Conexão Seattle escrita por Karmen Bennett


Capítulo 26
Dificuldades


Notas iniciais do capítulo

Ola gente, como vai? Mais uma vez desculpem a demora e desculpem tbm caso o cap não tenha ficado bom. Não que eu não tenha me esmerado ao contrário mas estou com uma sensação de que falta algo, ou sobra vai saber... Super triste com esses dias que faltam pra acabar o ICarly, cada vez que vejo a promo da um aperto no coração... Cinco anos né gente? Esperando as temporadas, os episódios... E claro Seddie! rs Mal posso esperar pra ver! Brigada pelos reviews de vcs cada vez mais perfeitos! Boa leitura!



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Ele sorriu satisfeito ao concluir o reparo em seu programa de humor diário. Ficara tão bom quanto antes se é que não havia ficado melhor. Fechou o notebook e levantou decidido a testa-lo em alguém, pensou que essa seria uma boa oportunidade de tentar se aproximar da mãe que nos últimos três dias apenas lhe falava o básico.

A situação não andava boa para Freddie. Na escola, tinha que aturar os olhares que lhe eram dirigidos como se ele fosse algum tipo de aberração. No primeiro dia após a feira, descobriu que o que circulava era que ele e Sam haviam ficado apenas aquela única vez.  Pra segurança dela, ele achou melhor deixar assim. Ainda assim, era o suficiente para ser o centro das atenções onde quer que estivesse. Se os dois trocavam uma palavra ou um simples olhar, os rostos próximos voltavam-se a eles num ar de reprovação que chegava a lhe deixar indgnado. Isso pra não falar dos amigos da loira, que ele agradecia a Deus por não soltarem raios lazeres. Mesmo de longe, ele podia sentir que eles estavam frios com ela, e que ela estava sentida por isso. Ha muito pensava no que podia fazer sem encontrar solução alguma.

-Mãe. –Chamou entrando na sala. –A senhora esta ocupada?

-Estou.

Ela estava sentada, lendo uma revista.

-Mãe até quando vai ficar me evitando? É tão difícil assim aceitar a...

-Impossível. E evite tocar no nome dessa sujeita aqui em casa.

-Essa sujeita. –Disse calmamente. –É minha namorada, e se chama Sam.

-Escute aqui, Freddie. –Ela largou a revista e levantou com ar autoritário. –É bom não esquecer que vive sob o meu teto, e que acima de tudo sou sua mãe e você me deve respeito!

-Nunca te desrespeitei. E saiba que se o caso for esse eu posso muito bem trabalhar e me sustentar!

-Mão seja ridículo! Quem pôs essas ideias na sua cabeça? Seu tio? Ou foi aquela garota asquerosa?

-A Sam não pôs ideia alguma na minha cabeça e ela não é asquerosa.  E o meu tio não tem absolutamente nada a ver com isso, alias muitas vezes ele se mostra mais compreensivo comigo do que a senhora, sabia?

-Quer dizer que ele apoia esse seu desvario? Não me surpreende! Escute aqui, não se deixe influenciar pelo que esse homem diz.

-Mãe, não começa. Eu vim aqui conversar, mas se é assim eu volto pro meu quarto.

-Volte mesmo. E ano que vem, se realmente quiser levar adiante seu outro desvario, de reabrir a Play&Back, dispense ajuda do seu querido tio! Ele contribuiu e muito pra falência da loja!

-O que? Por que nunca me disse isso?

-Por que a tola aqui não queria arruinar a boa imagem da única figura masculina que você tinha! Mas alem de você estar bem grandinho, o apoio dele nesse seu namoro com aquela delinquente é motivo mais do que suficiente pra eu te dizer que tipo de homem ele é.

-Então vamos la, diga que tipo de homem ele é!

-Não faz diferença. Terei uma conversa com ele assim que possível. Ele não tem o direito de se meter na educação que eu te dou!

-Mas foi a senhora que o mencionou!

-Por que ele sempre foi contrario a tudo que eu sempre tentei te ensinar! Na sua escola, no seu modo de pensar, veja com que tipo de gente esta se misturando!

-Eu vou pro meu quarto.

Freddie ajeitou o  computador nos braços e deu as costas indo em direção ao seu quarto. A mulher não tentou intervir, apenas o observou comum ar de quem tinha feito a coisa certa. Freddie bateu a porta do quarto com força e se jogou na cama. Sabia que a reação da mãe não seria das melhores, mas nunca imaginou aquilo. Seus relacionamentos nunca duraram mais de uma semana e ela mesma já tinha dito que se preocupava com isso. Ele achava que nunca deixaria de gostar de Carly e quando se viu apaixonado por Sam, achou que sofreria mais. Era amor de verdade, não uma mera afeição infantil e a possibilidade de ser correspondido lhe pareceu inexistente, e, no entanto estava enganado. Estava feliz, custava ela entender?



Gibby retornava da padaria mordiscando uma rosquinha que ele mal sentia o gosto. Seus pensamentos estavam embaralhados em função dos últimos acontecimentos. Ainda não tinha terminado de refazer seu projeto, e a pessoa que provavelmente o arruinara estava ficando com um dos seus melhores amigos, que também havia sido prejudicado. Missy e Jeremy podia-se dizer que praticamente pertenciam a um outro grupo, e ele encontrava-se dividido em meio a esse impasse. Não podia abandonar a nenhum dos dois grupos, pois em ambos encontravam-se amigos e colegas muito queridos, mas era difícil quando tinha de escolher com qual iria sentar durante o almoço, o lanche ou em aulas em que estivessem todos juntos.

Quando chegou em casa, Gibby prendeu a rosquinha nos dentes e segurou o saco de pães com o braço direito enquanto com o esquerdo verificava a caixa de correios. E qual não foi sua surpresa ao ver uma correspondência de sua amiga querida há tanto tempo desaparecida!

Entrou em casa ao saltos, deixou o pão na mesa da cozinha e entrou no quarto ainda com a rosquinha presa entre os dentes já bastante umedecida. Sentou na cama com o coração a mil e abril o envelope. La estava a caligrafia de Wendy, com uma caneta verde escura, e algumas palavras manchadas provavelmente por lágrimas. Se pões a comer a rosquinha, agora com voracidade enquanto lia atentamente.

Ola caro amigo, lembra-se de mim? Espero que sim. Estou enviando essa carta de  um lugar diferente do que estou morando para não ser localizada. Eu pensei em escrever um email ou ligar, mas acho carta algo mais romântico, não é? E mais seguro. Olha só, avise a todos (se é que alguém quer saber) que estou bem, trabalho numa empresa de comunicação, é um negócio meio secreto, eles vão revisar minha carta pra poder enviar por isso não posso dar detalhes. São muito legais comigo, infelizmente meu perfil não serviu para modelo e me encaminharam pra ca! Esta super legal aqui,divido um belo apartamento com mais duas garotas, o Davis deu a elas a oportunidade de se livrar das drogas! É isso sinto muitas saudades, mas estou feliz! O Tomi não quis vir, mas foi melhor assim já estava de saco cheio dele! É isso em breve nos veremos, assim espero! Beijos, Wendy!

Gibby achou que havia algo de errado ali. Como alguém estava trabalhando honestamente sendo menor sem a autorização dos pais, estando fugida de casa? Desaparecida e sendo procurada por toda a cidade? Wendy estava tão desesperada para se livrar do casamento que ainda não devia ter se dado conta de que estava caindo numa enrascada. Precisava ajudar a amiga, ela não fazia ideia de como, mas precisava. Pensou em sua mãe. Ela era advogada, não muito boa é verdade, mas devia servir. E tinha também o pai de Carly, um homem da lei. Em breve ela estaria de volta. Gibby sorriu nervosamente com aquele pensamento em que nem mesmo ele acreditava.



O tema do web show daquela noite era desenho animado e suas esquisitices. Carly usava um topete parecido com o do pica-pau enquanto Sam usava orelhas parecidas com as do Pernalonga. De fato era engraçado o modo como elas inviabilizavam diversos fatos dos desenhos. Por exemplo, segundo Carly, seria impossível que Pé de pano sentasse-se à mesa para jogar baralho com seu raptor, pois os cavalos possuíam nos joelhos um mecanismo que trava os joelhos, permitindo que eles dormissem de pé. Sam afirmava que era impossível que Perry e o Ornitorrinco conseguisse realizar suas manobras utilizando chapéu sem que ele caísse. A graça é que elas fingiam ignorar o mais inconcebível, como um cavalo jogando baralho, ou um ornitorrinco que era agente secreto.

Freddie tentava focar na filmagem, mas a verdade é que era difícil não deixar os pensamentos vaguear. Quando deram a filmagem por encerrada, os três sentaram-se espalhados pelo estúdio para descansar. O silencio inicial foi quebrado por Freddie com uma voz calma e preocupada:

-Eu vou à costa no fim de semana. Vou cedo, volto no fim da tarde. Não contem a ninguém.

-Fazer o que la? –Perguntou Sam.

-Revirar os papéis. Desta vez atrás de documentos...

-Beleza, vamos juntos. Não é Carly?

-Claro!

-Claro que não. Não há a menor necessidade. Eu ligo dizendo como foi.

-Por que essa decisão? –Perguntou Carly.

-Minha mãe me disse umas coisas... Preciso ver os documentos referentes a falência da loja que não estão com meu tio, sei que estão la!

-Nossa Freddie! –Exclamou Carly. –Sua família é tão... Enigmática!

-E por que não podemos ir junto? –Perguntou Sam um pouco impaciente.

-Por que já disse que não quero mais vocês envolvidas nisso. Só estou avisando, por que não é bom ir pra tão longe sem avisar ninguém.

-Eu  vou com você, Freddie. A menos que não queira minha companhia.

-Sem drama, Sam, sabe que acho tudo isso arriscado.

-E daí? Sabe que eu gosto de correr perigo!

-Engraçadinha. No que depender de mim não vai mais se dar a esse tipo de diversão.

-Tudo bem Freddie. –Interveio Carly. –Mas pensa. Você pode  precisar de ajuda...

-Não vejo pra que.  

-A Carly ta certa. Sozinho é sempre mais difícil. Sei que se preocupa com a gente, mas tenta entender que a gente se preocupa com você! Por favor, Freddie somos suas amigas. Desse jeito faz a gente pensar que não faria o mesmo por nós.

-É claro que eu faria. –Disse sentindo-se derrotado. –Vamos fazer assim, eu vou pensar um pouco mais e depois eu digo o que decidi.

As duas riram sabendo que haviam triunfado sobre a teimosia de Freddie.

-Eu terminei de concertar meu projeto quem quer descer e testar? –Perguntou num tom ligeiramente entediado.

-Eu vou por a janta. –Carly levantou fugindo.

-E eu tenho que ir se não fica muito tarde...

-Esta bem. Vou ver se o Spencer quer me ajudar.

Sam levantou, pegou a mochila e voltou-se novamente para trás. Carly havia acabado de descer, ela ainda podia ouvir os passos na escada.  Freddie estava de pé olhando diante da janela  com as mãos no bolso e o olhar perdido, ligeiramente triste.  Ela deixou a mochila de lado e se aproximou ficando ao seu lado.

-O que foi? 

-Nada de mais...

-Pode dizer. –Ela o virou pelo braço fazendo com que ficassem de frente um para o outro. –É bom desabafar.

-Só que... –Começou após um longo suspiro. –A minha mãe esta tão diferente, sabe? Eu nunca a vi daquele jeito.

-Já tentou conversar com ela, depois daquilo?

-Várias vezes!

-Eu sinto muito. Muito mesmo.

-Não se preocupa. –Disse com um sorriso doce. – Ela vai acabar entendendo.

-Se ela não entender, eu rapto você!

-Vai ser  primeiro rapto consensual da história! –Ele a abraçou pela cintura.

-Até você sentir saudade de casa!

-Não se você me alimentar direito... –A doçura do sorriso foi substituída pela malicia.

Sam sorriu com as faces coradas, afundando o rosto no peito do garoto. Ele a apertou contra si e depois a beijou. Um beijo calmo e intenso interrompido por um grito de Carly avisando que o jantar estava posto.  Sam disse que não poderiam ficar e Freddie se ofereceu para leva-la até a saída do prédio, onde mais um beijo foi trocado, dessa vez sobre os protestos do porteiro escandaloso.

Dentro do ônibus, Sam  se sentiu invadida por uma grande aflição ao pensar em tudo por que estavam passando. Por causa dela, Freddie estava se afastando da mãe, a pessoa que mais amava no mundo. Não podia permitir que isso acontecesse, eles eram muito apegados. Soltou um suspiro impaciente e aflito pensando em sua situação. Não havia outro culpado pra tudo aquilo que não fosse ela, afinal por que permitira se apaixonar justo por ele?Agora era tarde, e a única solução em que ela conseguia pensar era conquistar minimamente a megera, para que fosse pelo menos aturada.

Ela desceu do ônibus com passos lentos, e a mente a mil. Quando virava a esquina em direção a sua casa, uma voz conhecida a chamou. Olhou para trás e viu uma garoto se aproximando quase correndo em sua direção. Sentiu que vinha encrenca pela frente. Sam tinha um bom faro para encrencas, talvez por ser encrenqueira. Parou de caminhar aguardando que Brad aproximasse.

-Achei que não estivesse falando comigo...

-Esta me interpretando mal. Me importo com a banda. E então, já tomou alguma decisão?

-Claro que já. E você sabe bem qual é.

-Sam. –Ele a fitou calmamente nos olhos. –Pensa em tudo o que sabemos sobre a família dele, o ódio que ele tem da gente. Vai jogar sua carreira fora por ele?

-Ele não nos odeia! –Disse elevando a voz. –E alem disso estávamos tão enganados sobre ele quanto ele sobre nós!

- Você vai perceber sozinha a cilada em que esta caindo.

-Você vai ficar na banda? –Perguntou ignorando a afirmação.

-Só se a vocalista se mostrar mais comprometida. Do contrario, eu tô fora!

-Eu pensei que fossemos amigos. –Disse com um ar decepcionado.

-Sabe que quero ser mais do que sue amigo. Só depende de você.

Sam teve que controlar o choque para não dar uma bofetada na cara de Brad. Ele se aproximava insinuante, e ela reparou que ele estava bem perfumado. Devia ter preparado aquela situação cautelosamente, e isso a enfureceu. Indignada, Sam o empurrou com força e o olhou com uma expressão que mesclava raiva, e pavor.

-Que diabos esta pretendendo? Que tipo de garota acha que eu sou?

-Me desculpe. –Disse encolhendo-se confuso. –Não sei o que me deu.

-Não espera que eu caia num truque que eu mesma inventei não é? –Ela respirou fundo buscando manter a calma. –Escute aqui. Eu só não te arrebento por que reconheço que esta passando por um momento difícil. Sei o quanto gosta da Shelby, larga de orgulho!

-Não! Eu gosto de...

-De sofrer!  Gosta de sofrer a toa, para de se martirizar, qual é, isso faz você se sentir melhor que os outros? Acorda, por que não faz!–Ela respirou lentamente e continuou num tom mais calmo. –Brad, eu te considero um amigo. E  a Shelby sempre gostou de você. Agora você gosta dela. Por que olhar pra trás quando pode seguir em frente e ser feliz? A decisão é sua.

Brad respirava com dificuldade. Ficara mais do que claro que ela ajudara sim Shelby a humilha-lo. Ela sabia de tudo, era condizente com a situação ainda que acreditasse estar ajudando. Aquilo não havia acabado, não admitia ser tratado como uma marionete.  Afastou-se com os olhos em chamas sem dizer absolutamente nada.

Sam ficou parada, mais alguns segundos, um pouco arrependida do que tinha dito, talvez tivesse sido dura de mais. Depois esfregou os cabelos e saiu caminhando um pouco atordoada. Agora já tinha feito. Estava destinada a contar todo o ocorrido a Shelby. Alem de serem amigas, precisava desabafar. A mãe provavelmente ainda não havia chegado do trabalho, e se tivesse chegado não ajudaria muito. Na verdade em nada.

Encontrou Spike na varanda, como de costume, observando o movimento através do portão. Latiu e pulou freneticamente a aproximação da dona, que sorriu e brincou por alguns instantes com o animal após fechar o portão. Aquele ato, de alguma maneira, ajudou a aliviar grande parte da tensão que ela sentia. Ele estava mais crescido e  suas manchas alaranjadas nas costas e nas orelhas começavam a ficar mais acentuadas. Mas ainda era um filhote, e provavelmente conservaria esse aspecto a vida toda.  Em parte pelo tamanho, mas também por que era manso e dócil. A alegria instantânea em vê-lo foi se esvaindo ao lembrar da difícil missão que tinha pela frente.

Ao entrar na sala, encontrou Shelby  estava sentada no sofá, lendo um velho livro de história com os pés sobre o centro de mesa. Tinha os cabelos soltos e trajava um vestido azul surrado bastante curto exibindo suas pernas magras e alvas. Após ouvir Sam com um olhar espantado e atento, recuperou a tranquilidade e disse friamente:

-Eu esperava esse tipo de atitude de um fraco como ele.

-Você não via falar com ele? –Perguntou incrédula.

-Não tenho mais nada com ele. –Respondeu dando de ombros. –Que se exploda. Sabe quem me chamou pra sair ontem?

-Alguém por que eu se que você não esta interessada! Deixa de ser boba...  Pelo menos como amiga, conversa com ele, ele está tão transtornado...

-Ta bom! –Assentiu impacientemente. –Se te faz feliz, amanhã eu falo!

Sam sentiu uma pontada de esperança em relação aos dois.

Qualquer um poderia dizer que Shelby se tratava de uma pessoa fria se não dormisse com ela no mesmo quarto, o que não era o caso de Sam. Já esperava ouvir os soluços da amiga durante a noite. Era do tipo que ria na sala e chorava no quarto, não muito diferente de Sam.

Sam tomou banho, vestiu-se e voltou à sala portando seu computador portátil, um presente de aniversario de seu pai. Sempre que o via, recordava-se a alegria que sentiu ao ganhá-lo. E depois da vontade que teve de quebra-lo em mil pedaços ao saber que não viera nem uma carta, bilhete, cartão ou mesmo um pedaço de papel com um simples “parabéns”.   Mas queria muito aquele computador, e descontou sua raiva apenas na caixa em que o presente viera.

Quando se preparava para dormir, Pam entrou em casa gritando pela filha, parecia transtornada, mas não estava bêbada. A mulher era alta e esguia, usava o cabelo curto tingido de um loiro idêntico ao seu quando mais jovem. Sua vida conturbada levara seus fios a embranquecerem muito precocemente.  Quando Sam, já vestida com seu pijama voltou a sala, encontrou a mãe sentada no sofá com uma postura de caminhoneiro. Ela levantou os olhos a fulmina-la.

-Sam que história é essa? A senhora Rulley me parou agora pra me perguntar se você estava namorando o Benson!

-Eu não acredito que o Jonah contou isso pra mãe dele...

-ENTÃO É VERDADE? GAROTA VOCÊ ENDOIDOU DE VEZ?

-Eu não endoidei... Apenas aconteceu...

-Apenas aconteceu? Eu devia te bater até você recuperar o juízo! Justo esse menino, Samantha vocês não eram brigados?

-Éramos. –Disse constrangida.

-E então?

-Então o que? Aconteceu mãe, é tão difícil entender?

-Sam, sabe bem o que esse tipo de garoto quer... Sabe bem que eles brincam com garotas como você e depois abandonam, quando não as deixam só, com um bebê nos braços! Ou dois...

-O Freddie não é assim! E eu também sei me cuidar! Mãe não se preocupa. E por favor evita comentar isso com os vizinhos, eles não tem nada a ver com a minha vida. –Ela bocejou sentindo os olhos pesarem. –Posso ir? eu estou morrendo de sono...

-Vá!

A mulher voltou a sentar com um ar transtornado. Sam não podia culpa-la pelo choque, ela reagiu relativamente bem. E isso preocupou Sam. Quando ela silenciava tão rapidamente diante de algo que a perturbava era por que pretendia tomar outras providencias que não a repreensão verbal. Ainda jovem, Pam fora deixada pelo pai de Sam, que mais tarde ainda voltou para lhe tirar a gêmea da garota. Ela o amava muito e quando soube que ele havia se casado com uma mulher de posses, quase entrou em depressão, pois ainda tinha esperanças. O fato de existir outro ser frágil e indefeso que precisava dela a impediu de sucumbir em meio à tristeza. Em hipótese alguma permitiria que a filha passasse pelo que ela passou.






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Notas finais do capítulo

Se não ficou bom podem dizer e se ficou tbm, será bom saber o que vcs acharam independente do que foi!! Comentem, por favor é legal a gente interagi! Acho que é só gente, bjos e até mais!! ♥