A Verdadeira História De Emma escrita por SeriesFanatic


Capítulo 22
O baile




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Enchanted Forest, 28 anos após o nascimento da princesa Emma.

Annabelle e Sebastian desceram de mãos dadas, no salão, diversos convidados e um lindo baile no melhor estilo medieval. Ela usava um vestido verde claro, que lhe ressaltava os olhos, enquanto ele usava traje azul marinho. Ao chegarem ao fim da escada, se separaram e ela foi encontrar Henry.

– E então, como se sente? – perguntou ao menino.

– Essa deveria ter sido minha vida? – ele perguntou meio sem jeito.

– Sim.

– Então estou com raiva.

– Henry, a Evil Queen, ela... ela gosta de você?

Ele deu de ombros.

– Acho que sim. Uma vez eu peguei uma gripe e estava muito mal, ela passou todos os dias ajoelhada aos pés da minha cama, chorando. Acho que ela gosta de mim sim.

– Não Henry, quem faz isso não gosta, ama.

Ele encarou a tia com uma expressão de dor e ao mesmo tempo, confuso.

– Alguma ideia sobre como Graham vai conseguir a alma dele de volta? – Sebastian disse puxando-a para longe do menino.

– Vovô disse que eu conseguiria. Assim que resolvermos isso, farei o impossível para cumprir minha promessa. – disse séria.

– E a filha do Chapeleiro?

– Não sei. Vovô disse que cuidaria disso.

Sebastian concordou levemente com a cabeça. Eles sabiam que Hook estava em algum lugar do palácio, mas não sabiam onde. Annabelle tentou passar a festa ao lado de Henry, afinal o menino estava meio em estado de choque com tudo o que estava acontecendo, mas Sebastian interrompeu dizendo que Emma já estava lá. Eles e Henry procuraram a moça que usava o vestido que Sebastian havia levado: um lindo e simples vestido branco, gracioso como um cisne. Vendo a ironia da história, Annabelle bateu em no primo, afinal, metade das mulheres estavam usando branco.

Terminaram encontrando Killian primeiro. Ele chorou quando conheceu Henry e abraçou o menino como se fosse seu próprio filho. Henry não fazia a mínima ideia de quem era Derek e Derek ainda estava enfiado em seu quarto tentando ficar sóbrio e entrar em suas vestes. Henry usava trajes vermelho sangue, parecia um lindo principezinho; já Hook usava roupas em tons frios, mas parecia um nobre ao invés de um pirata. Demorou para que os dois se recompusem e voltassem para o baile. Enquanto Annabelle e Sebastian continuavam procurando Emma.

– Então... você ama a minha mãe? – Henry perguntou inocentemente.

– Mais do que tudo. – os olhos de Killian brilharam.

Henry ficou encarando os avós paternos, fazendo um esforço imenso para não abraçá-los e acabar com o plano. A música estava alegre, o cheiro da comida dominava todos os cômodos do lugar e então a porta se abriu como se tivesse vida própria. Equem apareceu usando um vestido vermelho sangue e penteado como se fosse uma estrela do rock? Isso mesmo, Regininha Furacão.

– REGINA! – Snow gritou ao vê-la viva.

– Olá reino Swan! – ela disse na maior cara de pau. – Vim buscar meu filho!

James colocou a espada no pescoço dela e gritou:

– Onde está Emma?

– Morta, querido. Achou mesmo que eu ia manter aquela garotinha viva por todos esses anos?! Henry, querido, vamos está na hora de dormir.

– NÃO ME CHAME DE QUERIDO! – ele gritou, Killian segurava seu ombro para impedir que ele fizesse besteira. – NÃO SOU SEU FILHO!

– Henry... – Regina disse fingindo estar ofendida.

– Ele está certo, Regina! – Annabelle exclamou colocando-se ao lado de James.

– Annie, você cresceu! Diga-me, o quão duro foi matar sua própria irmã? – Regina disse fazendo biquinho.

– Minha irmã não está morta.

– Ah não? Então quem é essa aqui? – disse fazendo um movimento com as mãos e o cadáver da princesa entrou planando.

Todos gritaram de pânico. Baelfire jogou-se no chão chorando, sendo segurando por Belle e Jennevive. Derek, que havia aparecido na escada, tentou voar para cima dela, mas o Caçador e Pinóquio o impediram. Até Henry quis partir para briga, Hook o segurou, mesmo ele estando também querendo matá-la. Annabelle não fez menção a se mexer.

– Vejo que você não está surpresa, Annie. Deve ter visto sua irmã morrendo ou então foi você que a matou. Diga-me, qual é a sensação de matar alguém da família, nesse mundo, eu não tive o prazer de descobrir! – Regina gargalhou.

– Se quiser pegar o Henry, vai ter que me matar primeiro. – Annabelle disse com um nó na garganta.

– Não está nem um pouco chocada com a infeliz morte de sua irmã gêmea? Ou fez isso achando que ninguém ia descobrir e você a substituiria e finalmente casando com seu amor, o Sebastian?

– Diga a que veio Regina! Não estou com paciência para brincadeiras! – Annabelle gritou, imperativa.

– Vim pegar o meu filho! – Regina disse mudando a voz de sarcasmo para raiva. – Por acaso, como você descobriu sobre a existência dele?

– Nunca esqueça uma coisa, your majesty, quanto mais gerações com magia no sangue, mais poderosa é a família. Sou neta de Rumpelstiltskin, o que me faz ser mais poderosa do que ele e você juntos! – Annabelle grunhiu.

– Você não respondeu a minha pergunta, garota.

Annabelle levantou a sobrancelha e fez uma expressão um pouco parecida com a de Rumpelstiltskin quando está contando vantagem.

– Respondi sim, Regina. Se você fosse inteligente, entenderia! Mas já que não é então me deixe explicar. Eu sou muito poderosa e Henry também. Nós temos magia no mesmo patamar, o que faz com que, querendo ou não, tenhamos uma conexão telepática muito sem sentindo, mas que existe. Digamos que ele me mostrou o Lago dos Cisnes. E como eu não sou burra como você, eu segui a pista e o que encontro?

A cara de Regina ficou a mais diabólica e raivosa possível.

– Isso mesmo, Regininha, encontro meu sobrinho Henry. E quem eu encontro em forma de cisne? Isso mesmo, a princesa Emma.

Usem sua própria imaginação para imaginar a cara da Snow/James/Pinóquio/Caçador /todos no baile e etc.

– Vejo que você realmente não é tão burra quanto pensei, admito Annabelle, eu lhe subestimei. – Regina disse com muita raiva. – Não cometerei o mesmo erro agora!

– Jura? Porque eu acho que vai. Henry está aqui! A rainha Snow e o rei James e todos sabem que a princesa está viva. Todos sabem que o imbecil do meu irmão tem um filho. E não precisa ser um gênio para saber que você sabe mudar sua aparência. Aposto que você mudou sua aparência para ficar parecida comigo e matou minha irmã, mandando sinais claros para o meu avô ter uma das suas visões malucas do futuro. Fazendo-o achar que uma das gêmeas mataria a outra! Boa jogada Regina, eu tenho que admitir, mas você não contou com uma coisa.

– O QUE? – Regina gritou.

– O fato de que ao contrário da Emma, eu sou loira, mas não sou burra! Hook? – ela chamou.

Todos olharam para o rapaz que Annabelle apontou, ele ficou vermelho como sangue ao ver a atenção toda indo para ele.

– E? – Regina deu de ombros.

– Meu nome é Killian Jones. Sou o tenente do navio Joia do Reino, pertencente a rainha Snow White. – ele respondeu, a voz viril.

– E? – Regina disse perdida.

– E que ele é o verdadeiro amor da princesa Emma. – disse Annabelle.

– REGINA! – Emma apareceu perto da escada. Quase fazendo Derek ter uma taque cardíaco. Haviam lágrimas em seus olhos. Killian só faltou sair correndo em direção a ela assim como Snow e Charming. Usava um belíssimo vestido branco de seda, com detalhes azul pérola. – Estou aqui!

Novamente, deixo para suas lindas e brilhantes imaginações darem conta do recado e deixo para cada um imaginar a cara de todos no lugar ao verem que Emma estava viva.

– Emma... – Snow disse mal se aguentando.

– Regina, uma pergunta básica, esse seu showzinho de meia tigela é para que, hein? – Annabelle brincou. – Porque sinceramente, se quisesse você já podia ter nos matado.

– Não dá ideia! – Sebastian sussurrou.

Regina deu um de seus sorrisos maléficos e começou a agitar as mãos, o salão foi rodeado por fogo, mas não atingiu a estrutura do castelo, a intenção era só matar as pessoas, só isso.

– Já que eu não posso ter o meu final feliz, ninguém terá! – ela disse com cara de sociopata.

– ANNABELLE! FAÇA ALGUMA COISA! – Belle gritou, já que Rumple não estava ali.

– Aonde você quer chegar, Regina? Qual o motivo de tudo isso? – Annabelle gritou, sendo envolvida exclusivamente por uma quantidade maior de fogo.

– DANIEL! – Regina gritou.

– Isso tudo não é só por causa do Daniel! – Snow gritou. – Tem de haver outro motivo para tanto ódio!

As pessoas no local já estavam em pânico, Emma correu para abraçar aos pais e Henry, a família finalmente voltou a estar junta. Derek abraçou Baelfire com as últimas forças que ambos tinham. Sebastian tentou lutar contra o fogo para salvar Annabelle, ele não ia perdê-la outra vez. Hook encarou os Charmings se abraçando e não pareceu dá muita importância ao fogo, o importante era que Emma estava bem. Talvez não por muito tempo por causa do fogo... mas enfim. Todos no lugar, inclusive Red, se abraçaram com quem estava perto, sendo conhecido ou não. Parecia que o mundo ia acabar naquele momento (e ia mesmo). Tudo parecia estar em câmera lenta, nada mais importava, nem mesmo o pânico ao redor, nem mesmo o fogo. A única coisa que importava era ÁGUA!

– Sinto muito Annabelle, isso não tem haver com você, é tudo culpa da Snow. Mas você se meteu no caminho, assim como a Emma, então é o mínimo que eu posso fazer! – disse Regina.

Ela suspendeu o fogo e todos se acalmaram. Annabelle caiu no chão, Sebastian chorando ao seu leito. A família Charming mal se contendo.

– Henry, vamos, já passou da sua hora de dormir. – disse Regina. – E Emma, o sol já vai nascer, boa sorte ao voltar para o lago. Você vai ficar presa no corpo de um cisne para sempre! – Regina riu.

– Não vai não! – Annabelle disse levantando e parando de fingir que estava morta. – Lembra o que eu disse sobre ser mais poderosa que você e meu avô juntos Regininha? Então, eu esqueci de falar... eu controlo os quatro elementos! Fogo não me fere.

E dando uma de Percy Jackson, Annabelle fez sair uma roda de fogo de suas mãos e segurou a bruxa, que gritava de dor por estar sendo queimada.

– Não vou lhe matar Regina. Morte seria pouco para você. Vou lhe deixar viva, mas completamente desfigurada e nenhum feitiço no mundo será capaz de mudar isso. – ela disse aumentando a intensidade do fogo, fazendo Regina gritar apavorada.

Emma tampou os ouvidos de Henry, que a abraçava ferozmente, Snow também abraçava James com medo da cena de terror que Annabelle estava causando. Killian se colocou na frente de Emma e a abraçou, fazendo com que ela não visse a cena. Que no momento, era tudo o que ela precisava. Annabella parou de dar uma de LIKE A BOSS e Regina caiu no chão, quase sem respirar direito e ainda gemendo de tão agonizante que era a dor.

– Agora vê se aprende, ele não é seu filho! – Annabelle disse no ouvido da rainha.

Ela levantou e caminhou mancando até Sebastian, se ajoelhou para ficarem cara a cara e o beijou, sem se importar com nada. Eles terminaram se sentando no chão, já que ele havia machucado a perna. Regina reuniu um pouco das forças que lhe restavam e atirou um raio onde sua vista embaçada achava que era Annabelle, mas errou de loira. Em segundos, Regina desmaiou.

Com a movimentação, o raio pegou as costas de Hook, que estava na frente de Emma. Sangue saiu de sua boca e ele caiu no chão quase tremendo. James, involuntariamente, cobriu a vista de Henry. Emma sentou ao seu lado de seu amado e acariciou seu rosto, as lágrimas de seus olhos caíram sobre o rosto dele e com um movimento simples e gracioso, ela o beijou. Não com uma paixão furiosa, mas com a delicadeza do pouso de um cisne. Uma onda branca saiu do casal; o sol, que já aparecia, deixou claro para todos na festa que o dia havia amanhecido. Mas Henry, ao ver a luz, conseguiu driblar os braços do avô e se virou esperando ver um cisne.

Mas não aconteceu, não havia um cisne beijando o pirata e sim, uma princesa. Emma havia voltado a ser humana.


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