Atashi To Tenshi To Akuma escrita por Mel Devas


Capítulo 34
Capítulo 33


Notas iniciais do capítulo

Yoooo!!! Eu até que gostei desse capítulo, me perdoem pelas interferências idiotas no meio KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
BOA LEITURA!!!



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Eu estava olhando para o beliche de cima, deitado no meu quando uma besta-purpurinada-galopante irrompeu no quarto, chutando a porta.

Eu realmente não estava com paciência pra isso hoje.

- Dan!!! - Ele chamou, estranhei. A purpurina chamando meu nome normalmente? Como assim? Prestei mais atenção.

Pela primeira vez seu cabelo não estava bizarro, na verdade, Sam estava coberto de suor e o cabelo escuro grudado na testa. Ele estava completamente vermelho e bufando, tremia como vara verde. Me levantei de supetão da cama e bati minha cabeça na cama de cima.

- O que foi?

- A Lorene, a Lo... - Ele engasgou por causa de um soluço. Taus chegou logo depois, descabelada e alarmada também. Abraçou Sam.

- A Lorene sumiu. - Ela concluiu, deixando as lágrimas rolarem livremente por sua face.

--x--

- O quê??? - O diretor Chrow conseguiu derrubar sua grande e pesada escrivaninha. - Mas não senti nenhum distúrbio no campo de proteção! Só se ela tiver saído por vontade própria.

Sobressaltei. Vontade própria?

- A-Alguém aqui viu a... Sin?

Os outros arregalaram os olhos, vi fúria brilhar nos olhos do diretor.

- Ela não pode...

- Amor!! Me ajuda aqui a demonstrar minha raiva? - A vozinha fina de Mitsra soou no aposento, meio abafada.

- Onde você está, querida? - Perguntou Jim, um pouco confuso.

- Eu caí no vaso de plantas quando fui gritar.

O homem se dirigiu a um vaso com lírios, era bem estreito em cima e ovalado embaixo. Dava para ver as pernas rechonchudas de boneca se sacudindo.  O diretor pegou-a com cuidado, esta, sacudiu a cabeça e se recompôs.

- COMASSIMCAPTURARAMMINHAFILHALINDAEMARAVILHOSAEAMANTEDETORTAS???QUEMQUERQUESEJAOINFELIZVAISOFRERPARASEMPREEMMINHASMÃOS- Com um barulho de estalo e um abafamento repentino, o marido colocou a mulher de volta no vaso.

- Dar piti não vai ajudar com isso, querida.

- Algum de vocês sabe aonde ela pode ter sido levada? - Continuou.

Sam deu um passo para frente.

--x--

- Deve ter sido levada ao inferno. Por minha causa. - Sam se encolheu e era óbvio que fazia força para não chorar. Taus segurou a sua mão e eu apoiei a mão no seu ombro.

- Nós vamos para lá resgatar ela. - Afirmei. Ele me olhou com seus olhos azuis marejados de lágrimas.

- É muito perigoso pra vocês irem sozinhos. - O diretor descartou a ideia.

- Nós três somos o suficiente!! E eu e Taus sabemos o caminho pro inferno. - Eu rebati.

- Mas... Vocês acabaram de fugir de lá. - Sam falou, cabisbaixo. - Eu vou sozinho.

- Aí sim é impossível!!!! - Taus gritou. - Deculpa, mas não ache que você vai conseguir derrubar o inferno inteiro só jogando seus brilhinhos por aí vestido de enfermeira!! Não é assim que a banda toca. Até mesmo Dan e eu somos de uma classe mais baixa de demônios.

- E aí acha que só os três vão conseguir fazer tudo de boa? - As pernas de Mitsra agitaram quando ela tentou falar alto o bastante pra ouvirmos.

- E quem mais pode ir?

- Eu. - Uma voz grave soou atrás de nós.

Nota da autora: TRALALA. Gostaria de terminar aqui e deixar vocês com curiosidade (ou não) até próxima semana, mas capítulo de só 500 páginas por semana seria sacanagem, então estou continuando o/

--x--

Um garoto de cabelos castanho claros cacheados e olhos da mesma cor entrou decidido na sala. Eu me lembrava dele falando com a Lô, mas não tinha certeza. Acho que era amigo do nigeriano amigo de infância dela. Não faz muito tempo que eu sou da escola, então  não sei direito. Mas tinha certeza que era um aluno alegre e de boa com a vida. Era estranho vê-lo sério.

- C-Carlos? - Meu primo se espantou.

- Ah... - Carlos encarou Dan com dúvida. O que tinha acontecido entre os dois? O intrometido afastou o olhar e encarou o diretor:

- Não sei direito o que está acontecendo. Mas se tem algo de errado com a Reny quero ajudar.

- Mas você não é um demônio nem um anjo, certo? - Perguntou Sam.

- Não, muito melhor. - O diretor sorriu maliciosamente. - Ele veio do Limbo.

N.A.: De novo quero parar por aqui TRALALALA, mas continuando...

--x--

Com dificuldade abri meus olhos, a minha visão ainda estava embaçada e minha mente confusa. Todo meu corpo doía, mover era a última coisa que eu queria fazer.

Um cheiro constante de enxofre me dava tonteiras, e sentia meus tornozelos arderem. Minha visão foi focando e, aos poucos, me reconheci numa prisão claustrofóbica.

O calor era insuportável, e as barras da cela e suas paredes estavam em chamas, de modo que eu tinha que ficar bem no meio (mesmo não tendo muito espaço) para não me queimar, mas ainda sentia algumas fagulhas em minhas costas.

Logo percebi que a causa da ardência dos meus tornozelos eram duas correntes de magma, que brilhavam em um tom assustadoramente alaranjado. Não vi se tinha realmente queimado minha pele por três motivos: 1- Se eu me mexesse iria me queimar. 2- Meu corpo estava tão dolorido que não me obedecia e 3- Tinha medo do que poderia encontrar.

Desejei enormemente algo para beber, minha garganta estava tão seca que era doloroso respirar, e, cada vez que o fazia, sentia cinzas entrarem junto. Reprimi uma tosse e tentei achar uma posição mais confortável para recapitular o que tinha acontecido.

Ah, sim. Sin me encurralara e provavelmente estava no inferno. Ouvi gritos de desespero ao longe. Entendi a razão por tanto Dan e Taus odiarem tanto o lugar e terem fugido.

Por que justo eu fui raptada? O que eu fiz? Eu sabia a resposta. Eu era próxima tanto de Dan quanto Sam, dois coelhos em uma cajadada só, mas mesmo assim me sentia inconformada.

Senti uma gota de suor escorrer para meu olho, fazendo-o arder, e desejei ter forças para sair de cima dos meus braços e limpá-lo. Sentia todo o meu ser queimando. Era extremamente quente, minha cabeça latejava e eu sentia meu corpo pulsando. Meu cérebro implorava por algo que refrescasse, porém eu já tinha desistido de pensar nisso.

Derrotada, me desesperei ao não saber quanto tempo estava ali. E quanto tempo mais ia ficar. Sem noção de horas, minutos e segundos. Era horrível.

- Então, queridinha, gostando da estadia? - Uma voz grave e rouca perguntou. Com dificuldade, olhei para cima. Dois olhos completamente vermelhos me encaravam.


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Notas finais do capítulo

Então. Acho qua a parte narrada pela Lô ficou a pior, mas espero que tenham gostado. Eu adoraria saber o que acharam >-