Quando eu e o resto do elenco ficamos sabendo que Sakamoto Shougo iria ser substituído eu devo admitir que eu concordei, não porque que eu tivesse algo contra o Shougo nada disso, nós até nos dávamos muito bem por sinal, mas sim porque o personagem que era interpretado por ele era um garoto de doze anos de idade, de baixa estatura e frágil e Sakamoto não mais se encaixava neste perfil.

Yukito Nishii era o nome do jovem ator que interpretaria Ciel Phantomhive, treze anos de idade um metro e sessenta centímetros de altura, um rosto extremamente fofo e uma voz adorável, agora você gostaria de saber quem sou eu certo? Bom eu me chamo Matsushita Yuya, vinte e um anos, cantor e ator e esta dupla habilidade me rendeu o prazer de interpretar Sebastian Michaelis nos dois musicais sobre o mangá e anime kuroshitsuji.

O dono deste nome era também o dono de todos os meus pensamentos, os mais insanos e perturbadores, eu admito nunca fui um cara de relacionamentos normais, gosto de homens, gosto de mulheres, gosta até dos dois juntos mas até ai tudo bem eu acho? Agora o porquê de eu estar completamente enamorado por um garotinho de treze anos? Isto já é uma incógnita pra mim.

Talvez tenha sido toda essa energia do musical sabe? Eu interpreto um mordomo dos infernos que tem a intenção de devorar a alma de um garotinho e bem até eu começo a acreditar naquelas fangirls que acreditam que há uma segunda intenção do mordomo para com o seu bocchan.

Claro que boa parte da culpa por esse sentimento insano é dele, eu não tenho culpa se ele tem aquele rosto adorável, aquela pele branquinha e aquele jeitinho delicado, não, definitivamente a culpa não é só minha. Eu juro que durante um bom tempo eu tentei me controlar e pensar em mim como um monstro, mas não deu, tudo que ele fazia era única e exclusivamente pra me perturbar, sentando em meu colo no backstage, pedindo a todo encerramento que eu o segurasse em meus braços, poxa vida, eu não sou de ferro, então agora eu me encontro nessa situação aonde até um olhar dele é capaz de me fazer ter pensamentos sujos.

E neste exato momento eu me encontrava tendo pensamentos nada puritanos, o olhando enquanto ensaiávamos, até ser alcançado por sua voz doce e infantil e sua mão em meu ombro me causando espasmos que feio, Yuya se controla.

-Yuya-kun? -mais vez meu nome saiu de seus lábios e só agora eu percebia que o ensaio havia terminado.

-Já terminou? -perguntei tentando espantar aquela cara de idiota que eu costumava fazer quando era alvo de sua atenção.

-Já sim, você está bem Yuya-kun? -perguntou levando as mãozinhas ao meu rosto o acariciando de forma tímida, mais extremamente carinhosa.

-Estou ótimo Yuki-chan, por que não estaria? -sorri de forma sedutora e obvio que ele não percebeu qual é Yuya ele é um garotinho, seu babaca você realmente está tentando seduzir um pirralho.

-Sei lá Yuya-kun? Você está com uma cara meio estranha. -notei seu rosto ganhar uma coloração avermelhada e nessa hora minha cara estranha deve ter ganhado proporções imensas.

-Estranha Yuki-chan como assim? -falei e percebi que minha voz, ganhava uma entonação baixa.

-Ah... Sabe meio boba como quando se está apaixonado. -falou desviando os olhos dos meus e começando a torcer os dedinhos de forma nervosa, adorável sem igual.

Uma ideia assustadora passou por minha cabeça, como assim cara de apaixonado e como assim meu inocente anjo sabia como era uma cara de apaixonado.

-E como sabe como é uma cara de bobo apaixonado Yuki-chan? -não consegui controlar o tom reprovador em minha voz, oque fez seus olhos voltarem a me encarar e seu rosto ganhar uma expressão assustada.

-Etto, nada eu não, é nada não.

-Yuki-chan me diga, como é que você sabe dessas coisas? Diga-me. -Falei de forma mais controlada, tentando esconder minha inexplicável raiva.

-Bom na prática nada. -seus olhos desviaram e ele encarou seus pés.

-E na teoria oque sabe sobre estar apaixonado?

-Nada não, Yuya-kun deixa pra lá, eu não quero te incomodar com essas coisas.

-Me conta, Yuki-chan me conta agora, somos amigo não? -minhas palavras teimavam em sair como ameaças.

-Ah... Eu... Yuya-kun por favor, deixa pra lá eu não quero que você me odeie, onegai.

-Eu nunca odiaria você Yuki-chan por favor me conte vai somos amigos, ou você não confia em mim. -usei minha melhor voz de ofendido, eu tinha que saber por quem aquele pirralho estava apaixonado ou achava que estava.

-Não, eu não quero contar, você vai sim ficar brabo comigo. -disse fazendo um bico que eu julguei adorável e me derreteria novamente se meu sangue não estivesse fervendo pelo pensamento de meu garotinho gostar de outro alguém.

-Me diz vai quem é a garotinha de sorte? -quem é a pirralha que vai ter o seu nome escrito no meu death note, minha nossa isso sou eu agindo como um adolescente? é exatamente isso que vergonha.

-Não é uma garota. -falou baixinho exigindo maior atenção por minha parte.

-Não é uma garota.

-Não? -perguntei -Uma mulher então Yuki-chan?

-Não. -falou baixinho olhando para os pés.

-Um garoto? -meu peito gelou.

-Não. -o silencio se formou por alguns segundos, até sua voz alcançar meus ouvidos de forma titubeante.

-Um homem. -sibilou notavelmente envergonhado.

-Um homem? -minha expressão se tornou de pura surpresa e minha voz subiu umas três notas.

-Yuya Matsushita. -ele olhou para os lados envergonhado, todo vermelhinho adorável.

-Oque foi Yukito-kun? -perguntei de forma ríspida, completamente incomodado pelo assunto.

-Yuya Matsushita. -novamente sibilou baixinho.

-Oque foi? -ah... tá bom podem me julgar, que se dane, esse sou eu agindo feito uma criança birrenta.

-Esse é o nome do homem por quem eu estou apaixonado. -deveria existir um limite para alguém ser tao adorável, o rosto parecia queimar de tao vermelho. -Yuya Matsushita.

Meu coração acelerou e minhas mãos soaram, meu rosto deve ter ganhado aquela expressão ''estranha'' novamente.

-Eu sei, eu sei Yuya-kun eu confundi tudo, eu ah... Droga eu sou um baka mais a culpa é sua também, ficou me pressionando, você deve estar me detestando agora. -dizia as palavras de forma embolada e não conseguia me olhar nos olhos.

-Yuki-chan? -chamei quando finalmente sai do estado de torpor no qual me encontrava.

-Droga eu sou um pirralho e sempre faço confusão, mas é que desde que eu entrei aqui você foi o único que foi gentil comigo, gomen, gomen Yuya-kun. -a expressão era adoravelmente torturante, as mãozinhas se torciam e os olhinhos se enchiam levemente de lágrimas, a boquinha adoravelmente formavam um biquinho.

-Yuki-chan? -falei um pouco mais alto para que tivesse sua atenção, já que ele continuava a balbuciar desculpas desnecessárias. -Yuki-chan não me odeie pelo oque vou fazer? -resolvi agir rapidamente em vez de esperar que ele finalmente se acalmasse.

Puxei seu corpo de encontro ao meu trazendo para perto de mim, seus olhos me encaram surpresos tomei de assalto e muita ousadia sua pequenina boca, seus olhos se arregalaram e seu pequeno corpo foi acometido por um significativo tremor, levei uma de minhas mãos a suas costas e seu corpo inteiro se arrepiou com o meu toque, minha outra mão foi para sua nuca, deixando claro que eu não aceitaria sua fuga, seu corpo pareceu amolecer em meus braços, então seus olhos se fecharam e sua boca permitiu que minha língua a adentrasse sedenta por sentir seu gosto.

Minha língua procurou a sua e de forma tímida e despreparada correspondeu os toques gentis que eu procurava ter, levei minha mão que até então acariciava suas costas a sua cintura, apertando de forma possessiva, senti um suspiro escapar de sua garganta e morrer em minha boca, os bracinhos finos rodearam meu pescoço e ele se obrigou a ficar nas pontas dos pés, minha outra mão foi para a sua cintura e eu o ergui levemente para dar a sustentação necessária, enquanto minha boca explorava a sua de forma predadora.

O senti gemer quando num movimento intencional fiz seu quadril se chocar fracamente no meu, seus dedinhos enrolar-se nos meus cabelos ele parecia querer se fundir a mim e se isso fosse possível eu não me faria de rogado, seu corpo era acometido por espasmos e tremores e seus pelinhos estavam constantemente eriçados, completamente adorável.

Minha língua habilidosa instigava a sua a me explorar e apesar de toda a sua inexperiência, ele se mostrava um ótimo aprendiz e quando o ar se tornou necessário em nossos pulmões o contato de nossas bocas se desfez, eu me afastei minimamente somente o suficiente para apreciar sua adorável expressão, lábios antes intocados entreabertos, avermelhados, os olhos fechados e as bochechinhas completamente coradas.

Ficamos assim em silencio por alguns segundos até nossas respirações estarem normalizadas, ainda demorou mais alguns segundos para que seus olhos escuros me encarassem seu rosto pareceu queimar e seus olhos foram de encontro ao chão.

-Porque você fez isso Yuya-kun? -perguntou a voz não passando de um sussurro.

Veja bem eu poderia dizer milhões de coisas, porque eu o desejava, porque eu não conseguia pensar em mais nada, porque eu era cara desprezível que sentia uma atração arrebatadora por um garoto de treze anos, porque eu queria mais do que tudo estar sob o comando do meu pequeno lorde.

-Você me disse que na prática não sabia nada sobre estar apaixonado. -acariciei de forma terna a bochechinha rosada. -Então eu não poderia perder o prazer de ser o primeiro a lhe dar a primeira aula pratica sobre esse sentimento.

Yukito me olhou e apesar do estado extremamente envergonhado que ainda se encontrava sorriu malicioso e puxou meu rosto para perto do seu falando baixinho me causando diversos arrepios.

-Acho que vou precisar de muitas outras aulas desse tipo Yuya-kun oque você me diz? -seu rostinho não poderia estar mais corado ao me perguntar, mas existia ali também uma malicia até então desconhecida por mim.

-Yes my lord. -falei colocando uma de minhas mãos sobre o meu peito, Yukito riu e eu tomei seus lábios novamente, eu lhe daria quantas aulas praticas fossem necessárias.