Catherine chegou no laboratório, ela ainda não havia visto Sara e ela não sabia se queria vê-la ou não, ela tinha medo, e se sentia envergonhada. Catherine estava no vestiário conversando com Sofia.

CW: Alguma vez você já pulou a cerca? - perguntou ela dando outro rumo à conversa das duas.

SC: Depende. - disse ela percebendo que Catherine estava muito estranha nesses últimos dias.

CW: Depende do que? - perguntou confusa.

SC: De que ponto de vista você esta falando, escuta, vamos sair hoje depois do turno, eu estou precisando de uma companhia feminina para um café. - disse pegando suas coisas no armário.

CW: Eu vou jantar com o Gil, eu já combinei com ele. - disse percebendo o desapontamento no olhar de Sofia. - Alguma vez já percebeu que estava gostando antes de perceber que não estava gostando de outra... Mulher? - perguntou meio constrangida.

SC: Por que você esta me perguntando isso? - ela sorria.

CW: Estou tentando achar alguém para uma conhecida e resolvi dobrar minhas chances. - disse tentando contornar o assunto.

WG: Eu já tentei, mas não rolou nada pra mim, quer dizer eu gosto de homens, ta legal eu odeio homens, mas eu gosto do que eles fazem se é que vocês me entendem, e desculpa me intrometer assim no assunto, mas eu estava aqui do lado e não pude deixar de ouvir. - disse sorrindo assim que entrou na sala.

Catherine e Sofia também sorriram.

SC: Eu sempre pensei em fazer sexo com uma mulher antes de morrer, mas eu também tenho vontade de ir para lua às vezes, então isso nunca vai acontecer. - disse fingindo tristeza.

Catherine percebeu que Sofia e Wendy não iriam ajuda-la em nada.

CW: Eu tenho que ir, meu caso me chama, tenham um ótimo turno, e... Obrigada pelas dicas, eu acho. - disse saindo da sala.

Catherine estava virando o corredor e se deparou com Sara. Elas ficaram se olhando.

CW: Oi... Eu estou indo para minha sala, tenho coisas muito importantes pra fazer, então infelizmente não posso conversar com você agora, depois a gente se fala. - ela se virou e começou a andar rapidamente para a sala dela. Sara foi atrás, Catherine entrou na sala e Sara entrou logo atrás dela fechando a porta.

CW: Bom acho que você quer mesmo falar comigo. - disse ela tentando parecer descontraída, mas Cath percebeu que Sara estava com um olhar diferente. Sara caminhou até Catherine e foi empurrando a loira até a parede sem dizer nada, quando Catherine colidiu com a parede Sara encostou o corpo dela no da loira, suas respirações estavam ofegantes, Catherine sentia o hálito refrescante e ao mesmo tempo quente de Sara. - Acho bom a gente não ficar tão... Tão... Próximas. - ela tinha dificuldade em falar.

SS: Eu não consigo mais, isto esta me consumindo, eu preciso de você, preciso do seu beijo, preciso sentir o gosto dele, você deve estar me achando uma loca agora, mas eu preciso...

Sara não terminou de falar deu um beijo em Catherine, um beijo que começou suave e foi aumentando a velocidade à veracidade o calor, Catherine retribuía o beijo, ela não conseguia resistir, ela também precisava sentir o gosto mais aprofundado do beijo de Sara, ela envolvia Sara pela cintura e Sara fazia o mesmo. Catherine parou o beijo e foi dando selinhos em Sara.

CW: Eu... (selinho) eu não posso... (mais selinho). - até que Catherine tomou coragem e força de vontade e afastou o corpo de Sara do dela. - Sara eu não posso. - ela colocou a mão na testa.

SS: Desculpa eu... - ela olhou para Catherine que estava ofegante e vermelha, ela queria muito voltar a beijar os lábios da loira, mas ela resolveu usar o "bom senso". - Desculpa. - disse ela e saiu da sala.

Catherine ficou fitando a porta por alguns segundos e depois saiu da sala em direção à sala de Grissom. Ela chegou em frente à porta da sala, passou a mão na roupa para desamassar, deu uma ajeitada no cabelo, e abriu a porta.

CW: Oi. - disse olhando para Gil.

GG: Oi meu amor esta tudo bem com você? - perguntou ele percebendo que Catherine estava um pouco vermelha.

CW: Sim... Quer dizer... Não muito. - Catherine percebeu preocupação nos olhos de Grissom. - Eu estou com um pouco de dor de cabeça, eu gostaria de saber se eu posso ir para casa descansar um pouco, depois eu vou preparar nosso jantar, pode ser? - ela olhava pra ele suplicante.

Grissom não conseguia dizer não, e nem iria.

GG: É claro meu amor, se você não esta se sentindo bem você pode ir para casa sim, mais tarde a gente conversa. - disse ele levantando e indo até ela. - Você vai ficar bem? - ele a envolveu pela cintura.

CW: Eu vou chegar em casa e tomar um analgésico e descansar um pouco, acho que eu vou ficar bem sim. - disse. - Agora eu vou indo. - ela deu um selinho nele e sentiu mais estranha ainda, ela queria chorar.

GG: Se cuida, daqui umas duas horas eu vou. - ele deu um beijo na testa dela.

CW: Ok - foi à única coisa que ela disse assim que se soltou dos braços dele e saiu da sala.

Catherine estava no corredor e viu Sara e Greg na sala de descanso conversando sobre alguma coisa, mas era só Greg que falava, Sara tinha cara de quem estava com o pensamento longe pensando em qualquer outra coisa, menos no que Greg estava falando, Catherine parou e ficou observando. Era essa coisa certa a se fazer, o certo era ela ficar com o Gil e Sara ficar com o Greg, eles combinavam seria perfeito (ela pensava), mas não era isso que iria deixar ela feliz, ela acordou dos seus pensamentos e viu Sara a fitando, ela olhou nos olhos de Sara por alguns segundos, Greg ainda continuava falando, então Sara sorriu pra ela e Catherine não pode deixar de retribuir o sorriso, Greg começou a chamar a atenção de Sara para que ela olha-se para ele, então Catherine resolveu ir embora e abandonou o olhar da morena.

CW: Droga, não pode ser não posso estar apaixonada, não posso. - dizia ela a si mesma. - Mas eu estou e não pelo meu marido, não mais, é pela estranha, pela estranha conhecida que faz parte do meu mundo agora. - ela pensava alto enquanto caminhava até seu carro. - Mas isso não pode continuar, tenho que reverter esta situação, e é isso que eu vou fazer... É isso que eu vou "tentar" fazer. - Catherine sentiu uma lagrima quente escorrer pelo seu rosto assim que ela sentiu o peso das palavras ditas por ela mesma.