Capitulo 12

“Logo todos estavam alimentamos e dormindo, e assim começou uma longa noite.”

Meu turno começou e eu fiquei olhando para a fogueira enquanto tentava me concentrar dos barulhos ao redor para saber se devia me preparar o não. Nada aconteceu no primeiro turno, que era o meu. Acordei a Ana e ela foi fazer o turno dela enquanto eu fui dormir.

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“Estava correndo de alguma coisa quando eu tropecei em algo invisível.

—Ora ora, o que temos aqui? - uma risada fina e horrível ecoou nos meus ouvidos, e então eu vi. 'Ela' pensei – finalmente voltou e vejo que está novamente nos meus pés hein queridinha – ela soltou uma gargalhada – eu sabia que isso iria acontecer, e não esperava que fosse tão cedo – ela me olhou maliciosamente – Você não tem do que eu irei fazer garota, você irá pagar muito caro pelo que fez – e puxou meu cabelo. Eu gritei, a sensação não era apenas de dor física, era como se ela estivesse puxando a minha alma junto, e quando eu vi, suas 'amigas' estavam com ela – você irá pagar muito caro pelo que fez – repetiu. E novamente, eu senti a minha alma sendo puxado e deixando o meu corpo para atrás”.

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Acordei suando frio com todos ao meu redor.

—Você está bem? - Toni perguntou. E agora? O que eu iria dizer? Não poderia dizer o que vi, pois eu acho que tive uma visão, algo estava acontecendo, e isso poderia ser ruim, muito ruim.

—Estou, eu acho que estou – menti – Pedro, podemos dar uma volta? Eu preciso falar com você – ele assentiu – Toni, Ana, será que vocês poderiam arrumar o acampamento? Não demoramos – falei ainda atordoada com aquela imagem na minha cabeça e tentei sorrir para eles, o que foi uma tentativa falha.

Eu e Pedro andamos um pouco para nos afastarmos dos outros e então resolvi acabar com aquele silencio e contar o porque que eu o chamei.

—Então.. ér.. Pedro, eu … - ele me interrompeu.

—Olha, antes de tudo, você está bem? Sei que você mentiu aquela hora, eu sei quando as pessoas mentem, e também você estava gritando e falando “eu não quis fazer aquilo, eles me obrigaram” e gritava cada vez mais e começou a chorar e a suar frio, então por favor me diz, se você está bem e o que aconteceu – ele me fitou e e eu olhei dentro daqueles olhos cor de mel e não resisti, contei tudo para ele, todos os detalhes, como era o lugar que eu estava, como era a voz, a sensação e como eu sentia que não estava no meu corpo, e sim, no de outra pessoa, e também como eu tinha a sensação de eu sabia quem era a mulher da voz horrível e do que ela estava me acusando. Ele me olhou e disse:

—Olha, eu não sei o que significa, mas acho que é importante. Parece que você e essa “outra pessoa” tem uma ligação e temos que ver isso a fundo

—Falando assim você parece meu professor – brinquei

—Eu sei, eu sei, eu sou demais – falou tirando onda – agora vam.. Mas o que é isso?

Ouvimos um grito e nos entreolhamos. O que estava acontecendo?