Minha Guarda Costas escrita por Kenji


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Primeiro capitulo saiu curto mesmo, só para explicar o acontecimento do acidente. Enfim, lê ae.



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O rapaz alto, com um corte militar americano. Mais puxado para o desenho animado Tintin, mas com o seu tom escuro. Um castanho, um preto, era difícil de identificar a cor de seus cabelos. Com um olhar cansado, estressado. O show da noite passada tinha acabado com o rapaz. Seus olhos negros encaravam a parede marrom daquela velha cafeteria. O sono não visitava o rapaz e o tédio do hotel fez com que o japonês se lembrasse da briga que tivera com seus parceiros de banda. Isso o fez sentir uma raiva crescente em seu âmgo subindo até a superfície de seu ser, corroendo-lhe. Seus olhos levemente se fecharam, fazendo a raiva dominar seu ser. Seu coração acelerou, seus punhos cerraram fazendo as veias de seu braço pulsarem, seu rosto branco levemente avermelhou. 
– Com licença senhor, já estamos para fechar. Já quer pedir a conta? – A garçonete gentil se aproximou do rapaz, aquele avental preto, com o símbolo da cafeteria a frente fez com que um sorriso cerrado brotasse nos lábios do japonês. Apenas confirmou com a cabeça, respondendo a moça. Não deu para passar despercebida, assim que a moça passou pelo rapaz em direção ao balcão, seus olhos a seguiu, admirando o corpo perfeito que ela tinha e logo notando. Estava sozinho na cafeteria.

Seu corpo de um e oitenta saiu de dentro da cafeteria, aqueles cabelos com o corte militar não se moviam com o vento que batia em seu corpo, mas o toque gelado em seu rostinho perfeito, um pouco redondo, com uns traços masculinos perfeitos, a barba mal feita e os olhos puxados, junto a bochechas um pouco inchadas, que com um sorriso o deixava com cara de bebê. Se arrepiava. Com sua jaqueta de couro por cima de sua camisa xadrez, acompanhada de sua calça jeans escura e seu all star velho. O rapaz caminhava com as mãos no bolso e o rosto baixo, queria passar despercebido no meio das pessoas. Mas não notará que estava sozinho na rua escura, que chegava a ser perturbador a quem percebesse. 
Seu corpo lento e cansado caminhava em direção do hotel, por mais que estivesse cansado do show, o sono não o visitará. Parecia ter brigado com o sono, pois a três dias de shows seguidos, seus olhos não se pregavam. A briga com a esposa que tivera antes da viagem, ou a saudades do filho? Nem ele sabia. 
Uma mão quente segurou seu braço, causando um susto, fazendo seu corpo virar em direção de onde vinha o aperto. Um homem, de preto, com o capuz tampando seu rosto. Segurava seu braço com força, causando uma dor suportável no japonês. Uma arma, apontada em sua direção. Sentiu medo, ficou desesperado. Iria morrer, não, não iria morrer. Era apenas dar todos os seus pertences e ficar calado. Mas não, o ladrão o reconheceu, pois um sorriso amarelo brotou em seus lábios, causando um arrepio de medo em Mike, assim que ouviu seu nome sair da boca do assaltante com sua voz rouca. 
– Mike Shinoda - A voz rouca, falando seu nome, fez o japonês se arrepiar por inteiro, um medo o dominou - Quem diria que o garoto estaria sem seus seguranças - o rapaz ainda apontava a arma para Mike
– Eu não preciso disso. - Mike tentou se soltar, mas sentiu um aperto mais forte em seu braço. Já se tornando uma dor insuportável para o mesmo. Os olhos do japonês estavam em direção do assaltante, deveria ele começar a ver sua vida diante de seus olhos. Ou se manter calmo e obedecer tudo que o assaltante pedisse?
– Acho que precisa garoto - a voz do homem foi mais autoritária - Passa as coisas, tudo - uma risada, saiu do fundo da garganta do assaltante que se divertia com aquilo, fazer o Mike Shinoda como um ratinho encurralado
– Se você soltar meu braço, até que posso te passar as coisas. - Um tom esnobe saiu dos lábios de Mike, causando o olhar do assaltante mudar. Um pouco de raiva o dominou. O que aquela estrela de merda acha que é para o tratar daquele jeito. Ele estava armado e qualquer vacilo do Mike, a bala será disparada em seu peito. Causando a morte do mesmo ali mesmo e aquilo nenhum deles desejavam. 
– O Playboy, melhor tu não meter os pés pelas mãos - o assaltante falou, olhando nos olhos de Mike. - Anda logo - o rapaz soltou o braço de Mike, que esfregou o braço antes de colocar a mão nos bolsos
– Celular, dinheiro, cartão. O que mais quer? - Mike encarou o assaltante assim que largou suas coisas na mão do malandro.
– O garoto é muito esnobe sabia? É bem estilinho artista riquinho, merece ser assaltado e muito mais - o rapaz falou pra Mike, apontando a arma para a cabeça de Mike.
– Com tipo de pessoas assim, acho que devo ser. – O que Mike estava fazendo? Nunca deixaria o seu jeito esnobe de lado, realmente pediria para morrer naquele momento. Mike ouviu um “click” vindo da arma, seus olhos levemente se fecharam ao perceber que o malandro destravava a arma. Se encolheu, ali morreria, iria morrer. O assaltante segurou a arma em alguns instantes sobre a cabeça do japonês, mas logo a desceu para seu ombro e disparando. Não queria o matar, queria o ferir, largar ele ali. Sem telefone, sem ninguém, o deixaria sangrar até a morta e foda-se. Não se importava com ele, não ligava para estrelinhas metidas a bestas como o japonês. 
A dor para Mike era insuportável, queria gritar, queria chorar. Mas não, pelo contrario, estava calado. Com o corpo colado sobre a parede, sua mão direita sobre o ombro esquerdo. Seu corpo levemente escorregava lentamente até o chão, logo se encontrando com ele e deixando suas pernas esticadas. Sua mão estava molhada, molhada com seu sangue, seus olhos em direção do ferimento o deixava tonto. A dor era insuportável, era uma dor que nunca havia sentido em sua vida toda. Ali morreria? Sem ao menos dizer ao seu filho que o amava, sem ao menos de desculpar com sua esposa. E seu melhor amigo, ele morreria sem ao menos dizer Adeus a ele. Tudo começou a escurecer, antes que pudesse dizer algo, gritar algo, soltar algum tipo de som de seus lábios entre abertos, com a respiração fraca, pedindo por ar, pedindo por ajuda. Tudo escureceu.


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Notas finais do capítulo

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