A Fênix escrita por potterlovegood


Capítulo 11
O ataque duplo


Notas iniciais do capítulo

Desculpe o atraso, mas meu computador estragou e tive que escrever tudo de novo, acho que perdi tudo, as coisas vão ficar difíceis... Obrigada pelos últimos reviews.



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A neve começou a cair de madrugada. Cindy estava acordada e pode ver os primeiros flocos do ano. Estava sem sono, ainda não compreendia quem era aquela voz ou de onde ela vinha, só sabia que ela lhe ajudara a vencer Handley.

Resolveu se levantar e acordar os gêmeos. Eles ainda roncavam quando ela os surpreendeu no dormitório masculino, os outros alunos ainda estavam dormindo, por isso estava silencioso. Os ruivos ficaram aborrecidos na hora, mas depois que a garota contou-lhes sobre o clube de duelos, ficaram muito empolgados.

- O Handley recebeu o que merecia! De ter sido muito vergonhoso, por que você não filmou para mim? – brincava Fred, eles ainda não tinham parado de rir.

O dia passou muito rápido, Cindy aproveitou que suas aulas acabavam cedo e se dirigiu à sala comunal, pensando na lareira quentinha que iria encontrar lá. Quando chegou lá, viu Harry, sentado ao lado de Rony e Hermione, que jogavam xadrez de bruxo.

- Ai Harry, vá procurar Justino se isso é tão importante para você! – exclamou Hermione, que tentava se concentrar no seu jogo de xadrez.

- Só eu não queria ir sozinho… – resmungou Harry, Hermione revirou os olhos e voltou ao seu jogo, Rony parecia nem ter ouvido o que a amiga falara.

- Eu vou com você então. – disse Cindy, mesmo querendo muito ficar perto da lareira.

Harry sorriu e juntos eles saíram pelo buraco do retrato.

- Por onde vamos começar? – perguntou Cindy

- Não sei, talvez na biblioteca, talvez estivesse utilizando o tempo livre para adiantar os deveres.

- Tempo livre por quê? – perguntou Cindy, confusa, agora percebendo que Harry nunca saia tão cedo das aulas.

- É que a aula de Herbologia foi cancelada, a Prof. Sprout queria mais tempo para proteger as mandrágoras do frio. – respondeu Harry, caminhando em direção a biblioteca com a menina ao seu lado.

Harry havia acertado, havia muitos alunos da Lufa-Lufa ali, embora não houvesse nenhum sinal de Justino. Eles aproximaram-se, ocultos pelas grandes fileiras de livros e, despropositadamente, ouviram parte da conversa entre alunos lufa-lufanos – que estavam do outro lado da estante -.

- Então, eu todo caso, eu falei para o Justino se esconder no nosso dormitório. – dizia um menino forte – Quero dizer, se Potter o escolheu para a sua próxima vítima, é melhor ele ficar longe por uns tempos. É claro que o Justino estava esperando algo parecido acontecer desde que ele contou que seus pais eram trouxas para Potter. Isso não é coisa que se fala, com o herdeiro de Slytherin a solta, não é?

- Então você tem certeza que é o Potter, Ernie? – perguntou ansiosa uma menina loura de marias-chiquinhas.

- Anna, ele é ofidioglota. – disse Ernie, letamente – Todo mundo sabe que isso é marca de bruxos das trevas. Você já ouviu falar de algum bruxo decente que falasse com cobras? – Anna encarou-o confusa, e logo balançou a cabeça, negando. Ernie sorriu, arqueou as sobrancelhas de leve, cheio de si, e continuou – Lembra do que estava escrito na parede “Inimigos do Herdeiro, cuidado” – Cindy estremeceu ao ouvir essa frase, aquela cena ainda a atormentava – Potter teve um problema com o Filch e a gata dele foi atacada. Aquele garoto do primeiro ano, o Creevey, estava aborrecendo o Potter, ai ele foi atacado.

- Mas ele sempre pareceu tão bonzinho… Mas e aquela garota, a Collins, ela não é suspeita? – perguntou Ana

- Sim, - disse Ernie - ela estava junta com Potter em todas as situações, sendo que pelo o que eu soube, ela tinha brigado com o Creevey alguns dias antes do ataque, e se você não percebeu, ela estava sorrindo para o Potter quando ele atiçou a cobra, provavelmente é uma assistente dele ou coisa parecida.

Harry estava muito zangado, porém, não mais que Cindy, que ficara vermelha ao seu lado. Então ela pegou-o pelas mãos e puxou-o para o outro lado da prateleira, fazendo com que todos os alunos se petrificassem ao verem que os dois apareceram.

- Ah, olá Ernie, falando muito bem das pessoas hoje? – perguntou Cindy, totalmente irônica. O garoto ficou quieto, não conseguia falar. – Estamos procurando o Justino, por favor, seja rápido, ou então eu te engulo com o meu olhar – completou, no mesmo tom de ironia.

- Que é que você quer com ele? – perguntou Ernie com a voz tremula.

- Não te interessa, seu medroso. –respondeu, ela estava muito zangada.

- Queria explicar para ele o que realmente aconteceu no clube dos duelos - disse Harry – Pois vocês viram que quando eu falei, a cobra recuou…

- Ou além de medroso você é cego também? – completou Cindy, ironia era com ela mesma.

- Eu só vi que você falou aquela língua de cobra, por pouco que a cobra na encosta nele. E se você estiver tendo novas idéias – acrescentou depressa – é melhor informá-lo que eu sou Sangue Puro…

- Eu não ligo a mínima para o seu sangue idiota! – disse Harry, furioso – Por que eu iria querer atacar nascidos trouxas?

- Ouvi fala que você detesta os trouxas com quem mora. – disse Ernie na mesma hora. Harry ia responder, entretanto Cindy foi mais rápida.

- Olha aqui garoto, acho que suas fontes não estão te dizendo todos os detalhes, se você não se ligou meus pais são tão trouxas quanto os pais do Justino, e você está tremendo mais do que eu, que seria um alvo fácil – Ernie ficou surpreso, assim como os outros alunos que estavam ali, pareciam que eles não sabiam disso - e se você não se importa é melhor a gente ir, já gastamos muito tempo falando com o “senhor puro sangue medroso”. Vamos Harry – e puxou o garoto até o corredor.

Só agora percebera que seu amigo estava muito zangado, ela já tinha extravasado toda a sua raiva com o “senhor puro sangue medroso”. Já Harry não, tinha ficado quieto, e depois de se soltar de suas mãos, ele saiu andando, sem rumo. Cindy foi atrás dele, “Não é nada seguro deixar um garoto nesse estado de raiva andando por ai, sozinho”.

Harry subiu as escadas e eles foram parar num corredor particularmente escuro. Havia uma corrente de ar fria, que fez com que Harry percebesse onde estava e Cindy se encolher toda em seus braços quentes. Eles estavam na metade do corredor quando pararam, seus corações aceleraram de repente, seus olhos mal piscavam com a cena que viram.

Justino Finch-Fletchley estava no chão, mais imóvel do que os dois amigos abraçados em sua frente. Ele estava com uma expressão de choque, seus olhos voltados para o teto. E logo ao lado Nick-Quase-Sem-Cabeça, que era um dos fantasmas que existiam em Hogwarts, que normalmente era branco-pérola e transparente, estava preto e fumegante, flutuando imóvel também, na horizontal, a mais de meio metro do chão. Seu rosto estava com uma expressão de choque igual a Justino.

Cindy olhou para Harry, ela estava tremula e assustada quem nem no dia do ataque da Madame Nor-r-ra, só faltavam as lágrimas.

- Harry, nós temos que sair daqui, imediatamente – sussurrou a garota.

- Mas não podemos deixá-los aqui, nesse estado – sussurrou Harry, ele também estava nervoso, não queria mais encrenca, nem das pessoas falando, mas queria ajudar o seu amigo também.

- Harry tem aula aqui do lado, eles saem da aula e encontram Justino e Nick, sem causar problemas para nós… – Cindy mal tinha completado a frase quando Pirraça, outro fantasma, que adorava fazer brincadeirinhas e pregar peças, apareceu.

- Ora, é o Potter Pirado, junto com a Collins Cabeça Oca – zombou ele – Que é que Potter e Collins estão aprontando? Por que é que Potter e Collins estão rondando…

Sua visão então se debateu com o Justino caído e com o Nick. Depois de examinar meu a situação, encheu os pulmões de ar, e antes que os dois pudessem impedi-lo, gritou:

- ATAQUE! ATAQUE! MAIS UM ATAQUE! NEM MORTAL NEM FANTASMA ESTÃO SEGUROS! SALVEM SUAS VIDAS! ATAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAQUE!

Bam – bam - bam – milhares de portas se abriram, e umas multidões de alunos apareceram do nada. Fred e Jorge apareceram também e puxaram Cindy para um canto, tentando afastá-la da multidão que a rodeava.

- O que houve? – perguntou Fred

Cindy não conseguia falar, estava em transe, era tarde demais, agora já tinham sido visto e provavelmente ela e Harry seriam julgados culpados. A Prof. McGonagall fez com que todos se calassem e mandou todos para as suas aulas. Ofegante, Ernie chegou ao corredor que ia se esvaziando e berrou:

- Apanhados na cena do crime!

- Agora já chega! – disse McGonagall rispidamente para Ernie.

Os professores foram atender Justino, o levaram para a ala hospitalar. McGonagall conjurou um leque grande e deu para Ernie, e disse para abanar Nick até a ala hospitalar. Assim o corredor ficou vazio, só tinha a professora, Harry e Cindy.

- Por aqui, Potter e Collins. – disse a professora

- Mas professora… – resmungou Harry

- Eu juro que não fomos… – completou Cindy

- Isto não está mais em minhas mãos. - interrompeu ela secamente.

Eles caminharam em silêncio. Cindy sabia que aquele caminho dava para o escritório do diretor, sabia que Dumbledore confiaria neles, porém a escola inteira não mais. A professora chegou perto da gárgula e disse: “Gota de limão” e a escada em forma de caracol apareceu. Harry parecia muito surpreso, principalmente com o fato de Cindy não estar surpresa, era como se a garota já estivesse tido lá. Os três embarcaram na escada, até que chegaram a uma porta grande e bonita. Harry sabia que lá provavelmente era a sala do diretor.

Eles entraram na sala, e a professora os deixou sozinhos. Harry parecia muito fascinado com a sala. Já Cindy foi direto a Fawkes, a fênix de Dumbledore, ela estava gravemente doente, e a menina estava preocupada, de algum modo, ela sabia que a fênix a considerava uma irmã, mas não sabia como sabia.

Já Harry, desatento, avistou, no alto de uma estante, o velho Chapéu Seletor e, atrás dela, tinha uma porta, que deveria dar para o quarto do diretor. Devagar, Harry pegou o chapéu e botou em sua cabeça.

- Caraminholas na cabeça, Potter? – perguntou o chapéu, Cindy levou um susto, e começou a prestar atenção na cena. – Você anda se perguntando se perguntando se eu o coloquei na casa certa. Sei… você foi particularmente difícil de classificar. Mas mantenho o que disse antes, você teria se dado bem na Sonserina…

- Você está enganado – disse Harry rapidamente e tirou o chapéu. O chapéu não respondeu, continuou silencioso. Harry botou-o no lugar e foi à procura da amiga. Percebeu que ela estava ao lado de um pássaro, que estava em um poleiro dourado, ele estava com a aparência de um peru meio depenado. Cindy parecia realmente triste com a situação e acariciou o pássaro, lentamente. Harry achou que ele estava muito doente, seus olhos estavam opacos e penas caiam a todo o momento. “Só o que faltava é o pássaro de Dumbledore morrer agora, enquanto estamos sozinhos na sala” pensou Harry. De repente, o pássaro começou a pegar fogo e, em alguns segundos, foi substituído por cinzas. Cindy recuou, estava realmente surpresa, será que teria sido ela quem fizera isso? Lágrimas começaram a cair de seus olhos. Harry não entendeu por que as lágrimas, mas sabia que ela precisava dele, então lhe deu um abraço, apertado e longo.

- Estou atrapalhando alguma coisa? – disse o Prof. Dumbledore, sorrindo para os dois, que estavam ainda abraçados e se soltaram no mesmo instante.

- Na-nada, diretor – disse Harry, gaguejando – É que seu pássaro ele…

- Fawkes pegou fogo – disse Cindy, chorosa.

- Já não era sem tempo – disse Dumbledore, para a surpresa dos dois, sorrindo – Fawkes é uma fênix, as fênix pegam fogo na hora de morrer, mas tornam a renascer das cinzas, olhe querida…

E apontou para as cinzas. Então um pássaro minúsculo botou a cabeça para fora e deu um pio fraco e agudo. Cindy secou as lágrimas e deu um belo sorriso. Pegou a pequena ave, que agora cabiam em suas mãos, e começou a acariciá-la.

- Ai, fiquei triste em pensar que você pegou fogo, e se fosse minha culpa, temo só de pensar… – sussurrou ela para a ave, que retribuiu com mais um pio agudo e acariciou a garota com sua pequena cabeça.

- Vejo que ela está muito mais feliz em suas mãos, e…

De repente a porta escancarou-se com um estrondo. Era Hagrid, com um gorro que cobria quase toda a sua cabeça e com um galo morto na mão balançando.

- Não foi Harry e a garota, Prof. Dumbledore! – berrou Hagrid - Eu conheço Harry, ele nunca faria uma cosias dessas e… – Dumbledore ia falar alguma coisa, contudo Hagrid continuou a falar e a balançar aquele galo, soltando penas para todo o lado –… eu juro até em frente do Ministério da Magia se precisar…

- Hagrid, eu…

-… senhor pegou os garotos errados, meu senhor…

- Hagrid! – disse Dumbledore em voz alta - Eu não acho que nem Harry, nem Cindy tenham atacado essas pessoas.

- Ah… – acalmou-se Hagrid – Certo. Então vou esperar lá fora. – e saiu rapidamente, parecia constrangido.

- Você também pode esperar lá fora, querida? – perguntou Dumbledore – você pode levá-lo consigo, ele parece mais feliz em suas mãos – e piscou para ela.

Ela saiu feliz, desceu pela gárgula e encontrou Hagrid, sentado no chão. Sentou-se ao seu lado, com Fawkes em suas mãos.

- Ei! – exclamou Hagrid, surpreso – Essa não é a fênix do Prof. Dumbledore?

- É sim… – disse a garota, sem dar muita atenção para a surpresa de Hagrid, acariciando a pequena ave em suas mãos, que retribuía o afeto.

- Você leva jeito com ela hein! – disse Hagrid – Você gosta de animais?

- Adoro, e você? – disse ela, sem olhara ainda para Hagrid.

- Eu adoro também, já lhe contei que tive um cão de três cabeças, o Fofo? – disse Hagrid

- Sério? – disse Cindy, agora olhando para Hagrid, curiosa – E como ele era?

- Ele era meio nervosinho, mas era só ouvir uma musica que adormecia. - disse Hagrid, entusiasmado – Afinal, todos os animais têm seu ponto fraco e…

A gárgula se abriu e de lá desceu Harry.

- Vamos Cindy? – falou o garoto, parecia que queria falar com ela a sós.

- Tudo bem, tchau Hagrid, você entrega isso para o diretor por mim? – perguntou Cindy, lhe entregando a pequena fênix, que ficara mais parecida com um grão de arroz sob as grandes mãos do Hagrid.

- Claro! E olha só, se você quiser… algum dia desses… ir lá em casa, tomar um chá… quem sabe? – disse Hagrid, meio envergonhado.

- Claro! – respondeu a garota, sorrindo.




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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado e venham falar comigo!



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