POV BECK

Sorte que eu tenho muita paciência e não me estresso fácil, senão nunca teria achado a Jade. Enfim, a achei no jardim escondido dos fundos, chorando. Ela dava soluços de rachar o coração. Eu me sentei ao seu lado e ela me olhou.

-         B-Beck...e-eu... – Segurei seu rosto.

-         Não precisa se explicar, Jade. Eu te amo, e isso nunca vai acabar. – Ela parou de chorar.

-         Beck...eu nunca quero te perder! Eu te amo muito! – Eu me aproximei mais dela.

-         Também te amo demais. – A beijei. Me senti bem e mal ao mesmo tempo. Bem porque a Jade tinha voltado ao normal e triste porque o Rafa gostava dela e sofria por vê-la comigo.

POV RAFA

É. O Beck tinha voltado com a Jade. Mas ela não estava mais má comigo. Na verdade, ela estava gentil demais comigo. Era sempre doce e meiga, o que me fazia gostar mais dela.

-         Quanto será que dói ter o pulso decepado? – Disse ela de repente, enquanto a gente almoçava. O André quase cuspiu o sanduíche.

-         PORQUE DIABOS VOCÊ QUER SABER DISSO, MULHER??? – Berrou ele, morrendo de medo. Ela sorriu daquele jeito que faz criancinhas chorarem.

-         Você não vai querer descobrir. – Então, terminou o almoço e a Jade beijou o Beck. Outra espada foi adicionada no meu coração. Mais uma na minha coleção.

-         Tchau amor...eu tô tonta...vou pro quarto.

-         Cê tá bem? – Perguntou Beck, segurando-a de uma quase queda.

-         Tô...tô bem. Vou pro quarto. – Fiquei preocupado. Pensei: “Vou lá depois do almoço”.

POV GUSTAVO

Admito. Estava apaixonado pela Anna.

-         Gus? HEY GUSTAVO? – Disse ela tocando um lápis em mim.

-         Que foi? – Estávamos na minha casa, fazendo dever de casa.

-         Qual é a resposta da três?

-         483.

-         Valeu. – Então, quando terminamos, ela deitou na cama. Olhava petrificada pro teto. Seus cabelos vermelhor estavam bem espalhados na colcha azul. Seus olhos castanho, sempre com um rímel básico, eram muito brilhantes e perfeitos. Entrei em seu campo de visão e ela disse:

-         Ei, você tapou minha linda visão do teto!!

-         E o que você vai fazer?

-         Isso. – Ela pulou em mim e começamos uma guerra de travesseiros. Amei aquilo. Terminamos com um quarto bagunçado e ela deitada em cima de mim rindo. A gente tinha caído daquele jeito. O calor dela passava para mim. Seus cabelos formavam uma “cortina” vermelha. Ela sorria. Eu não aguentei. A puxei pela cintura e a beijei. Ela pareceu surpresa no começo, mas tomou o embalo. Me beijou também e, sinceramente, me senti melhor que com...

-         P-para Gus...e-eu... – Ela levantou pegou as coisas dela e saiu do quarto. Fui atrás dela. Meus lábios ainda formigando. A segurei pela cintura e a virei pra mim no pé da escada. Ficamos nariz com nariz. Ela me olhava daquele jeito que só ela sabe.

-         Desculpa...sei que tá rápido...mas eu te amo.

-         Eu...eu também te amo...mas...eu não quero me magoar de novo. Vamos...evitar...beijos... – Mas a nós já estávamos petrificados nos lábios um do outro.

-         Anna...eu te amo...muito. A última vez que me senti assim, me ferrei feio...ela me traiu e...bom, mesmo assim. Seu beijo é melhor que o dela. Você é melhor que ela. Você é A melhor. Juro que se me der uma chance, vou me mostrar...bom, o melhor que eu possa ser...Eu te amo. Isso não vai mudar. – Ela sorriu e selamos isso com outro beijo.