Broken escrita por Lucy


Capítulo 2
Pequena excursão ao shopping e um plano idiota.


Notas iniciais do capítulo

E nesse capítulo aparece o Daisuke. ♥
Esse capítulo foi mais curto do que o outro, mas eles vão ser um pouco maiores do que isso normalmente. Talvez no sábado saia o capítulo 3...



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Sábado, dez e meia da manhã. Arakawa shopping. A criatividade do povo é tanta...

Voltando ao relato(?). Nós dois estávamos parados, na porta do shopping. A cara de pau dele era incrível: estava usando camisa, calça jeans, tênis, até os óculos escuros e corrente/anéis/pulseira – meus. Todos meus. O mais inacreditável era como tudo servia perfeitamente nele – ele é no mínimo uns 10 centímetros mais alto que eu.

– Pirralha – ele ajeitou os óculos. Porcaria, aquele cara tinha estilo. - Quanto você tem aí?

– Sei lá. Minha mãe é bem rica.

– E ela não tava na sua casa ontem? - levantou uma sobrancelha, deixando os óculos caírem um pouco.

– Não. Ela vive viajando, na verdade.

– Ah.

Foi a primeira vez que eu o vi sem palavras.

– Então eu também tenho que ser sua babá? - suspirou. Maldito... - Vamos então, pirralha.

– Meu nome é Maaya.

– Eh?

– Para de me chamar de pirralha, eu tenho nome, caramba. E nem sou tão pirralha assim, eu tenho 16.

– Tá então, Maaya. - grunhiu, apanhando minha mão e me puxando. - Você deve ter uma memória ótima, então vou me apresentar de novo, de um jeito mais próprio. Fica melhor assim?

– Fica.

Suspirou profundamente, fechando os olhos.

– Meu nome é Junichi. Sakamoto Junichi. 21 anos, em idade humana. Aniversário é 29 de março. 1.73m, 60kg, calço 42 e gosto de Mozart, Beethoven e Metallica. Tenho doutorado em ironia e em dar foras pela Universidade do Raio que lhe partiu. Você?

“Ele é um cara incrível, ao menos nesse aspecto”, pensei.

– Meu nome é Maaya. Okita Maaya. 16 anos. Aniversário, 4 de janeiro. … 1.62, 52kg... isso é realmente necessário?

– Sim.

… gosto de SID, nightmare e STARISH. Estou no segundo ano do ensino médio no colégio Arakawa.

Estendi minha mão pra ele. Junichi só apertou, mas não a soltou. Pelo contrário, entramos no shopping de mãos dadas. Parece que ele levou a sério a história de ser minha(?) babá.

Achei melhor comprar logo todo tipo de roupa pra ele. Nunca se sabe, né.

Pior que de longe, com sacolas de lojas e mãos dadas, parecíamos um casal de roqueiros que tinha ido as compras. Bizarro.

– Junichi, você tem mesmo que ficar segurando a minha mão?

– É também pra evitar que a marca brilhe muito. Como foi feita recentemente, brilha bastante. Olha pelo lado bom: se a luz acabar, já temos uma lanterna.

– … Você merece um tapa na cara.

– Esse sentimento é recíproco, pirralha.

Não dá pra dialogar com um cara assim. Ao menos já estávamos perto do meu oásis – a loja de mangás.

Saí correndo pra ver a vitrine quando alguém me chamou.

– Maaya-chan! - era a minha melhor amiga.

– Junko-chan! - corri até ela. - Achei seu livro ontem, lá na sala.

– Aaah, muito obrigada, Maaya-chan~ Agradeço mesmo. - ela sorriu. - Veio fazer compras?

– É... eu vim comprar umas coisas... enfim. Vou lá dentro e...

Um cara se aproximou dela. Tinha algo nele que lembrava um pouco o Junichi. Talvez pelo fato dele ser alto e moreno. Tinha cabelos negro também, mas eram curtos, e tinha uma franja que por pouco não caia nos olhos dele. Mas ele não tinha o mesmo ar de superioridade que “a minha babá” - ele ao menos transmitia uma aura mais... alegre, simpática, sei lá.

– Junko-chan, quem é? - perguntou.

– Ah, essa é uma amiga minha... Maaya-chan, esse é o Daisuke. Daisuke, essa é a… Enfim. - riu.

– Muito prazer. - ele assentiu com a cabeça, sorrindo. Ah, mas ele era muito fofo~. Será que estava namorando com a Junko...?

– Maaya-chan, a gente vai indo então. - sorriu. - Tá sozinha hoje?

– … Tô. - entrei na loja, acenando. - Tchau!

Assim que o casal foi embora, Junichi me seguiu, entrando na loja também. Eu estava na calma vendo uns volumes de Ouran que eu não tinha quando ele já veio do nada:

– Quem é aquela garota? E o guri que tava com ela?

É bom te ver de novo também.

– Minha amiga Junko. Foi ela que perdeu o livro que eu tava procurando. O garoto é amigo, ou namorado dela, sei lá. Por quê?

– Nada não. Vamos pra casa...?

– Sai, Sakamoto. Agora é hora das minhas compras. - carreguei a pilha com alguns títulos até o caixa.

Ele estava com uma expressão meio sombria, mas já me acostumei com a cara vazia dele.

– Maaya, vamos para casa. - ele ladrou (?), entredentes.

– Tá bom, tá bom.

Ainda tenho amor a vida.

Vai, o babá pode ser medonho quando quer.

– Maaya – antes era “pirralha”, agora ele tomou gosto por me chamar pelo nome?? - Eu vou pro colégio contigo.

– Como assim?? - quase pulei em cima dele.

– Vou disfarçado como professor. - falou, extremamente calmo.

Esse cara é tão cínico que dói, sério. E tem uma cara de pau incrível.

– … Boa sorte então.

Se ele vir com essas de novo, ignoro ele.


Naquela mesma noite, eu estava lá, na boa, usando o computador... Quando o maldito já veio.

– Maaya, como os professores do teu colégio se vestem? - ele analisava meu material escolar, quase rolando na cama.

– Com roupa de rua mesmo e um jaleco por cima.

– Posso ir com as suas roupas então?

Tá pedindo pra morrer, né?

– Não. Você tem roupas novas, vai com elas.

– Mas as suas roupas são mais confortáveis.

Sua cara vai ficar mais confortável depois de eu dar uns socos nela.

– Me deixa em paz, caramba. - suspirei.

– Ah, mas é tão legal te encher o saco. - ele jogou meu estojo para o lado, olhando para meu caderno de matemática.


E em meio a briguinhas idiotas, terminamos o fim de semana.

Na segunda-feira, teria que encarar mais um pesadelo – o apático iria pro colégio comigo.



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