A Fênix escrita por potterlovegood


Capítulo 14
Pesadelos


Notas iniciais do capítulo

Vocês esperam tanto e o capitulo é bem pequeninho, sorry.... Foi por falta de tempo ): Obrigada pelos ultimos reviews!



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As férias passaram muito rápido e logo os salões ficaram cheios e barulhentos. Cindy preferia-os vazios a suportar os olhares curiosos em cima dela e do Harry. O tempo foi esquentando, não o suficiente na sua opinião, por isso continuava a passar a maior parte do tempo à beira da lareira quentinha da Grifinória. E aos sábados, voltara a se encontrar com Dumbledore.

Hermione continuou na ala hospitalar por várias semanas. Harry e Rony iam visitá-la todas as tardes e passavam-lhe os deveres. A maioria dos alunos achava que ela tinha sido atacada e, como eram fofoqueiros e curiosos, tentavam vê-la. Sorte que Madame Pomfrey não gostou dos olhares curiosos e escondeu Hermione por trás das cortinas. A morena também visitava Mione, mas nem tanto, pois, agora que Gina tinha a perdoado, passavam muito tempo juntas, Stella e Luna também, mesmo Stella achando Luna meio estranha, Cindy fazia questão de não deixar a loirinha sozinha.

Era início de fevereiro. Cindy fazia seus deveres à beira da lareira da sala comunal da Grifinória, quando Rony e Harry chagaram e sentaram-se ao seu lado. Harry parecia muito entusiasmado.

– Cindy, olha só o que jogaram na cabeça da Murta, lá no banheiro feminino do segundo andar. – sussurrou Harry, tirando um caderno preto e pequeno do bolso. Ela pegou-o para observar melhor. Ele era preto, com capa de couro. Na capa, meia desbotada, aparecia o ano, que informava que ele fora escrito há cinquenta anos. Era um diário, disso tinha certeza ,porém a pergunta “de quem?”. Ela abriu ansiosa, na primeira página podia se ler o nome “T. M. Riddle”, em tinta borrada. Ela folheou-o e só tinha páginas em branco, do início ao fim.

– Quem é esse T. M. Riddle? – perguntou Cindy

– Não sei – disse Harry – Só sabemos que ele recebeu um prêmio por serviços especiais prestados à escola há cinquenta.

– Não entendo por que Harry o pegou, ele não tem nada. – disse Rony

– Talvez ele faça algum sentido, se eu não estou enganada, ele pode até nos ajudar, mas primeiro, preciso falar com a Hermione – disse Cindy, pensativa. Harry e Rony confusos, entretanto tiveram que guardar as suas duvidas até o outro dia.

No outro dia, Hermione saiu da ala hospitalar, sem bigodes, sem rabo, sem pelos. Rony, Harry e Cindy foram buscá-la e falaram sobre o diário.

Hermione e Cindy se entreolhavam, as duas pensavam na mesma hipótese.

– Bom, a Câmara dos Segredos foi aberta há cinquenta anos. E esse diário é de cinquenta anos e Riddle recebeu um prêmio a cinquenta anos – disse Hermione.

– Sim, e daí? Já sabemos que tudo é “há cinquenta anos atrás” – zombou Rony.

– Acorda Rony! – disse Cindy – Sabemos que quem abriu a Câmara foi expulso há cinquenta anos, mas ninguém mencionou quem descobriu. E se Riddle ganhou aquele prêmio por ter pegado o herdeiro Slytherin? Esse diário contaria tudo, onde está a Câmara, como entrar nela e que criatura mora lá.

– Isso mesmo Cindy, e a pessoa que é responsável por estes ataques desta vez não gostaria de o ver o diário rolando por ai, por isso tentou se desfazer dele. – disse Hermione

– Teoria brilhante!- exclamou Rony – Só tem um problema: não tem nada escrito.

– Talvez seja tinta invisível! – exclamou Hermione, e pegou a varinha, tentou alguns feitiços e nada. Depois pegou uma borracha reveladora e esfregou com força e nada apareceu.

– Não tem nada ai, Riddle deve ter ganhado diário de Natal e não se deu o trabalho de usá-lo, só isso. – disse Rony.

Porém, alguma coisa em Cindy dizia lhe que não era só isso.

*****

Embora não contivesse nada, Harry continuava com o diário junto a ele. Ás vezes abria-o no meio das aulas e folheava-o, mas nada fora do normal acontecia.

O sol voltara a brilhar em Hogwarts, deixando Cindy mais alegre. E ela não era a única, todos os alunos estavam mais esperançosos, pois não acontecia um ataque há muito tempo e Madame Pomfrey teve o prazer de informar que as mandrágoras estavam crescendo cada vez mais.

Sua alegria foi terrivelmente interrompida, pois começara a ter pesadelos, sempre o mesmo sonho, todas as noites. Nele ela vagava por túneis escuros que pareciam não tem fim, cada passo que dava quebrava alguns ossos que estavam espalhados pelo chão, deixando seu caminhar ruidoso ecoar pelo vazio a frente. Ela andava por horas naquele lugar que parecia um labirinto, seguindo uma voz arrepiante e familiar que dizia “Venha para mim...”. Sempre as mesmas palavras, sempre a mesma voz.... E, por mais que tentasse, por mais que andasse quilômetros em pleno breu, nunca conseguia alcançá-la.

Acordava trêmula e não conseguia dormir novamente, já que aquela fria voz ficava retumbando em sua cabeça.

– Talvez seja só um sonho - sussurrou Fred, em plena madrugada, quando Cindy entrou no dormitório masculino, assustada, acabara de ter mais um pesadelo.

– É, mesmo assim, isso é estranho - sussurrou Jorge

– Muito estranho... – completou Fred, olhando para os lados

– Está tudo bem, - estremeceu Cindy com uma brisa fria que vinha da porta - agora abram um espaço ai, porque hoje eu não durmo mais sozinha. – sussurrou, decidida, fazendo Fred e Jorge rirem.

– Tudo bem. – disse Fred, rindo – Deita aqui, sua desprotegida – e levantou as cobertas, abrindo um espaço em sua cama. Ela deitou-se lá e caiu no sono agarrada no amigo.

*****

Lockhart achava que sozinho tinha feito os ataques pararem e não parava de gabar-se desse tal feito. Ele queria “injetar moral” na escola, ou seja, fazer com que os alunos esquecessem as tragédias que a escola sediara, então prepara um surpresa.

Cindy acordara cedo naquela manhã, o dia estava ensolarado e bonito, porém dormira mal novamente. Ela levantou-se primeiro do que os outros e foi para o Salão Principal tomar café. Levou um susto ao entrar na sala. Ela estava toda enfeitada com grandes flores rosa-berrante e do teto azul-celeste caía confete em forma de coração.

Ela se dirigiu a mesa da Grifinória e enquanto tomava seu café, observava a cara dos alunos que vinham chegando, uma mais surpresa dos que as outras. Não conseguia parar de rir. E quando os gêmeos chegaram, eles trocaram olhares para começarem a rir.

– Que coisa é essa? – perguntou Fred aproximando da garota.

– Não faço a mínima ideia, mas que é engraçado é – respondeu Cindy, rindo.

Lockhart entrou no salão, usando vestes rosa-berrante, muitos alegres. Os outros professores também entraram e se sentaram, porém não pareciam nem um pouco alegres.

– Feliz dia dos Namorados! – exclamou o professor– Quero agradecer às quarenta e sete pessoas que me mandaram cartões até o momento – “Qual é a louca que mandaria presente para esse cara?” cochichou Jorge, rindo, “Elas.” sussurrou a morena em resposta e apontou para várias garotas com caras de bobas olhando para Lockhart, inclusive Hermione. – Tenho uma surpresinha para vocês. – e bateu palmas.

Pela porta entraram onze anões de cara amarradas usando asas douradas e harpas na mão. Cindy, Fred e Jorge começaram a rir enlouquecidamente.

– Os meus cupidos, entregadores de cartões, eles vão circular pela a escola o dia inteiro entregando cartões do dia dos namorados – disse Lockhart sorrindo.

– Estou vendo que esse dia vai ser bem engraçado, não é Fred? – disse Jorge, rindo.

– Com certeza, Jorge.

Os anões não paravam de invadir as salas de aula e entregar cartões, para a irritação dos professores, e isso foi o dia inteiro. Cindy não conseguia parar de rir a cada fez que um anão aparecia e entregava um cartão musical. Ela imagina se os gêmeos estariam assim também.

No final da tarde, ela estava em um fila para a aula de Transfiguração, conversando com Gina e Stella, quando um dos anões alcançou Harry Potter e disse que tinha um cartão musical para entregar-lhe. O garoto tentou fugir, mas o anão agarrou sua mochila, fazendo com que ela rasgasse e virasse tinta em cima de todos os livros do garoto. A confusão foi tanta que Malfoy, Handley e Percy Weasley apareceram, assim com muitos outros alunos. “Pobrezinho do Harry...” lamentou Cindy, escondendo a risada para não envergonhar mais o amigo. Ele tentou correr, mas o anão agarrou em seus calcanhares.

– Muito bem- disse o anão – Vamos ao seu cartão cantado:

Teus olhos são verdes como sapinhos cozido,

Teus cabelos, negros como um quadro de aula.

Queria que tu fosse meu, garoto divino,

Herói que venceu o Lord das Trevas.

Cindy não conseguiu segurar a risada, assim como todos os alunos que lá estavam presentes. Ela de relance para Gina, que estava séria.

– Não foi você que fez isso com ele, foi? – perguntou Cindy, baixinho, para Gina, tentando parar de rir.

Gina revirou os olhos e não respondeu.

– Que será que Potter andou escrevendo nisso? – disse Malfoy, rindo ainda, pegando o diário de Riddle do chão, achando que fosse de Harry. Handley e os outros sonserinos começaram a rir. Gina ficou estática, chamando a atenção da amiga. Depois, passou a olhar com terror do diário para Cindy, tentando lhe dizer alguma coisa. Harry e Malfoy brigaram e Rony conseguiu finalmente tirar o diário das mãos do loiro.

Malfoy estava furioso e, quando Gina, Stella e Cindy passaram por ele para entrar na sala de aula, ele gritou para a ruiva:

– Acho que Potter não gostou muito do seu cartão!

Gina escondeu o rosto e saiu correndo para dentro da sala. Ela estava chorando. Stella foi atrás dela, entretanto Cindy ficou encarando Malfoy, pôde ver Rony rosnando querendo atacar o loiro e Harry segurando-o, sua varinha fazia muitos estragos mesmo com coisas simples. Ela decidiu-se e disse em tom ameaçador.

– Olha o jeito que você fala com a minha amiga, Malfoy!

O loiro retribuiu com um olhar destemido e assassino, aproximando-se na garota. Quando ia sacar a varinha, Percy interveio entre os dois, gritando, enlouquecido “Vão para as suas salas! Eu sou monitor, me obedeçam!”. Assim, sem ter escolha, ele praguejou algo e saiu.


Quando chegou de noite na sala comunal, Cindy, Fred e Jorge cantarolavam o cartão musical de Harry, fazendo o garoto moreno subir para o seu dormitório, resmungando algo parecido com “isso só pode ser um pesadelo...”

– Acho que chega, garotos – disse Cindy, ao ver Harry indo embora, ela se sentindo culpada, ele deveria estar muito envergonhado.

– Aaaa... Estava tão divertido... – disse Jorge, fingindo estar triste.

– E eu que pensei que as aulas nunca poderiam ser tão engraçadas. – disse Fred, rindo.

A morena percebeu que Harry não era o único que não estava se divertindo, Gina também estava subindo para os dormitórios e Stella estava ao seu lado. Sentiu-se uma péssima amiga e decidiu que precisava ir atrás do amigo, deixando os ruivos rindo sozinhos na sala.

– Cindy, onde você...? – começou Fred, porém ela subiu rápido demais para responder.

O dormitório masculino era enorme, passou pelo quarto dos outros meninos sobre protestos e assobios até chegar ao quarto dos alunos do segundo ano.

Ao entrar, deparou-se com uma cena muito estranha: Harry deitado com o diário aberto sobre sua barriga. Ele parecia estar recuperando o fôlego.

– Harry, o que você está fazendo? – perguntou Cindy, surpresa.

Harry sentou-se. Ele estava trêmulo e suado. Respirou fundo e disse:

– Foi Hagrid, Cindy. Hagrid que abriu a Câmara dos Segredos há cinquenta anos atrás.

– O quê? – perguntou Cindy chocada.



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Notas finais do capítulo

Espero que gostem, e mandem reviews pra mim!!



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