Foi ordenado, obrigado pelo seu Lorde a seguir ou possivelmente matar o famoso Harry Potter, o menino que sobreviveu, o filho do seu falecido amigo, mas em um vago momento quando seus pés travaram automaticamente, lembrou-se da divida com o garoto, da última vez que esteve com ele, de como ele se recusou a mata-lo

Mas também lembrou-se de seu pai, e de tudo que já tinha feito contra os Potter, Peter sabia e assumia ser um medroso de quinta, mas era medo de estar no lado perdedor, presava sua vida acima das outras, não merecia que aquele estúpido chapéu tivesse o colocado em uma casa tão prestigiada de alunos corajosos como a Grifinória.

No momento em que hesitou sua mão de ferro, aquela que foi cortada para fazer o Lorde das trevas voltar a vida, começou a se mover contra sua vontade, não tinha o que fazer “Traição” a voz ofidica veio em sua mente, matou traindo e morreu por trair, parecia ser o feitiço virando contra o feiticeiro

Sua mão apertou-se em seu pescoço o estrangulando, o ar escapava de seus pulmões, e tentativas inúteis de tirar aquela mão de seu pescoço, mas não foi possível, memórias vieram a sua mente de seus últimos anos, que o tratavam como um imprestável, um verme, sabia que não seria assim se ainda estivesse do outro lado, mas já era tarde demais, suas escolhas erradas não poderiam ser mudadas

Pontos vermelhos e amarelos começaram a aparecer em sua vista, seu corpo foi ao chão, suas veias imploravam por oxigênio mas com sua traqueia fechada nada poderia fazer, o desespero o dominava, ele fechou os olhos, a morte, enfim a morte.

Seus joelhos se dobraram e ele se levantou, olhou para si mesmo através de um espelho na sala da mansão dos Malfoy, e o que viu foi… Nada na verdade não o viu, abaixou o olhar para suas mãos e viu apenas uma prateada, não tinha a outra, apenas um toco de braço

Olhou pela sala e acompanhou apenas Bellatrix jogando um pequeno punhal em direção a um elfo e aos demais que o acompanhavam aparatando, Peter suspirou e olhou para o chão esperava algo ir o buscar, alguém uma luz ou algo do tipo. O pequeno e gorducho maroto andou até um canto da sala e se encolheu abraçando seus joelhos como pode algumas lágrimas escorriam por seu rosto, tudo lhe passava pela mente, tudo que não refletiu durante todos aquele meses

O culpava, mentalmente “Por que simplesmente não segui minha vida? Por que procurei os comensais? Poderia ter tido até uma pequena chance de conseguir Mary…” pensava consigo mesmo, e ao lembrar-se de Mary seu coração se apertou, como tinha saudades da garota… A única que o entendia, que o acompanhava, não ligava para sua aparencia, mas ela se foi assim que ele tomou a decisão errada, escapou de seus dedos como sabonete.

Sabia que nada o buscaria, seria obrigado a viver ali no mundo, o cruel mundo que o puniria por todos seus erros durante todos aqueles anos. E realmente nenhuma luz foi buscar Peter, não durante aquele tempo… Mas depois de uma ou duas semanas todos os marotos foram o buscar, sim todos depois da guerra se reuniram, vocês entenderam melhor depois da morte do último maroto

Mas enfim, assim foi a morte do terceiro maroto, Peter Pettigrew