Tomorrow escrita por Broken


Capítulo 1
Tomorrow


Notas iniciais do capítulo

Hiiiiiiiiii!!!!!!! Minha primeira one-short com esse casal que amo, e não é porque eu sou do Distrito 4 feito eles u_u

Espero que gostem.

http://www.kboing.com.br/avril-lavigne/1-200870/



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— Tudo vai ficar bem, Annie — Finnick murmurava para a jovem encolhida em seus braços.

Annie havia acordado no meio daquela madrugada devido a mais um de seus pesadelos, esse, diferentemente dos outros, parecia ser tão real e tão assustador.

A jovem nada havia mencionado com o marido sobre o pesadelo, apenas pensar nele fazia com que sua crise de soluços e lágrimas retornasse.

— Tudo vai ficar bem, Annie — Finnick murmurava enquanto seus dedos roçavam sobre a superfície dos cabelos castanhos de Annie Odair.

Seus olhos verdes estavam opacos. Finnick apenas queria acreditar naquelas palavras que saíam de sua boca com a mesma naturalidade que surgiam durante todas as manhãs em sua mente.

“Tudo vai ficar bem”, pensou.

Era isso que o tributo queria. Queria que aquela rebelião tivesse um fim, para que ele pudesse retornar à praia do Distrito 4, que ele pudesse viver com Annie, a sua doce Annie, em uma casa próximo ao mar.

— Finn? — a voz rouca de Annie o chamou.

Ele pôs um sorriso no rosto, pelo menos deveria ser forte por ela, depois de tudo o que ela passou isso era o mínimo que poderia ser feito.

— Sim — ele respondeu em um sussurro.

Ao erguer o rosto de Annie, Finnick viu os olhos vermelhos e inchados, viu apenas uma garotinha assustada.

— Você vai voltar amanhã, certo? — Annie indagou.

— Claro — respondeu sorrindo.

Por um segundo Finnick perguntou-se se aquela resposta era a correta, se ele não deveria dizer: “não sei” ou “eu espero”, mas ele optou pela incerteza.

— Annie, por que a pergunta? — Finnick perguntou. — Tem algo relacionado com o motivo de ter acordado assim?

A morena baixou os olhos.

— Annie? — Finnick ergueu o rosto da garota.

A julgar pelos seus olhos, pela pergunta, tudo levava a um mesmo caminho: sim.

— O que aconteceu? — Finnick perguntou em um tom doce.

— Só um pesadelo — murmurou.

Só um pesadelo não faz isso com você, Annie — Finnick disse.

Ela suspirou.

— Você estava em um campo de batalha — Finnick franziu o cenho —, havia explosões... Gritos... — Annie fechou os olhos, deixando com que o pesadelo que lhe perturbava durante todas as noites chegasse aos ouvidos do outro. — E eu vi você em um esquadrão junto com a Katniss, o Gale, e mais outros dois rostos que não conheço. Vocês lutavam, mas aconteceu uma explosão e... E... E... — Annie começou a soluçar.

— E? E o quê? — Finnick perguntou receoso ao passoe que a envolvia novamente em seus braços.

— E você morria — ela completou chorando. — Você não pode morrer! Você não pode me deixar sozinha aqui!

Shiu! —  Finnick a abraçou forte. — Eu não vou te deixar nunca, sempre estarei aqui — ele levou dois de seus dedos e tocou o local onde se localizava o coração da garota.

Um sorriso fraco foi aberto no rosto da jovem.

Finnick deitou-se naquela cama com Annie sob o seu peito e ficou acariciando os cabelos dela até que o cansaço o dominou e fez com que seus olhos fechassem.

Para Annie dormir não foi uma tarefa tão fácil assim. Ela tinha medo de dos sonhos voltarem e continuarem a perseguindo. A verdade era que Annie não conseguia ver um amanhã sem Finnick Odair ao seu lado, para segurar sua mão e a guiar em meio de tanta confusão em sua mente. Ela não se deu conta de quando os seus olhos fecharam-se, ela apenas sentia os braços firmes dele ao seu redor, e sabia que ali estava segura.


[...]


Annie despertava lentamente, mas levantou-se em instantes ao perceber que os braços dele não estavam ali.

— Calma — a voz dele chegou aos seus ouvidos.

Seus músculos relaxaram imediatamente e um suspiro de alívio escapou-lhe.

— Está bem? — Finnick perguntou.

— Sim — Annie respondeu o fitando enquanto este se vestia. — Não vá, fique comigo, por favor.

Finnick abaixou-se ao lado dela e depositou um beijo nas mãos dela.

— Eu tenho que ir, e quando tudo isso acabar, nós vamos voltar para o 4.

Annie encarou os olhos de Finnick e tocou-lhe a face, lembrava-se muito bem do dia que o conhecera.

O sinal tocou.

Finnick ergueu-se e abraçou Annie antes de depositar um beijo sob seus lábios.

— Tenho que ir agora, dois ou três dias no máximo, nós vamos a Capital, matamos Snow e voltamos — Finnick disse esperançoso.

Annie permaneceu sentada ao vê-lo partir. Três dias no máximo. Três dias sem Finnick. Três dias confinada no subterrâneo do que restou do Distrito 13.


 

[...]


 

Três dias haviam se passado. Annie estava sorrindo com o nunca, usava um vestido verde claro, que combinava com os seus olhos.

Caminhava por aqueles corredores cantarolando baixinho. Seus olhos pousaram no aglomerado de pessoas ali, Annie apressou-se.

Enquanto caminhava por entre alguns dos presentes murmurava desculpas e com licenças, enquanto buscava os olhos azuis e cabelos dourados naquela multidão.

Ao sentir um toque no seu ombro virou-se, mas não encontrou quem queria. Era Coin.

— Srta. Odair acompanhe-me — Coin disse em tom frio.

Annie apenas a obedeceu. Pararam na frente da sala de projeção de imagens, Coin abriu a porta e fez sinal para Annie entrar também.

— Sente-se — indicou uma cadeira para Annie que assim fez. — Recebemos algumas imagens, creio que precisa ver.

Mais uma vez aquela sensação estranha.

O vídeo começou, a principio mostrava cenas do subterrâneo, depois alguns monstros, Annie franziu o cenho, eles se assemelhavam com homens-lagartos, tal como os que tinha visto em alguns de seus pesadelos.

— Eles são reais? — Se viu perguntando.

— Mais do que aparentam — Coin respondeu com os olhos vidrados nos monitores.

Finnick — Annie sussurrou ao vê-lo passando ao longe. — FINNICK! — gritou ao vê-lo indo na direção dos homens-lagartos. — VOLTE FINN! O QUE ACHA QUE ESTÁ FAZENDO? — ela gritava mesmo sabendo que ele não a escutava.

Na outra cena, vários dos homens-lagartos cercavam Finnick e começavam a atacá-lo, Annie segurava os gritos e na outra uma explosão onde ele estava.

FINNICK! — gritou pondo-se de pé e lágrimas marcando o seu rosto.

Não. Não. Não! Ele não podia estar morto. Finnick não estava morto. Ele havia prometido que voltaria.

— Sinto muito, Annie — Coin disse, apesar de seu tom de voz não tem nenhuma emoção.

— Só me dê alguns minutos — Annie disse com a voz entrecortada.

Coin assentiu e a deixou naquela sala.

Annie tornou a fitar aqueles visores, todos congelados na mesma cena. Explosão. Annie apertou um botão e a mesma sequência se repetiu.

A jovem fechou as mãos e deixou que seus gritos escapassem. Ela encolheu-se no chão e gritou, suas lágrimas estavam mais fortes. Ela não poderia ter o perdido!

Finnick prometera algo que não cumpriu, não porque não quisesse, e sim porque não sabia o que o amanhã traria.

A Capital lhe tirou mais uma coisa. O homem que amava. Ele havia prometido que estaria em seu coração, isso era verdade, era lá o único local onde ninguém conseguiria o tirar.

O pesadelo de Annie era real. Um amanhã sem o seu Finnick, agora ela teria de descobrir como isso seria possível para o seu coração que estava quebrado, tentando descobrir como seria o amanhã.


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Notas finais do capítulo

Então? Gostaram? Mandem reviews! Recomendações sempre são bem-vindas! hehehe.

Kisses from District 4 :*

See ya!