Querido diário,

meu nome é Hayley W.

Não sei porquê, mas minha tia me deu você.

E eu vou te chamar de..

Hmmmmm..

Star Williams. Sabe por que?

Porque você é meu e eu boto o nome que eu quiser em você.

Se eu quiser te nomear de Creusa,

eu te nomearei.

Mas enfim, seu nome agora é Star Williams.

Espero não esquecer que você existe e te abandonar.

E os arqueólogos te acharem daqui uns 400 anos.

É.

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Bom, como vocês viram, já me apresentei. Meu nome é Hayley W., W de Wolf, não de Williams. Tenho dezessete anos e moro com minha mãe, meu pai e meus irmãos: Tiffany, doze anos e Allen, de treze anos. Eu gosto bastante dos dois. Hoje, dia 23, era uma data especial, mas eu não me lembrava o que era.

– Hay!– Meu pai e minha mãe gritaram.

– O que? – Perguntei enquanto abotoava minha blusa, enquanto descia as escadas.

– Saia de casa um pouco, vá dar uma volta com a Fany. – Mamãe ordenou e eu estranhei.

"Por que diabos ela mandou eu ir dar uma volta com a Fany? Ela mal deixa eu sair com meus amigos e está mandando eu ir sair com a minha irmã? Tem algo errado." Pensei para mim mesma.

– Tiffany! – Subi as escadas novamente. – Faaany!

– O que que foi? Não fiz nada dessa vez. – Tiffany gritou, da sala do segundo andar.

– Não te acusaram de nada, garota burra. – Caminhei pelo corredor até chegar na sala. – Vamos dar uma volta.

– Se isso é uma tentativa de me tirar da frente da televisão, você falhou, gafanhota. – Fany falou, com os olhos fixos na televisão.

– Não estou tentando te tirar de frente da televisã- – Olhei para a televisão e apareceram acho que uns 5 garotos cantando. – Mas que droga é essa?

– Droga não, querida. Isso é One Direction. Olha ali, meu Niall lindo! – Fany sorriu.

– Quem é Neau? – Perguntei.

– É Niall, loira. – Fany revirou os olhos. – Tá vendo o loirinho sexy ali?

– Aham. – Menti. – Tá, o que tem ele?

– É o Niall! – Ela respondeu.

– Tá, tá, seu namorado imaginário, mas enfim.. Mamãe mandou nós darmos uma volta por aí. – Falei.

– Beleza, vamos. – Fany se levantou e desligou a televisão.

Descemos as escadas e passamos pela sala do primeiro andar, abrimos a porta e paramos no quintal. Em Garden, haviam muitos meninos bonitos que andavam de skate. Nunca me apaixonei por um.

– Feliz aniversário, Lobinha.– Pablo, meu melhor amigo, que estava andando de skate, parou e me abraçou.

Meu aniversário. Era essa a tal data especial que eu esqueci. Nunca gostei de aniversários, meu aniversário nem é uma data tãaao especial assim mas tudo bem.

Minha mãe era uma estilista muito famosa no país e no mundo, digamos que ela era rica. Meu pai fazia uns filmes, tipo Tim Burton. Era legal ter uma família famosa, mas nem tanto.

A única coisa ruim de ter uma família famosa, era ter uma solicitação de amigo no facebook a cada 5 segundos. Uma não, umas 20 por hora.

Voltando para a casa, não encontrei meus pais. Acho que eles estavam transando no quarto deles no segundo andar. Fany começou a me cutucar e eu não via.

– HAYLEY WOLF WENTZ! – Tiffany gritou e eu me assustei.

– Porra, qual teu problema? – Perguntei para Fany enquanto soltava meus cabelos que estavam presos em um coque.

– Ô menina cega, não tá vendo o presente ali não? – Tiffany revirou os olhos.

Eu e minha irmã éramos puro amor. Eu chamava ela de idiota, ela retrucava com égua, e assim ia até nossos pais mandarem nós pararmos de falar palavrões.

– Qual é a boa? – Allen apareceu das cinzas atrás de Tiffany.

– BABACA, VAI ASSUSTAR A TUA AVÓ. – Tiffany se assustou. – Cretino, você é um imaturo. Odeio gente assim. Seu cocô. Vai ter vingança! – Tiffany começou a correr atrás de Allen pela casa e eu ri.

– Tá, vamos parar com essa barulheira toda porque o papai e a mamãe  devem estar dormindo e eu não quero ouvir bronca por causa de vocês.

– Desculpa. – Os dois pararam e ficaram do meu lado. Botei meu braço entre o pescoço de Allen e o abracei.

– Quer que eu abra pra você, Hay? – Allen perguntou enquanto assistia eu super deficiente tentando abrir um presente.

– Por favor. – Dei o presente para Allen abrir.

– Pronto, só veja o que é. – Allen abriu em questão de segundos, fazendo eu me sentir uma deficiente.

– Obrigado. – Peguei o presente e  o abri totalmente.

Era um vestido lindo e curto, do jeito que eu gostava. Não tão curto, não tão longo. Enquanto eu segurava o vestido e sorria, Fany viu que tinha mais algo na caixa e decidiu pegar.

– Hay, hay.. – Tiffany começou a me cutucar repetinamente. – Olha isso.

– O que foi agor- – Arregalei os olhos quando vi os objetos que estavam na mão dela. – DE ONDE VOCÊ TIROU ESSAS PASSAGENS?

– Ah, eu vi que tinha mais coisa na caixa (dos presentes) e peguei para ver o que era. – Ela deu ombros.

– Deixa eu ver. – Peguei as três passagens da mão de Tiffany e peguei um bilhete que estava dentro da caixa.

"Querida Hayley, parabéns pelo seu dia! Tudo de bom e que todos seus desejos se realizem. Fred e eu não sabiamos o que te dar então compramos esse vestido. Só use ele em ocasiões especiais, muito especiais.

Sobre seus pais.. O presente deles foi para vocês três. Para você, Hay, para a Fany e o Len, digo.. Allen. São três passagens para os Estados Unidos, fiquem um tempinho lá, uns meses, talvez anos, mas voltem logo, se não eu entro em depressão e adoto três crianças fingindo que são vocês! (risos).

Enfim, parabéns pelos seus 17 anos, Hayles. Muitos garotos na sua vida.

 De sua tia, Helena"

Bom, eu disse que eu tinha dezessete anos.. Eu não ia fazer dezoito. Eu tinha dezesseis, mas queria parecer mais velha. Após ler o bilhete, sorri bastante e abracei o vestido com o bilhete.

– Que tal nós irmos arrumar as malas? – Olhei para Allen e Fany.

– Só se for agora! – Tiffany disse, dando pulinhos.

– O último que chegar é a mulher do padre! – Allen saiu correndo.

Eu dividia meu quarto com Tiffany e Allen,  o quarto era grande. As vezes, eu dormia em um beliche com Tiffany na cama de baixo e Allen em cima, comigo.

Subi  as escadas correndo e cheguei primeiro que Allen e Tiffany. Quando os dois chegaram no quarto, estavam tentando pegar as malas. Me estiquei e peguei as malas deles. A minha era toda preta, e grande. A de Tiffany era rosa, com roxo no fim. Tiffany tinha três malas, a rosa que eu acabei de citar, outra toda rosa e uma branca. A de Allen era verde.

Enquanto arrumávamos nossas malas, mamãe e papai apareceram na porta, nos assustando e assustando Tiffany.

– É a segunda vez que eu quase morro de infarto por causa de um susto. – Tiffany falou, bem baixinho.

– Então, Hay, gostou dos presentes? – Papai perguntou, enquanto abraçava a mamãe de lado. – Bom, foram só dois mas tudo bem, lá nos EUA você vai poder comprar o que quiser.

– Amei. – Larguei minha mala e abracei papai e mamãe. – Obrigado, sério.

– Hahah, agora vá arrumar suas malas. – Mamãe riu e eu a obedeci. – Tiffany, pra quê três malas?

– Tenho muita roupa. – Ela respondeu.

– A Hayley tem dezessete anos e só usa uma mala.. – Allen fez uma observação e Tiffany o fuzilou com o olhar. 

– Bom, levamos vocês para o aeroporto as 17:00h.

Algumas horas mais tarde..

Eu, Tiffany e Allen já estávamos no avião, na verdade, tinhamos acabado de entrar. Ainda tinha gente entrando. Já tinhamos nos despedido de papai e mamãe, Tiffany chorou muito. Deu dó.

Eu, com certeza, botei meu diário na minha mala. Tiffany estava atrás da minha cadeira, estávamos na primeira classe. Allen estava do lado de Tiffany, nós já haviamos guardado nossas malas.

Tiffany estava cantarolando Last Friday Night, Allen estava escutando The Cure – Friday I'm In Love, e eu estava escrevendo no meu diário.

Entrou um garoto de olhos azuis no avião e ele se sentou ao meu lado. E essa era a hora que eu, Hayley Wolf Wentz, ficava super nervosa.

Peguei meu iPod e decidi escutar música, pus os fones de ouvido e começou a tocar AC/DC.

– Você gosta de AC/DC? – Ele perguntou. Essa era a hora que eu me enrolava toda ao responder. Parabéns, Wolf.

ou eu sou adotada.

– Você tem uma família nos Estados Unidos, moço? – Tiffany perguntou e ele se virou para trás para respondê-la.

– Sim, meus irmãos e minha família moram lá, meu tio recentemente morreu e eu vou ter que ir morar com minha família. – Ele respondeu.

– Meus pêsames pelo seu tio. – Falei para ele.

– Obrigado. – Ele disse. – Bom, meu nome é Dean, prazer. 

– Wentz.. Mas me chame de Hay. – Falei. – Prazer.

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Querido diário, minha vergonha só pode ser genética, porque não é possível um ser mortal ser tão envergonhado como eu. No avião, eu conheci um cara chamado Dean, ele parece legal. Bom, tá todo mundo dormindo porque já se passaram horas. 

Só de pensar que posso começar a gostar desse Dean e eu nunca mais ver ele, já me parte o coração... My darling stars, please help me.

Acho impossível um cara bonito e legal como o Dean ser solteiro. Cara, ele tem olhos azuis.. cabelo castanho? Não sei. Tenho medo de começar a gostar dele e me decepcionar.

Não sei o que escrever nesse diário. Amanhã eu continuo escrevendo.

Adeus.