Quidditch Revenge escrita por KarenLuizaM


Capítulo 3
Uma noite tempestuosa


Notas iniciais do capítulo

Demorei mais que o esperado (desculpa). Mas, melhor tarde do que nunca :D. lol Espero que gostem.



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A chuva caía nos telhados de Hogwarts. Uma chuva forte e gelada. A umidade de segunda-feira finalmente havia cedido e se transformado em uma grande tempestade. Naquela quarta-feira de outubro, o castelo parecia cada vez mais assombroso a cada trovão que aparecia no céu.

No fim das aulas, todos os alunos foram para seus respectivos salões comunais. Mas, uma garota permanecia nos corredores escuros da escola. Ela caminhava lenta e silenciosamente em direção a sala de troféus. Seria a noite de sua detenção. Quando avistou a grande porta, bateu nela e esperou. Nada aconteceu. Depois de alguns segundos, bateu de novo. Nada...

– Ei, Weasley! – A ruiva se virara e avistara uma cabeleira loira vindo do corredor escuro – Ele não vai vir atender a porta. Você só tem que entrar!

– Malfoy... O que veio fazer aqui?

– O que acha que eu vim fazer? – O garoto retrucou com ironia em sua voz. Logo depois, abriu a porta violentamente.

– Finalmente chegaram! – Disse, com raiva, John Lougeu. Um homem careca, baixo e barrigudo, com um sotaque francês marcante, que estava sentado em uma cadeira e descansando os pés em uma pequena mesa no meio da sala – Já estava pensando que iriam fugir da detenção. Bem, acho que vocês já devem saber por que estão aqui, não é? Vocês tem que lustrar todos os troféus daqui. Os produtos estão do lado da mesa. Volto daqui à uma hora pra ver quanto vocês fizeram. Agora, me entreguem suas varinhas. - Os dois tiraram suas varinhas de seus bolsos e entregaram para Lougeu – Ótimo. E... Vocês não saem daqui antes de terminarem tudo.

Sem dizer mais nada, o homem saiu e trancou a porta, deixando-os sozinhos.

– Tudo bem. O que você está fazendo aqui? – Rose perguntara, cruzando os braços.

– Cumprindo a detenção. – Malfoy respondera, simplesmente.

– Isso eu sei! Mas, por que você está aqui? O que te fez ganhar uma detenção?

– De repente ficou interessada na minha vida, Weasley? – Perguntou, presunçoso, se encostando desleixadamente na mesa – Mas... Eu estou aqui por quê a professora de poções é uma exagerada e me deu uma detenção só por que eu estava olhando a rotina de aulas dela.

A ruiva imaginava que ele fosse dizer isso. Ele havia olhado a rotina da professora Fildfraser para confirmar qual seria a poção que ela iria fazer na aula e dizer para a sua amiguinha sonserina para ela pegar o ingrediente certo do armário.

A corvina pegara um pano, derramara um pouco de lustrador nele e começara a esfregar um grande troféu em uma das estantes.

– Malfoy... Eu sei que foi você.

– Sabe que fui eu o que? – Perguntou o loiro sem dar muita atenção.

– Sei que foi você quem armou contra mim.

– Como você pode ter certeza? Você não pode provar que fui eu. – Dissera imediatamente depois da acusação da ruiva.

– Não. Não posso. Mas, eu sei que foi você. Você e aquela morena fingida com pernas de flamingo. – Rose poderia jurar que, assim que terminou de dizer a frase, Malfoy engasgou tentando segurar o riso – Você não vai fazer nada? – Perguntara quando viu que o garoto permanecia encostado na mesa.

– Você está fazendo, não está? – A corvina o olhara com raiva. Querendo ou não, ela tinha que lustrar os troféus, se não, não sairia da sala. - É... Você realmente é uma garota esperta, Weasley. Esperta e observadora. Até conseguiu enxergar a incrível beleza das pernas de pássaro da Katie! Mas, não conseguiu ver o real motivo pelo qual te fiz conseguir uma detenção...

Eles não falaram nada por algum tempo. Tudo o que se conseguia ouvir, era a chuva batendo fortemente na janela. Rose se virara para o garoto.

– E, qual seria esse motivo? – Perguntou cautelosamente.

– Você é tão inteligente. Tente descobrir! – Respondera sem olhar para a garota.

Um motivo para Malfoy tê-la colocado naquela situação... Um bom motivo para ele seria que a ruiva odiaria ir para uma detenção, ainda mais em sua companhia. Sempre que Malfoy ficava perto dela, queria dizer que ele iria aprontar alguma coisa. Talvez seja por isso. Talvez ele queira fazer mais alguma coisa contra ela ainda naquele dia.

Passou-se mais de uma hora desde as últimas palavras que Malfoy havia dito e ele nem se quer se mexeu para ajuda-la. O zelador já havia passado para ver o quanto do trabalho eles (ela) já tinham feito. Faltavam pouco menos de dez troféus a serem polidos quando a voz de Scorpius chegou aos ouvidos da Corvina.

– Você recebeu alguma carta dos seus pais, Weasley? – O olhar de Rose se desviara de uma grande taça que estava lustrando e fora parar no loiro.

– Não. – Respondera, desconfiadamente. O loiro sorrira pelo canto dos lábios, satisfeito com a resposta – O que você fez? – Perguntara em tom de raiva.

– Por que acha que eu fiz alguma coisa? – Desafiou.

– Eu não vou perguntar outra vez, Malfoy. Diz logo! – Gritou.

– Okay! Digamos que eu ajudei seus pais a entenderem melhor a situação.

Rose ficara pálida. Ele não poderia ter feito o que estava pensando, não é? Ele não teria coragem nem cara de pau o bastante. Ou teria?

– Você enviou uma carta pra eles contando o que aconteceu? – Rose aparentava estar muito calma.

– Mais que isso, Weasleyzinha... Eu enviei uma carta no seu nome contando o que você não fez! – Concluíra com um sorriso perverso no rosto.

– O-o quê? – O seu nervosismo começou a ficar claro – V-você não teria coragem!

– Ah não? – Ele levantara as sobrancelhas.

“Queridos mamãe e papai, – Ele começara a falar em tom de discurso e uma voz infantil e fina – Queria explicar para vocês dois por que eu fiz todas aquelas coisas na aula de poções. Primeiramente, a garota que estava do meu lado era uma patricinha, metida a Einstein, que ama chamar a atenção da professora com sua ‘grande inteligência’. Mas, o posto de garota mais esperta do sexto ano é MEU. Então eu tinha que dar um jeito nela. Ela nunca fez nada contra mim, mas isso não fez eu me conter. Estava simplesmente cega pela vaidade intelectual. – Rose ouvia tudo com fogo no olhar, andando de vagar na direção do loiro – Se a professora não fosse tão exagerada, ousada e intrometida, eu até poderia não tê-la ‘ofendido’. E, eu não estava ofendendo ela, eu estava descrevendo ela! São duas coisas diferentes. E, eu só roubei o ingrediente dela por que eu sabia que ninguém iria adivinhar qual poção ela ia preparar com a falta de um ingrediente. E eu adivinhei qual era a poção apenas sabendo que nela ia o ingrediente que eu peguei. Nossa... Eu sou tão f*da que deveriam demitir aquela professora demente e me colocar no lugar dela! Eu daria a aula mil vezes melhor que aquela inútil! – Malfoy dizia cada palavra com o máximo de sarcasmo que podia e a ruiva ficava com raiva a cada som que saia da boca dele - Por último: Sei que vocês acham que eu devo pedir desculpas. Mas, eu não vou pedir desculpas, por que eu não me importo com a opinião de vocês. Vocês podem me implorar, mas eu não vou parar de agir assim, por que eu não quero terminar velha e sem graça como vocês dois.”

Rose tinha lágrimas nos olhos, mas a sua tristeza não era maior que o ódio que sentia naquele momento. Ela não conseguiu pensar em mais nada. Avançara no loiro tentando acertar qualquer lugar que o fizesse sentir dor.

Ele conseguiu se defender facilmente, mas ela não ia deixar ficar assim. A ruiva o empurrou, caindo por cima dele. Rose conseguiu acertar um soco certeiro no estômago do garoto. O loiro, não querendo mais ficar naquele sufoco, rolou no chão, invertendo as posições e segurando bem firme os punhos da garota contra o chão frio.

– Eu vou te matar! – Gritou a corvina se debatendo embaixo do sonserino.

– Eu acho que não! Você não conseguiria. Morreria de desgosto só em pensar que eu não estaria mais aqui embelezando a sua vida.

– Seu idiota! – A garota dera um chute certeiro no meio das pernas do loiro. O garoto rolou de dor bem na hora em que a porta foi aberta pelo zelador Lougeu. Rose levantara. – Terminei a minha parte, até mais. – Concluíra saindo da sala.

A garota andava com passos pesados acompanhados pelos sons dos trovões que invadiam os corredores do castelo. A raiva saia pelos seus poros. Não sabia mais o que esperar de Malfoy. A cada dia viam coisas piores dele.

Rose não queria mais pensar nisso. Fora direto para seu quarto e, sem fazer mais nada, deitou-se em sua cama e fechara os olhos. Imagens da reação de seus pais vieram a sua mente. Já iria ser difícil se explicar pela carta da professora, agora teria que se explicar pela carta que eles acham que foi ela mesma quem escreveu. Não seria uma tarefa fácil.

A semana de Rose estava ficando cada vez mais complicada, tudo por causa de um loiro sonserino que procurava sempre fazer o pior com as armas que possuía.



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Notas finais do capítulo

Malfoy ta me dando nos nervos... rsrsrs Bem, esse cap. foi praticamente todo em diálogos, né? Tomara que não tenha cansado muito .-. O que acharam da carta do Scorpius? Foi muita maldade? Mande uma Review com a sua opinião! Faça perguntas, elogie, critique, diga o que quiser! rsrs
Obrigada por ler! :]
PS: O sobrenome do zelador se pronuncia "Lujê" fazendo biquinho francês! rsrsrs



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