Got My Heart In Your Hands escrita por Julia


Capítulo 123
Ultimato


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/231096/chapter/123

Outono. A curta temporada. A temporada que parecia voar. Bem, isso é, se você não é a pessoa em que tudo parece se arrastar quando você está ansioso para que as coisas acabem rapidamente, de modo que você pode fazer algo da vida. “Isso se você for como o Pierre Bouvier”. Ele pensou consigo mesmo, enquanto observava as folhas douradas flutuarem sobre o chão do estacionamento do shopping.

Ele sempre soube que David estaria ao seu lado, e ter descoberto a verdade o ajudou muito. Mas ele precisava ser cauteloso, pois Nemours sempre estaria por perto.

No céu, Lachelle tentava convencer Sarah de ajudar os meninos.

─ Eu não sei se posso fazer isso, Lachelle. Depois de todo o mal que eu fiz.

─ Você consegue, Sarah. Eu sei que é uma pessoa boa.

Sarah ficou pensativa. Não sabia o que fazer para se redimir com os meninos, pois já havia feito maldade até demais. O que costumava ser uma atitude incontrolável, mas acreditava-se que existiriam mudanças.

Mas Pierre enxergava a sua vida bagunçada, do que adiantariam mudanças? Seus sorrisos não eram mais sinceros. Aquele sorriso lindo que só ele sabia dar acabou-se como por encanto. Agora ele só queria saber de chorar e cortar os pulsos. Aliás, ele parou com essas bobagens, mas está tentando dar um rumo à sua vida e só David poderia fazer isso.

Naquela noite fria de Montreal, o maior desejo dos dois era ficar debaixo das cobertas, e não demorou muito para que isso acontecesse. David finalmente voltou para casa, enquanto Nemours se mantinha ocupado lá em cima, e antes de irem para os cobertores, Melanie correu abraçar as pernas de David logo que o viu na porta - não é uma gracinha?

Enquanto ambos já estavam deitados, Pierre começou a lembrar dos bons momentos, apoiando sua cabeça no tórax de David. Acabou recebendo vários carinhos entre as mechas de seu cabelo, o que fez Pierre adormecer por breves instantes, mas logo acordou, apenas para fitar o seu anjo parado bem ao seu lado.

De alguma forma, aquilo estava lhe passando segurança. Os olhos esverdeados de David brilhavam só de verem Pierre ali, pertinho dele. Mas Nemours não desistiria fácil.

[...]

─ Sarah, você consegue ajudá-los. Tenta. Eles precisam de você. - Disse Lachelle.

─ Mas eu não sei se devo, depois de todo o mal que fiz.

Realmente, ela havia feito muita coisa de mal... Mas quem sabe ela não conseguiria se redimir com todos eles? Talvez ela esteja sendo muito covarde, mas em um mundo onde ninguém se preocupa ou acredita nos verdadeiros sentimentos, à vontade para ser o que quiser.

Sarah até cortava os pulsos por causa do medo... Mas como ela havia virado espírito, os cortes desapareciam.

─ Você devia parar com esse medo e ir atrás. - Disse Lachelle.

─ Mas eu ainda amo o Pierre, e tenho medo de fazer algo contra ele. - Respondeu Sarah aos prantos.

 ─ Sarah, eu acho melhor esquecer. É um amor impossível, você sabe bem disso. Ainda mais que agora ele vive no mundo dos vivos, e nós estamos mortas.

─ Claro. Está certa, eu vou ver o que posso fazer...

─ Ei, veja... Aquela não é a Marcela? A enfermeira que seqüestrou a Hayley. - Indignou Lachelle ao ver lá de cima a Marcela andando pelas ruas de Montreal, acelerando os passos.

─ É ela sim... Eu conheço essa mulher.

─ Conhece como?

─ Ela já foi minha cúmplice.

─ De quê?

─ Sobre a Melanie. Minha irmã havia deixado a Melanie na maternidade, e eu a peguei e disse que não era para contar ao Jonathan.

─ E ela permaneceu calada?

─ Calar a Marcela é fácil. - Sarah movimentou os dedos, indicando um sinal como aqueles que se fazem quando a pessoa quer falar sobre dinheiro.

─ Ah, entendi... Mas e agora? Eu estou achando que ela vai aprontar.

─ Achando? Eu tenho certeza.

─ Sarah, é sua chance de se redimir. Desce e proteja os meninos. Minha intuição está dizendo que ela vai fazer algo contra a Hayley.

─ Mas ela está grávida.

─ E uma pessoa fria se importa?

─ Realmente... Eu não me importava, mas agora eu vejo o quanto é lindo ver uma criança e poder tocá-la. Não dei amor à Melanie, e me arrependo até o último fio de cabelo.

─ Então vamos fazer o seguinte... Você aparece para a Melanie e pede desculpas, e enquanto isso, eu resolvo o caso da Hayley.

─ Falar com a Melanie? Eu não sei se ela vai me perdoar.

─ Tenta, Sarah... Se não conseguir, pelo menos fez a tua parte.

─ Ok.

Sarah deu um último sorriso e desceu para a terra. Observou Melanie dormindo e acariciou o seu rosto, mas Melanie tinha um sono leve, e logo despertou.

─ Mãe?

─ Melanie? Você consegue me ver e me sentir?

─ Sim, por quê?

─ Nada, nada...

─ Por que está aqui?

─ Melanie, primeiramente, eu queria me desculpar por todo o mal que fiz. Eu agi errado.

─ Está bem, mãe. Não precisa me contar toda a história. Eu já sei do que fez, mas você é minha mãe e eu te aceito como é.

─ Mas Melanie, eu não sou sua mãe.

─ Como assim?

─ Eu sou sua tia... Jonathan não é o seu pai. Sua mãe biológica, a minha irmã, a deixou na maternidade, e eu a adotei, fingindo pra Jonathan que você era minha filha. Eu inventei que estava grávida, e adotei você.

─ E onde está minha mãe verdadeira?

─ Ela... Está morta.

Melanie começou a chorar.

─ Calma, princesa... Você está em boas mãos.

─ Tem o tio Pierre e o tio David. Ainda posso chamá-los de tio?

─ É claro que pode. Mas agora, só os chame de papai.

─ Por quê?

─ Eles te adotaram.

─ Como?

─ Eles foram ao cartório lhe registrar como filha. Agora você é Melanie Bouvier Desrosiers.

─ Sério? - Ela perguntou animada.

─ Sim. Você iria ficar com a Julie, talvez... Mas eu sei o quanto sente um carinho enorme pelo Pierre e pelo David, e não iria querer ficar longe deles. Estou certa?

─ Está. Eu gosto muito deles. Sempre dou risada com o tio Pierre... Quero dizer, pai Pierre.

─ Mas o David também é legal.

─ Sim, só que ele é mais quietinho.

─ Verdade... Pierre é como se fosse um palhaço.

As duas caíram na gargalhada.

─ Anjinho, preciso ir agora. Você me perdoa mesmo?

─ Perdôo, tia.

─ Você... Hã... Você... Você me chamou de tia? - Sarah hesitou ao falar.

─ Sim. Não pode?

─ Claro que pode. Fiquei apenas surpresa. Não sabia que me considerava da família.

─ Tia, tem algo que eu sempre digo... Se Deus perdoou os seus inimigos, quem sou eu para não perdoar? Eu não tenho um coração frio.

Era impressionante como Melanie era esperta.

─ Bom... Você pode me fazer um favor?

─ Claro, tia.

─ Eu agora tenho uma missão a fazer. Hayley está correndo perigo.

─ A ruivinha? Noiva do Patrick, que está grávida?

─ Ela mesma.

─ E o que está acontecendo com ela? Eu gosto tanto da Hayley.

─ Uma enfermeira nojenta e idiota está fazendo horrores com a coitada.

─ Vamos lá.

Sarah sorriu e as duas desapareceram.

─ Como eu pude desaparecer assim?

─ Você está do lado de um espírito.

─ Por quê?

─ Eu estou morta.

─ O QUÊ?! Como?

─ Eu fui atropelada por um trem... Mas esquece isso, pra você eu ainda estou viva.

Melanie ia chorar, mas Sarah a confortou. Foram até a casa de Hayley, e ela não estava enganada: Marcela realmente foi até a casa dela. Lachelle, Sarah e Melanie ficaram em um canto, observando a cada detalhe.

[...]

─ O que veio fazer aqui, Marcela? - Indagou Hayley.

─ Eu estava com saudades.

─ E como descobriu onde moro?

─ Sua ficha toda está no hospital, minha querida.

─ Ah... E o que quer de mim?

─ Muito simples... Eu quero apenas que seqüestre um dos filhos de seus amigos e traga até mim. Se não fizer isso, eu mato todos.

─ Mas isso é loucura.

[...]

─ Muita loucura. O que é isso? - Disse Sarah.

─ Isso não pode acontecer. - Completou Lachelle.

─ Mas e o Nemours? Precisamos detê-lo também.

─ Quem é Nemours, tia?

─ Outra pessoa má, Melanie.

─ Espera... Quando eu estava viva, eu conheci uma fã de Simple Plan que entendia sobre essas coisas de espiritismo. Talvez ela possa ajudar em algo. - Lembrou Lachelle.

─ Ótima idéia. Fala com ela.

[...]

Lachelle apareceu para Camila, a tal fã de Simple Plan que entendia sobre espiritismo.

─ Lachelle! - Gritou Camila, empolgada.

─ Camila, preciso de uma ajuda sua.

─ Pode falar.

─ Você que entende sobre espiritismo... Gostaria que detesse um espírito para mim.

─ É só mostrar um espelho para ele.

─ Espelho?

─ É. Espíritos odeiam ver o seu reflexo, e isso os mantém desaparecidos. Aliás, acaba com eles.

─ E qualquer um pode fazer isso?

─ Sim. Você mesma pode fazer.

─ Obrigada.

[...]

─ Nemours! - Melanie chamou a atenção dele, e ele se virou. Ela mostrou o espelho, e algumas coisas estranhas começaram a atingir-lhe, até que finalmente ele desapareceu.

─ Parabéns! Tudo acabou. - Disse Lachelle empolgada.

─ Precisamos falar pro Pierre e pro David. - Falou Sarah.

─ Melanie, coloque esse papel ao lado de Pierre e David.

Melanie desceu e entregou o papel nas mãos de Pierre, que ao abrir e ler, ficou feliz, pois todo o pesadelo havia acabado.

─ Agora... O que vai ser da Hayley? - Questionou Lachelle?

[...]

─ Marcela, eu não posso fazer isso com os meus amigos, pelo amor de Deus.

─ Mas vai. E vai agora.

─ Como que eu vou seqüestrar um filho? E de meus amigos?

─ Com as suas mãos... Faça isso ou todos morrem.

“O que eu faço agora? Estou em um mato sem cachorro”. Pensou Hayley.

Aprendi que se aprende errando. Que crescer não significa fazer aniversário. Que o silêncio é a melhor resposta quando se ouve uma bobagem. Que trabalhar significa não só ganhar dinheiro. Que amigos a gente conquista mostrando o que somos. Que os verdadeiros amigos sempre ficam com você até o fim. Que a maldade pode se esconder atrás de uma bela face. Que não se espera a felicidade chegar, mas se procura ela. Que quando penso saber de tudo ainda não aprendi nada. Que a natureza é a coisa mais bela na vida. Que amar significa se dar por inteiro. Que um só dia pode ser mais importante que muitos anos. Que se pode conversar com estrelas. Que se pode confessar com a lua. Que se pode viajar além do infinito. Que ouvir uma palavra de carinho faz bem à saúde. Que dar carinho também faz… Que sonhar é preciso. Que se deve ser criança a vida toda. Que nosso ser é livre. Que Deus não proíbe nada em nome do amor. Que o julgamento alheio não é importante. Que o que realmente importa é a paz interior. E finalmente, aprendi que não se pode morrer, pra se aprender a viver.

O problema é conviver com o depois. Como será depois? Sei que eu penso demais, minha cabeça dá voltas, imaginação fica a cem por hora. Mas queria saber como será depois. Mesmo. Como vou viver depois que, finalmente, te colocar num lugar distante? Como vou me sentir depois que eu tiver que forçar a memória pra me lembrar dos nossos beijos, nossas brigas, nossas conversas? Eu não sei. Simplesmente não sei. O que machuca é saber que esse dia chegará. E o que me dói é saber que eu nunca mais serei o mesmo.

E tem dias que é assim mesmo. Eu não quero graça, conversa, brincadeira. Quero ficar no meu mundo imaginário, erguer os muros e riscar os limites. Mas ainda assim, tem pessoas que se atrevem a atravessar essas barreiras. E o pior de tudo, se surpreendem com a minha reação agressiva. Você chama de ignorância, eu chamo de auto-defesa.

Nunca fui do tipo que precisava de atenção, de ser amada por todos, de precisar de um namorado pra ser feliz. Sempre passei a imagem de ser forte. Mas só por isso as pessoas achavam que eu nunca chorei, que eu nunca sofri, que eu nunca amei. E esse foi o maior erro delas, achar que por ser forte eu não tinha um coração.

Eu amo você como nunca amei alguém… nunca fui de correr atrás, nem de chegar ao meu limite chorando na frente de alguém. Pode parecer meio tosco, mas não consigo viver sem você, quer dizer, conseguir até que eu consigo, mas não é a mesma coisa. Você é meu tudo. Falta tudo na minha vida. Não sei como demonstrar mais isso. Cheguei ao ponto de querer me jogar aos teus pés, te pedir perdão, insistir mesmo. Mas daí eu sei que isso tudo é vão, você não quer mais e eu não quero acreditar ainda que você não queira mais. Você é o amor da minha vida, digo isso com toda convicção, é você… vai ser sempre você. Meu primeiro amor, sei que é o primeiro porque nunca me senti assim por ninguém. Perder-te foi como levar um tiro no peito, ou coisa pior. Estou nesse momento transbordando de amor por você. Dá-me uma chance de recomeçar uma nova história de amor com você? Prometo-te que vou te fazer a pessoa mais feliz desse mundo. Enquanto você não quer me dar ouvidos, repito baixinho aqui comigo: eu te amo e para sempre vou te amar.

Ei, só vim avisar que estou desistindo, ok? Acho que assim será melhor, com ou sem você, já não importa mais. Venho vivendo em um permanente e inútil sacrifício, apenas mudarei o foco. Prometo esquecer-te. Aprendi a lembrar de ti a todo o momento, agora bastará lembrar-se de te esquecer. Não vai ser difícil, vou tentar lembrar-se do muito que te dei e do pouco que recebi, vou lembrar-me dos sorrisos que desejei enquanto as lágrimas tomavam conta de mim, vou lembrar-me do quanto te amei e o que isso significou pra você. Bom, será assim. Vou sofrer como antes, mas dessa vez terei amor próprio, cuidarei mais do meu “eu”. Posso ter sido mais uma pra você, mas sou única pra mim.

Ainda acho que precisamos conhecer o inverno para compreender o verão, assim como é necessário passar por momentos de tristeza profunda para conseguir identificar e valorizar a felicidade quando ela chegar. E não devemos, nunca, nos esquecer das pessoas que amamos.

Cresci de um modo muito isolado. Tornei-me anti-social. Comecei a compreender a realidade do universo em que vivia, que tinha muito pouco para me oferecer. Não encontrava amigos de quem gostasse, que fossem compatíveis comigo, ou que gostassem do que eu gostava.

E existem aquelas pessoas que por mais distantes que estejam, ainda continuam perto. Aquelas que, passe o tempo que passar, serão sempre lembradas por algo que fizeram, falaram, mostraram, pelo que nos fizeram sentir. É isso… As pessoas são lembradas pelos sentimentos que despertaram em nós… E quanto maior o sentimento, maior se torna a pessoa.

 Odeio esses dias nostálgicos, você começa sentir saudade de tudo, começa pensar em momentos bons que você nunca mais terá e isso fica de corroendo por dentro, até que escorre a primeira lágrima, a primeira gota de saudade.

Seu sorriso; adoro ver você sorrindo, nem que seja por nenhum motivo só o riso de vergonha. Sua voz; conversar com você, sei lá, não vejo tristeza, raiva ou qualquer outro sentimento ruim, só consigo sorrir e pensar em te querer. Seu jeito safantica; safada e romântica, me encanta, me deixa bem, me faz te querer ainda mais, cada vez mais. Você; realmente, não existe uma pessoa que não queira você, tenha vontade de te beijar, que não note teu sorriso perfeito, sua beleza, seu carinho, qualquer pessoa que te conhecer irá te desejar, como eu desejo, não sei explicar, eu te acho linda, um pedaço de mau caminho, uma coisa absurda. Te conhecer pouco a pouco, faz com que eu te queira por completo. Faz com que eu te queira, apenas. Esse seu jeito que você trata as pessoas, sem indiferenças, essa forma que você acolhe, me encanta. Você me anima em todos os sentidos, me faz esquecer-se do mundo, é como se você conseguisse me teletransportar para um lugar onde não existe ninguém, só eu e você, só nós dois. Te ver é como se fosse a melhor coisa do meu dia, alias você é a melhor coisa de todos os meus dias. Te ver disponível nas redes sociais é o tiro certeiro pro meu coração começar a disparar sem compasso, e parecer que ele vai saltar pela minha boca a qualquer instante. Se eu não falo contigo, é como se faltasse algo, como se faltasse uma peça do quebra-cabeça, como se o dia não existisse sol e noite sem lua, chuva sem pingos d’água, entendeu? Deu pra compreender? Eu sem você é pedir pra ir deitar sem um pingo de sono. Quando te vejo ir embora depois de dizer boa noite, sempre tenho vontade de gritar: Ei, eu te amo, idiota! Sei lá, você mexe comigo, demais. Mais do que eu imaginava.

Estou me sentindo em um beco sem saída, estou preso à esse sentimento horrível e ótimo ao mesmo tempo, estou apaixonado por você, meu coração é só você quem toma conta, mas do seu, ah do seu quem é o anjo da guarda, o protetor, é outro. É ele, que está ai, do seu lado, te dando toda atenção que você precisa, não tanto como eu te daria, mas acho que ele se esforça. É difícil amar sozinho, é difícil ter que carregar todo esse sentimento enorme sozinho, preciso de você, mas você não precisa de mim, preciso de nós mas você precisa de si. Eu queria que você diferente, eu me sinto mal. Eu nunca cheguei em você e disse: “Termina com ele, e fica comigo.” Mas bem que eu queria, porém quando vejo você sorrindo, ao lado dele, meu mundo desaba, mas ainda sim sorrio, só de saber que você tá feliz. Queria que eu fosse o motivo desse sorriso, quero que você sorrisse por mim, sorrisse pra mim.

Poderia ser melhor não acha? Só poderia, não quero que seja. Se fosse melhor talvez não fosse a gente, não teria esses erros um tanto quanto engraçados que só nós temos, esses deslizes que mostram o quanto estamos firmes, não o bastante, mas estamos. Se fosse melhor, seria perfeito, se fosse perfeito, não seria especial. Seria só uma ilusão, algo criado, planejado. E não planejamos nada disso, deixamos que apenas acontecesse. E aconteceu.

Entenda, é tudo novo pra mim. Nunca precisei tanto de alguém como preciso de você, nunca desejei tanto um sorriso como desejo o seu, nunca esperei tanto por um beijo como espero pelo seu… Eu nunca fui tão eu mesma como sou com você. Perdão se às vezes meu jeito infantil de reagir te assusta ou te incomoda. Repito, é tudo novo para mim. Sinto-me uma criança confusa diante desse sentimento, sinto-me frágil diante do medo de te perder, sinto-me pequena diante da perfeição que a cada dia descubro em você, sinto-me cega diante da luz e magia que flui naturalmente dos seus olhos e do seu sorriso. Eu não sei o porquê de tudo isso. Não compreendo a imensidão do meu desejo. Desculpe pela infantilidade que te amar despertou em mim.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gostaram dos textos? E do capítulo? Se sim, deixem reviews. *-*



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Got My Heart In Your Hands" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.