Eterno escrita por Chappy The Bunny


Capítulo 1
Capítulo Único




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Os cabelos cor escarlate esvoaçavam com o vento da noite fria, enquanto a bela mulher contemplava o céu.

Lá estava a Titânia, o rosto molhado pelas puras lágrimas vertidas pelos belos olhos castanhos. Não fez menção de secá-las, não tinha por que secá-las.

Porque agora ele se fora, para sempre. E agora, era definitivo. Jellal havia morrido. Morreu para protegê-la, assim como vovô Rob fizera quando ela era pequena.

E aquilo a corroia por dentro. A certeza de que nunca veria aquele que amava estava a matando. A vontade de desistir de tudo agora era uma ideia tentadora para ela, e cogitava aquela hipótese.

Afinal, se o fizesse, poderia ir ao encontro dele nesse exato momento. Assim poderia saciar o que o seu coração tanto desejara. E eles ficariam juntos para sempre, ninguém iria separá-los .

Balançou a cabeça, a fim de afastar esses pensamentos. Também não era isso que Jellal iria querer. Se ele havia se sacrificado por ela, não iria querer que ela cometesse a loucura de se suicidar. Ela tinha certeza, pois ele até mesmo havia deixado um presente para ela. Um presente que a faria lembrar-se dele até o dia de sua morte, o dia que se reencontrariam e Erza correria para o lado dele, e permaneceria ali, de uma vez por todas.

Acariciou sua barriga e escolheu a estrela mais brilhante no céu.

- Toda vez que você olhar para o céu, meu filho, mire na estrela mais brilhante dele. Aquela é a estrela que simboliza o seu pai. – Sussurrava com um sorriso carinhoso estampado nos seus lábios, pois aquele era o presente de seu amado: ele a dera a pessoa que mais poderia amar em todo o mundo, que protegeria com toda a sua vontade. – Ele pode não estar aqui, conosco... Não, ele está. Seu pai sempre vai estar aqui por nós, meu amor.

Mentalizou o rosto de Jellal e levantou-se, seguindo em direção para a Fairy Hills.

Sonhou com o rapaz. No seu sonho, ele havia a abraçado e dito que ter um filho com ela era a melhor notícia que um homem apaixonado poderia receber. E então, eles se beijavam.

E tinha sido para ela tão importante quanto o modo que ele soube da notícia, porém mais feliz. Na forma real, ele tinha apenas dado um sorriso fraco, e se agarrou aos seus últimos resquícios de vidas para agradecer por poder proporcioná-lo essa felicidade. Ela, chorando, abraçou-o e depositou um beijo suave em seus lábios, negando a morte dele. Ele apenas mantinha o sorriso, já tinha aceitado que morreria, e iria por esse caminho de bom grado. Agora, sabia que não tinha protegido só a vida da mulher que amava, mas também que ela daria a luz a seu filho. E então, se declarou com o seu mais sincero “eu te amo” – jamais poderia ser dito que aquele era o último, pois queria acreditar que era só o início de uma eternidade que ainda diria a Erza, fechou os olhos e assim morreu, feliz, amando e com o sorriso mais sincero em seu rosto. As lágrimas da ruiva se tornaram mais intensas, e um grito, um grito de dor, uma dor enorme de perda no coração, foram escutados por todos.

Aquele não era o fim, pois o fim para eles não existia. O que era a morte perante aquele sentimento? Quem ousaria comparar um simples e indefeso coelho a um forte, poderoso e temido leão?

Aquela criança que nasceria e prosperaria algum dia era a prova de que esse amor puro era mais forte do que tudo que poderia existir no mundo. 


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