Aiolos encarava o horizonte.

Um campo extenso de flores podia ser visto. Se o sagitariano forçasse a visão, para tentar observar o que tinha mais ao longe, nada adiantaria.

Não havia mais nada, a não ser esse longo e vasto campo de flores, onde o céu era sempre bonito e azul. A brisa era sempre agradável.

Mas ele cansara daquela paisagem que devia ser seu merecido descanso.

Aquela paz se tornava seu maior pesadelo, um silencioso inferno, onde nunca tivera companhia, onde ele esperava.

Ter  aquela paisagem, só o fazia pensar como estaria todos os outros cavaleiros, como estaria seu irmão, e o mais importante: O que estaria fazendo Saga? Haveria ele voltado a si e sido perdoado? Havia a ultima guerra acabado?

Seus pensamentos não paravam nunca, deitado sobre a relva, as flores como sua única companhia, ele pensava e cogitava sobre o que estava acontecendo num mundo que ele não mais pertencia.

Aiolos esperava, com medo de encontrar Saga ali, pois se o encontrasse lá, significaria que Saga havia morrido, e isso ele não queria para o geminiano.  Mas também, esperava com esperança que fosse encontrá-lo. Pois os anos haviam se passado, mas ele jamais deixara de amar Saga.

-Que Athena os proteja...  – Aiolos falou encarando o céu azul.

E mal ele sabia que Saga morrera e que também esperava, e que sua espera também era de receio e esperança. Que do outro lado, sua solidão era miserável, castigadora.

Aquele dia, desde todos os dias que se passaram, desde que Aiolos chegara naquela campina, fora a primeira vez, que ao escurecer, e com o céu limpo, uma estrela cadente cruzou o céu, e Aiolos, depois de tanto tempo, sorrira, pois aquele era um anuncio que sua esperava talvez não fosse mais ser tão longa assim.