Meu nome e Renesmee Carlie Cullen, filha de Isabella Marie Swan e Edward Anthony Masen Cullen.

Minha vida costumava ser perfeita, rica, pais que supostamente se amavam e que me amavam muito, tios excelentes e avos igualmente. Éramos tão felizes naquela época.

Só que muita coisa mudou desde que minha mãe nos deixou.

Lembro-me ate hoje de seu olhar frio e totalmente calculista para meu pai, e acima de tudo, sua voz que era de cortar o coração quando proferiu palavras tão cruéis para um homem que a amava acima de si mesmo.

“ – Estou indo embora Edward. – Ela disse depois de colocar as malas em seu carro, na porta da sala.

- Como assim Bella? – Perguntou ele sem entender direito o significado de suas palavras.

Enquanto isso, eu estava sentada na escada com meus braços apoiados em meus joelhos e usando meu vestido lilás que minha mãe havia me mandado colocar, somente analisando tudo.

- Estou indo embora! – Falou seca. – Acabou! – Meu pai ameaçou falar, mas antes minha mãe já havia voltado com suas palavras frias e torturantes. – E antes que você me pergunte o porquê, já vou lhe dizer. – Suspirou como se já estivesse de saco cheio. – Não somos mais aqueles adolescentes ricos e que só pensavam em sexo e gastar o dinheiro dos nossos pais. Crescemos e amadurecemos. Não amo mais você e não posso ficar mais aqui vendo minha vida pessoal se afundar junto com mentiras e falsos sentimentos que há tanto tempo não existem mais.

- Bella... Não faz isso, por favor. – Suplicou tocando no braço de minha mãe.

- Não toca em mim Edward. – Seu olhar desviou do dele e encontrou o meu totalmente confuso. – Vamos Nessie.

- Não! – Eu falei seria e decidida. Talvez, aquela foi à única vez em que eu fui verdadeiramente corajosa e fiz o que eu queria.

Bem, eu tinha apenas nove anos e era muito melhor do que agora.

- Como? – Perguntou levantando uma de suas sobrancelhas bem feitas.

- Mamãe, quero ficar aqui, com o papai. – Ela assentiu com a cabeça e virou as costas, saindo de casa e levando consigo o coração de um homem apaixonado e a felicidade de sua filha. ”

Então desde aquele dia, as coisas vêem sido totalmente diferente. A alegria do meu pai não existia mais e com isso, nada mais era perfeito.

Agora, eu com meus 16 anos sofro junto de meu pai, sempre, mesmo ele não sabendo que sua tristeza também é minha.

Então, há 7 anos eu desacredito no amor entre homem e mulher. Acho que tudo isso é apenas um marketing para as pessoas se embelezarem pensando que no final de tudo elas irão encontra sua alma gêmea, seu outro eu. Bobagem!

Afinal, se tudo isso existisse mesmo, não haveria divórcios, separações inusitadas e acima de tudo desilusões amorosas.

Mas talvez toda essa minha crença de não existir alma gêmea fosse quebrada, talvez lá no fim do túnel eu conseguisse enxergar um homem em que fosse a exceção de todos os outros milhares deles.

Mais isso não era uma certeza, era só um grande talvez, que quem sabe eu estivesse disposta lá no futuro a desvendar se poderia realmente acontecer.