P.O.V  Justin

Faz um mês que eu não vejo a Ally, eu apenas escuto a voz dela e vejo as fotos que saem na internet as vezes, afinal ela é a suposta affair de Justin Bieber! Eu não aguento ver ela assim, correndo de fotógrafos todos os dias e sempre com esse mesmo menino, que ela disse que é o Vitor, um dos que vieram no Brasil, não fui com a cara dele.

-Justin, sai desse computador! Temos várias coisas a fazer, ou você esqueceu da sua turnê? – disse Scooter.

-Claro que não me esqueci! – disse sem tirar os olhos da tela.

-Justin por favor, para de ficar vendo fotos da Alice! – disse Scooter ao meu lado.

-Não tem como, eu a amo demais, faz um mês que nos falamos apenas por telefone, eu preciso ver ela, o sorriso dela! – eu disse fechando o notebook.

-Justin, estamos em NYC, porque não marca com ela em algum lugar escondido? – disse Alfredo.

-O pai dela ainda não a deixa sair, ela não fica mais no quarto, mas não sai pra nada! Perdeu até a despedida da amiga que mudou da cidade!

-Esse cara é louco! – disse o Alfredo.

-Meu sogro! – disse e Alfredo riu fraco.

-Então o que resta é continuar falando com ela por telefone! – disse Ryan.

-Eu tenho uma ideia melhor! – disse me levantando e pegando as chaves do carro.

-Justin, aonde vai? – perguntou Scooter largando o telefone e os papeis que segurava.

-Você sabe muito bem o que ele vai fazer! – disse Alfredo.

-Justin, você não vai fazer isso! – disse Scooter enquanto eu colocava a minha jaqueta.

-Desculpa, mas eu vou! – disse abrindo a porta.

-Ei, essa é a chave do meu carro! – disse Ryan.

-Desculpa dude, mas eu não posso ir com o meu até lá! – pisquei pra ele e sai.

-NINGUÉM MANDOU TER UM CARRO PRATEADO E QUE REFLETE! – berrou ele e eu ri.

-JUSTIN, ISSO É LOCURA! – berrou Scooter no corredor.

-Cara, eu não sou normal! – eu disse entrando no elevador.

Elevador... porque isso existe mesmo? Quando eu cheguei no estacionamento sai correndo atrás do carro de Ryan, fiquei ligando e desligando o alarme, eu não fazia ideia de onde a coisa estava, até que eu encontrei. Entrei no carro e fui “correndo” até a casa da Ally, não podia ir loucamente, o carro nem é meu!

Quando cheguei não tinha a certeza de que era ali, ela já tinha me falado uma vez aonde morava, mas eu não tinha a certeza de que era ali. Desci do carro e corri até a entrada do prédio, fui até o porteiro que me olhou assustado até, sorri simpático.

-Com licença, é aqui que mora o senhor Marcelo Simpson? – eu disse simpático, mas sabia que depois vinha o pior.

-Sim, porque? – ele perguntou.

-Eu gostaria de ir até o apartamento dele!

-Um momento senhor Bieber, tenho que telefonar! – ele disse e eu sorri simpático – senhor Simpson, o senhor Bieber esta aqui... sim o senhor Bieber!... ok! – ele disse desligando o telefone – ele disse que você não pode subir, mas esta descendo, pode se sentar ali! – ele disse me apontando uns sofás.

-Obrigado! –eu disse indo me sentar.

Que ótimo ele não me deixou subir, a situação esta de mal a pior, espero que não de pra ficar pior né! O pai da Ally chegou bem rápido na recepção e me encarou com uma cara não muito boa, me olhou e pediu pra mim acompanha-lo até um local mais reservado, não queria que ninguém escutasse pelo menos.

-O que quer aqui? – ele perguntou bravo.

-Eu vim falar com a sua filha, faz um mês que não nos falamos, estou com saudade! – disse como se não soubesse de nada do que se passou nesses meses.

-Ela não quer falar com você! E eu também não quero ela falando com você! – ele disse.

-Porque ela não quer falar comigo?

-Ela cansou de correr de fotógrafos, um deles até bateu com a câmera nela, ficou roxo! – isso ela não me falou – ela disse que foi sem querer, mas sem querer ou não, ela poderia ter se machucado mais, ela cansou de se esconder, de ficar em casa! Ela quer a vida dela de novo!

-Eu não acredito no senhor, ela me ama e eu a amo, eu estou com saudades da sua filha, preciso ver ela! – eu já disse mais bravo.

-Eu conheço o seu tipo menino, sei que você vai namorar a minha filha e depois larga-la por outra, como fez com a sua antiga namorada e então vai magoar a minha filha profundamente e eu não quero ela magoada!

-Eu a amo, nunca irei magoa-la!

-Você vai sim! Do mesmo jeito que magoou sua ex-namorada, você é um garoto ainda, eu quero a minha filha com um homem!

-Você não conhece a gente! – eu já disse mais bravo.

-E eu não quero conhecer! Não quero conhecer você! – ele já disse indo ao lado do elevador.

-Eu preciso vê-la, eu preciso fazer isso! – eu disse indo até ele que já entrava no elevador.

-O que você tem que fazer é entrar no seu carro e voltar pra Los Angeles, é lá que você mora não é? É por isso que minha filha foi pra lá nas férias não é? Entra no seu carro e volta pra sua casa, minha filha não quer te ver! – ele disse entrando de vez no elevador.

Eu fiquei ali parado por uns segundos, sai dali e apenas agradeci ao porteiro que me encarava estranhamente, por sorte não tinha nenhum paparazzi por ali. Entrei no carro de Ryan e sai sem rumo por NYC, eu já tinha vindo a essa cidade outras vezes, mas não pra sair sem rumo igual eu estava.

Andei por varias ruas que eu nunca tinha passado, cruzei avenidas e andei por elas, até que não sei como fui parar no Central Park, estacionei o carro de Ryan e desci. Comecei a andar pelo Central Park como apenas mais um por lá, eu era mais um por lá. Alguns me olhavam estranho, como se eu fosse um ET, mas ninguém me parou.

Andei por entre as árvores apenas sentindo o pouco vento que batia. Até que cheguei a um local que não tinha quase ninguém, praticamente deserto perto dos outros locais. Me sentei no banco que havia ali e fiquei. Meu celular tocou por algumas vezes até que eu me cansei de ouvi-lo tocar e fui ver quem era, era Scooter.

Ligação mode on

-Justin, aonde você ta? Precisamos de você aqui, temos coisas a acertar!

-To no Central Park! – disse.

-Como? No Central Park? O que esta fazendo ai? – ele perguntou sem entender.

-Não me pergunte como cheguei, só sei que quando me dei conta eu já estava aqui!

-Volta pro hotel agora! – disse Scooter autoritário.

-Se eu soubesse!

-GPS?

-Ryan tirou! – eu disse rindo fraco.

-Ryan você tirou o GPS do seu carro? – disse Scooter.

-Mals ae cara! – escutei Ryan berrando me fazendo rir.

-Justin, sabe aonde esta o carro pelo menos?

-Claro que eu sei! – disse.

-Ótimo, você tem GPS no seu celular, se não tiver, baixa um! To te esperando aqui!

-Tudo bem!

Ligação mode off

Eu menti, não faço ideia de onde esta o carro, nem prestei atenção enquanto eu andava! Só sei de que lado eu vim! Voltei andando pelo caminho tentando lembrar o que eu tinha feito antes, demorou um pouco, mas eu cheguei no carro! Abri o GPS do celular e procurei o endereço. Fui o caminho inteiro pensando em Ally.

Quando cheguei achei que Scooter ia me matar! A cara dele não era nada boa, mas ele já tinha feito essas caras outras vezes e o que eu levei foi uma bronca, como sempre. Ryan e Alfredo apenas me encaravam, eles não iriam se atrever de falar algo. Não agora.

Após alguns minutos de falação de Scooter fomos pra reunião sobre a turnê, se Deus quiser, levo Ally comigo! Quando finalmente consegui sair daquele lugar e ficar sozinho no meu quarto já era tarde da noite, Ally que me ligava sempre, mas hoje ela não me ligou. Já era 2 da manha, ela não havia me ligado e eu não sei o porque!

Não ia ligar pra ela, não sei com qual celular ela esta, não sei se eles estão no silencioso. Ela disse que ela que sempre ligaria, mas dessa vez não me ligou! O que será que o pai dela falou pra ela? Será que ele falou que era eu na portaria essa tarde?

P.O.V Ally

Meu pai abriu a porta furioso, bateu ela com força fazendo eu e minha mãe que estávamos na sala nos assustarmos. Ele me olhou com fúria e veio até mim, ficou um tempo em falar, apenas me olhando, achei que ele ia me bater ou algo assim, mas não.

-Sabe quem estava lá em baixo? – ele me perguntou irônico.

-Não! – eu disse o olhando.

-Aquele moleque! – ele disse e eu arregalei os olhos.

-Justin estava ai? Como ele esta? Ele ta bem? – eu não podia deixar escapar que falava com ele todas as noites.

-Sim, ele esta ótimo, veio te ver, mas eu não deixei!

-O que o senhor falou pra ele? – disse brava.

-Que você não quer mais o ver, que você não o ama mais, que ele acabou com a sua vida! – ele disse indiferente.

-Você é um monstro! Eu o amo mais que tudo, ele não acreditou em uma palavra sua, eu tenho certeza!

-Acredite, não foi bem isso! Ele virou as costas no momento que acabei de falar e foi embora! – ele disse e meus olhos se encheram de lágrimas.

-Ele não fez isso... eu tenho certeza! – eu disse confiante.

-Acredite no que quiser, mas ele foi embora e não vai mais voltar! – ele disse e não consegui mais segurar as lágrimas.

-VOCÊ É UM MONSTRO! NÃO É MEU PAI! – eu disse subindo correndo as escadas e chorando.

Me tranquei no meu quarto, o lugar aonde tenho passado mais tempo esses últimos tempos, me tracar ali não me sentia mais segura. Me deitei na cama e chorei, apenas chorei. Não jantei, apenas tomei banho, que demorou horas! Me deitei pra dormi, mas não dormi, apenas fiquei acordada, lágrimas já não escorriam mais.

Justin não pode ter acreditado no meu pai, ele me dizia “eu te amo” todas as noites, dizia que vinha me buscar quando desse, dizia que me amava. Não tive coragem de ligar pra ele, não havia forças em mim pra isso, não sei o porque.