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Quando o dia amanheceu Claire percebeu que tinha caído no sono de tanto chorar. Estava na cama, ainda com o vestido que usava quando teve sua conversa com Louis. Recolheu sua força e se levantou tomar um banho antes de dormir.

Isabel entrou no quarto quando ela se levantava.

- Vai se arrumar para o café menina? – Disse com uma expressão preocupada.

- Sim, Isabel. Vou assim que sair do banho... – Claire passou a mão nos olhos.

- Por que chorou tanto esta noite? Não pense que não reconheço estes olhos inchados... – Isabel chegou mais perto dela.

- Ah Isabel... – Ela respirava fundo – Eu sou mesmo uma tola. Achei que poderia fazer Louis gostar de mim... Mas não posso.

- E por que diz isso? – Isabel se sentou ao seu lado

- Ele não acredita do amor, nosso casamento é mais uma obrigação na sua vida de Rei!

- Não fique assim pequena, sei que se existe alguém que pode ensinar este homem a amar é você! – Isabel sorria – Seu coração e sua alma são ainda mais lindos que seu rosto. Talvez, se deixasse que ele visse um pouco mais do seu rosto, ele se sentisse convidado a conhecer o restante...

- Você acha? – Os olhos verdes-mel de Claire se iluminaram com a ideia.

- Sei que você ama esse rapaz, então faça de tudo para que ele abra seu coração para esse sentimento tão lindo que você tem por ele!

- Você está certa Isabel! – Claire se levantou da cama - Vou mostrar que meu amor é verdadeiro e forte. Faço de tudo por Louis.

A jovem sorriu correndo em direção ao banho.  Isabel sorriu ao ver a animação da princesa.

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- Lili? – Harry foi até o quarto de Lili, perguntar se a jovem desceria com ele para a mesa de café da manhã.

Ouviu o barulho de água vindo de uma parte do quarto se servia de banheiro e lavatório. Lili estava tomando banho.

Por instinto, seguiu andando pelo quarto até chegar à cortina que servia de porta para aquele cômodo. Quis colocar os dedos na cortina e deixar que seus olhos se deliciassem com a imagem de Lili na banheira, mas por um momento lutou consigo mesmo.

- LILI! – Ele disse se olhos fechados e rosto apontado para o chão.

Lili olhou em direção a cortina e pela sombra projetada no pano, pode ver Harry.

- Harry? O que você está fazendo aqui? – Ela se levantou pegando um pano para se cobrir.

- Ah... Eu vim ver se quer companhia para descer até a mesa de café. – Ele fechava os olhos com força.

- Harry, você não vê que estou tomando banho? Como entra assim, sem se fazer anunciar? – Ela já estava enrolada no pano.

- Tem toda a razão me desculpe... – Lili começou a chegar perto da cortina – Eu volto depois.

- Espere. – Lili parou em frente a Harry, fazendo com que somente a cortina separasse os dois – Está de olhos fechados?

- Claro! – Harry respondeu como se tivesse se ofendido com a pergunta.

Lili sorriu ao tirar a cortina de sua frente e ver Harry fazendo força para manter os olhos fechados.

- Então, eu vou indo. – Harry se virou para sair.

- Lilian. – Lili disse encostando-se a parede.

- O que? – Harry se virou e não fechou os olhos. Não se arrependeu. A imagem de Lili com os cabelos e pele molhados, enrolada em um pano, era mais do ele precisava para ter um lindo dia. Uma linda vida.

- Meu nome é Lilian. Ironicamente significa inocência. – Ela disse olhando os próprios pés por um tempo.

- Não poderia imaginar um nome melhor pra você, Lilian. – Harry sorriu e saiu do quarto.

Lili sorriu olhando para o jovem saindo do quarto.

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Claire estava pronta e descendo as escadas. Estava com um vestido simples que honrava o corpo lindo da jovem. Tinha mangas compridas na parte de cima que era toda de renda bege. A saia, até os tornozelos era de um pano leve que dava um movimento ao seu andar. Calçava um bota de couro de um tom mais escuro que o vestido. Estava completamente limpa, até os cabelos estavam menos bagunçados do que de costume.

Caminhava com um sorriso no rosto. Passava pelo corredor que iria levá-la até a cozinha, quando escutou o barulho de uma conversa mais acalorada vindo de uma das portas. Chegou até essa porta e ela estava aberta. Com a curiosidade aflorada, encostou-se à parede ao lado da abertura e se surpreendeu ao escutar a voz de Louis.

- E por que você não conversa com ela?

- Ela é uma boa pessoa meu filho, tem o coração bom e tudo mais... – a rainha dizia desconfortável – Mas, sinceramente meu filho, não vejo de que maneira podemos deixar sua presença menos incomoda aos olhos!

- O que quer dizer?

- Claire não se parece com uma princesa, é desajeitada e demasiado desleixada! A festa de noivado é depois de amanhã e eu nunca a vi com os cabelos penteados!

- Não sei por que isso te importa tanto mamãe. Meu casamento com Claire foi um acordo fechado há muito tempo. Não importa se ela é bonita ou não... Nosso casamento já é certo.  – Louis dizia firme e seco.

Claire não aguentava mais ouvir a conversa. Saiu correndo em direção a saída do castelo.

- Acho que era Claire. Sinto muito. – A rainha disse baixando a cabeça.

- O que? – Louis ficou desesperado e saiu correndo atrás de Claire.

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- Não! – Jass dizia como quem se segurava para não perder a paciência – Entenda... A espada não requer tanta força. Pense comigo: ela já é afiada, pra quê tanta força? – Zayn riu com a explicação de Jass.

Ele estava treinando com um tronco de madeira fincado no chão. Estava dentro do estábulo em que ele estava preso.

- Mas como eu vou saber a quantidade certa de força? – Zayn perguntava confuso.

- Acho melhor esquecermos um pouco a espada... – Jass disse olhando para o chão – Vamos treinar o seu corpo primeiro. – Ela caminhou até Zayn – O que você sabe de luta corporal?

- Que é coisa para aqueles que não têm arma. – Zayn disse simplesmente.

- Nossa. Você é mesmo um poço de sabedoria. – Jass disse irônica deixando a espada de lado – Largue sua espada. – Jass pegou dois pedaços de madeira de mesma largura e espessura – Se souber lutar, terá uma vantagem sob o oponente que somente souber se defender com uma espada, isso é óbvio. Mas o mais importante é que terá um condicionamento físico superior, porque cada parte do seu corpo saberá te defender. Agora, quero que use seus braços para se defender, colocando seu antebraço ao encontro da madeira.

                E assim, eles começaram em um ritmo lento. Jass dava o golpe com a madeira e Zayn defendia com o braço. A velocidade foi aumentando. Jass acrescentou golpes contra as pernas e a barriga, e Zayn aprendia a defender cada parte do seu corpo.

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                Claire correu pela floresta e se parou quando se chocou com alguém.

- Ah, me desculpe! – Ela disse entre lágrimas se deparando com a figura de um homem.

- Ahn... Não se preocupe... Está tudo bem? – Kaio disse realmente preocupado.

- Não... Não está nada bem... – Claire começou a chorar ainda mais forte.

- Por que não se senta? – Kaio indicou uma pedra.  Ele olhava para os lados – Olha, senhorita, eu preciso voltar para o meu treinamento...

- Já estão aceitando mulheres nos treinamentos? –Claire perguntou como se tivesse gostado da notícia.

- O que? – Kate foi pega de surpresa.

- Você é mulher não é?

- Como você sabe? – Kate se ajoelhou na frente de Claire.

- Seus olhos não são olhos se homem. Principalmente de homens estúpidos que não viram nada da vida! – Claire disse com um tom de raiva.

- Hm... Então você está assim por causa de um homem.

- É... Não. Não sei.

- Escute, você está muito confusa... Está precisando conversar... Mas eu realmente tenho que voltar para o treino... Por que não nos vemos depois?

- Uma amiga? Claro! – Claire sorriu e Kate fez o mesmo – Me encontre no castelo hoje. É melhor ir como mulher.

- Ah... Tudo bem... – Kate se levantou – E, por favor, não conte a ninguém quem eu sou. Ainda não aceitam mulheres usando espadas.

- Ah, seu segredo estará seguro comigo. Sabe o que devo fazer pra voltar? – Claire se levantou limpando o vestido.

- Siga nessa direção e sairá na porta do castelo. – Kate apontou a direção.

- Obrigada. Te espero então. – Claire disse e saiu correndo.

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                 Niall não sabia o que fazer. Caminhava sem rumo pelo castelo e não tinha ânimo. Passou pelo quarto de Julie e a vontade de entrar fora grande demais para ser ignorada. Olhava o quarto, a cama, e abriu o guarda roupa. Nas mãos, o bilhete deixado por ela, se movimentava e parecia maior.

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                No acampamento Julie chorava sentada na cama que fora de Kate. Pensava em Niall, no pai e em como sentia falta dos dois. Quando fechava os olhos, era fácil se lembras dos olhos azuis mais límpidos que já haverá conhecido.  Lembrava-se da dança sem música, da bondade do príncipe abraçando Maria, do cuidado que sempre tivera com ela.

                Sabia que ele nunca a perdoaria. Ela tinha ido embora sem explicar nada, sem se despedir... Mas era melhore assim. Era melhor que ele a esquecesse, mesmo ela tendo certeza que nunca se esqueceria de seu parceiro perfeito.

                Jass entrou no quarto, suada e sorrindo. Assim que viu o rosto de Julie, seu sorriso desapareceu:

- Está pensando no príncipe de novo?

- É tão óbvio assim? – Julie perguntou com um sorriso amarelo.

- É. – Jass sorriu – Estive pensando em uma maneira de salvar seu pai... – Jass se sentou da frente da amiga, na sua cama.

- Teve alguma ideia? – Julie a olhou, esperançosa.

- Bem.  Meu povo já passou um tempo em Powys, de tempos em temos nos mudamos, por segurança. O Rei sempre esconde seus prisioneiros em uma caverna, ao lado do castelo.

- Acha que meu pai está lá?

- Sim. Se estiver vivo... – Jass disse com cuidado.

- Entendo... Então, o que pensou?

- Simples. Vamos buscá-lo. – Disse Jass – Montaremos uma equipe e vamos dentro de três dias.