Atashi To Tenshi To Akuma escrita por Mel Devas


Capítulo 31
Capítulo 30


Notas iniciais do capítulo

Aqui está, me desculpem pelo atraso e
BOA LEITURA!!!!



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Senti como se eu tivesse sido jogada numa máquina de lavar e tivesse saído totalmente tonta. Não sentia o chão, ele girava. Caí sentada, de joelhos, cuidando para não fazer  barulho apesar de tudo. Um nó se formou na minha garganta e me forcei a levantar e sair dalí.

Não que em situações normais eu soubesse pra onde estava indo, mas realmente desejava que não fosse para cafeteria, não dava para fingir que eu estava bem.

Não agora.

  --x--

 Taus POV (Quando o texto for em itálico E negrito, quer dizer que é Taus, a partir de agora)

Percebi Lorene andando, bamba, para longe da porta. Não que eu esperasse diferente.

Esperei que se afastasse e abri a porta da salinha com violência. Puxei a mulher de cabelos negros, com força o suficiente para jogar qualquer um no chão, mas apenas consegui tirá-la do quarto, escutei o som de vassouras caindo e uma reclamação abafada de Dan.

- Sin!!! Você não tem vergonha na cara? Como ousa aparecer em nossa frente de novo?

- Taus, quanto tempo!! E isso é modo de me cumprimentar?

 - Você não merece cumprimentos e sabe disso. - Rosnei.

- Taus!! - Dan saiu afobado do quarto e me segurou. - Pare com isso!!

- Como assim parar, Dan?? O que ela está fazendo com você??

- Oh... Taus... Eu não estou fazendo nada, ele que tem que pagar sua dívida comigo... - Sin reclamou com sua voz enjoada.

- Que dívida?? Dan, o que está havendo aqui?

Ele torceu o nariz, me soltando.

- A dívida por eu ter dado uma chance dele escapar do inferno, é claro... - Ela enrolou uma mecha de seu longo cabelo.

- Mas ela já não foi paga? Junto com a minha? - Reclamei, essa "dívida" tinha sido quitada há tempos.

- Mas e o bônus por ter encontrado esse colégio quando o Mestre estava quase pegando-o de volta? - Sin explicou. - Ainda não foi paga. E vocês sabem muito bem que minha posição estava em risco quando fiz isso. Até agora está, na verdade. O Mestre acha que estou procurando por você agorinha mesmo! - O olhar dela repousou sobre meu primo. - Mas eu quero o suficiente o pagamento dessa dívida para arriscar minha posição.

- Posição, posição. - Resmunguei. - De quê vale se, no fim, nós continuamos sendo demônios?? O que tem de legal ficar vendo um monte de pessoas queimando no inferno?

- Eu acho bem agradável... - Sin comentou. - Não é como se aqueles imundos não merecessem. - Ela fez uma cara de nojo.

- NÃO É ASSIM!!! - Dan pulou em cima dela, agarrando-a pelo colarinho. - TEM MUITA GENTE INOCENTE INDO PRA LÁ.

Sin revirou os olhos, como estivesse falando com um completo estúpido.

- Claro que sim, tá achando que o Inferno é o quê? O Céu??

- SUAA...

- Hnnn... Não é como se o Céu fosse todas essas coisas... - Uma voz nasalada soou atrás de mim.

- Sam?? - Exclamei. - Por que você está aqui?

- Lembra que nós dois temos que estar sempre juntos? Acho que sair correndo por aí sem explicar por causa de uma emergência não é um exceção. 

Eu corei um pouquinho, o moreno entendeu e ficou vermelho também:

- N-Não como você está pensando. É aquela coisa idiota que meu p-pais inventaram... 

- S-sim. - Concordei.

- Owwnn, que gracinha os dois... - Ironizou Sin.

- E você, quem é? Não é todos os dias que se vê um espécime raro de Vadia Encalhada como este.

E e Dan contivemos um risada, apesar da piada não ser das melhores isso aliviou o ambiente. Sin virou um tomate de raiva.

- Ah!!! Você deve ser o anjinho?? Não ache que está de boa só porque seu Deus não saiu atrás de você ainda. Acho que estão organizando um motim no céu pra ir atrás do fujão...

Sam deu de ombros.

- Naaa!! Com certeza é mentira, se eu não tivesse fugido eu mesmo, provavelmente eles teriam me expulsado. - Riu. - É só contestar qualquer coisinha que falem ou ser diferente e já te levam pra fogueira...

- H-hunf!! Mas e aí? O que pretende com sua ilustre presença? - Perguntou Sin.

- Exatamente o que você falou, alegrar o ambiente com minha ilustre presença, ué!

- Os assuntos daqui não têm nada a ver com você.

- E não têm mesmo, estou aqui de penetra. - Dan fez um V com os dedos.

Era a primeira vez que eu via Sin perdendo a paciência com alguém, ela sempre se fazia de irritante, mas, ao que parece, ela não conseguia peitar um VERDADEIRO irritante. Dei um sorriso e segurei o braço de Sam, que piscou o olho para mim.


--x---

Saí andando o corredor, me segurando nas paredes para não cair. NÃO PODE SER, NÃO PODE SER, NÃO PODE SER!!!!

Eu não tinha A MÍNIMA ideia de onde estava indo, mas só de saber que estava me afastando de lá me reconfortava. Continuei me arrastando pra frente, não me importava mais com as aulas nem com nada. Dei de cara com uma placa escrita: "Enfermaria". Encostei a minha cabeça na porta, e, ao não ouvir ninguém, entrei, fechando-a com cuidado atrás de mim. Para minha felicidade Sarah não estava lá, e me aproveitei para deitar em um dos leitos, o mais escondido de todos, e fechei a cortina.

Pela primeira vez eu realmente tive um momento só pra pensar. Uma tristeza e sensação de perda transbordaram em mim. Senti lágrimas se acumularem nos meus olhos e não me dei o trabalho de limpar. Melhor chorar agora e aguentar depois. O gosto salgado chegava a me consolar, rolei até ficar de barriga pra cima e encarei o teto, totalmente revestido de pedra. Isso até que era bom, porque quebrava o tom monótono e depressivo de branco do resto da sala.

Escutei a porta da enfermaria abrir, me virei com cuidado de costas pra onde vinha o som. Eu admito, gostaria que Sarah não me percebesse. Ouvi a cortina do meu leito ser afastada e gemi, queria ficar quieta.

- Reny?? Você está bem? - Perguntou Carlos, me pegando se surpresa. - Me perguntei se você teria vindo mesmo para a enfermaria, que bom que te achei aqui!!!

Me espremi ainda mais no travesseiro, não queria que ele me visse chorando, mas com um toque suave ele me fez virar o rosto pra sua direção.

- Você está bem?? - Ficou mais preocupado ainda. - Dói tanto? Onde? O que eu posso fazer?

Continuei não respondendo, tinha parado de chorar, mas tinha certeza de que se falasse algo recomeçaria.

- Reny, fale comigo... - Ele pensou um pouco. - Não. Fique assim. - Acariciou os meu cabelos. - É melhor para você, não é?

Assenti, ele simplesmente se sentou ao lado da minha cama, segurando minha mão.

Depois de alguns minutos, ele perguntou:

- Dói, né?

Não aguentei mais, com o corpo tremendo, pulei em cima dele, abraçando-o.

- Dói muito. - Comecei a soluçar e chorar como não tivesse amanhã. Carlos simplesmente passou os braços em minha volta e acariciou minhas costas.

---x---

- Então qual é o plano? - Sam cochichou para mim.

- Não faço a mínima ideia. - Dei de ombros.

O moreno suspirou e me deu uma olhada de "fala sério" com os olhos profundamente azuis. Sin, percebendo a confusão deu um sorrisinho de vitória, argh.

- Finalmente perceberam que não há nada a fazer? - Puxou Dan pra perto de si, acariciando o seu rosto, provocativa. Senti uma raiva correr em mim.

- Tenha vergonha, não dá pra deixar pelo menos o seu primo em paz? - Gritei. Sam me olhou confusa.

- Ora, ora, com inveja, maninha? - Sin sorriu.


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Notas finais do capítulo

Não sei se o capítulo ficou bom, na verdade, estou bastante insegura, mas espero que tenham gostado!!! DAN, SEU MALDITO!!!! A LÔ TÀ LÁ CHORANDO POR VOCÊ, CORRE, CRIATURA!!!
Enfim, qualquer crítica é só falar o/



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