Got My Heart In Your Hands escrita por Julia


Capítulo 126
Conte comigo


Notas iniciais do capítulo

Eu postando super tarde :s



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Patrick’s POV: ON

Hayley estava muito estranha, parecia assustada com tudo. E também, eu não vi mais o seu celular... Será que ela estava mentindo pra mim?

– Hayley?

– Sim?

– Aconteceu alguma coisa nesse passeio?

– Não, amor, está tudo bem.

– Tem certeza?

– Sim.

– E onde está seu celular?

– Deve estar no bolso da minha calça. Por quê?

– Nada, é que desde que você voltou, eu não vi, e você está muito estranha.

– Estranha?

– Você fica olhando para as portas e janelas toda hora, além de que qualquer barulho já fica assustada. O que está acontecendo?

– Nada amor, bobagem.

– Hayley, eu te conheço e você sabe que pode contar comigo pra qualquer coisa, não sabe?

No momento em que eu olhei em seus olhos, eles se encheram de lágrimas e ela caiu sobre seus joelhos no chão. Eu corri até ela e a abracei fortemente.

– Hayley, não sei o que está acontecendo, mas tudo vai ficar bem, ouviu?

– Não posso continuar mentindo pra você, me perdoa, Lachelle. - Ela dizia apertando a minha jaqueta contra seu rosto.

– Lachelle? O que ela tem a ver com isso?

– Ela me ajudou a fugir...

– Fugir de onde?

– Da casa da Marcela. - Ela disse gemendo.

– Marcela? Essa louca fez o que para você?

– Eu estava aqui cuidando do Charles, aí ela apareceu e me levou pra lá e ficou me dizendo coisas horríveis, mas antes...

– Antes?

– Antes ela tinha ordenado que eu seqüestrasse alguma criança de alguém dos nossos amigos.

– Essa mulher é uma psicopata!

Ela não disse nada, apenas continuou chorando em meus braços.

– Hay, escuta, eu prometo que tudo vai ficar bem, ouviu?

– Sim Pat, eu só tenho medo de que...

– Não precisa ter medo, nada vai acontecer. - Eu a interrompi.

Depois nós nos beijamos. Estávamos no chão, por isso eu a levei até a cama e fui cobri-la. Dei um beijo de boa noite, apaguei a luz e logo depois me deitei ao seu lado.

“Lembra de mim, quando a saudade te acompanhar. Lembra de mim, quando a tristeza vier. Lembra de mim, quando tudo for tédio. Vem pra mim, quando não der mais pra agüentar.”

“Está ficando cada vez mais difícil acreditar que as coisas vão melhorar, que o dia seguinte será melhor, que as lagrimas serão trocadas por sorrisos. Cada vez mais difícil mentir pra mim todas as manhãs para ter forças pra levantar. Mas mesmo assim, preciso de algo para acreditar. Pois não posso me entregar.”

“Conte comigo quando não tiver ninguém, é o teu brilho que me faz ir sempre além. Olhe-me, repare a linguagem, o desejo, meus versos, um gesto, sorriso, um cortejo. Conte comigo sempre pra te proteger, serei cobertor num dia frio pra te aquecer. Enlace, encaixe, dois corpos, um beijo. Milhares de poros são um por inteiro. As cores de um belo dia pintam a paz, meu pensamento reflete o que eu quero mais. Quero ser tuas mãos se estiver tateando o escuro, seus olhos que enfrentam um clarão absurdo, ser teu chão… Ser presente que sempre vislumbra um futuro, tua estrada, teu rumo, teu porto seguro. Dificuldades também vão aparecer, são os desatinos que ensinam a crescer. Ciúmes, vaidade, orgulho e soberba: desviam os caminhos, nos tornam uma presa. Dos obstáculos que temos pra vencer, sou o instrumento que vai sempre oferecer apoio, sustento, arrimo, um eixo. Ser duro. Ser doce. Ser teu chão.”

Patrick’s POV: OFF

Pierre e David agora haviam mudado para uma casa. O pequeno apartamento não dava mais para abrigar dois adultos, duas crianças e uma cachorrinha. Se mudaram para uma casa perto do estúdio. Era grande e espaçosa... Não chegava a ser uma mansão, pois David achava que não precisava de todo esse luxo para viver. A casa tinha um belo gramado, uma piscina e churrasqueira aos fundos, além de um pequeno jardim também.

David e Pierre passavam a maior parte do tempo brincando com Melanie e Lennon perto da piscina, onde gostavam de molhar os pés nas tardes de verão.

Numa dessas conversas a palavra que talvez estivesse “extinta” do dicionário dos dois, talvez por medo, apareceu novamente:

– David...

– Oi amor, que foi? - David respondia feliz ajudando Melanie a tirar um brinquedo da boca de Delilah.

– É que eu estava pensando em uma coisa aqui.

– O que é?

– Sabe, talvez nós tenhamos deixado de falar sobre isso por causa de tudo que vem acontecendo em nossas vidas, talvez por medo de algo estragar isso, ou, bem, eu não sei...

– Não enrola Bouvier, do que você está falando?

– Nossa, como você é lento, Desrosiers! - Pierre imitou a maneira que David pronunciou seu sobrenome.

– Ok, eu sei disso, agora me diz do que você está falando?

– Do nossocasamento,né!

Acho que a palavra casamento foi muito forte para David, que instantaneamente ficou com um olhar triste e receoso. Pierre percebeu isso e ficou triste, pois pensou que David não queria mais se casar com ele. Mesmo assim, tentou entender a situação e se aproximou de Desrosiers que agora brincava sozinho com Delilah.

– Eu disse algo errado?

– Não Pierre, é que... Sabe, todas as vezes que a gente planeja se casar, algo acontece e estraga isso, eu estou com medo.

David olhou nos olhos de Pierre que concordavam entristecidos com aquilo, e uma brisa gelada de fim de tarde balançou em seus cabelos. De repente, um enorme silêncio... Os dois sabiam que aquilo era verdade. Talvez fosse aquele tal de destino querendo dizer que não é mesmo o correto eles se casarem, mas e quem disse que eles acreditam em destino? Pra eles quem faz seu próprio destino é você, só você pode mudar a sua história.

Pierre deu um largo sorriso, e abraçou David.

– Eu não me importo nem um pouco em quantas vezes a gente tenha que tentar.

– Quer saber de uma coisa?

– O que?

– Eu também não! - David sorriu e jogou um pouco de água da piscina em Pierre que se vingou pulando com ele dentro da mesma.

Depois Lennon e Melanie também entraram na piscina, seguidas de Delilah que também quis entrar na brincadeira.

“Passei dias vivendo uma desilusão, desacreditando de tudo. Afogando-me em pessimismo. Por dias e horas me lamentei por essa vida que andava tão sem rumo. Pensava durante muito tempo, mas tudo isso mudou completamente no dia em que eu te conheci. De um minuto pra outro, comecei a acreditar em anjos. Então parei de olhar pra tudo o que fiz. Parei de contar as falhas, porque eu já não encontrava motivos pra traduzir meu ódio. Você apareceu e permaneceu, quebrando qualquer barreira que eu mesmo coloquei. Sempre acabava afastando todos de mim, mas eu sabia que precisava da sua proteção. Minha fé nas pessoas andava baixa, até eu sentir sua presença em mim que era forte. Sim, eu comecei a acreditar em anjos, mas existia algo errado nisso, você tinha feito algo absurdamente terrível pra estar nesse mundo, talvez tenha roubado todo o brilho do céu e colocado no seu olhar. Acabei te amando perdidamente, e fui cúmplice nessa história. Mas devo admitir que aceitaria qualquer julgamento se a minha sentença fosse você.”

“Foi um passarinho que me contou que não vale à pena desistir dos sonhos, nem esconder sentimentos. Que não é bom voar sozinho, e que todo mundo quer formar um ninho.”

“Eu estava perfeitamente feliz me matando, e então você me pediu para tentar. E pela primeira vez na vida senti como se alguém realmente se importasse, e por essa pessoa valia a tentativa.”

“Quantas pessoas fazem você se sentir raro, puro e especial? Quantas pessoas fazem você se sentir extraordinário?”


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Notas finais do capítulo

Reviews? *-*



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