Destinys Joke escrita por Nandychan


Capítulo 3
Capítulo 2 - Not even the beginning!


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal!
Muito obrigado a todos que estão acompanhando minha história! Não esqueçam de comentar sempre que possível!
P.s: Nesse capítulo vão aparecer alguns "vilões" beeem mais evidentes... por favor, não achem que é minha opinão pessoal sobre eles! (:



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/230337/chapter/3

- Pode começar a cantar, por favor. – O júri não parecia estar nas minhas mãos. Eles pareciam dispersos e sem a mínima vontade de prestar atenção. Eu precisava ser algo mais. Precisava fazer a diferença.


- Boa tarde, meu nome é Im Yoona e estou tentando o papel de Amame Karoru. – Fiz uma curvatura respeitosa. Eu precisava me mostrar displicente.


O começo do teste foi tranqüilo. Eles me mandaram fazer uma leitura do roteiro. Uma cena em que ela se declarava da forma mais constrangedora possível para o garoto que ela se apaixonara. A leitura foi fácil e consegui me destacar. Um dos júris, que me parecia estranhamente familiar, estava quase saindo da cadeira, com os olhos grudados em mim. Minha atuação estava impecável e eu conseguia transmitir todas as emoções necessárias.


Enquanto um dos jurados estava realmente interessado em mim, o homem ao seu lado ainda expressava dúvida. De vez em quando olhava para um papel na mesa e tentava prestar atenção na minha atuação, mas não parecia tão grudado em mim quanto o primeiro. A mulher sentada imediatamente ao seu lado era a pior. Ela parecia demonstrar uma indiferença absurda, como se estivesse assistindo a uma linda parede fazer o papel de uma parede. Seu rosto não demonstrava emoção alguma.


O nome que estava escrito na placa da sua mesa era Victoria Song. Parecia ter a minha idade, se não um pouco mais velha. Estava estática, olhando para um ponto distante da nossa realidade. Eu precisava fazer melhor para chamar sua atenção.


- Muito bom! Sua atuação é muito boa, você pode cantar uma música agora? Acredite, quase nenhuma garota chegou até esse ponto da audição, estamos esperando muito de você – Não entendi se o comentário do homem sentado ao meio era sincero ou se ele estava tentando colocar pressão, mas tentei relaxar. Meu sonho estava próximo.


- Ok, querem que eu cante algo específico? – tentei parecer tranqüila. Minha voz não era meu ponto forte. Eu podia dançar, chorar ou até mesmo ter um desmaio na frente deles, mas cantar não era meu forte.


- Eu gostaria de ouvir algo em japonês. Você sabe, esse musical foi transmitido no Japão e você deve estar familiarizada com as músicas que serão adaptadas, não? – Dessa vez foi o homem familiar que falou. Ele tinha um tom de excitação e dúvida na voz. Aquilo definitivamente era um teste.


Curvei-me de forma respeitosa para anunciar que tinha entendido o seu pedido e pensei rapidamente nas músicas que tinham no musical japonês. Alguns trechos passavam na minha cabeça, mas não era nada muito significativo. Tentei me esforçar ao máximo enquanto lembrava-se de mais alguns trechos. Meu japonês podia não ser dos melhores, mas eu conseguia desenrolar perfeitamente. Nunca pensei que seria tão grata por meu pai ter me colocado nas aulas de japonês.


- Dakara ima...rrum... ai ni yuku – Nem acreditava que eu estava parando pra limpar a garganta na primeira frase da música. Minha voz não parecia afinada e nem podia impressionar. Mas eu tinha que continuar - So kimetanda.


Continuei seguindo o ritmo da música. Eu não podia deixar nada me estressar naquele momento. Tentei manter minha voz grave, pois era daquele jeito que eu a achava melhor. Na hora do refrão errei algumas notas, pois não conseguia ter tanto controle vocal nos meus agudos, mas tentei meu melhor.


A mulher exibia um sorriso estranho, mordendo o dedo indicador enquanto cerrava seus olhos pra mim. O homem familiar estava sorrindo como um bobo, já o que estava sentado no centro parecia muito sério. Terminei a canção com uma última nota aguda que ia se transformando em uma nota grave. Fiz mais uma reverencia e esperei a resposta.


Eu tinha feito um bom trabalho. Tinha que ter feito, afinal, minha audição estava durando muito mais do que a das outras garotas. Uma gota de suor desceu pela minha testa. Eu parecia estar naquela sala há séculos. E agora era a hora que eles iriam me louvar ou me destruir.


Para minha surpresa, a primeira pessoa a falar foi aquela que tinha estado calada desde o começo. A mulher sorriu e falou de forma doce.


- Então, é só isso?


–-----------------------------------x------------------------------------

Leeteuk estava bem a minha frente. Ele apontava descontroladamente para uma câmera e gritava. Eu precisava agir de forma fofa e sorrir. Sorrir como se todo o mundo fosse um motivo de se achar graça. Mas eu não conseguia fazer isso. Não mais.


- Lee Donghae! O que você está fazendo – Lá vinha outra hora inteira de sermão. Eu não era mais uma criança para agüentar aquilo.


- Não enche! Estou fazendo meu melhor e você sabe disso.


- Eu sou seu empresário desde que você começou sua carreira e não esqueça que eu só tenho 28 anos. Você quer mesmo chegar a minha idade como um fracassado?! Então comece a agir como um homem de verdade! – Ele gritava desontrolado, os mesmo argumento de sempre.


- Você fez um bom trabalho, como sempre. Conseguiu me transformar nessa marionete ridícula. Bom trabalho! – Eu tentei controlar meus gritos, mas era impossível. Nesse momento, todo o set de filmagem estava olhando para nós.


- Você é um idol, Donghae! Você sabe quantas pessoas matariam para estar no lugar que você está agora? – Ele colocou a mão na testa como se tentasse se controlar e, em seguida, falou num tom mais calmo. – Se te mandarem fazer um comercial estúpido segurando um guarda-chuva e sendo feliz, você irá fazer, entendeu?


- E se eu não fizer? – Como se eu não soubesse exatamente o que aconteceria se eu não fizesse. Tinha visto casos em que idols sumiram tão rápido quanto surgiram.


- Jogue seu sonho de ser um “cantor sério” no lixo. Você nunca mais será nada. – O seu tom de deboche me dava mais vontade de gritar, mas eu sabia que seria muito pior.


Sai bruscamente do set de filmagem, deixando toda a equipe atônita. Eu precisava de ar. Leeteuk me conhecia bem o bastante para saber que eu voltaria para o set assim que estivesse recuperado. Mas meus ataques de raiva estavam se tornando cada vez mais freqüentes. Eu não agüento mais isso!


Eu precisava de algo para repor esse vazio que minha vida estava se tornando. Eu precisava beber. Eu precisava fugir daquela realidade. Como meus sonhos se tornaram pesadelos tão rapidamente?


Eu nem mesmo podia culpar Teuk. Ele tinha feito o melhor para me tornar o idol mais conhecido de toda a Coréia. Eu era o cantor mais famoso da companhia e o que mais dava lucro. Todos os outros idols, sendo grupos ou solo, tinham medo de me enfrentar em qualquer programa musical. Agora mesmo, meu comeback estava sendo preparado e só de ouvir boatos sobre ele, muitos desistiram de fazer os seus. Eu dominava o mundo do entretenimento.


Mas não era isso que eu queria.


Cantar músicas sobre festas e relacionamentos estúpidos. Ter que dançar sem camisa para atrair fãs e ficar lançando ensaios fotográficos com conceitos ridículos. Eu queria, pelo menos, cantar minhas músicas ,mas nem mesmo isso me era permitido. Eu precisava ser contido, meu estilo não era comercial e eu não conseguiria tanto sucesso.


Mas foi só após o sucesso que eu percebi que minha vida estava vazia. Nem mesmo as arenas lotadas das minhas turnês podiam me trazer alegria. Eu precisava fugir. Eu precisava ir pra longe.


Mas nesse momento, eu tinha que continuar um ensaio fotográfico ridículo. Limpei os olhos e voltei ao set. Eu precisava manter minha imagem, custe o que custar. Só não sabia por quanto tempo mais poderia agüentar.


–-----------------------------------x------------------------------------


A pobre garota parecia amedrontada com o meu comentário. Por que será que ela estava tão assustada? Até parece que ela não sabia que, com uma voz fraca como aquela, não teria a mínima chance.


- Desculpe, não oi o suficiente? Querem que eu cante outra música? – Ela parecia a beira de lágrimas agora. Não consegui conter o riso. Não que eu gostasse de ver garotas sofrendo, mas essa me perturbava em particular. Não entendia o porquê de não simpatizar com ela. Ela era talentosa, não tanto no vocal, mas conseguiria melhorar bastante se fosse treinada. Mas ela me representava uma bela ameaça. Eu precisava me certificar de que ela estaria na agência certa, caso entrasse no mundo dos negócios. Não queria ninguém disputando com minhas atrizes.


- Victoria, você está sendo cruel. Ela foi muito boa. – era a vez de InHa falar. Ele também não parecia muito atraído pela voz dela, mas sabia disfarçar bem.


- Eu concordo! Ela foi brilhante! Mas não para esse papel! – Sihoo, o único que demonstrava um interesse absurdo na garota, parecia estar fantasiando com ela em seus doramas. Acho que ele iria a contratar de qualquer forma, mesmo que não fosse para aquele papel.


Não teria problema se ele a contratasse, a não ser que isso fosse contra a carreira de Krystal. Ela ainda era muito nova e não seria bom ter uma concorrente. O contrato de Krystal em Love Snow já estava quase pronto, não podia deixar que uma novata arruinasse tudo. Se Sihoo realmente quisesse dar um papel para ela, que fosse de figurante.


- Não creio que você tenha voz suficiente para esse papel. Meus chefes com certeza não investiriam num musical cuja protagonista não consegue cantar. – Eu precisava ser cruel. Fazia parte da minha natureza. Aquela garota me causava uma aversão inexplicável.


- Calma Victoria, acho que poderíamos negociar. – Sihoo parecia decepcionado com minha resposta.


- Estranho, a única que eu não vejo contestar é a própria garota. – Olhei para ela séria. Ela não parecia mais a beira de lágrimas. Devia estar se segurando muito. Mesmo que ela parecesse bem, eu podia sentir sua tensão.


- Não irei reclamar, independente de suas decisões. Por favor, me desculpem por não atender as expectativas. Tentarei meu melhor no futuro. – O seu discurso de boa moça ainda era pior. Me dava vontade de rir.


- Espero que faça mesmo – Quem falou foi InHA, tomando meu lugar como o cruel do dia. – Por favor, pode se retirar.


A garota se curvou mais uma vez e saiu. A sala ficou em silêncio.


- Posso ir embora agora? Jessica está me esperando lá fora e ainda temos que pegar o modelo novo no aeroporto. Não creio que ele vá gostar de se atrasar para seu primeiro photoshoot. – tentei tirar o clima ruim da sala. Uma ótima atriz tinha acabado de perder uma grande oportunidade.


Mas era assim que as coisas funcionavam. Ela não podia ser ruim. Muito menos podia ser boa o suficiente para representar uma ameaça. Eu não estava em condições de arriscar perder.


– Pode ir, também estou indo embora. Tenho que falar com uma pessoa. – Sihoo nem mesmo esperou que eu me levantasse. Simplesmente se levantou e saiu o mais depressa possível da sua cadeira.


Levantei-me e saí. Eu precisava dar alguns telefonemas. Aquela situação não me agradava. Algo errado estava prestes a acontecer. Eu podia sentir isso. E, é claro. Eu também podia evitar.


–-----------------------------------x------------------------------------


A garota saiu da sala com uma calma estranha. Até pensei em ficar feliz pro ela ter conseguido o papel. Porém, no momento exato que a porta fechou, uma lágrima escorreu sobre sua face. Ela não tinha conseguido. Bem vinda ao show Business!


Mesmo que eu sentisse certa pena dela, tentei virar o olhar, mesmo percebendo que ela fixou-me por alguns segundos. Quando não pude mais agüentar de remorso. Olhei pra ela e tentei expressar “acontece, tenha paciência... ainda vai ter muitas oportunidades”, mas como eu não era uma boa atriz, o máximo que consegui expressar foi “quero água, mas não põe leite nela”.


Ela acenou, se despediu dos staffs que a haviam ajudado e se retirou. Ela era uma boa pessoa. Talvez assim fosse melhor pra ela. Não conseguiria sobreviver nem um segundo sequer nesse mundinho.Agora era a hora de me preocupar com meus problemas. Eu provavelmente nunca mais teria notícias daquela garota.


Peguei o celular e vi que tinha algumas mensagens de um celualar desconhecido. A maioria dizia: “Estou esperando no aeroporto”. O modelo novo estava me mandando mensagens. Victoria provavelmente tinha passado meu número para ele. Não queria que ele continuasse a me mandar mensagens, então resolvi ligar logo.


– Alô? Você é a representando da JSG Entertainment? – A voz dele era grave e bonita, com certeza daria um bom rapper. Anotei a idéia na mente, poderia ser útil no meu futuro álbum. – Minha mãe já foi para a minha nova casa. Eu estou aqui esperando. Pensei que vocês viriam no horário marcado...


– Querido, ainda não é o horário marcado. Estamos com meia hora sobrando – claro que não teríamos como chegar no aeroporto em meia hora, mas não deixaria ninguém falar daquele jeito comigo no telefone. – E aqui não é a representante. É a modelo que fará o ensaio com você. Tente ser um pouco mais gentil. Você nem sabe com quem está falando.


– Ok Taecyeon. – Ele falou seu nome, sem a mínima necessidade, enquanto tentava segurar o riso. – é com ele que você está falando. Mas acho que você saberá quem ele é mais cedo ou mais tarde.


– Não que isso vá mudar em algo na minha vida. Desculpe estou ocupada agora. Até mais.


Mesmo desligando antes mesmo de ouvir uma resposta, a voz dele me irritava. Victoria tinha acabado de sair da sala e apontado para a porta, pra onde ela se dirigiu sem esperar, sequer, que eu a alcançasse.


Algo devia ter acontecido. Normalmente ela era rígida, mas tinha um bom coração e não me ignorava daquela forma. Eu só esperava que, o que quer que tenha acontecido, não fosse algo que me prejudicasse. Mas minha mente ainda estava tentando me dizer que muita coisa ainda ia acontecer.




Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Bom, espero que estejam gostando! Estou meio atrasada com os próximos capítulos, mas pretendo colocar eles em dia o mais rápido possível para não ter que atrasar na próxima semana!
POOOOOOOOR FAVOOOOR! Não esqueçam de comentar! (: Vocês me motivam a continuar a escrever! (:



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Destinys Joke" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.