POV Anna

Acordei ao som deWalk In The Sundo McFly e olhei pela janela e pude ver que realmente, eu não estava mais na minha bela Londres. Estava na maravilhosa França, ou mais especificamente, Paris. Eu sempre tive o sonho de estar aqui. E agora mais do que nunca. Há algumas horas eu estava realmente muito triste por ter que deixar Londres... Mas vejo que o problema que teria que enfrentar lá seria bem maior do que deixar meus amigos. Afinal podemos nos ver sempre. Por Skype, posso ir vista-los ou eles me visitarem.

Mas eu não posso despistar Voldemort, pois o lorde das trevas mora ao lado da minha casa.Morava. Acostume-se Anna, você agora mora em Paris. Olhe pelo lado bom, você sempre quis estar aqui, certo? Agora seu sonho está se realizando. Você vai morar na França. Não exatamente como sempre quis, mas enfim, aqui estou eu. Uma francesa. Como eu sempre quis. Ser britânica ou francesa. Não de sangue, porém, morar aqui e fingir que sou um deles.

É melhor eu esquecer de tudo, pelo menos por um minuto. Esquecer de todos os meus problemas, todos as pessoas que eutenhoque esquecer, mas minha mente faz o favor de deixa-las em primeiro lugar.

“Passageiros, apertem seus cintos e preparem-se para a aterrissagem”.Apertei meus cintos e fechei os olhos, pois toda vez que o avião aterrissa tenho frio na barriga.

Depois de um tempo nós aterrissamos em segurança – eu aterrissei sem ter medo e frio na barriga – fui direto à procura da minha mãe, até que vi um corpinho encostado na escada e corri para ir abraça-la. Larguei minhas malas no chão e abracei minha mãe bem apertado. Não consegui segurar e comecei a chorar. De algum jeito eu me senti melhor enquanto estava chorando e abraçando minha mãe. Acho que me senti mais segura.

Quando eu finalmente consegui parar de chorar eu disse um simples“oi”e “que saudades”,para a minha mãe e ela respondeu quase a mesma coisa, apenas ficou falando umas coisas – que admito, não escutei nenhuma palavra depois de "Tenho tanta coisa pra te contar".

Depois que finalmente paramos de chorar – ou continuamos tentando parar – fomos andando até o estacionamento. Eu não consegui conter meu choro, e sim, continuo chorando até agora, mas eu não sei se estou chorando de felicidade, ou sei lá o que. Estou triste em ter deixado meus amigos, mas estou muito feliz por poder ficar com minha mãe novamente. Estava me sentindo muito sozinha naquela casa, mesmo que Hanna tenha passado metade do tempo dela comigo lá.

Com todos esses pensamentos, eu estava ignorando minha mãe. Sim, eu sou uma bruxa por fazer isso, mas no momento como esse, eu não estou dando atenção pra nada, apenas para essas perguntas básicas;quando vamos chegar em casa? quando eu vou comer? quando eu vou dormir? quando eu vou poder falar com hanna e meus amigos de novo? por favor, podemos visitar a torre eiffel?

_...Gustavo!– Arregalei os olhos e comecei a prestar atenção no que minha mãe estava dizendo no momento em que escutei o nome do Voldemort II.

_Quem?!– Olhei assustada pra minha mãe.

_O Gustavo, se lembra? Aquele garoto, que era seu amigo...– Ela olhou pra mim com uma cara de "Você sabe quem é, não precisa fingir que não se lembra" – Seu ex-namo...

_Na-na-não! Para, não complete essa frase até você me explicar, o que tem esse cachorro a ver com a minha nova vida perfeita na França? Mãe, estava sendo tudo tão perfeito, por que você teve que tocar no nome desse idiota?!– Falei dando ummini-ataque no meio do estacionamento.

_Anna, menina, acalme-se eu só disse o nome desse menino, o que tem de tão mal? – Olhei pra ela com cara de "Não dê uma de inocente" – Tá legal, já entendi, desculpa, você não gosta de falar sobre seu ex-namorado, mas filha, não tem problema nenhum ficar encalhada por tanto tempo!

_Mãe! –  Olhei pra ela e arregalei os olhos. – Não é disso que eu estou falando, por favor né, o que tem a ver o Gustavo com a França? O que tem a ver o Gustavo com você? Por que depois de tantos anos estou escutando o nome dele? Por quê?!

_Você sabe que o tio do Gustavo é o dono da empresa que eu trabalho, certo? – Olhei pra ela e assenti com a cabeça. – Então, o Gustavo foi quem sugeriu pra nós ficarmos aqui na França. – Olhei pra ela com uma expressão de "E o que eu tenho a ver com isso?" – Ai filha não seja tão lerda! A gente vai morar na mesma casa que o Gustavo!