Minha Guarda Costas escrita por Kenji


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Sinto que demorei pra postar. Mas aqui está.



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Anna acordou com a capainha de sua casa tocando. A chuva forte batia em sua janela, em sua cama, no lado de Mike ainda estava do mesmo modo. O marido não havia voltado aquela noite. Seu corpo magro se sentou na cama, ainda acordava de poucas horas mal dormida. Não deveria passar das quatro da manha e capainha tocando daquele modo não poderia ser coisa boa. Se levantou da cama, vestiu o casado do marido jogado sobre o sofá perto da cama. A briga havia causado olheiras nos olhos da moça. Seu cabelo castanho e bagunçado havia sido preso enquanto descia as escadas em direção da porta de onde vinha a campainha. Conseguiu ver aquela sombra por de trás do vidro embasado por causa da chuva. Era Chester. Seu coração disparou, já veio em mente seu marido sequestrado, ou pior. Morto. Seus passos aceleraram, fechou o casaco do Marido para que Chester não visse seu corpo seminu. Abriu a porta, Chester estava parado sobre a porta, vestido com a roupa do show, não havia se trocado antes de todo aquele acontecimento. A calça escura, a camiseta xadrez verde e seu cuturno preto. O corpo totalmente molhado, tremia, estava com frio, o carro parado em frente da casa do casal Shinoda, Phoenix sobre o volante, Brad, Joe e Rob no banco de trás, não caberia Anna e Otis, ela teria que ir com o carro da família, se tivesse condição de dirigir após a noticia que receberá.
- O que aconteceu?
- O Mike.... – Chester não conseguia falar, tremia, a madrugada era fria e a chuva que tomava no corpo malhado não ajudava muito.
- O que tem o Michael...
- Se meteu em confusão de novo e está no hospital.

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Chester entrou correndo no hospital em busca do amigo, estava uma confusão aquele hospital, por que estaria toda aquela confusão aquela hora da manha? Por que não estará calmo, só queria o amigo bem e nada demais. Jogo o corpo sobre o balcão após empurrar muitas pessoas e quase escorrer pelos pés molhados.
- Michel Kenji Shinoda. Preciso saber dele. Ele está vivo? – Falava sem respirar, queria logo noticias do japonês.
- Calma senhor. Precisa aguardar ali, logo chamarei um medico responsável pelo paciente.
- EU NÃO VOU ESPERAR NENHUM MINUTO. – Gritou Chester, atraindo todos os olhares em sua direção.
- Por favor não grite, você está em um hospital. – tentava manter a calma com o astro do rock a sua frente.
- Eu preciso saber do Michael, por favor, me fale onde ele está.
- Por favor espere sentado ali, e chamaremos em breve para que possa saber sobre seu amigo. Não está vendo a confusão que está aqui essa noite, não podemos atender o senhor assim tão rápido.
- Eu procuro sozinho. – Chester se afastou do balcão. Já cansado de toda essa formalidade de querer saber onde estava Mike, saiu em direção do corredor, olhando por todos os quartos e querendo ver seu amigo.
- Segurança – Gritou a moça sobre o balcão ao ver Chester entrar pelo corredor. O corpo de Chester foi para o lado assim que ouviu um grito penetrar seus ouvidos “Sai da frente, paciente baleado” seu coração apertou, respiração ofegou. Olhos em direção dos médicos que entravam correndo, homem deitado sobre a maca, roupas iguais a de Mike, manchadas de sangue, coração apertou. Desacordado, braço caído pro lado e úmido pela pouca chuva que havia tomado. Médicos correndo e gritando. Algo sobre sua boca para que possa ter oxigênio, mais um aperto no coração. O homem estava pálido, deixando seu sangue pingar no chão enquanto escorria por sua mão caída ao lado da maca que era empurrada para a sala de emergência. Mais um aperto no coração, chegando a tirar o equilíbrio de suas pernas e jogar seu corpo contra a parede. Cabeça doeu, tudo girou. Ia desmaiar, ia ser forte. Não, não foi. “É o Mike Shinoda” tudo apagou, não viu mais nada.

Anna entrou correndo em seu quarto, seu coração estava apertado, lagrimas sobre os olhos. O rosto branco e perfeito, estava vermelho e preocupado. Otis no quarto do lado do casal dormia feito anjo, não poderia deixar o filho ali sozinho. Não podia ligar para a sogra e deixar o neto com ela. Seria pior, mataria a velha do coração. Por que mandou o Chester embora? Merda. Vestiu a primeira roupa que viu e saiu do quarto quase que caindo pelo cantos enquanto tentava calçar o bota de salto baixo que ganhará do marido dias atrás. Até sorria por lembrar de como o Mike lhe entregava presentes, mesmo depois de quatro anos casados, ainda era tímido em entregar presentes a esposa.
- Me desculpe amor... – Sussurrou Anna ao entrar no quarto do filho e jogar umas roupinhas dentro da bolsa do pequeno e o enrolar em uma manta e o pegar no colo. Saiu correndo de casa, o vento frio batia em seu corpo, o pequeno Otis chorava, não queria sair da cama, não queria ficar sentado naquela cadeirinha de bebe desconfortável e ainda mais sair com sua mãe aquela hora da madrugada. A chuva batia no vidro do carro, deixando as gotas fazer aquela corrida sobre o vidro e escorrer por ele. Merda de chuva, atrapalhava a visão de Anna. Que não controlava o choro, queria logo noticias do marido. Tinha que manter a calma, chegaria no hospital, provavelmente teria paparazzi, teria que ter a calma e não dar alarme na mídia. Maldita hora que casou com um famoso. Merda, amava aquele famoso. Parou o carro enfrente do hospital, merda. Carro da MTV, passar despercebida. Impossível, a conheciam. Respira, calma. É só a mídia. Desligou o carro, virou seu rosto ao filho, dormia feito um anjo. A respiração, bochechão, rosto corado, de uma criança saudável e bem cuidada. Amava aquela criança, amava o marido, amava aquela família. Não queria o fim dela. Que merda Mike. Saiu do carro, ajeitou o casaco de couro e pegou o pequeno no colo. A chuva parou, já era quase seis da manha. O céu de preto ficava cinza, com uns tons amarelos. Seria uma manha com sol e gostosa.  Saiu com o pequeno ainda dormindo nos braços em direção da entrada.
- Anna. Anna. – Repórteres gritavam seu nome, tentou correr. Foi cercada. – O que aconteceu com o Mike? Ele está bem? – Fleshs, fotos, gritaria, empurra-empurra.
- Por favor. Por favor. – Se calaram. – Acabei de saber da noticias, estou mais desinformado que vocês, estou com meu filho pequeno aqui, era para ele estar dormindo. Por favor, me deixem ver como está meu marido e logo venho aqui para dizer o estado dele. – Manteve a calma, não queria dar surtar na frente das câmeras, não queria gritar. Não queria amarrar o maior barraco. Mas sentia essa vontade. Conseguiu passagem e entrou no hospital, viu Chester jogado em uma das cadeiras de espera, Brad a sua frente, andando de um lado para o outro. Phoenix tentando acordar o amigo. Acelerou os passos, queria noticias do Marido, recebeu o olhar de Rob, se comunicaram com o olhar, negação de Rob. Medo, marido morto? Não, ninguém chorava.


- Chester, ei, Chester. Se concentre em minha voz. Acorda merda. – Uma voz penetrava seus ouvidos, ainda não voltava para o mundo real. Estava tudo embasado, seu corpo estava gelado, morria de frio. Merda de chuva. – Chester acorda. – Abriu os olhos, cabeças a sua frente. Não conseguia reconhecer ninguém, tudo embasado, só Brad se reconhecia em todos aqueles vultos. Seu cabelo se destacava em tudo aquilo. – Chester. – Mais uma vez chamou por seu nome. Ainda não conseguia ver nada. Mexeu o braço, suspiros de alivio deram para ouvir, mas não se importou. Tentou saber por que não conseguia ver nada, merda, sem óculos. Tentou se mexer para saber onde estava. Algo duro em seu lado, merda. O braço da cadeira de espera. Por que não o colocaram em um quarto? Se sentou na cama, esfregou o rosto com as duas mãos. Queria seus óculos, queria enxergar.
- Cadê? – Pediu, ninguém entendeu. – Cadê? – Pediu de novo. Olhares de duvida em sua direção. – MEU OCULOS PORRA. – Gritou.
- Shiu. – Joe retrucou ao lado do amigo.  Todos procuravam em seus bolsos, nenhum deles achava. Merda, vão deixar o amigo cego?
- Aqui. – A voz de Anna penetrou os ouvidos de Chester, que tentou achar a moça, mas não conseguia ver nada. Sua mão quente tocou a sua gelada, havia acabado de chegar, não tomou chuva como ele, estava quente e confortável. Que inveja.
- Obrigado. – Agradeceu e conseguiu a visão. Anna estava sua frente, linda como todos sempre achavam. Calça jeans escura, camiseta onde deixava mostra seu decote, mas Otis o tampava deitado sobre seu colo. Sua jaqueta de couro e uma toca do marido para o cabelo que não teve tempo de arrumar. Uma bota com um salto baixo, estava elegante. Não o suficiente, mas causava olhares de médicos e visitantes que caminhavam por aquele corredor onde estava a banda e a mulher de Mike. – Noticias dele? – Olhou para Brad a sua frente, encostado na parede do outro lado do corredor. Estava seco, só Chester tomará chuva.
- Nada, o jogaram dentro daquele quarto e nem sinal de nenhum medico. – Falou calmo, jogando seu corpo contra o chão e encostando a cabeça contra a parede e encarando o teto. Todos ali vivam em guerra com Mike, mas nenhum deles deixavam de se importar com o rapaz. Todos ali o amavam, por mais que ele fosse daquele jeito, o amavam.
- Preciso saber. – Tentou levantar, mas a voz de Anna penetrou seus ouvidos.
- Fique sentado Chester, não adianta ir lá, ninguém vai te dizer nada. É melhor esperar o medico e logo saberemos dele. – Anna parecia calma, só parecia. Mas por dentro queria gritar e chorar para que o marido ficasse bem. O amava e não queria o perder.
- Vou ficar aqui sentado esperando a boa vontade desses médicos?
- Irritar eles não vai adiantar processo nenhum. Eles são médicos e sabem o que fazer com Mike.
- Espero que o mate. – Retrucou Joe, tentou ser mais para ele, mas deixou com que todos escutassem e o encarecem. – O que é?
- Cala a boca. – Chester falou nervoso e voltou a atenção a Anna.
- Eu não vou ficar aqui. – Phoenix se levantou e caminhou em direção da saída.
- Onde vai? – Brad o interrogou.
- Para casa, para onde iria? Meu cachorro tem medo de raios. – Phoenix virou a costas, mas a voz de Chester o interrompeu novamente.
- Seu cachorro é mais importante que seu amigo? – Ficou em pé e o encarou.
- Meu cachorro não me humilha, muito menos é esnobe. – Começaria uma discussão, mas evitou, o pequeno Otis estava ali e não queria o deixar mais assustado do que deveria estar. 
- Some. – Gritou, jogando seu corpo na cadeira novamente e atraindo o olhar de Otis em sua direção.
- Tenha calma Chester. – Anna se sentou ao lado de Chester, o pequeno Otis brincava com Rob sentado umas poltronas longe. O baterista era o mais calmo e na sua, sempre puxava Otis e os filhos de Chester para longe quando via as coisas ficarem feia entre o pessoal da banda.
- Tem como? Dave fica com essa frescura com Mike, Joe com essa cara de cu aqui do lado e Mike ali dentro, não tenho nenhum noticias dele.
- Ele é meu marido, pai do meu filho. Acho que era para eu estar assim e não você?
- Você está como eu, mas está conseguindo manter a calma. Eu não consigo, sabe que explodo fácil. – Chester colocou os braços sobre os joelhos e apoiou o rosto nas mãos, um suspiro alto deu para se ouvir.
- É só esperar. Vai dá tudo certo... – O silencio tomou conta de todo aquele corredor.

- Merda de japonês. Só nos mete em confusão. Melhor turnê da nossa vida e ele apronta essa. Quer fuder com o Linkin Park, fode logo. – Retrucava Phoenix consigo mesmo. Travou os passos, paparazzi. Merda, odiava aquilo. Respirou fundo, passou a mão pelo casaco e saiu em direção a eles. Não teria outra saída, o carro estava estacionado logo a frente.
- Dave... – A voz de Brad. Virou seu corpo, o cabeludo corria em sua direção, parecia mais casado que todos. Olhos fundos, falta de um belo descanso. – Me deixa no hotel, quero dormir um pouco. E deixa o Rob na casa de Talinda? – Pediu, Dave concordou com a cabeça e continuou o passo com os amigos em direção do carro. Passaram sem responder nada aos repórteres e paparazzi que queriam saber sobre Mike.  

Chester virou o rosto em direção de Anna, a moça estava sentada ao seu lado, encarava o chão, seus olhos estavam vermelhos, não sentia sono e nem cansaço, era apenas preocupação com o Marido, o amava e o queria bem. Sua respiração estava calma, parecia tranquila. Mas se controlava para chorar. Um “está tudo bem” ou até mesmo a mão quente de Chester em suas costas lhe causaria as lagrimas.
- Não acha melhor deixar o Otis na casa da mãe do Mike... – A voz de Chester penetrou seus ouvidos, fazendo a moça acordar pro mundo real e encarar o tatuado.
- Não, não quero deixar ela preocupada sem ter noticias de como ele está.
- Não podemos deixar o pequeno aqui. Rob não vai aguentar por muito tempo. Ele precisa descansar.  – Um silencio, Anna pensava.
- A Talinda, ela não pode cuidar dele pra mim. Por pelo menos umas horinhas. Até o Mike acordar?
- Rob. – Não ignorou a moça, apenas aceitou suas palavras. – Leva o Otis pra minha casa, explica pra Talinda o que está acontecendo. Por favor? – Rob não respondeu, aceitou as palavras do amigo.



- Tudo isso é estranho... – Comentou Brad no banco da frente ao lado de Dave que parava o carro em um dos faróis. O caminho todo foi em silencio, nenhum deles havia aberto a boca. Rob apenas ria com Otis, que tentava dizer algo no colo do baterista. Não entendia nada daquilo, ria feito uma criança inocente, que corria o risco de perder seu pai aquela manha.
- O que é estranho Brad? – Dave olhou para o amigo rápido, mas logo voltou o caminho a direção assim que o farol deu sinal de verde.
- O Mike. Ele aprontou para levar o tiro.
- Você acha?
- Eu não disse que acho, eu confirmei.
- Tanto faz. – Dave se irritava com tudo aquilo. Odiava o fato de Mike ter aprontado aquilo, odiava a preocupação que todos estavam sentindo ali, odiava o fato de Mike ter fudido com toda a turnê da banda, tendo que cancelar o show que aconteceria aquela manha.
- Você anda muito estressado Dave...
- Eu ando muito estressado? Você viu o que Mike acabou de aprontar em nossas vidas? – Gritou.
- Ele acabou de aprontar em nossas vidas? Acha que ele é culpado de estar naquele hospital? – Rob se declarou.
- Acho! Rob presta atenção. Mike quer fuder com o Linkin Park e ninguém está vendo isso.
- Como ele quer acabar com uma coisa que ele deu inicio ao meu lado? – Brad encarou Dave, que revirou os olhos.
- Ele só sabe discutir com o Chester, os dois parecem mais um casal do que dois colegas de banda.
- Eles são melhores amigos. – Brad e Dave discutiam no banco da frente, Rob brincava com Otis, tentando distrair o pequeno e evitar que prestasse atenção nos berros dos amigos no banco da frente.
- Melhores amigos não discutem daquele jeito.
- Sabe como é o gênero de Mike.
- PARE DE DEFENDER ELE. – Gritou socando o volante assim que parou no farol. Otis deu um pulo no colo de Rob e passou a chorar.
- Pare de gritar, está assustando Otis. – Se declarou Rob ainda calmo.
- Foda-se esse garoto.
- O garoto não tem culpa de nada. – Gritou Brad olhando para o amigo ao seu lado.
- Ele é um Shinoda.
- Pare de generalizar as coisas e culpar todos os Shinodas, ele é uma criança, não tem culpa do pai dele ser daquele jeito. – Rob falava um pouco alterado.
- Mas será como ele.

- Chester. – Anna quebrou o silencio. – Por que o Mike é assim? Digo, por que ele não é um cara normal? – Chester levantou o rosto, seus olhos que estavam fechados, tentando manter a calma se abriram e deixaram a claridade o dominar. Um pequeno sorriso brotou em seus lábios. Não de alegria, um sorriso apenas por analisar as palavras de Anna.
- Eu me pergunto isso todos os dias. Ele tem o que tem, e ainda é assim.
- Mike sempre foi mimado, por isso é assim.  – A própria moça respondeu sua pergunta. – Ele deveria sofrer um pouco para saber dar valor a tudo isso.
- Sofrer não é o caso, ele precisa de um castigo, algo que faça ele engolir seu orgulho. – Anna encarou Chester, havia gostado da ideia do rapaz. Mas nada se passava em sua mente para fazer Mike engolir seu orgulho.
- Tipo o que?
- Submeter ele a andar com guarda costas. Melhor, uma guarda costa. Conheço uma que fará seu marido virar gente...
- Com licença, vocês são conhecidos de Mike Shinoda? – A voz do medico penetrou o ouvido do casal sentado a sala de espera. Automaticamente os dois se levantaram, encarando o moço algo com seu jaleco branco, olhos claros, seu cabeço grisalho quase que na altura do ombro, uma barba mal feita. Um cartão sobre o peito, onde estava escrito “Dr. Alvez” aparentava ter seus cinquenta e dois anos.
- Eu sou esposa e ele é amigo. – Anna respondeu, cortando Chester antes que o rapaz começasse a falar. – Como ele está doutor? 


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Notas finais do capítulo

Desculpe qualquer coisa, pois sinto que esse capitulo não ficou lá muito bom. Mas espero que gostem. E pra avisar, essa semana não postarei, entrarei em semana de prova e se der certo. Entrarei em férias. Assim postarei o resto.