Addicts - Repostada escrita por whatsername, whatsernamebeta


Capítulo 32
Capítulo XXXII


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura, nos vemos lá no final : )



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POV Bella

Semanas depois

Eu gostava da visão que eu tinha: Edward estava tentando preparar nosso café da manhã apenas de bermuda, o que deixava suas costas despidas, eu olhava de longe cada músculo, a cada respiração feita por ele eu arfava em puro deleite. Era difícil acreditar que ele era meu.

“Cuidado para não colocar fogo na casa!” Eu disse bem mais alto que o normal, ele estava concentrado demais para me notar.

Edward tirou os olhos do forno e procurou pelos meus. “Já acordou? Eu queria levar na cama para você!” Seu tom era divertido.

Era manhã de domingo, e mesmo estando em meados de novembro o dia estava ensolarado. Atípico.

Eu estava com sono ainda, mas pude distinguir um cheiro característico. Cookies!

“Anjinho?” Eu chamei me sentando nos banquinhos do balcão. “Você está fazendo cookies?”

As bochechas de Edward coraram graciosamente. “Hãn... Tinha tempo que eu não fazia... E eu pensei que você poderia gostar!”

Eu atravessei a cozinha para beijá-lo. “Edward?” Eu beijava todo seu rosto. “Claro que eu quero vou gostar!” Dei atenção para seus lábios. “Eu gosto de seus cookies!”

Edward correspondia avidamente ao meu beijo, não demorou muito para suas mãos estarem debaixo de minha camisola de cetim. Não importava a ocasião, um beijo era o suficiente para nos deixarmos famintos pelo corpo do outro.

“Eu tenho que olhar o forno...” Edward dizia tentando parar de me beijar, suas mãos estavam firmes em minha cintura.

“Depois nós terminamos!” Parei o inicio de amasso contra minha vontade. Meu maior erro foi descobrir o quanto sexo é bom, Edward e eu éramos loucos por sexo; podia ser sexo com amor, ou só sexo mesmo; eu poderia viver com ele dentro de mim. Depois de nossa primeira noite, eu estava sendo quase uma aluna de Edward, ele estava me mostrando as inúmeras maneiras de dar e receber prazer numa cama. Céus! Era cada posição estranha, porém indiscutivelmente prazerosa.

“O que está olhando?” Eu perguntei depois que percebi que Edward não tirava os olhos de mim, procurei alguma coisa errada, não encontrei.

“Você está bonita!” Ele respondeu vagamente, seus olhos não saiam de minha camisola branca de rendinha.

Ele veio para o meu lado, ele sabia que eu não tinha entendido nada. “Eu gosto dessas roupas que você usa, laçinhos, babadinhos, rendinha... Você fica toda mulherzinha!”

O assalto que ele deu em minha boca foi rápido, seus lábios traçaram os meus com um pouco de pressa. “Eu gosto de você mulherzinha assim!” Sua voz mandou choques para todo meu corpo.

“Eu tenho um convite a te fazer.” Ele disse depois que beijou a linha de minha mandíbula.

Eu devolvia seus carinhos, minhas mãos tateavam suas costas e minha boca era responsável por seu pescoço. “Faça-o.” Disse dando meu último beijo em sua pele.

“Hum... Eu quero que você vá ao Central Park comigo!” Edward perguntou segurando meu olhar.

Nós estávamos protelando esse passeio há muito tempo, eu sabia o quanto Edward queria conhecer o Central e o dia estava mais que propicio para tal atividade. “Hãn... Deixe-me pensar!” Falei escondendo minha diversão.

O olhar de Edward caiu um pouco. “Bella, por favor? Você disse que iria comigo! Vai ser um dos últimos dias de sol, temos que aproveitar!” Sua súplica era impagável.

“Anjinho...” Eu disse aproximando nossos rostos. “Que dia que eu vou negar um pedido seu, ainda mais com você implorando desse jeito?” Terminei rindo com nossos lábios colados.

“Sério, amor? Você vai comigo?” Edward perguntou quase como uma criança.

“Uhum!” Falei traçando um rastro de beijos até sua orelha. “Mas eu quero que você tome banho comigo primeiro!” Morder sua orelha era como um vício para mim.

“Eu despertei uma ninfomaníaca!” Ele respondeu fazendo a mesma tortura em meu lóbulo.

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Depois de nosso pseudo banho, pois eu não ouso considerar uma transa debaixo do chuveiro um banho, procurei uma roupa adequada para um passeio na parque, escolhi um short jeans e uma blusa branca de mangas e botões.

Edward andava de toalha do quarto para cozinha molhando todo chão que antes estava limpo. “Edward, pelo amor de Deus, pare de molhar a casa e vista logo uma roupa!” Pedi passando hidratante em meu corpo.

“Calma linda! Eu tenho que olhar nossos biscoitos, eles estão quase no ponto.” Ele disse, quando chegou em nosso quarto jogou sua toalha em cima da cama e pegou o primeiro par de roupas que viu.

Homens!

Eu brigaria se ficasse mais tempo perto dele, fui para a cozinha preparar comida para levarmos.

Tinha de tudo: os cookies recém assados, sanduíches, frutas, sucos, refrigerante...

“Estou pronto anjo, podemos ir!” Edward disse fechando apressadamente a porta do quarto, ele estava tão bonito! Uma bermuda jeans e uma camisa cinza e um boné.

Edward ficava gatinho de boné!

“Não vai levar o Jules?” Eu perguntei correndo para o quarto, estava esquecendo um detalhe.

“Claro, Jules vai gostar de correr um pouco, cadê você Jules?” Edward chamou, enquanto ele se resolvia com o bichinho fui até o quarto e peguei uma colcha velha, foi difícil encontrar, uma vez que nada nesse apartamento era obsoleto.

“Leve isso, por favor, anjinho?” Eu pedi passando a cesta com comida e a sacola com a colcha. “Eu levo o Jules!” Disse pegando o cachorrinho no colo. Ele estava gigante.

Edward olhou interrogativamente para as sacolas. “Temos que fazer isso direito amor!” Respondi sua dúvida imaginária.

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As ruas estavam lotadas, nossa sorte é que ao atravessar a rua já estávamos de frente a um dos acessos do parque.

“Pronto?” Eu perguntei procurando os olhos de Edward, nós estávamos parados no grande portão.

Seus olhos brilhavam e o sorriso não saiu de seus lábios. “Pronto!” Ele respondeu nos guiando para dentro.

O parque estava tão cheio como as ruas, as pessoas procuravam um espaçinho na grama verde, as crianças brincavam alegremente.

Eu não queria tumulto, eu sabia de um lugar que era calmo e quase não tinha visitantes, Edward caminhava estupefato ao meu lado, não sei se por causa da beleza do lugar ou simplesmente por estar emocionado. Caminhamos uns bons vinte minutos, confirmando minha suposição, o lugar estava vazio, tinhas apenas algumas famílias perdidas em seus mundinhos.

“É aqui!” Eu disse olhando para Edward, seus olhos correram todo espaço, estávamos no lado oposto ao lago, não estava muito florido por causa da estação, mas estava bonito como sempre.

“É do caralho!” Edward disse me abraçando pela cintura. “Aqui é bonito de verdade!” Seu tom era repleto de admiração.

Virei meu corpo para ficar de frente para ele, beijei sua boca rapidamente. “Era aqui onde eu vinha para relaxar, era meu cantinho!” Falei afagando seu rosto com as costas de minha mão. “Espero que goste.”

Edward oscilava seu olhar entre a paisagem e meu rosto. “Obrigado por dividi-lo comigo, eu amo você.” Sua fala estava cheia de amor. Amor por mim.

“Eu te amo anjinho! Vem, vamos sentar aqui!” Falei indo para o meio da grama e estiquei a colcha no chão, o sorriso de Edward foi genuíno.

“Eu trouxe uma câmera fotográfica.” Ele disse despretensiosamente. “Bom... Nós não temos nenhuma foto de nós juntos, e talvez você queira tirar alguma comigo!” Edward falava tirando uma câmera de não sei onde.

Eu quase soltei um gritinho de felicidade. “Edward...” Eu joguei minhas pernas em sua cintura. “Eu vou registrar cada passo seu hoje!” Eu não contei quantos beijos deixei em seu pescoço.

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Tirei foto de tudo: Edward deitado, correndo atrás de Jules, me beijando...

“Sabia que eu tive que vim aqui antes de te procurar no orfanato no dia em que cheguei aqui?” Eu perguntei em algum momento do dia ensolarado.

Eu estava deitada confortavelmente na frente de Edward, ele deixava beijos calmos em minha nuca e pescoço. “Por quê?” Ele perguntou parando com seus beijos.

“Eu precisava criar coragem, eu estava com medo de sua reação.” Respondi colando ainda mais minhas costas em seu peito.

“Eu me assustei quando te vi, parecia um sonho bom!” Edward falou entre beijos. “Você é o meu sonho bom!”

“Você está cheio de palavras bonitas hoje, cansou de falar sujo?” Eu questionei colocando minha mão em cima da sua que estava em minha cintura.

Edward cobriu qualquer distância que existia entre nossos corpos, sua língua começou um pequeno incêndio em meu pescoço. “Eu tento ser romântico, mas você gosta de quando eu sou um vagabundo né?” Sua voz estava completamente rouca de desejo. “Quer que eu fale sujo?” Eu queria gritar de tesão, eu ficava completamente a mercê quando ele começava com suas brincadeirinhas. “Eu quero uma resposta!” Seus dentes arranharam minha pele. “Uhum!” Eu disse num fio de voz. “Só espero que você agüente, minha mulherzinha!” Edward dissimuladamente colocou suas pernas entre as minhas, sua ereção estava perfeitamente encaixada em mim. “Você está tão gostosa com esse short, eu sei que você está molhadinha.” Ele ondulava seu corpo discretamente. “Você pulsa de tesão quando eu falo sacanagem, não é?” Eu não tinha respostas, meus gemidos saiam abafados, Edward gostava de me torturar, seus beijos se tornaram molhados e quentes em minha nuca. “Eu estou louco para te comer todinha, fazer você gritar meu nome, gemer por mais...” Ele fez um último movimento contra meu bumbum.

Não era para ele parar!

“Eu não quero que você desmaie de tanto tesão!” Ele disse rindo de mim.

“Você não presta!” Eu falei me recuperando. “Você está saindo um ótimo provocadorzinho! Virei para encarar seu rosto, ele sorriso era completamente arrogante.

“Eu sei que você gosta quando eu sou um filho da puta com você.” Edward disse beijando o canto de minha boca. “Eu amo você!”

“Também te amo, infelizmente!” Brinquei puxando seus lábios para os meus. “É gostoso quando você me provoca, mas você sabe que eu posso fazer muito pior com você, não sabe?” Falei descendo minha mão para seu abdômen ainda coberto pela camisa.

Ganhei um olhar sacana de Edward, mesmo querendo não poderia materializar meu desejo, nós apenas ganharíamos uma multa e uma visita à delegacia por sermos acusados de atentado ao pudor.

“Não pode aqui!” Eu disse subindo minha mão para seu pescoço. “Em casa eu cuido de você!” Terminei dando uma piscadinha, eu tentava ser um pouco sexy, mas Edward ganhava de lavada.

“Vou esperar!” Ele disse beijando calmamente meus lábios, suas mãos seguravam minha nuca sem força.

“Estou com fome...” Edward falou cobrindo meu queixo de beijos. Desvencilhei de seus braços para pegar a cesta com comida. “O que quer comer?”

Edward me olhava de soslaio, seu sorriso estava quase infantil. “Você!” Ele disse abrindo seu sorriso estúpido.

Eu tentei não pular e arrancar sua roupa, eu sabia que ele estava brincando. “Então você realmente curte sexo em público?” Perguntei jogando um sanduíche para sua direção.

Edward corou subitamente. “Eu não vou falar de minhas fantasias sexuais com um tanto de gente ao meu redor!” Ele estava muito envergonhado.

Eu gargalhei de sua cara. “Veja, eu consegui fazer Edward Cullen ficar realmente com vergonha!” Eu debochei. “Vamos anjinho, diga, você quer me foder com platéia?” Eu perguntei mordendo meus lábios descaradamente.

Edward comia seu sanduíche sem olhar em meus olhos, eu estava gostando muito disto. “Amor, você quase me fez gozar a poucos instantes, o que custa você me dizer sua fantasia?” Pedi colocando uma falsa decepção em minha voz.

“Ok, eu admito! Eu quero te comer em algum lugar público um dia, eu não quero platéia eu gosto da adrenalina do perigo, sei lá...! Satisfeita?” Ele falou sem paciência.

“Muito!” Eu disse mordendo um pedaço de seu lanche, sentei ao seu lado, era engraçado essa coisa de fantasia sexual.

“Rindo de quê?” Ele perguntou visivelmente curioso.

“Pelo menos você não quer me ver beijando outra mulher!” Eu disse beijando seu ombro.

Edward engoliu o sanduíche apressadamente, o susto tomou conta de seu rosto.

“Eu não tenho essa vontade, eu sei que todo homem gosta, mas é sério eu não consigo ver tesão nenhum em duas mulheres.” Ele disse bebendo um pouco de suco.

Eu suspirei aliviada por sua declaração, eu não sei se conseguiria beijar e tocar outra mulher.

Definitivamente, eu não conseguiria!

“E você anjo, tem alguma fantasia?” Edward perguntou com incrível curiosidade.

Pensei, pensei e pensei, eu sempre achei meio idiota essas coisas de farda, bombeiro... Eu gostava de mandar em Edward, eu gostava de quando ele me deixava ter o controle...

“Não é uma fantasia...” Eu falei hesitante. “Eu gosto quando eu meio que te domino!”

Edward buscou meus olhos, seu sorriso veio como uma avalanche de charme. “Traga as algemas!” Ele disse me dando seus pulsos.

Algemas?Ótima ideia!

“Eu amo tanto você Edward!” Eu disse tirando seu boné para bagunçar seus cabelos.

“Meu cabelo está feio, preciso cortar!” Edward disse freando minhas mãos.

Parecíamos duas crianças rolando pela grama apenas por causa de um boné, Edward fazia de tudo para me cansar, mas no final eu tinha conseguido colocar minhas mãos naquele monte de fios dourados.

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Tinha muito tempo que eu não sentia o sol contra minha pele, e não posso negar, a sensação era reconfortante. Dentei espaçosamente na colcha, fechei os olhos e fiquei ali, sentindo o calor adentrando meus poros.

“Você gosta de sol!” Edward disse fazendo os mesmos movimentos meus.

“É bom de vez em quando, tire sua camisa, você está muito branco, mas me deixe passar o protetor solar primeiro.” Falei me sentando e tirando sua camisa, escondi minha cara de deleite, Edward não percebeu e me ajudou com o creme.

“No final do dia estaremos da mesma cor!” Falei deitando em seu colo.

“Se eu não terminar com queimaduras de segundo grau já está ótimo!” Edward disse completamente sarcástico.

Éramos um típico casal numa tarde de domingo, um homem e uma mulher trocando carinhos enquanto o sol torrava nossas peles.

“Você se arrepende de alguma coisa?” Edward perguntou procurando meus olhos, seus carinhos em meu cabelo estavam me deixando na beira da sonolência.

“Não!” Eu disse sem hesitação. “Não me arrependo de nada!”

“Eu só perguntei por que estava pensando que talvez você sentisse falta de sua vida de solteira, sua família, seus programas com seus amigos...”

Olhei para o par de olhos que estavam acima de mim, eu não poderia me arrepender de nada, ele foi a melhor coisa que me aconteceu, meu maior presente.

“Anjinho, eu amo essa vida que estamos vivendo, trabalhar, pagar nossas contas, ficar com você vendo TV antes de dormimos... Eu amo tudo isso. Morro de saudades de Renée e meus irmãos, mas eu gosto dessa independência. E minha vida de solteira? Eu não sinto nenhuma falta, eu amo meu namoradinho!” Eu falei sem tirar meus olhos dos seus, ele tinha que captar a veracidade de minhas palavras.

“Obrigado, desculpe se foi uma pergunta idiota!” Edward disse beijando meu nariz.

“Claro que não anjinho, pode falar o que quiser comigo. Hãn, posso fazer um pedido?” Pedi sentindo minhas bochechas corarem.

“Todos!” Ele disse penteando meus cabelos.

“Um dia a gente pode sair para dançar?” Eu perguntei e logo vi a confusão no rosto de Edward.

“Sério linda? Você quer dançar?” Edward perguntou com diversão.

“Bom... Eu e Ângela costumávamos sair ás vezes, era divertido! Nós podemos fazer um programinha com ela e Ben.” Eu disse com vergonha.

“Anjo, eu sou a pessoa mais desajeitada, mas vou tentar aprender uns passinhos para te acompanhar!” Ele disse deixando beijos em todo meu rosto, beijinhos calmos.

“Eu gosto tanto de você!” Edward disse beijando meus lábios carinhosamente. “Gosto muito, eu quero realizar todos seus pedidos, todos!” Ele falava depois de depositar selinhos em meus lábios.

“O Edward romântico voltou?” Perguntei me sentando em sua frente. “Eu amo cada faceta sua: carinhoso, cafajeste...” Busquei seus lábios para um beijo rápido. “Você é o meu maior presente!”

“Sabe o que você é para mim?” Ele estreitou seus olhos, eu pude ver várias emoções boas neles. “Você é a minha fraqueza! Quase como uma droga.”

Nossos olhares estavam conectados de um jeito sobrenatural, tinha um fluxo de amor e admiração entre nossos corpos. Eu só sabia sorrir, as palavras de Edward fizeram lágrimas brotarem de meus olhos.

“Bella, eu amo muito você!” Ele beijou meus olhos delicadamente. “Não chore, eu não gosto de você chorando!” Ele pediu me aconchegando em seu peito.

“É felicidade, feliz por ter você!” Meu rosto pousou em seu peito sem relutar. “Amo você!”

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“Está escurecendo, quer ir embora?” Perguntei levantando, já passava das seis e já estava esfriando, Edward estava quase dormindo ao meu lado.

Ele olhou o relógio, vi um traço de preocupação em seu rosto. “Vamos ficar mais um pouquinho...”

Edward estava me escondendo alguma coisa, eu via isso. “Porque não podemos ir agora?” Perguntei arrumando nossas coisas.

“Eu quero aproveitar todo tempo com você!” Ele disse me puxando para a colcha.

“Você tem todo tempo do mundo, eu quero ir para casa!” Pedi emburrada.

Edward soltou uma respiração pesada. “Ok, vamos para casa então, como a senhora quiser!” Ele não estava com raiva, mas me senti mal por ter sido um pouco rude.

“Não Edward, vamos ficar então, eu não quero estragar seu passeio, daqui a pouco nós vamos.” Falei acariciando seu rosto perfeito.

“Anjo, eu não estou com raiva, vamos para casa.” Edward falou me colocando de pé, pegamos nossas coisas e prendendo Jules que corriam sem rumo em sua coleira.

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“Eu não queria estragar seu dia.” Falei antes de abrir a porta do apartamento. Edward estava com o semblante sereno na minha frente.

“Bella, não seja boba, você nunca estraga meus dias, agora vamos, entre!” Ele pediu abrindo a porta, seu sorriso presunçoso me deixou confusa.

Então, eu tive um choque.

A sala estava cheia de pessoas conversando animadamente. Eu conhecia aquelas pessoas!

Eu ainda estava paralisada na porta, Edward estava atrás de mim, seus braços circulavam minha cintura. “Surpresa!” Ele disse baixinho em minha orelha.

“Vocês demoraram! Eu já estava cansado de esperar!” A voz de Emm me tirou de meu transe.

Todos estavam ali: Carlisle e Esme, Alice ao lado de Jasper, minha mãe segurando a mão do tal Frank, Emm com Rose no colo, tinha Ângela e Ben sentados no sofá e por incrível que seja, James estava no meio da sala.

Eu não sabia quem eu cumprimentava primeiro; corri para minha mãe, eu estava sentindo muito sua falta, fui apresentada ao seu namorado, ele era absurdamente agradável.

Edward cumprimentava e agradecia a todos, ele tinha um sorriso gigante no rosto. “Gostou amor?” Ele perguntou depois que eu sai do abraço de Alice.

“Como você dá uma festinha em nossa casa, sem ao menos me avisar?” Fingi indignação. “Eu amei Edward, você me enrolou direitinho!”

Mal percebi que tinha um tanto de comida pelo apartamento, tinha refrigerante, sucos... “Você quem preparou tudo?” Perguntei a Edward.

“Fiorella veio aqui mais cedo!” Ele disse comendo um salgadinho. “Eu pedi para ela ficar, mas ela teve que ir embora.”

“Que pena, eu deveria agradecer ela!” Falei abraçando Edward. “Obrigada por tudo, eu amo você, agora eu tenho que dar atenção aos meus convidados!”

Ele riu no meu rosto. “Só não dê muita atenção a James ok?” Edward pediu selando nossos lábios. “Ficou irritada por eu ter o chamado?”

Meu ex-namorado não era um problema, eu nunca tinha tido uma oportunidade de agradecê-lo. “Não, claro que não, ele foi meio babaca comigo, mas ele me ajudou muito!”

Edward ganhava abraços e beijos de Esme, aproveitei para conversar com James.

“Hei James!” Falei sentando ao seu lado. “Fico feliz por ter vindo!”

“Que bom! Eu estava esperando ser recebido a tapas por você, Edward disse que eu tinha a obrigação de vir!” Ele falava escondendo seu nervosismo.

“Você sabe né? Se não fosse por você, talvez eu nem estivesse aqui!” Falei amigavelmente.

“Ele iria te buscar, eu tenho certeza!” James disse apontando para Edward que conversava com Jazz e Alice na sacada.

“Ele ama demais você, ele estava sofrendo.” Ele disse, eu sabia que ele estava sendo sincero.

“E Victória? Porque não veio?” Perguntei mais relaxada.

“Bella, não precisa ser educada, não faz o mínimo sentido eu trazer Victória aqui, você se esqueceu que te troquei por ela?” James disse com um sorriso debochado.

“Eu não me importo, você parece gostar muito dela, e eu estou muito bem acompanhada!” Falei alto demais, Edward estava passando na minha frente e ele logo notou minha voz.

“Essa cara está te incomodando?” Edward perguntou encarando James com falsa irritação.

Edward sentou ao meu lado segurando minhas mãos. “Ele está dizendo o quando se arrepende de ter me largado!” Entrei em sua brincadeirinha.

James ria compulsivamente.

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Ângela e Ben foram os primeiros a partirem seguidos por James. Tinha ficado apenas nossas famílias.

“Bellinha?” Emm disse me abraçando, eu não contei quantas vezes ele tinha feito esse ato. “Eu tenho uma notícia para te dar!”

“Hum? Notícia?” Falei o olhando curiosa.

“Rosie, vem cá?” Emmet chamou, Rosalie estava quieta numa das poltronas. “Posso contar?” Ele pediu.

Contar o quê?

“Eu mesma conto, mozão!” Rose disse beijando as covinhas de meu irmão.

“Hãn... Eu estou esperando um bebê!” Ela disse radiante.

Meus olhos correram para sua barriga, não tinha nenhum sinal de gravidez ali. “É recente, quatro meses apenas” Rose falou abraçando Emm.

“Parabéns, eu fico muito feliz por vocês, você vai ficar linda grávida!” Eu a abracei com cuidado. “Já sabem o sexo?” Perguntei levando minhas mãos para sua barriga lisa.

“Só daqui duas semanas, eu ligo para te falar. Bella? Eu gostaria que você e Edward fossem os padrinhos...” Ela disse esperando minha resposta.

“Edward já aceitou!” Emm fez uma interrupção repentina.

Edward já sabia? E não me contou?

“Claro que aceito!” Eu disse abraçando o casal. “Obrigada pelo convite.”

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Já passava das dez da noite, e nossa reunião estava a todo vapor, Alice me contava sobre seu namoro com Jaz, me contava tudo! Minhas bochechas estavam roxas!

“Vamos Bella, conte-me como foi...” Alice pedia incansavelmente para eu dar detalhes da minha primeira vez.

“Alice, foi muito bom, seu irmão foi impecável...” Eu tentava manter a conversa num patamar seguro.

“Isso eu já sei... Eu quero os detalhes sórdidos!” Alice falava como se fosse a coisa mais natural.

O que eu poderia dizer? Que nós transamos até perder as forças, que eu era uma louca por sexo?

“Pergunte a Edward, ele te contará tudo!” Falei saindo rindo do sofá, Alice bufou resignada.

“Lice está te enchendo?” Edward perguntou me interceptando no caminho para a cozinha.

Baguncei seus cabelos e beijei seus lábios cobertos por alguma coisa doce. “Ela que saber sobre nós...”

“Hãn? Sobre nós?” Odiava quando Edward não entendia minhas meias palavras.

“Ela quer saber como são nossas transas!” Eu falei com todas as palavras. Meu rosto não saia do vermelho vivo.

“Fala para ela que você é muito bem comida por mim, que não pára de gemer enquanto eu te fodo, e por pode dizer também que eu praticamente urro de tesão quando sua boca está em volta do meu pau.” Edward terminou com uma piscadinha que derrubava qualquer mulher.

“Você é nojento!” Eu falei ignorando minha excitação, ouvir da boca de Edward como são nossas noites me deixava completamente molhada.

“Quem desdenha quer comprar!” Ele disse voltando para a sala, sua petulância me intrigava.

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Esme beijava Edward de um jeito tão maternal que me dava inveja, ele parecia uma criança de novo.

“Bella, venha aqui querida!” Ela pediu me abraçando também. “Estava com saudade de você!”

Esme era a pessoa mais polida e atenciosa que eu conhecia. “Eu também estava, fico feliz por vê-la!” Falei timidamente.

“Muito obrigada por cuidar de meu filho, eu não consigo imaginar ninguém melhor que você para ficar com Edward!”

Eu estava sem graça, porém feliz. Edward me olhava de soslaio com um sorriso confortante. “Eu tendo fazer o melhor para nós!” Falei olhando para o chão.

“Querida, não fique com vergonha, eu fico muito feliz por você fazer parte de nossa família, você é como minha filha!” Esme disse beijando minha testa. “Agora eu preciso cuidar do meu marido, Carlisle anda muito carente esses dias!” Ela disse me deixando sozinha com Edward.

Diminui a distância entre nossos corpos, nossos braços se tocavam, e era impossível ignorar o corrente elétrica.

“Nós estamos da mesma cor!” Falei vendo o quanto estávamos corados por causa do sol.

“Você está linda!” Edward disse beijando meus cabelos. “Vamos pegar sol mais vezes!”

Edward olhava para frente, segui seu olhar e encontrei Alice praticamente montada no colo de Jazz, eu ri da situação.

“Não é engraçado!” Edward disse constrangido. “Eles estão de amasso na minha casa, no meu sofá!” Ele tentava não olhar com desgosto. “Daqui a pouco Alice vai começar a cavalgar nele!”

Edward era dramático e aumentava demais, Alice estava apenas sentada no colo de Jasper beijando meu irmão animadamente.

“Calma anjinho...” Eu pedi inclinando meu rosto para o seu. “Mais tarde eu te mostro o que é cavalgar de verdade...” Falei jogando lufadas de ar em sua direção.

“Porra!” Edward suprimiu um gemido, sua mão estava possessiva em minha coxa. “O que acha de mandar tudo mundo embora, e nos trancarmos naquele quarto?” Ele sugeriu indo perigosamente com suas mãos para o interior de minha coxa.

Oh sim! Sua ideia me parece tentadora!

“Eu sou uma boa anfitriã, e por isso vou interagir com eles!” Falei saindo do sofá, Edward falou baixinho algum palavrão.

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Eu tentava me concentrar na conversa que transcorria na minha frente, Rose, Alice, Renée e Esme discutiam algo sobre o quanto Nova Iorque era bonita; eu não conseguia ficar alheia a cena que eu via.

Era como um pequeno curta metragem passando em minha mente, eu olhava para as pessoas ao meu redor, cada uma representava um momento de minha vida, cada uma me transmitia uma emoção diferente: cumplicidade, garra, persistência, carinho...

Edward me olhava de longe, ele estava conversando com o resto dos homens. Ficamos nos encarando, espaço e tempo já não eram variáveis significativas, não sei por quanto tempo seus olhos ficaram cravados nos meus, as pessoas que ocupavam a sala desapareceram do meu campo de visão, só tinha Edward e eu ali, e um novo filme passou em minha mente, eu repassei cada dia que vivi com ele, cada sorriso, cada confissão, cada beijo, nossas brigas, cada dia que ficamos separados sofrendo pela ausência do outro, cada dia que acordei em seus braços, cada noite que queimamos pelo desejo... Eu estava presa em nossa bolha, Edward estava tão absorto quanto eu. Não foi difícil encontrar um sentimento que representava aquela situação. Amor! Simples assim.

“Eu amo você!” Falei sem tirar meus olhos de seus olhos verdes. Eu sabia que minha declaração chegaria ao outro lado da sala.

“Eu amo você, meu anjo!” Edward falou com a voz igualmente baixa.

Ele não precisava falar alto, nem gritar. Amor é assim, não precisa ser dito em palavras, ou demonstrado em toques, amor é sentido, apenas!

FIM!


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Notas finais do capítulo

É isso, espero que tenham gostado. Eu realmente gostei de repostar essa história, é bem mais fácil postar quando já se tem tudo pronto, mas é bom do mesmo jeito. Addicts sempre vai ser a minha preferida, foi ótimo escrevê-la e foi, a partir dela, que mil historias vieram em minha cabeça. Foi o começo de tudo, basicamente.
Foi uma oportunidade incrível para eu conhecer novas leitoras, me sinto uma cadela por não lhes responder adequadamente, mas eu não sei organizar o tempo que tenho, de qualquer modo, muito obrigada mesmo pelos comentários e recomendações : )
Fiquei feliz pelas manifestações de carinho e empatia por esse casal, admito que usei todo meu estoque de palavra fofas *-*
Não é uma despedida, até nunca me despeço de ninguém, quem quiser pode me mandar mp, email, eu respondo sempre que der. Já que aqui acabou, se precisarem de mais beward, passem em minha outra história, Passado Distorcido. A propósito, amanhã tem atualização, nos vemos lá.
Beijos a todas, obrigada por tudo!