Count On Me escrita por meplusm4lik


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Não gostei tanto assim desse cap... Mas sei lá, né. Espero que vocês gostem. (:



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POV Liam:

Aquele final de tarde foi perfeito. A Carol tinha ido almoçar lá em casa, então aproveitei e fiz minhas panquecas super especiais pra ela. Depois disso vimos um filme, fizemos a tarefa de casa, - ou pelo menos tentamos, já que era quase impossível se concentrar em física tendo a Carol assim tão perto - e mais tarde fomos caminhando até a casa dela, não mais do que três quarteirões dali.

– E aí, o que você acha que a diretora vai falar com a gente amanhã? - Perguntou ela, no caminho.

– Não faço a mínima ideia. Mas fica tranquila. Ela não pode nos barrar da festa de final de ano, lembra? É contra as regras da escola. Todos os alunos do terceiro ano tem o direito de participar.

– É... Você tem razão. Não pode ser tão ruim assim. - Ela sorriu.

Em menos de dois minutos, estávamos parados na frente da casa dela.

– Obrigada, Liam. Foi bem legal.

– Sério? Quer dizer, a gente só viu um filme e fizemos a tarefa de casa.

– É, mas eu me diverti bastante. [...] Até amanhã. - Ela me deu um beijo na bochecha, sorriu e então fechou a porta.

POV Isabella:

– Foi um prazer conhecer você, Zayn. - Disseram meus pais, quase ao mesmo tempo.

– O prazer foi todo meu! - Respondeu Zayn, sorrindo.

Estava feliz por ter dado tudo certo - meus pais gostaram do Zayn, a comida não demorou muito, meu assunto com ele não acabou... - mas ao mesmo tempo super angustiada com o fato daquele casal de idiotas ter simplismente tomado toda a minha privacidade. De qualquer forma, eles não conseguiram estragar nada, porque meu encontro - posso chamar de encontro, né? - com o Zayn foi perfeito.

Depois de almoçar, pegamos o metrô e fomos ao parque.

– Sabia que você é linda com o cabelo bagunçado? - Disse Zayn.

– Sabia que tem alguém aqui precisando usar óculos?

– Ah é? Quem?

– Você, idiota! - Falei, entre risadas.

– Sei não hein, acho que minha visão tá completamente perfeita. [...] Quer um sorvete?

– Só se for de morango. - Respondi, fazendo biquinho.

– Então vai ser de morango.

Compramos nossos picolés e sentamos em um banco, em frente ao lago. Conversamos por quase uma hora e meia - o que pra mim pareceu tipo, uns cinco minutos - e então Zayn me levou até em casa. Nos despedimos com um beijo doce e calmo.

– Te vejo amanhã. - Falei, sorrindo.

POV Niall:

Estava pensando no beijo e em tudo que tinha acontecido naquela noite, quando Lia finalmente decide me olhar. Ela me encarou por um bom tempo, exatamente como eu estava fazendo enquanto ela olhava para o outro lado.

– O que foi? – Perguntei.

– Niall, preciso te contar uma coisa... – Ela estava tensa.

– Pode falar. – Eu realmente estava com medo do que ela ia dizer. Engoli em seco.

– É... bem, é complicado. – Ela estava hesitando, talvez arrependida de começar. – Hm, esquece.

– Agora fale. – Eu estava curioso.

– Bem, é que... hum, lembra a festa? Quer dizer, não a festa... lembra do beijo?

– É, hm... – comecei a falar, mas logo fui cortado por ela.

– Não, não responde, é mais fácil [...]. Bem, eu lembro, e não consigo parar de pensar nele por um só momento. Quer dizer, Niall, eu acho que estou apaixonada por você. – Pude ver uma lágrima correndo em seu rosto. – É, por mais que eu não queira, alguma coisa em você me prende de uma maneira que eu não consigo nem explicar. Nunca me passou pela cabeça que isso iria acontecer algum dia e que eu ainda ia te falar, assim, pessoalmente. [...] Só por favor, não fique comigo por pena, eu sei que você não esperava isso... E eu de certa forma, também não! Na verdade, eu tô me sentindo uma completa idiota agora, e...

Não deixei ela terminar e a puxei para perto, colando nossos corpos.

– Não precisa continuar. [...] É obvio que eu lembro do beijo, aliás como esquecer o SEU beijo, pequena? Agora pare de chorar porque eu nunca vou me desculpar se eu for o motivo de alguma lágrima sua e...

Ela me beijou, e posso afirmar que aquele foi um dos melhores momentos de minha vida.

Pude ouvir uma buzina de carro.

– Ahn... Er... É a minha mãe. - Disse ela, morrendo de vergonha.

– Ah. Então tá. Até amanhã. Se cuida. - Falei, e então ela beijou minha bochecha. Senti meu rosto corar.

– Er... Até amanhã.

POV Julia:

Passei a tarde toda arrumando a decoração do ginásio para a festa de sábado, com a Bruna. Quando cheguei em casa, por volta das 18h30, encontrei o carro do meu pai estacionado na garagem. Eu estava morrendo de saudades dele. Abri a porta e subi correndo para o quarto conversar sobre o que aconteceu enquanto ele esteve viajando, quem sabe fazer um jantar para ele, para, enfim, abraça-lo depois de tanto tempo.

– Oi! - Falei, abrindo a porta do quarto.

"Isso não pode estar acontecendo" Pensei. "Quer dizer, [...] não de novo."

Encontrei meu pai, deitado na cama, chorando e virando uma garrafa de uísque à baixo. No chão pude perceber duas garrafas de vodka.

– Pai. – Gritei – Pai, por favor pai, não. Isso não tá acontecendo.

– LINA? LINA? – Lina era o nome da minha mãe, e só de ouvi-lo, depois de tanto tempo, eu ainda sinto uma pontada no coração. – VOCÊ VOLTOU PARA MIM MEU AMOR? SEMPRE SOUBE QUE VOLTARIA! EU ESTAVA MORRENDO DE SAUDADES!

– Pai, sou eu, a Julia, pai, por favor pai, não faça isso, eu... – Ele havia adormecido.

Ajeitei o corpo dele na cama, peguei o que havia sobrado das bebidas e joguei ralo a baixo.

Sentia as lágrimas escorrendo em meu rosto. Ele não podia estar fazendo isso comigo.

Sai correndo do banheiro, passei pela sala, peguei uma jaqueta e então bati a porta da frente. "Quem ele pensa que é?" Pensei.

Ele não deve fazer a mínima ideia de que é a única pessoa que pode ficar com minha guarda. [...] E se eu perder ele eu fico sozinha em um orfanato qualquer, esperando completar 18 anos para... er... Na verdade, nem sei pra onde eu iria depois disso.

E então, enquanto eu caminhava - sem direção alguma - pelas ruas desertas de Londres, vieram em minha mente as lembranças horríveis daquela noite. [...] Eu tinha apenas onze anos.

FLASHBACK ON

– Mãe? – Perguntei confusa. – Por que todas essas malas? Vamos viajar?

– Não, não vamos viajar. [...] Sabe de uma coisa, Julia? Eu cansei de tudo isso, ter que trabalhar loucamente e ainda ter que te sustentar, sua vagabunda. – Ela estava bêbada, de novo.

– Olha como você fala com a menina, Lina. – Meu pai me abraçou.

– Cala à boca porque ninguém falou contigo. – Ela gritou.

– Mãe? Você tá indo embora? – Perguntei, quando notei a garrafa de uísque em sua mão.

– É o que parece, não é? Mas não acho que vá fazer muita diferença. Você é um lixo, não sei o que eu havia na cabeça quando resolvi ter uma filha. [...] Seria mais útil comprar um cachorro. Agora se vocês me permitem, a Sandra está me esperando. Nós vamos nos divertir muito. E vocês, ahn, me esqueçam. – Ela deu uma gargalhada, e saiu.

FLASHBACK OFF

Me encontrei em um lado da cidade que nunca havia visto antes, ótimo. Estava perdida. Mas sem problemas, não é? Eu queria ficar sozinha. Sentei em um banco e chorei como nunca tinha chorado antes. Cansei de ser forte, ou de pelo menos demonstrar ser.

POV Louis:

Depois de pegar um lanche no Burger King e dar uma carona pro Hazza, quis passar pela Tower Bridge, pensar um pouco. Estacionei o carro um um gramado afastado, e então fui caminhando até a torre. De repente, ouvi um choro baixinho. Olhei para o lado.

– Oi? Com licença, aconteceu alguma coisa moça?

A figura estranha levantou a cabeça, tirando a franja que cobria os olhos.

– Louis!? O que você tá fazendo aqui? - Disse Julia, secando as lágrimas que corriam por sua face.

– Er... Eu... Bem, eu gosto de caminhar por aqui, de vez em quando.

Ninguém disse mais nada.

Eu estava morrendo de curiosidade. Quer dizer, por que é que a Julia estava sentada em um banco afastado de quase tudo, e chorando daquele jeito?

– E você? [...] O que faz aqui? - Perguntei, como quem não quer nada.

– Eu? Ah, [...] eu acho que me perdi. - Respondeu ela, constrangida.

Me sentei ao seu lado. E então Julia me contou tudo. Seu pai, sua mãe, as bebidas. [...]

Olhei para o céu. Estava ficando cada vez mais frio, e escuro.

– Ju, entra no carro, vai. Vou te levar pra casa.

Ela assentiu e sentou no banco do passageiro. Fizemos o resto do percurso em silêncio.

– Obrigada. Mesmo. - Disse ela, quando chegamos em sua casa.

Julia me abraçou. Era o tipo de abraço que queria dizer "obrigada" da forma mais sincera possível.

Ela saiu do carro, subiu as escadas da frente, acenou e entrou em casa.

POV Bruna:

Eu estava exausta. O primeiro dia na oficina já foi extremamente rigoroso. Primeiro, colocamos todas as ideias do grupo em um papel. Depois, decidimos o que realmente vamos fazer. Combinamos o que cada um terá que levar, como vai ser o buffet, quem vai ficar encarregado das músicas, e essas coisas. Quando cheguei em casa, tomei um banho demorado, comi um sanduíche e dormi feito uma pedra.

No dia seguinte, as aulas pareceram ser ainda mais tediantes do que nos outros dias - se é que isso é possível -. Tivemos história, química, biologia e então, finalmente, o intervalo.

– Finalmente! - Falei, esticando meus braços.

Descemos e sentamos em uma mesa, como ontem. O clima lá estava bem menos tenso do que ontem. Ainda bem.

Liam e Carol riam o tempo todo, assim como Zayn e Isa. Niall e Lia trocavam olhares tímidos uma vez ou outra. Harry e Louis se encaravam toda vez que Dylan dizia alguma coisa, e Julia parecia não entender nada, assim como eu.

– Ei, quem vai ser o lindo que vai comprar um refrigerante comigo? - Perguntou Julia.

– Eu vou! - Gritou Harry, levantando da mesa o mais rápido possível.

Dylan pareceu incomodado.

Quem diria hein, a Ju sendo disputada? hahaha.

POV Harry:

Fomos andando até a cantina sem dizer uma palavra. Percebi que tinha de fazer algo.

– E aí, - Falei, tentando puxar assunto - [...] Qual é seu refrigerante preferido?

– O que? - Julia começou a rir - Ahn, não sei. Quer dizer, sei lá. Acho que é coca-cola.

– Olha só! Mais uma coisa em comum comigo!

– Idiota! - Ela falou, entre risadas.

Julia se apoiou no balcão de mármore e começou a falar, pegando em alguma coisa dentro da bolsa.

– Uma coca-cola, por favor. - Falou ela, me olhando fixamente enquanto pronunciava "coca-cola".

– São £ 2,00. Mais alguma coisa? - Perguntou a moça da cantina.

– Não, obrigada. - Ela respondeu, estendendo a mão com uma nota de duas libras.

– Vou querer um gole. - Falei, enquanto caminhávamos de volta a mesa.

– Pode pegar. Mas vê se não acaba com a lata, ok? Porque eu tô morren... - Ela foi interrompida.

– Com licença. - Disse um inspetor do colégio - Julia Ramsey?

– Er... Sim?

– Eu só vim aqui para frizar mais uma vez as regras da escola. [...] Bom, você deve se lembrar do que aconteceu ontem, no refeitório, não? Pois bem. Saiba que eu vi, e que não achei nada certo da sua parte. Aliás, muito pelo contário! Mesmo assim, vou deixar passar desta vez. Não haverá uma segunda, certo?

– C... Cer... Certo. - Respondeu Julia, gaguejando.

– Qual é o nome do rapaz? - Perguntou o inspetor, segurando um pedaço de papel e uma caneta.

– Ra... Rapaz?

– É, [...] Você sabe. O menino que você... Hm... Beijou ontem.

Eu não conseguia acreditar no que estava ouvindo.

– Ah, sim... - Julia mordeu o lábio - Era... Hm... Dylan. - Disse ela, baixinho.

– Ok, obrigado. E espero que isso não se repita, combinado? - O inspetor foi embora.

Julia parecia estar procurando as palavras certas pra começar uma explicação. Ela olhava para baixo.

Encarei-a, até que então ela finalmente olhou nos meus olhos. Aquilo era uma... Uma lágrima? [...] Bom, tanto faz.

Voltei para a mesa. Todo mundo ria bastante, inclusive aquele imbecíl do Dylan.

– Ué, cadê a Julia? - Perguntou a Isa.

– Ela já chega aqui. - Respondi.

– Harry? Tá tudo bem, cara? - Perguntou Louis - Você tá vermelho de raiva ou de vergonha?

Dylan sorriu maliciosamente.

Encarei Louis de um jeito tipo "Agora não".

POV Carol:

Achei muito estranho o fato de Harry chegar na mesa daquele jeito, e, o pior: sem a Julia!

Pude ouvir o sinal batendo. Todos se levantaram.Subimos as escadas com certa pressa e encontramos a Julia parada na frente da sala de aula. Provavelmente nos esperando.

– Oi! Por que você não voltou lá? - Perguntei.

– Ah, er... - Ela tirou o cabelo do rosto. Notei que sua maquiagem estava um pouco borrada no canto dos olhos - Bem, tem uma coisa que eu preciso contar pra vocês duas.

E então ela nos contou sobre aquele idiota do Dylan, a besteira que ele fez ontem no refeitório e o inspetor dedo duro. Eu não conseguia acreditar naquilo.

O menino acaba de chegar de outro país em uma escola nova - onde ele não conhece praticamente ninguém - e beija a primeira menina que vê pela frente!? Ridículo. Sem dizer que a Julia e o... Ah não. O Harry!

– Agora eu entendo o porque dele estar daquele jeito. - Disse Isa. Parece que ela leu meus pensamentos.

– Ju, isso é horrível! - Falei.

– Eu sei. - Ela parecia arrasada.

Ela me abraçou e entrou na sala de aula.

Nossos horários eram diferentes. Julia tinha matemática, Isa tinha educação física e eu tinha geometria agora. Então entramos cada uma em uma sala.

Por sorte, o horário do Liam era igual ao meu. E ele ainda guardou um lugar ao lado dele. Aw, que fofo! Me sentei e sorri.

A professora foi interrompida pela estagiária da diretora, que batia na porta. E aí o fato mais esperado do dia aconteceu, finalmente:

– Caroline e Liam. Na diretoria. Agora! - Disse ela.

Nós levantamos e caminhamos juntos em direção a porta. Parecia algo tão trágico quanto um velório, ao algo assim. Porque todos na sala ficaram extremamente quietos quando nós passamos pela professora e fechamos a porta.

Minha vontade era de pegar na mão do Liam e chegar na sala da diretora aos beijos com ele, só pra ela ver que não tem poder nenhum sobre mim. [...] Mas meu bom senso não me permitiu fazer isso.

– Bom dia. Podem se sentar.

Obedecemos a ordem em silêncio.

– Bom, de certa forma vocês tem sorte. É a festa de final de ano e, sendo assim, não posso proibi-los de participar.

Olhei aliviada para Liam.

– Mas, mesmo assim, o que vocês fizeram foi errado e não pode passar em branco. Espero que vocês entendam isso. [...] Depois de conversar com quase toda a coordenação, eu cheguei a uma conclusão.

Houve uma pequena pausa. Era a hora mais tensa da reunião.

– Bem, eu espero que vocês não se importem de ficar até mais tarde aqui no colégio todos os dias dessa semana, porque estão de detenção.

"O que!? Tanto drama só pra nos dizer que estamos na detenção!? haha."

– Inclusive no sábado. Vocês terão que limpar o ginásio após a festa.

"Ok, aí já faz mais sentido."

– É... Eu acho justo. - Disse Liam.


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Notas finais do capítulo

O que vocês acharam? hahaha
mandem reviews (((: