Os Filhos De Zeus escrita por Chicleth


Capítulo 3
Me torno o assunto mais falado do acampamento




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Assim que Percy me falou como funcionavam estas coisas dos chalés, fui jantar. Até aquele momento não percebera o quanto estava com fome. A mesa 11 era a mais cheia e a mais bagunçada, tinham pessoas tentando roubar outras pessoas, pessoas fazendo pegadinhas de mau gosto com outros enfim tinha de tudo!

Sentei do lado de Sophie, comi metade de um hambúrguer de carne quando fui empurrado para perto de uma grande fogueira onde os campistas jogavam a comida nela e falando o nome de um deus [provavelmente seu pai ou mãe].

- A qualquer deus que seja meu pai – disse, jogando o resto do meu hambúrguer no fogo.

Continuava com fome quando Quíron [Percy me disse que o centauro é o diretor de atividades do acampamento] declarou que iria começar o jogo de caça a bandeira. Fiquei no time de Percy que eram os chalés de Atena, Ares, Poseidon [Percy], Hermes e Hipnos contra o resto. Pode parecer injustiça, mas o chalé de Hermes é o que tem mais pessoas e os chalés de deuses pequenos não tem tantas pessoas quanto os outros, então estava equilibrado.

Quíron soprou sua corneta de concha, pelo visto isso significava que o jogo começou, pois todos começaram a correr e gritar como doidos. Eu fiquei perto da bandeira, em cima de uma árvore [Annabeth, a namorada de Percy, falou que era o melhor lugar para de esconder quando você está se defendendo].

Não estava me sentindo bem, estava com fome e meio tonto com tudo o que acontecera até ali. Não aguentei passados uns cinco minutos de jogo eu desmaiei.

Desta vez não sonhei com Zeus [o homem com olhos de raios] nem com Percy [que estava na batalha] nem com Atena [a mulher que apareceu junto com Zeus no 2º sonho]. Sonhei que estava em um quarto onde as paredes vermelhas [se é que algum dia já foram desta cor] estavam desbotadas, os móveis de madeira pareciam também estar velhos, a luz piscava como se fosse acabar a qualquer momento, uma música dos anos 60 como ABC tocava em um rádio velho. Um canto do quarto estava escuro. Tentei me aproximar da parte escura do quarto. A cada passo a madeira do chão rangia. Quando dei seis passos à luz apagou e vi dois olhos vermelhos. A pessoa com olhos vermelhos [se é que podemos chamá-la disso] riu. A risada dela era tão aguda e fina que começou a me dar medo. Naquela hora acordei.

Acordei com uma mulher de cabelos ruivos me chamando. Olhei para o rosto dela. Tinha olhos verdes e cabelos ruivos muito enrolados que batiam nos ombros. Sardas se espalhavam pelo rosto dela todo. Sua roupa era um Jeans desbotado, uma blusa tingida e um Allstar. Naquela hora só consegui pensar uma coisa. Ela era bonita.

Eu estava em um lugar bem bonito [talvez a enfermaria, pois eu não olhava para troncos e copas de árvores] um lugar meio aberto e com um ar de aconchegante. Estava deitado em uma cama e a mulher ruiva estava sentada em uma cadeira ao meu lado.

- Peter? Peter Smith? Acorde, estão todos te esperando! – disse ela com a voz suave.

- Oi – disse eu

- Todos estão na fogueira agora. Meu nome é Rachel Elizabeth Dare, o oráculo do acampamento.

- Me desculpe o que?

- O oráculo. Sabe tipo o oráculo de Delfos?

- Sei.

- Então! Tipo isso.

- Mas tipo você não solta fumaça verde da boca e fala com uma voz estranha né?

- Não sei ninguém nunca me falou como eu fico quando recito a profecia.

- Então tá

- Quíron me pediu para mandar você beber isso antes de sair. – disse ela me mostrando um copo com um líquido avermelhado dentro que estava em cima de um criado mudo ao lado da cama. Sentei, bebi o líquido. Ele tinha gosto de um Ginger Ale, o melhor refrigerante que um garoto do Brooklyn podia beber.

- Estava bom?

- Sim, o que era aquilo?

- Bebida dos deuses.

- Sério! Eu consigo beber bebida dos deuses?

- Claro que sim! Você é um semideus!

Nós andamos até a fogueira conversando. Era a fogueira mais estranha que já vi. Ela tinha um tom de cinza meio chato.

- Ela muda de cor de acordo com a conversa dos campistas, ela está dessa cor porque ninguém está conversando nada de interessante agora.

 Encontrei Sophie um pouco afastada da fogueira cinza e apresentei-a a Rachel.

Estávamos conversando quando algo muito estranho aconteceu. Um raio verde apareceu sobre a minha e a cabeça de Sophie.

- Filhos de Zeus – disse Rachel baixinho. – Vocês são filhos de Zeus, um dos três grandes.

A fogueira instantaneamente virou cor laranja [o que significava que todos agora estavam conversando sobre dois certos filhos de Zeus]. Olhei para a cara dela esperando que ela estivesse brincando. O pior é que ela não estava.


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