O Melhor Sorriso escrita por Delacour


Capítulo 11
Revelações e Hálito de Menta.


Notas iniciais do capítulo

*Lumos*
Esse era o capítulo que acho que vocês estavam esperando.
Caprichei no tamanho, e fiz ele com carinho. Espero que gostem.



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O professor Snape me olhava boquiaberto. Um misto de emoções passava por seu rosto. Surpresa, confusão, raiva. Parecia que era eu que praticava Legilimência. Ele procurava algo para colocar defeito, e finalmente achou. Eu reprimia uma risada, acho que ele não esperaria me ver ao lado de Malfoy, por livre e espontânea vontade. Mordi a parte interna da minha bochecha para evitar sorrir demais. Ele nos encarou por um tempo que pareceu longo demais. Ele, então, acordou do transe e se virou para a turma.

- Mesmas duplas da aula passada – Ele disse – Façam a poção da página 136.

E foi se sentar na sua mesa. Me virei para o Draco e dei um sorriso. Como eu disse na aula passada? Ah, sim. O meu melhor sorriso. Draco ainda tinha olheiras profundas, e alguns poucos arranhões em seu rosto, que só era visível se você forçasse o olhar na sua pele.Eu tinha pena dele, e não começou agora. Sempre achei que ele tinha problemas em casa, por causa de seu comportamento mimado. Senti a minha nuca formigar, e eu sabia que todos naquela sala me olhavam, cochichando entre si. Era como se o meu sangue subisse todo para o meu rosto, e abaixei a cabeça rapidamente, olhando para a minha saia, que encurtou magicamente. Quero dizer, ver o rosto do professor Snape ao me ver sentava ao lado de Draco Malfoy civilizadamente, foi a coisa mais engraçada que já aconteceu esse ano.

Eu não queria admitir, mas Draco para mim, já era mais que um amigo. Quero dizer, eu não sei o que ele era. Ele me contou seus segredos, e a cada segundo, eu queria saber um pouco mais sobre ele. Era como uma curiosidade reprimida por anos. E, bom, ele não era mais o mesmo. Ele se transformou em legal da noite pro dia. E estou tentando entender a sua mente. O que eu estou sentindo por ele é curiosidade, certo?

- Hey, - Malfoy me chamou. – Vamos fazer a poção?

- Claro –Respondi meio ruborizada.

Ele riu, e eu me surpreendi ao perceber que gostava daquele som.

Terminamos a poção e eu me levantei para levar leva-la até a mesa do professor Snape. Assim que me levantei, reparei que algo estava errado. Não sentia a saia batendo nos meus joelhos. Olhei para baixo, e senti o meu corpo inteiro queimar de raiva e vergonha. A saia esta a um pouco mais de um palmo do joelho, e também estava um pouco mais apertada. Gina iria ter uma conversa muito séria comigo, e eu tinha que providenciar um feitiço para trancar minhas roupas. Bem, já que estava em pé, fui entregar o trabalho pronto para o professor, e ele tremia de raiva. Se ainda tinha alguém que não olhava para as minhas vestes, agora sua atenção estava totalmente presa em mim.

- Senhorita Hermione Granger – Snape falou calmamente, - queira me explicar o que aconteceu com as suas roupas.

- Eu, uh... – Tentei, sem sucesso, explicar.

- Bom, menos vinte pontos pela saia muito curta, menos vinte pela saia muito apertada, menos vinte, por nem saber se explicar, e menos vinte por, hm, estar tentando seduzir um colega de classe com roupas indecentes – Ele disse, triunfante. – Acho que isso resulta em oitenta pontos a menos para a sua casa. Que tal arredondarmos isso? Menos cem pontos para a Grifinória.

Semicerrei os olhos e voltei para a minha mesa. Malfoy estava com uma cara meio, como posso dizer? Hm, estarrecida. Como se tivesse tomado um choque. Ele sorriu para mim, e senti borboletas voarem no meu estomago, e pequenas formigas na minha nuca.

Olhei para trás, e Harry estava com uma expressão indecifrável, já Rony, estava da cor de seus cabelos. O ciúme estava estampado no rosto dele. E a inveja. Inveja? Inveja de que? Do Malfoy por estar do meu lado? Que irônico.

Ainda estava com raiva por perder tantos pontos para a minha casa, mas assistir a reação do Draco ao ver aquela cena toda que aconteceu na frente da sala valeu a pena. Ficamos conversando por um tempo, e quando todos terminaram suas poções, Snape falou com a sua voz fanhosa:

- Estão dispensados.

Agora eu tinha um tempo vago com a Sonserina. Eu e Draco começamos a guardar nosso material, quando Harry se juntou a gente.

- Olá, Malfoy.

- Oi – Draco respondeu cauteloso.

- Oi, Hermione. Todos os olhares dos garotos eram para as suas pernas, e as garotas tentavam te matar com o olhar. Estou orgulhoso de você, nunca imaginei isso vindo de você - Harry disse com um pouco de sarcasmo.

Draco bufou, e eu olhei para ele. Ele continuou a guardar seu material. Dei um sorriso irônico.

- Pois diga para a sua namoradinha, que ela irá se ver comigo – Eu disse bem baixo para que apenas os dois me ouvissem e eu senti a atenção do Draco se prender em mim. – Isso não vai ficar barato. E, é claro, diga ao Rony que a culpa é toda da irmã dele, e que pare de me olhar como se eu tivesse assassinado os pais dele.

- Relaxa, ele só está com ciúmes – Harry disse. - Agora eu vou lá falar com a Gina, e dizer que o plano dela deu certo.

Ele já ia se distanciando quando agarrei seu pulso.

- Me diz que isso não vai encolher mais – Olhei suplicante para ele.

Ele olhou para as minhas pernas, e eu corei um pouco. Senti a raiva do Draco queimar, já que ele estava do meu lado. Ele cerrou os dentes, e prendia a respiração. Me segurei muito para não rir.

- Bom, Gina colocou um feitiço que ia encolher até a saia ficar no meio das suas coxas, se eu fosse você, trocaria de roupa logo – Disse isso e foi embora.

Suspirei pesadamente. Eu e Draco saímos pelos corredores silenciosamente. Mesmo não dizendo nada, eu tinha consciência da presença de Draco ao meu lado. De seus cabelos loiros bagunçados, e seus olhos cinzentos curiosos.

Eu não sei mais o que estou sentindo. Ele era meu inimigo, virou meu amigo, e agora, sinto borboletas no estomago por vê-lo sorrir. Eu ainda estava um pouco ruborizada por causa do incidente na sala de aula.

- Hermione, - Malfoy disse, interrompendo meus devaneios. – Quero falar uma coisa com você.

Isso era verdade? Malfoy estava corando? Entramos em um corredor deserto e ele colocou seus livros em um canto no chão. Imitei o gesto.

- Tenho que confessar uma coisa... – Ele começou.

- Diga.

- Acho que estou apaixonado por uma garota – Aquilo me incomodou mais do que deveria. – O que você acha que eu posso fazer para conquistá-la?

- Não sei – disse a verdade. – Mas você acha que ela gosta de você?

- Não sei. Nós somos amigos, mas não sei como falar isso para ela. E se eu levar um fora?

Eu dei uma risada.

-É um risco que você deve correr.

- Mas...

- Garotas gostam de atitudes – Suspirei. – Surpreenda-a. Dê um beijo nela quando ela menos esperar. Talvez você leve um tapa, nada que você não tenha levado antes.

Ele se aproximou um pouco de mim, até ficar a centímetros um do outro. Não me esquivei quando ele tocou o meu rosto. Apenas estranhei aquilo tudo. E a garota que ele gostava?

E no segundo seguinte senti o hálito delicioso de menta dele. Ele estava me beijando. E esse não era um sonho.



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Notas finais do capítulo

Como eu terminei o capítulo desse jeito?
Maldade, né? KKKKKK
Espero que tenham gostado.
Um Beijo.
Mandem comentários e façam uma autora feliz.
*Nox*



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