Just A Complicated Girl escrita por MrsHenderson


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Novo capítulo. Espero que gostem, boa leitura.



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As aulas do dia foram normalmente chatas, e eu tive que aguentar Josh me zoando – quando ele vai parar eu não sei – sobre o episódio da manhã.

No final das aulas, Josh não pode me acompanhar até em casa como de costume, e Jenny mora do outro lado da cidade. Fui caminhando para casa, que era somente a três quadras da escola – o que significa que pode estar chovendo granizo que eu tenho que ir – e ao virar a esquina da minha rua, escutei uma voz que costumava habitar meus sonhos gritando:

- Pelo amor de Deus, Lucy! Você é muito infantil! Já está na hora de você crescer e entender que não é assim que se resolvem as coisas! Se alguém te magoa, irrita, ou qualquer outra coisa que não me interessa...

- Não te interessa, James? – ela o interrompeu gritando ainda mais alto. – Nós somos um casal! Tudo em relação a mim tem que te interessar! E aquelazinha da Masen se jogando pra cima de você! – quando a vadia pronunciou meu sobrenome e ainda me chamou de aquelazinha, senti a raiva subir e esquentar meu sangue. Me escondi atrás de uma árvore próxima para assistir o showzinho, e eu tinha impressão de que aquilo ia acabar bem – para mim.

- Não fale assim da Emily! E olha, não dá mais. Nós sempre namoramos por popularidade e outras questões idiotas, mas agora chega. Acabou! – disse James irritado e visivelmente aliviado saindo e deixando uma Lucy ali parada com cara de tacho.

Aquilo saíra melhor do que eu imaginava. A perfeitinha finalmente vai descer do trono, agora sem seu namorado. Gargalhei ali baixinho até que percebi que James vinha para onde eu estava, porém não havia me visto. Eu iria ficar ali, e depois de algum tempo que James passasse, eu seguiria meu caminho normalmente para casa. Mas, a sorte não estava do meu lado, como sempre, e uma abelha pousou no meu braço. Ah, qual o problema de uma abelha? Bom, eu sou alérgica a picadas dessa bichinha e se ela me picasse, eu incharia até ir parar rolando num hospital. Me movi e tentei empurrá-la para longe, mas não vi uma pedra no chão e tropecei fazendo um estardalhaço, e acabei indo ao chão rasgando a jaqueta de Josh e arranhando meu cotovelo, que começou a sangrar.

- Merda! Josh vai ficar uma fera, além de me zoar até a eternidade. – bufei.

- Você está bem? – perguntou James. Espera! James? Merda! Merda tripla! Levantei a cabeça e encarei seus olhos preocupados, e logo vi sua mão estendida para provavelmente me ajudar a levantar. – Emily? Você está bem? – ele repetiu. Devia estar me achando uma louca, primeiro por não lhe responder, e também por estar ali escondida e ter escutado sua briga com Lucy.

- Est... Estou! Perfeitamente bem! – eu disse e sorri amarelo. Estendi a mão do braço machucado para escorar em sua mão e me levantar, mas então senti uma forte pontada no bendito cotovelo. – Ai, merda! – exclamei.

James me levantou cuidadosamente e puxou meu braço esquerdo calmamente para examinar o ferimento. Puxei o braço de volta e coloquei a mão em cima para tapar o machucado.

- Não, Henderson. Eu estou indo para casa. A gente se vê. – murmurei e fui caminhando.

- Me chame de James, e bom, eu não vou deixar você ir assim para casa. Você nem deve saber fazer um curativo. Venha comigo até minha casa. – ele falou passando na minha frente e me encaranto com aqueles olhos mel perfeitamente lindos e pidões.

Nesse momento, alguém me empurrou e eu bati o cotovelo esquerdo de novo na calçada. Que porcaria! Levantei a cabeça e vi uma cabeleira loira marchando para longe de nós. Me levantei devagar, sentindo o dobro da dor. Que vadia essa porcaria de Montana.

- Vamos até a minha casa, ande. – James falou me puxando pelo pulso e me levando em direção a sua casa, que é a duas ruas da minha. – Deixe-me cuidar disso aí!

- Você fez um curso de primeiros socorros, foi? Eu posso fazer um curativo, é simples. – eu disse. Eu adorava sua preocupação comigo, e queria muito aceitar ir com ele, mas ia ser muito oferecida e desnecessária. – Além do mais, o que seus pais vão pensar? Que agora você sai catando garotas feridas na rua e levando para casa para brincar de médico? – eu falei irônica. E depois gargalhei alto em perceber o duplo sentido na frase, e James me acompanhou na risada.

- Pare de falar besteira, e vamos. Meus pais nem mesmo estão em casa. Viajaram e deixaram o querido filho sozinho! – ele fingiu tristeza.

Bom, não ia fazer mal eu aceitar um convite do garoto que eu amo, ia? Sim, idiota, ia! Eu nem sei por que ele está falando comigo e sendo cuidadoso! Deve ser só porque ele terminou com a Montana e agora precisa de alguém para brincar de médico. Humpf. Eu não sou tão fácil assim! Haha, mentira. Eu sou fácil até demais. Afinal, quando a esmola é muita... A GENTE APROVEITA!

Quando vi, já estávamos parados em frente a mansão Henderson, que tem dois andares de puro luxo e ainda deve ter uns seis quartos.

- Bom, já que já estamos aqui e eu não sei fazer nem uma porcaria de um curativo em mim mesma... – eu disse.

- Sim, sim. Bem-vinda de novo – sim, quando éramos amigos, eu costumava ir ali -, Emily. – ele disse abrindo a porta. Eu havia me esquecido de como ali era bonito – todos os cômodos rodeados de janelas de vidro blindex cobertas por cortinas marfins maravilhosas, tudo muito bem decorado pela Sra. Henderson – e fiquei admirando.

James me indicou um sofá de couro preto e disse que iria pegar a caixa com remédio e gase. Fiquei pensando em como o término do namoro deles poderia me ajudar a conquistar meu-futuro-marido-que-ainda-não-sabe-que-será.

- Você precisa tirar a jaqueta... Não vai dar para preparar o curativo só pelo rasgado, e se for puxar vai raspar e doer mais... – ele disse voltando e selecionando os preparativos.

- Hm, acho melhor não. Eu... Eu só estou de sutiã por baixo. – murmurei e corei. CARA, EU TENHO QUE PARAR DE CORAR! E bendito refrigerante de uva que manchou minha blusa. Bendito.

- Ah. – ele murmurou. Inspirou e expirou. – Eu já vi muitas garotas só de sutiã, e outras até sem. Não acho que seja um problema. – ele falou com um sorriso sacana.

- Er... Eu não acho que seja uma boa ideia. – falei olhando para baixo e com uma pontada de raiva pelo fato que ele fez questão de contar.

No final, James me emprestou uma camiseta dele. James fez todo o curativo direitinho – que futuro-marido-que-ainda-não-sabe-que-é mais lindo eu tenho – e estávamos sentados no sofá nos encarando. Eu continuava com a camisa de James e iria com ela para a casa e a entregaria na escola amanhã para ele.

Eu estava pensando em como o dia estava sendo estranho. James não costumava falar comigo. James muito menos se preocupava comigo. O que quer que tenha acontecido com ele para me notar, eu esperava que isso não acabasse da última vez. Então, escutei James me chamando e passando a mão perto do meu rosto.

- Emilly? Está no mundo da Lua? Ou só não quer me responder? – ele perguntou e deu uma risadinha fraca no final.

- Ãhn? Você perguntou algo? Desculpa. O que foi?

Ele me olhou meio confuso, e então fez uma pergunta um tanto estranha.

- Você e o Monroe? Estão juntos desde quando? – ele perguntou e corou. Sim. James Henderson corou. Tem algo muito errado aí.

Quando me dei conta do que ouvi, explodi numa gargalhada. Porém, fui interrompida por uma cabeleira loira que passou pela porta. Montana. Quando me notou ali, soltou um berro que me fez pular de susto, o que me aproximou de James ali sentado e estático. Cara, a vadiazinha tinha potência nos berros!

- O quê ela está fazendo aqui? – ela perguntou olhando para mim com nojo. Uh. Sinto cheiro de vadia.

- Não é da sua conta, biscate. – respondi. Porém, logo me arrependi. E se James quisesse dar uma satisfação a ela ou algo do tipo?

- Eu não falei com você, querida Mortiça Adams. – ela olhou para mim com desdém. E eu retribuí. Humpf. Mortiça Adams... Vê se pode.

- Resposta pra idiota eu dou de graça, pomponzinha. – provoquei. Pomponzinha era como sua mãe lhe chamava. A Sra. Montana sempre fazia isso na frente de todos.

- Olha só, você não me enche o saco não! – ela falou e já estava vindo na minha direção quando James entrou na frente. – Defendendo a dragãozinho, Jay? – ela colocou a mão no rosto dele. Eu quase espumei de raiva.

- Vai embora, Lucy! Chega! Não lhe devo satisfação de nada. – quando ela começou a protestar, ele acrescentou. – Vai! Não volta. Só vai, e não aparece mais na minha frente.

- Uma pena que você tenha mexido comigo, Mortiça. Saiba arcar com as consequências. – ela disse friamente e foi embora. Porra, que aprendiz de Barbie chata!

Ficou um clima desagradável ali, e James por fim quebrou o silêncio.

- Me desculpe por ela. É muito mimada. E inconveniente.

- Tudo bem, estou acostumada. – E me levantei. – Preciso ir, Henderson. Obrigada pelo curativo. Te entrego a blusa amanhã. – fui em direção a porta e girei a maçaneta. Então, senti sua mão seurando a minha, e me virei. Milhões de arrepios percorreram meu corpo.

- Fique. – ele disse. – Vamos conversar um pouco, repassar as novidades. – ele falou tentando soar descontraído, porém estava tenso como eu. O que eu não compreendia por quê. Tudo que eu queria era ficar, mas não é assim que funciona.

- Eu realmente não posos, James. Tchau. Até amanhã. – então, peguei minhas coisas e saí de lá e não olhei para trás. Me sentia leve, e ao mesmo tempo pesada.

Ao chegar em casa, minha mãe estava no sofá assistindo a um programa de culinária na TV. Olhei no meu relógio de pulso e vi que já eram 18h30. Minha mãe saía do trabalho às 18h, e eu da escola às 17h – sim, eu ficava lá das 8h às 17h.

- Oi, filha. Tem lasanha de micro-ondas na geladeira. – minha mãe falou gentilmente. Mesmo que nós não fôssemos tão unidas, ela sempre era atenciosa e se esforçava para ficar presente depois de tudo que eu passei. – Chegou mais tarde hoje, não? – ela perguntou distraída enquanto eu esquentava a lasanha. O micro-ondas apitou e eu coloquei a lasanha no prato e comecei a comer.

- É. Uns imprevistos. – falei. Não era mentira. Só não tinha necessidade de eu explicar tudo. Porém, ela sabia da minha “paixão” por James.

- Tudo bem. Vou tomar um banho. – ela desligou a TV e subiu para seu quarto.

Terminei de comer e liguei para Josh. Ele atendeu no terceiro toque.

- Fala, refri de uva – ele riu. – Já está com saudade? – ele perguntou, sempre divertido. Uma das coisas que eu mais amo nele: não tem como ficar triste com sua presença.

- Haha. Muito engraçado. Mas aqui, preciso da sua ajuda. – falei.

- O que você quer? – perguntou. – Estou a disposição.

- O que eu quero? Eu quero James Henderson.



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Notas finais do capítulo

Eaí? Mandem reviews com suas opiniões, por favor. Esse capítulo foi mais pra terem uma noção do que vai acontecer daí pra frente. Não sei quando vou postar o próximo, mas vou tentar o mais rápido possível. Bye bye.



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