LOUIS’S POV

Tá. Esse negócio de casaizinhos não é a melhor coisa do mundo. Imagino como Harry, Niall e Zayn se sentiam quando eu estava com a Eleanor. Eca.

Que tédio.

Os casais perfeitos estavam na cozinha da casa das meninas, provavelmente sob comando do Niall. Eu estava deitado no chão da sala, sem me importar com nada. Fechei meus olhos, voltando a pensar em toda essa basbaquice de amor.

Senti alguma coisa acertar meu rosto.

- Tá viajando Louis? – Ju riu quando eu olhei pra ela.

- Idiota. – Joguei a almofada de volta. – Só estava pensando no quando esse povo fica grudado.

Ju soltou uma risada pelo nariz.

- Eles só estão apaixonados. – Ela ironizou e fez corações com os dedos. – Tanto faz.

Eu ri também.

- Preciso te contar uma coisa. – Falei e abaixei o tom de voz. – Chega mais.

Ju abriu um pouco os olhos e engatinhou até a minha direção.

- O que foi?

- Não é bem um segredo, mas você não pode contar.

Ju revirou os olhos.

- Então é um segredo Louis.

- Tá. Não importa. – Fiz um gesto displicente com a mão. – O fato é: os meninos vão levar as garotas para conhecerem a família deles.

- Me fala alguma coisa que eu ainda não sei.

- Eu quero dizer no próximo fim de semana. Hã... tá, mas eu não sei se todos vão contar.

- PRÓXIMO FIM DE SEMANA?

Cobri a boca dela com as mãos.

- Cala a boca idiota. – Fiz uma pausa pra ver se alguém tinha nos escutado. – Enfim...

- Fala logo Louis.

- Bem, é que... sabe, a minha mãe.

- Ah não. Você não tá querendo dizer que vai me levar pra conhecer a sua mãe né?

Suspirei. Ia ser difícil.

- Eu preciso da sua ajuda. – Expliquei. – Minha mãe tá me enchendo o saco desde aquela história da Eleanor. Você sabe, nós somos meio grudados.

Ju riu.

- Sei Boo Bear.

Senti minhas bochechas esquentarem.

- Eu preciso apresentar você. Assim ela esquece toda essa história.

Ju cruzou os braços e me olhou criticamente.

- Tá Lou. E o que a gente vai falar? Que de repente ficamos apaixonados e decidimos namorar?

Sorri maliciosamente e me aproximei um pouco dela.

- Não é difícil fazer você se apaixonar por mim, é?

Deixei nossos rostos bem próximos e percebi quando Ju perdeu o foco. - Por favor? – Pedi.

Ju sorriu de lado.

- Tem como negar alguma coisa com você me pedindo desse jeito?

Não sei como, foi mais por impulso. Fiquei um pouco surpreso com a resposta dela que encostei minha boca na sua. Seus olhos se fecharam sem o seu controle assim que fiz isso. É claro que eu não iria desperdiçar a oportunidade. Coloquei minha mão na sua cintura, puxando-a para mais perto de mim. Ju entrelaçou seus dedos no meu cabelo e chegou mais perto. Separei nossos rostos.

- Obrigado Ju. Te devo essa.

Ela não falou nada, só suspirou.

Me senti mal ao pensar que eu poderia estar brincando com os seus sentimentos. Quero dizer... eu não queria fazer isso, porque eu gostava da Ju. Não, eu não a amava. Desse jeito está ótimo pra mim. Só ficar.

- Tá. Mas não vai rolar da gente só chegar lá e falar: estamos namorando.

- E o que mais você quer falar?

- Oi Sra. Tomlinson. É um prazer. Trouxe uma lembrança para a senhora, o Louis disse que eram suas flores favoritas.

Revirei os olhos.

- Primeiro, se você chamar minha mãe de senhora ela te mata. Segundo. – Fiz um 2 com os dedos . – Eu não sei quais são as flores favoritas dela.

- Que ótimo filho que você é.

Eu ri.

- Tá. E como a gente se conheceu? – Ju voltou a perguntar.

Franzi a testa.

- Você sofre de perda de memória recente ou o que? Nós nos conhecemos no aniversário da Isa.

- Dã. Seu mongo. Eu estou falando de alguma coisa mais romântica.

- PRA QUE? Precisa disso não. Nos conhecemos na festa de uma amiga.

- E porque eu estaria com você se eu te odeio?

- Na nossa história você não me odeia. Você me ama entendeu?

- A parte de amar fica com você Tomlinson.

- Qual é Ju! Faz um esforcinho. Por favor!

Ju suspirou de novo.

- Tá Louis. Tá bom. Mas é só dessa vez. Nós vamos pra Doncaster?

Limpei a garganta.

- É, vamos.

- E suas irmãs vão estar lá?

- É a casa delas também, não é?

- Elas vão me odiar.

- Não vão. – Passei a mão no seu rosto. – Eu prometo.

- Loooooou. – Ju choramingou. – Quero desistir.

- Por quê? Nós estávamos indo tão bem!

- Mas elas não vão gostar de mim.

Revirei os olhos.

- Todo mundo gosta de você Ju.

- Ah, ahan. Sei.

Deitei no chão do sofá de novo. Ainda tínhamos cinco dias até viajarmos, contando que era um domingo. Pensei em fazer alguma coisa na quinta, alguma festa ou qualquer coisa assim. Na verdade, a ideia mesmo era tomar a caipirinha da Bru. Mas ok.

Eu ia usar esse tempo pra ver o que eu realmente sentia pela Ju. Não adiantava nada os garotos ficarem falando que eu estava apaixonado, por que eu não estava. Sério. Ia ser bom. Pelo menos pra esquecer da Eleanor.

- Tenho tanta coisa pra te contar. – Ju falou mais pra ela do que pra mim.

- Conta então. – Falei.

Ju me encarou. Percebi que ela não queria ter falado isso alto. Ju balançou a cabeça.

- Não é nada. Esquece.

- Fala logo Ju.

- Não é nada Louis. Que droga.

- Ficou irritadinha é?

- Não enche garoto. – Ela fechou a cara.

Cheguei mais perto dela e Ju me olhou.

- Que foi?

Não respondi, mas comecei a fazer cócegas nela.

- TOMLINSON! SEU FILHO DA MÃE! PARA COM ISSO!

Eu ria com a risada dela. Vai entender.

- ENTÃO PARA DE FICAR TRISTE!

Ju tentou recuperar o fôlego.

- Tá. Já parei. – Ela empurrou o meu braço.

- Ju, eu prometo que vai ser legal.

- Eu acredito em você Louis.

Agora era só esperar pra ver.