Virando Ao Avesso. escrita por Rafaella Dovhepoly


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Acho que o começo vai ser mais chatinho ok? Foi mal qualquer coisa. =]



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Felipe tinha uma vaga noção do que havia feito ontem. Achou que havia bebido demais, não que se importasse, era até divertido. Só precisava saber onde estava...

Abriu os olhos, a claridade fez com que ele os fechassem novamente, e com um esforço maior, levantou da cama ou sabe-se o que onde estava deitado. Passou a mão sobre os olhos, eles estavam ardendo um pouco, parecia como aquela vez que alguém tinha passado spray de pimenta em seu olho por achar que ele era um encrenqueiro qualquer.

Procurou a camiseta e logo após te-la vestido, estralou os dedos. Observou um pouco mais onde estava, o quarto estava bem bagunçado, havia mais de uma pessoa dormindo ali, alguns estavam no chão e outros estavam numa outra cama. Haviam copos por toda a parte e um pouco de vinho manchando o carpet branco. Achou seu celular e o gaurdou no bolso da calça, desviou do narguile no meio do quarto, envolto por roupas de outras pessoas e abriu a porta. 

O resto da casa estava uma bagunça, haviam mais copos, papel por todo o lado, o lustre estava pedurado por uma corda só e haviam pessoas por todos os comodos, dormindo em qualquer canto ou então fumando o resto de um baseado. A cozinha estava repleta de garrafas de vodka, whisky, cerveja, vinhos (alguns caros que deviam ser da mãe da garota que dera a festa) e outra bebidas. Pegou uma das garrafas de whisky e jogou na mochila que encontrara no caminho. Abriu a porta dos fundo e pulou o muro, já que tinha entrado assim, de penetra na noite passada.  

Felipe passou a mão no cabelo e atendeu o celular no terceiro toque. 

- Vai ter jogo agora de manhã, cara. E os manés da zona sul tão querendo arranjar encrenca com a gente, porque sabem que tem um monte que vai vazar de lá bêbado. - Lucas já começou falando.

- Bom dia pra você também, Lucas. - Resmungou Felipe. - E o que quer que eu faça? Já é a sgunda coça que você ta me devendo. Daqui a pouco vou começar a cobrar. - ele virou numa esquina sentindo o cheiro de café fresco e pão. 

- Acontece, seu viadinho, que se você não lembra, ta me devendo ainda umas gramas de erva, e se não se importa, o teu também ta na reta, já que andou comendo a namorada do Igor.

- Ela tava me dando mole, até demais. E eu não ia ser maricas de não aceitar, afinal tava dando de graça. - Felipe riu. Andou pela ponte e estava começando a reconhecer o caminho por onde havia passado.  

- Bom, se tu gosta da tua pele, pe melhor vir, porque se ele voltar, vai ser pra arrebentar a sua cara, e não vai ser só ele vai vir uma penca...

- Relaxa, Lucas. Eu tenho que passar ai de um jeito ou de outro mesmo... Tenho que pegar umas paradas pra amanhã, tão me cobrando tarefa do Bruno já. - Felipe parou no ponto do ônibus na frente de uma loja de carros.

- Vai lá então, merdinha. Vê se não para pra arranjar mais confusão e anda logo. 

- Até lá, vagabundo. - Desligou observando um dos carros que ali estava pra vender. Lembrou de quando botou fogo em parecido daqueles. Tudo pra provocar o dono, que bêbado veio tentar bater nele e acabou perdendo alguns dentes. Felipe sorriu.

Pegou então o ônibus e desceu numa rua antes da escola, onde comprou uma carteira de cigarros e um pouco de energético. Andou o resto do caminho prestando atenção em quem estava na rua, pois, como estavam em dia de jogo, alguns policiais fazim escolta, justamente pra não ter confusão. O que raramente dava certo. Felipe então atravessou a rua e encontrou dois garotos mais ou menos de seu tamanho, um deles parados no capô do carro, perto da loja de salgados, onde ele sabia que havia um mercado negro de drogas para os veteranos e algumas bombinhas, usadas para brigas de gangue, em caso de algo dar errado. Algumas até usavam para "trapacear".

Estavam conversando seriamente. Ambos usavam uma jaqueta de couro e ambos fumavam uns baseados. Ele reconheceu Igor, e resolveu andar mais rápido para não arranjar confusão sozinho. Entrou no colégio e deu de encontro com um grupo conhecido. Todos pareciam tensos ali, concentrados no que um deles dizia, como se fosse algo muito importante. 

- Rapaziada! Que bom encontrar todos vocês ai! Tava achando que iam arredar pé já, seus cagões! - Falou um pouco alto, os braços estendidos. 

Todos viraram e o observaram. abriram a roda e Felipe se preparou para os planos de Linus. Parecia que a situação da briga estava feia, e que dessa vez, ele precisaria de muito mais do que seu orgulho pra lutar.


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Notas finais do capítulo

Olha, me digam que não ficou tão ruim assim. enfim....