Verdades escrita por Manú GSR


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Músicas usadas: Eu sem você e Cuidar mais de mim, ambas da Paula Fernandes.
Bem amores, espero que gostem.
E espero não decepcioná-las.
Beijo,
Manú :-*



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Ela passou todo o turno tentando falar com ele, mas sem muito sucesso. Estava decidida em chamá-lo para sair, mas não conseguiu chegar nem perto dele naquele dia. Foi um turno bem movimentado, até mais do que o normal com a explosão do laboratório.

Era fim de turno e ele estava sentado em sua mesa mexendo em alguns papéis e arrumando suas coisas para ir embora.


– Você tem um minuto? – Ela pediu.

– Eu já estou de saída.

–É, eu vi que você está de folga hoje.

– É, eu estou.

– Eu também.

– Você devia estar de licença.

– Eu to ótima.

– Você teve sorte, e eu não estou falando da explosão.

– Ah, já sei. Já falou com o Brass.

– E com o Nick.

– Nós pegamos o cara.

– É tudo o que tem a dizer?

– Você quer jantar comigo?


Ele a olhou levantou uma sobrancelha e respondeu:


– Não.

– Por que não? Vamos jantar... Pra ver o que acontece.

– Sara... Eu não sei o que fazer.


Disse fazendo um gesto referindo-se os dois.


– Eu sei... E talvez quando você souber já seja tarde demais.


E saiu, deixando ali um Grissom completamente pasmo.

¨¨¨¨¨¨

Os dias se passaram e Sara resolveu se afastar ao máximo possível de Grissom.

Quando ele chegava ao início do turno e estavam todos reunidos na sala de conveniência, ela fazia questão de só entrar na hora da divisão dos casos e logo saía. Só se dirigia a ele quando tinha que deixá-lo a par dos casos e mesmo assim falava o mais rápido possível para não prolongar demais a conversa.


Ele percebeu o quanto ela estava fria com ele. Quando estavam todos rindo e brincando e ele chegava, ela logo parava de rir e dava uma desculpa qualquer para sair do lugar. Não o olhava mais nos olhos e sempre que ele perguntava alguma coisa para ela, ela sempre respondia com secos “Sim” ou “Não”.

¨¨¨¨¨¨

Naquele dia ele chegou em casa, tomou um banho e foi dormir. Estava muito cansado, o turno havia sido movimentado como sempre, e ainda com o acréscimo do laboratório estar em obra. Um pesadelo total.

Fechou os olhos e relaxou. Seu colchão novo e seu travesseiro macio o fez relaxar.

A imagem dela veio em seu pensamento, não pôde evitar, e não queria evitar.

Apesar do desprezo atual, ela estava cada vez mais linda.

Apesar de não estar doce com ele naquele momento, sabia que ela era uma pessoa doce feito mel. Carinhosa e muito atenciosa com todos, ótima profissional, o que fazia com que a admirasse ainda mais. Definitivamente, sentia sua falta.

Sem que percebesse adormeceu, e sonhou com a morena de olhos amêndoa e pele branca como neve.

O sonho não foi dos melhores.

Sonhou que ela saía do laboratório e logo na garagem entrava em um carro que não era o dela. Olhou melhor para o interior do veículo e viu um homem, e ela aos beijos com o mesmo. Era um homem mais novo que ele pelo menos uns dez ou quinze anos, o que fez seu estômago revirar.

Acordou assustado e suando muito. Foi o pior sonho de sua vida.

Viu Sara nos braços de outro, por mais que fosse um sonho, mais viu e não gostou da sensação de ver a mulher de sua vida nos braços de outro.

O que? Como assim? A mulher de sua vida?

Sim, não podia negar mais, ela é a mulher de sua vida, e não permitiria que aquele sonho se tornasse real.

¨¨¨¨¨¨


O turno começou e como nos dias anteriores, Sara não permitiu muita aproximação entre ambos. O turno foi tranqüilo e quando chegou a hora de ir embora, todos foram à um certo restaurante para fazerem a refeição juntos e relaxarem um pouco.

Grissom não quis ir, ficando assim sozinho no laboratório.

Não sabia, mas Sara havia se atrasado um pouco e quando ela passou em frente a sua sala indo em direção a saída, ele a chamou.

Ela não voltou e ele foi ao seu encontro no corredor.


– Sara, eu... Em relação à conversa que tivemos outro dia... Eu...


Ela o cortou, não deixando que terminasse a frase.


– Grissom, naquele dia eu vim falar do que eu perdi, que eu já chorei, do que eu vivi, porque eu amei, me entreguei e quantas vezes eu sorri. Eu vim contar pro seu coração que eu já provei da desilusão de um amor. Eu vim falar que eu também sofri, e quantas vezes me desesperei. Foi grande a dor que eu senti e desde então eu me toquei que sem amor, sem ilusão, a minha vida é em vão, isso é morrer. Eu sei que parte do que eu passei foi culpa minha porque eu deixei que outro alguém me dominasse assim sei que preciso cuidar mais de mim. Tá complicado esquecer teu sorriso, o sentimento, a paixão que ficou.
Serão pra sempre os mesmos encantos, mas no momento eu desejo outro amor.


Abaixou a cabeça e repetiu a última frase em um sussurro.


– Nesse momento eu desejo outro amor.


Grissom com muita delicadeza tocou seu queixo e levantou seu rosto.

Seus olhos de um azul infinito encontraram aqueles olhos amêndoa que naquele momento lutava para não deixar uma lágrima cair.


– Sara, precisei de muito tempo para tomar coragem para dizer o que você vai escutar agora, então, por favor, não me interrompa, não quero que meus medos voltem e me impeçam de te dizer o que está engasgado aqui há tanto tempo.


– Tudo bem.


Ele segurou seu rosto com as duas mãos e a fez encará-lo nos olhos mais uma vez.


–Eu tô carente desse teu abraço, desse teu amor que me deixa leve. Eu tô carente desses olhos negros, desse teu sorriso branco feito neve. Eu tô carente desse olhar que mata, dessa boca quente revirando tudo. Tô com saudade dessa cara linda me pedindo fica só mais um segundo. Tô feito mato desejando a chuva, madrugada fria esperando o sol. Tô tão carente feito um prisioneiro, vivo um pesadelo, beijo sem paixão. Tô com vontade de enfrentar o mundo, ser pra sempre o guia do seu coração. Sou a metade de um amor que vibra numa poesia em forma de canção. Sem você sou caçador sem caça. Sem você a solidão me abraça. Sem você sou menos que a metade. Sou incapacidade de viver por mim.Sem você.


Abaixou a cabeça assim como ela fez, e sussurrou.


– Esse sou eu sem você.


Naquele momento ela estava chorando e viu uma lágrima escorrer naquele rosto tão masculino, mas que naquele momento parecia tão frágil.

Também com delicadeza, ela levantou seu rosto e o beijou. Um beijo suave, mas completamente urgente. Como era bom saber que a partir daquele momento ficaria tudo bem.


– Sara, você me perdoa por todo o sofrimento que te causei?


Ela não respondeu e o beijou novamente.


– Isso te responde?


Ele sorriu. Ainda muito tímido conseguiu pronunciar as palavras mais necessárias naquele momento.


– Eu te amo Sara.

– Eu também te amo Gilbert.


# The End #


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Notas finais do capítulo

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