Acampamento Pós-guerra escrita por Histórias do Seu Sátiro


Capítulo 2
Capítulo 2- O Olimpo


Notas iniciais do capítulo

YAY! Finalmente vamos descobrir o pai da Sabrina(eu) fun



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Tudo bem, vou fazer um resumo do Olimpo para você.

Haviam dezenove deuses olimpianos na sala, uns seis metros de altura cada, os deuses maiores e menores.

Zeus, o que era para ser a figura séria do Olimpo que cuida de toda a organização, nem estava ligando para a bagunça da sala, ou para a mulher dele, Hera, que estava falando seriamente com ele sobre algo dela não poder ter filhos, ele só estava deitado de lado em seu trono de mármore no centro da sala, lendo um gibi do Thor.

Poseidon, o deus dos mares, irmão de Zeus, estava brincando com uma vaca/peixe que a Summer disse que era um monstro chamado ofiotauro.

Hermes e Apolo estavam tocando guitarra no canto do Olimpo mais distante de Zeus.

Ártemis estava tentando convencer Afrodite que a Caçada é boa para as garotas.

E os outros deuses em geral estavam discutindo e fazendo barulho.

O Sr. D pegou uma corneta com Aaron e foi até o centro dos tronos, que formavam uma ferradura se vistos de cima. Logo ao pisar no chão da sala do Trono ele cresceu até atingir a altura dos outros deuses, só um pouco menor.

Ele tocou a corneta e todos os deuses se viraram para ele, os que não estavam em seus lugares foram se sentar correndo. Exceto por Zeus, que continuava lendo seu gibi e falando “Calma amorzinho, só deixa eu terminar essa página”.

-Zeus! O Sr. D gritou.

Zeus acordou e olhou em volta, evitando olhar na direção de Aaron, seu filho, que estava encarando Zeus com olhar de desprezo.

-Prossiga Dionísio. Disse Zeus, agora que o gibi do Thor não estava cobrindo seu rosto ele parecia bem mais respeitável, com um terno risca de giz, cabelos e barba cor de sal-com-pimenta(cinza) e os olhos, até mais azuis que os do Aaron.

-Trouxe os pirralhos, vou falar o nome da criança, ela vai dar um passo para frente, e o pai,  mãe ou o deus que escolheu um herói, vai levantar a mão , a criança vai ficar no pé do trono do é do trono do responsável.

Todos os deuses balançaram a cabeça em sinal de concordância.

-aiHaiden.

Haiden deu um passo para a frente e Hades levantou a mão.

-É meu neto.

Haiden foi se sentar junto ao avô, que estava em um banquinho do lado de Perséfone, era Hades.

-Mike

Era aquele garoto filho de Hebe que estava cantando funk quando eu entrei na carruagem, ele tinha cabelos cacheados e olhos castanhos, parecia bem em forma e muito jovem.

Hebe levantou a mão e ele foi se sentar com a mãe.

-Blave

Hipnos levantou a mão e aquele garoto, narigudo, baixinho, e com corte de cabelo estilo Beatles desgrenhado, que estava no banco de trás com o Haiden foi se sentar com o pai.

-Summer

Apolo levantou a mão, eu fiz um sinal positivo para ela e ela foi se sentar com o pai, ambos sorridentes e aquela aura simpática ao redor deles.

-Drake.

Era um garoto que deve ter entrado enquanto eu dormia, cara de certinho, parecia muito com o Steve Rogers mais novo, incluindo os músculos.

Atena levantou a mão e ele foi se sentar com ela.

-Bryan.

Era um garoto loiro com o cabelo repicado que ficou conversando com a Summer durante a viagem toda, acho que ele gostou dela, eles ficavam fofos juntos, não sei como descrever ele, ele era mais bonito que um filho de Afrodite.

Ártemis levantou a mão e Apolo encarou ela assustado.

-Quem? Ele disse com raiva.

-Calma, eu escolhi um herói. Ela explicou.

-Sabrina. Disse Dionísio interrompendo Ártemis e Apolo.

Dei uma congelada na hora, e então andei um passo para frente, senti que ia desmaiar, ninguém levantava a mão, e se fosse um engano eu estar ali?

Então Hermes levantou a mão, fui em sua direção correndo, achei mesmo que fosse vomitar, ele parecia o Deus mais legal dali, mas seria estranho chamar de pai um Deus que tinha aparência de no máximo vinte anos a mais que eu.

Ele tinha meus cabelos um tanto cacheados, castanho claro, olhos claros, aquele capacete com asas, e os tênis de basquete alados.

Ele abaixou a mão e me convidou para subir ali, subi, e ele me deu um chapéu alado como o dele, passamos o resto da cerimônia contando piadas, Dionísio disse que deixaria uma lista com o nome de cada criança e seu pai olimpiano no final da cerimônia para se certificarem que não pegaram o filho errado , então não me preocupei em ver a apresentação, queria conhecer mais meu pai.

-Tudo bem pirralhos- Disse Dionísio depois de cada um ver seu pai olimpiano- agora vocês vão ter um tempo para conversar com seus pais, eles vão falar com vocês, explicar tudo o que quiserem e etecetera.

Então ele subiu em seu trono, com sua filha, Luana.

Aaron não estava nem perto de seu pai, ele estava conversando com a Luana enquanto Dionísio os olhava com olhar repreendedor.

Agora ele parecia bem mais alegre, e um pouco mais solto, não estava travando, então deixei de me preocupar com isso.

-Vamos para o meu templo lá atrás? Quero te ensinar a pilotar um bom tênis alado. Sugeriu meu pai.

-Vamos, posso tentar já ir voando?

Ele concordou e fomos voando, os dois até o templo de meu pai.

Era a quarta porta à direita de um largo corredor de mármore, e detalhes de ouro, na porta haviam várias placas, como em quartos de adolescentes rebeldes, dizendo coisas como “Não entre”, “Sim pai, é óbvio que eu tô estudando” ou “Gênio dormindo”.

Ao abrir a porta me deparo com um templo gigantesco, novinho em folha, de mármore e prata, vitrines com os mais variados caduceus, liras, guitarras, discos de rock.

Haviam várias serpentes no canto da sala em uma gigantesca gaiola natural, e duas estavam soltas na sala.

-George e Martha- Disse Hermes, só nesse momento notei que ele havia diminuído de tamanho- são as serpentes que ficam no meu Caduceu.

-Você trouxe ratos para mim? Disse George

-Você é a filha do chefe?

-Sim.

-Sim para ratos?

-Não, sim para filha, sou a Sabrina, mas me chame de Julia.

-Droga! Mas você vai ser promovida, agora você é a principal por trazer ratos para o George, cá entre nós bem melhor que ser filha desse paspalhento aí.

-Já chega George, vem para o celular, quero jogar o jogo da cobrinha.

-Ah! Tchau! Ah, e seu pagamento é só pedir para o chefia.

Então ele foi subindo pela perna de Hermes e entrou no celular.

-Martha, vem cá também.

-Tchau.

-Tchau.

-Tudo bem, agora vamos começar a aula?

-Vamos.

-Vem aqui, vamos achar um tênis alado bom para você, que número você calça?

-Trinta e nove, por aí.

Ele me deu um par de tênis Converse alados, um capacete com asas e duas munhequeiras douradas aladas.

-Tá, como eu faço agora? Perguntei depois de vestir todo o equipamento.

-Corre, pula e voa. É bem simples na verdade. Tenta voar em linha reta para começar.

De repente a porta se abriu e o Sr. D entrou.

-A aula vai ter que esperar, o trabalho espera os pivetes.

-Posso ir junto? Eu vou voando do lado da carruagem, por favor titio. Implorou meu pai.

-Eu sou seu tio?

-Não sei, esse negócio do meu pai pegar todas é muito complicado, talvez você seja meu irmão.

-Ah, esquece, vem pirralha.

-Eu vou junto, ajudo a limpar tudo por lá, posso levar uns tênis alados também, por favor? Insistiu Hermes

-Tá, vem logo seu jovem.

Hermes é um pai divertido, não consigo me imaginar filha de nenhum outro deus, mas é meio engraçado a ideia de ele ter idade para ser meu irmão.

No caminho nós fomos treinando voar em volta do Sr. D, o que parecia ter deixado ele bastante irritado.

Ao chegar na carruagem todos estavam nos esperando, alguns ficaram surpresos de estarmos levando um deus olimpiano conosco.

-Que carruagem ruim tio, não quer vir na minha não?

-Não. Disse ele com aquele tom frio e gelado tentando dar um corte em Hermes.

-Posso levar minha filha?

-Pode- Concedeu Dionísio- se quiser levar outro pirralho irritante pode também.

-Vou falar para Zeus que você está arranjando briga, quer mais alguns séculos no acampamento?

-Vai logo embora pivete.

-Alguém mais quer vir com a gente?- Berrou Hermes- É um jatinho, dá até para passar no McDonald’s antes, e eu ensino vocês a conseguir um lanche de graça.

Summer, Aaron e Luana vieram junto conosco, Dionísio não nos deixou levar mais nenhum.

Meu pai deu um tênis alado com proteção para cada um, mas eles não tinham o que Hermes chama de “A manha de Hermes”, só Aaron que se deu um pouco melhor, acho que porque ele é filho de Zeus, mas eu tive que ajudar Summer e Aaron ajudou Luana.

Fomos voando até uma agência de correios, a Hermexpress, era tão óbvio o que estava por trás daquele nome, mas acho que, se não tivesse visto o que havia no dia, também nem duvidaria.

-Os humanos não veem a gente pai?

-Não, devem estar vendo uns adolescentes em aviões, algo do tipo, é a névoa, meio besta não?

Subimos no terraço da Hermexpress, lá havia um jatinho, mas era como um tênis alado, esticado na forma de jatinho, difícil de explicar.

A porta era pela aba do cadarço, a cabine de comando ficava no bico do tênis, não que precisássemos de uma cabine de comando, já que meu pai comandava tudo tocando uma lira, ele também usava um pouco de magia, mas preferia a lira.

Lá dentro tudo era iluminado por neon, refrigerantes para todos os lados, e algo que meu pai chama de Flor de Lótus, é bem, “divertido”, é como um doce, uma flor rosa comestível.

Um quarto do jatinho, que era bem grande, era a ala dos jogos, todo tipo de modernidade, videogames, televisões, computadores, simuladores, tudo de mais novo no mundo, era bem parecido com um cassino.

Enquanto Aaron, Summer e Luana estavam jogando Guitar Hero me ofereci para ir pegar uns refrigerantes.

A cozinha era bem pequena perto de todo o investimento em salões de jogos e pistas de dança, só uma geladeira, uma bancada e um fogão, a geladeira estava repleta de fotos, era meu pai, sempre a mesma cara, aquele cabelo castanho cacheado, olhos verdes brilhantes que parecem estar pensando no melhor jeito de aplicar uma pegadinha em você, e aquele sorriso torto.

Mas meu pai não é tão egocêntrico, as fotos eram sempre deles com uma criança, um bebe, ou, raramente um adulto, supus que fossem meus irmãos de diferentes datas, fui analisando cada foto, todos pareciam comigo, e com Hermes, exceto por um, um pequeno garotinho loiro, com olhos azuis, que parecia muito feliz, com Hermes e sua mãe.

Peguei esta foto e me sentei na bancada, então meu pai abriu a porta e me pegou admirando a foto e se sentou ao meu lado na bancada.

-É um irmão seu, sabe? Todos esses nas fotos, grandes heróis, meu filhos.

Ele olhou para baixo, quando ele entrou na cozinha já havia notado seus olhos inchados, mas ele estava tentando esconder a tristeza.

-Pai- Dei uns tapinhas nas costas dele- Você não quer ir se deitar? Eu toco a lira, como faço?

-É só tocar, você vai saber como, é uma filha de Hermes, eu que inventei a lira, não tem esse negócio de direções, você só toca senão o jatinho fica estressado, e eu não recomendaria a você viajar num jatinho estressado.

Ele continuou olhando para baixo, agora soluçando, daqui a pouco ele ia explodir.

-Está tudo bem pai, só vou guardar essa foto.

-Não, eu quero ele, eu quero meu filho, eu quero o Luke.

-Sssshhhh, pai, está tudo bem, o Luke está bem, ele foi demais o.k.? O Luke foi um herói papai.

Fiquei lá abraçando meu pai durante algum tempo, até argumentar que se ele não dormisse não conseguiria me ensinar a “conseguir” um lanche do McDonald’s sem pagar.

Então coloquei ele para dormir, com a foto de Luke em seu peito, que já havia tirado aquelas vestimentas de guerra e agora estavam com um pijama do My Little Pegasus azul.

-O Luke foi um herói papai, não se esqueça disso.

Então finalmente fui levar os refrigerantes para o povo.


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Notas finais do capítulo

Eu quero o Luke de volta agora, meu maninho, tadinho.
O LUKE FOI UM HERÓI



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