- Já sei como saímos deste lugar! – disse Nico.

- Como – dissemos os três

- Srtª O’leary! – disse ele

- Srtª O’ quem? – disse Sophie

Nem deu tempo de Nico explicar, pois já pegara um apito e já o soprara. No instante seguinte um cachorro gigante e peludo apareceu do chão e começou a lamber o rosto de Nico.

- CREINZEUSPAI! – disse Miih – O QUE É ISSO AQUI?

- É meu cão infernal! – disse ele como se fosse à coisa mais normal do mundo

-AAAAAAAAAAAAWNTTTTTTT– disse Sophie – QUE COISA MAIS FOFA!! DEIXA EU FAZER CARINHO??

- ERA SÓ O QUE FALTAVA! – disse Miih – MAIS COISAS DO INFERNO!

- Mundo Inferior, não Inferno – protestou ele. – Agora subam nela!

Não fiquei lá muito entusiasmado com essa ideia de viajar nas costas de um cão infernal. Mesmo assim subi nela.

- Para o acampamento, por favor, Srtª O’leary!

Quando ele disse isso, o cão infernal atravessou a parede tão rápido que nem tive tempo de tentar reagir. Nós não batemos. Passamos pela parede o claro [que já era pouco] desapareceu, entramos em um breu completo. Segurei firme em Srtª O’leary.

Uma hora depois [pelo que achei] estávamos de volta ao topo da colina do acampamento.

Sophie deu um abraço carinhoso em Srtª O’leary e ela lambeu carinhosamente o seu rosto.  Alguns segundos depois ela voltou ao chão.

- O que foi isso? – perguntei

 - Viajem nas sombras – disse Nico.

Quíron veio ao nosso encontro.

- O que vocês estão fazendo aqui? – disse ele.

- Precisamos dormir aqui por uma noite antes de retomar a missão. – disse Nico.

- Está bem... Mas, por favor, me sigam. – disse ele

 Seguimos Quíron, e não importa onde passássemos sempre tinha uma pessoa olhando feio tipo: “O que eles estão fazendo aqui?”, para o sótão da casa grande.

- Que lugar é esse?- disse

- É o sótão – disse ele de braços abertos e com um sorriso no rosto para nos mostrar o lugar. – vimos aqui quando queremos ter conversas que ninguém mais pode ouvir. Também é onde antigamente ficava o oráculo. Agora vamos, me conte como foi que chegaram até aqui?

Contamos tudo á Quíron. Desde o Apolo quente e safado, nossa ida ao parque e a Srtª O’leary.

Quíron nos olhou com uma cara estranha. E depois, subitamente, falou:

-Ok! Estão liberados! Deixem-me pensar.

- Ok – dissemos os quatro.

Quando saímos de lá, ainda era a hora do almoço. Almoçamos cada um em suas respectivas mesas, eu Sophie e Milena na mesa 1 e Nico na mesa 13. No resto do dia fiz a mesma coisa que os outros campistas, canoagem [no quel não consegui ficar muito tempo pois enjoei muito fácil], Arco e Flecha [no qual eu quase acertei Quíron, Grover, e Júniper] e, por último, mas não menos chato, [de tão sortudos que somos] Limpar os estábulos... Não foi muito legal, mas...  Já que tínhamos que fazer isso... [Por que tínhamos de lavar estábulos se nem pégasos nós temos?].

Quando acabamos fomos para o Pavilhão Refeitório. Todos se viraram para nós, pode ser por que cheirávamos mal ou por que não gostavam da gente... Podiam ser os dois também. Jantamos Macarrão e [como sempre] jogamos uma oferenda para os deuses.

Depois de comer, fomos para o chalé. Conversamos muito tempo antes de ir dormir [até mais ou menos uma hora da madrugada] e sobre muitas coisas como, onde estaria Julur, com quem o mataria com a espada e coisas do tipo.

Sonhei com Julur. Ele falava de um modo mais estridente, como se estivesse mais forte e mais vivo.

- Viu só?! – disse ele – Não estou no Brasil... E quanto mais vocês se perdem mais forte eu fico!

- Vou descobrir onde você está! – disse – Nem que seja a última coisa que eu faça!

Sua risada estridente pairou pela sala vermelha. Pela primeira vez vi seu rosto. Era branco como neve e como se estivesse preso ou enforcado. Seus dentes eram amarelos e muito tortos. Ele era careca. E era tão feio que dava medo.

Este fora o sonho mais tenso da minha vida...

Acordei no chalé. Acordei Sophie e Miih elas estavam com cara de “Me deixe dormir mais uns cinco minutinhos”.

- Tenho uma notícia que vai abalar seus corações – disse e na mesma hora elas despertaram - Sei onde está Julur!