Prólogo

            Percy estava se despedindo de seus amigos. Ele iria se mudar para São Francisco. Ele nem acreditava que estaria deixando sua cidade natal, Nova Yorque.

            -Falou cara! A gente se vê! –disse seu melhor amigo, Nico di Ângelo.

            -Falou cara! Vou sentir sua falta. –respondeu Percy.

            -Eu também cara, eu também. Mas, relaxe beleza? São Francisco é legal! –disse Nico sorrindo, o que era meio que raro já que o garoto era meio emo.

            -Como você sabe? –Percy perguntou.

            -Porque eu sou de lá esqueceu? –Nico ainda sorria.

            -É mesmo. Tinha esquecido. Você e Bianca são de lá né? E por falar em Bianca, cadê ela? –agora Percy já sorria, mesmo que não estivesse gostando da idéia de se mudar. Se ele soubesse o que estava por vir...

            -Serve esta? –perguntou a irmã mais velha de Nico, Bianca di Ângelo.

            -Claro que serve! –disse o garoto abraçando-a.

            -Pers, não se esqueça, caso você encontre nossa irmã lá... O nome dela é... –começou Bianca. Ela já havia pedido um milhão de vezes para Percy que, caso encontrasse sua irmã lá, cuidasse dela e dos outros dois irmãos. Agora são um milhão e um. Pensou ele com um sorriso.

            -Nem pensar. Não vou deixar minha irmãzinha a mercê do Percy. Não mesmo! Ela é bonita demais para o próprio bem!

            E Nico sempre interrompia a irmã quando esta ia lhe falar o nome da irmã mais nova dos dois. Percy riu com a fala do amigo e disse:

            -Não se preocupe Nico. Eu não vou fazer coisas erradas com a sua irmã.

            -É bom mesmo. Porque se não eu te mato Jackson. –Percy e Bianca riram da cara do garoto ao ameaçar o melhor amigo.

            -PERCY! VAMOS! –eles ouviram Sally, a mãe de Percy, gritar antes de darem mais alguns abraços e o garoto entrar no carro.

Do outro lado do país...

            Annabeth se sentia bem melhor agora. Ela já não se sentia culpada.

Foi quando ouviu os irmãos mais novos chamando-a para jogar com eles.

            Mesmo sabendo que não devia ela foi jogar com eles pensando: Não vai acontecer nada de mais. É só um joguinho. Só uma partidinha. Eles estão tão sozinhos desde que... Ela não completou o pensamento. Balançou a cabeça tentando afastar tais pensamentos da mesma e seguiu os irmãos para fora de casa.

            Os dois adoravam jogar basquete e, durante as férias, eles passavam o dia todo jogando. Ele costumava jogar com eles... Enquanto eu e ela fazíamos tranças no cabelo e conversávamos sobre bobagens... Mas agora eles se foram... E nós ficamos sozinhos... Novamente a mágoa e a tristeza se apossaram da garota. E novamente ela balançou a cabeça afastando os pensamentos.

            -Annie? –ela foi tirada de seus devaneios por um de seus irmãos.

            -O que? –perguntou ela.

            -Vai jogar ou não? –ela sorriu com a fala do irmão. Não importa o que aconteça, pois, ela sabia, eles sempre teriam a ela.

            Os três começaram a jogar, mas logo a garota começou a se sentir mal.

            E desmaiou.