco, mas você sabe, você parece muito nova pra ter filhos, e te garanto, uma hora seu filho vai escolher o que quer e pode ser ate hoje mesmo – tentei conforta-la e ela sorriu.

- Obrigada doutora, que Deus ouça suas palavras! – disse e jogou os braços para cima.

- E ele vai ouvir – sorri, não era muito religiosa, mas acredito em Deus, e sei que ele nos salvara no fim de tudo. Esses pensamentos me fizeram sorrir ainda mais.

- Verdade doutora – sorriu.

- Pois bem Pattie adoraria ficar de papo com você, mas tenho outros pacientes pra ver, mais tarde quem sabe volto – pisquei e ela riu.

- Adorei conversar com você doutora.

- Pode me chamar de Demi. – anotei algumas outras coisas na prancheta antes de me preparar para sair.

- A propósito Demi – me virei a encarando – não viu meu filho por ai? Ele disse que ia a lanchonete pegar um lanche e ate agora não voltou. Deve ter se perdido.

- Não vi, esqueceu que nem ao menos o conheço? – rimos – Mas se quiser posso procura-lo.

- Amaria, é um garoto loiro, não muito alto, você acha fácil.

- Ahn, Pattie poderia me dizer que horas são antes?

- Vão dar 1:00 – ela olhou no relógio de seu celular que estava na cômoda ao lado da cama.

- Tenho que almoçar – pus a mão na testa me lembrando de que teria de encontrar meus amigos na nova lanchonete, mas foda-se, tinha trabalho a fazer.

- Vá querida, você parece mesmo estar com fome – disse preocupada.

- Obrigada – disse já saindo – Volto mais tarde, seu filho vai aparecer – sorri antes de fechar a porta. Pois é Demi, como você é bipolar, uma hora diz que não vai e “foda-se” e veja agora, já esta indo, era melhor mesmo seguir o conselho de Pattie, não queria dar vexame e desmaiar em pleno hospital, e minha barriga roncava de fome o que ate me dava arrepios, afinal, porque toda essa fome? Daí me lembro que nem café da manhã havia tomado.

Sai quase que correndo para a minha sala e peguei minha bolsa já indo ate a recepção avisar que ia para o almoço quando esbarrei em uma pessoa e deixei todas as coisas caírem no chão, minha vontade era de xingar a pessoa, mas me contive apenas em catar todas as coisas e me levantar devagar ainda sem encarar a pessoa que ate agora ainda não havia se pronunciado. Ia começar a caminhar quando alguém segurou meu braço me fazendo encarar o rosto.

- Demi?


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Notas finais do capítulo

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