Marcas do Passado escrita por Clara Gazza


Capítulo 3
Jantar - Parte I


Notas iniciais do capítulo

Hey Girls!
Como estão??
Bom... queria dar BOAS VINDAS as leitoras, e fazer agradecimentos especiais a: Nane, lana_blackwater, Gladis Conceiçao, 1Lele1 e Thatah Soulja Girl, que comentaram no capítulo passado.
OBRIGADA LINDAS! Vcs são demais... já respondi todinhos, oks!
PS.: PASSEM NA MINHA FIC JAKE/ORIGINAL PÓS BREAKING DAWN: https://www.fanfiction.com.br/historia/125054/Especies



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#Capítulo 3 - Jantar | Parte I #



 

Leah POV'


Quando sai do colégio, procurei logo uma loja de conveniência onde pudesse comprar bebida. Queria encher a cara e queria rápido. A melhor opção? Vodka. É a mais forte, e a que eu sempre bebo quando quero ficar embriagada rápido.


 

Por que eu queria ficar embriagada?


 

Simples... só enchendo a cara pra suportar essa cidade chata e tudo o que tem nela. Se ao menos eu conhecesse algum cara...


 

Depois que comprei a bebida, fui pro cemitério de Forks. Não foi difícil de achar. Afinal de contas, essa cidade é um ovo. Fui pro cemitério, porque é um lugar calmo onde quase ninguém aparece. Lá eu poderia escrever com mais tranqüilidade, sem ter que ficar olhando para os lados pra ter certeza de que não tinha ninguém bisbilhotando.


 

Sentei-me num túmulo qualquer, peguei meu diário e minha garrafa. Comecei então a beber e a escrever.




Maldito Diário,



Hoje falei que ia tentar ser simpática e menos grosseira com as pessoas.

Mas quer saber?


 

Ser legal é um saco! Isso é um porre! Ser boazinha e toda cheia de sorrisos são um verdadeiro tédio. Isso é muito chato. E oficialmente, decidi voltar a ser eu mesma. Decidi voltar a minha velha vida de que se foda o mundo. Isso é muito mais interessante do que bancar a pobre menina triste e gentil.



Sem contar à raiva que me dá quando eu tenho que me segurar, quando na verdade a minha vontade é de chutar as bolas de alguém. E aquelas garotas da FHS? Ficaram me olhando de rabo de olho, cochichando e espiando...



 

AAAAAAHHHHHHHHHHH!



Se eu não tivesse prometido tentar ser amigável... a essas horas elas estariam numa sala fazendo cirurgia plástica pra concertar todo o estrago que eu faria naqueles rostos nojentos de vadia de beira estrada.




Bom... amanhã eu vou a forra! Já que eu não fiz hoje o que queria fazer com aquelas vagabundas, amanhã, se elas me olharam torto, não vou poupar a minha mão na cara delas.



 

Aquele colégio é uma lixeira, e tudo que nele há é lixo. Tudo não... posso tirar duas pessoas. Pelo menos por enquanto. Alice e aquele moreno que impediu que eu batesse naquela ruiva. Não sei o nome dele, mas tenho certeza que não vou demorar a descobrir.


 

Ele é um gato!


 

Alto, moreno, musculoso, traços marcantes, voz rouca... hum... o tipo de homem que me faz enlouquecer (e que adoro enlouquecer também).


 

Agora a Alice... o jeito dela... o modo empolgante de falar... tudo me faz lembrar a ela.


 

Por que? Por que tinham que se parecer tanto? Pra me atormentar? Pra trazer à tona as lembranças que adoraria esquecer? Por que não param de me seguir? Por que não deixam meu passado morrer? Por que não me deixam em paz?


 

Será que ninguém percebe que meu passado já me deixou marcas demais? Será que ninguém se dá conta disso?



Dói só de olhar pras feridas, por que então ainda querem tocar?



Maldito Diário,



te odeio mais hoje do que ontem, porque ontem, dividi com você as dores das minhas feridas, e hoje só o que posso dizer, é que as feridas estão sangrando, e isso dói infinitamente mais.


 

Bom... agora que eu já desabafei um pouco com você, vou pra casa, já estou bêbada mesmo. Não pulei do penhasco como tinha dito a Alice, mas comprei a vodka. Já está de bom tamanho.

Até mais!


–-°--


 

Fechei o diário e coloquei dentro da minha mochila. Peguei minha garrafa, que estava quase vazia, e entrei para o meu carro.


 

Dirigi a toda até em casa. Apesar da chuva fina que molhava a estrada e o fato de eu estar bêbada, não me preocupei com a velocidade em que estava correndo, sempre fui ótima motorista mesmo.


 

Cheguei em casa, estacionei de qualquer jeito e entrei. Apesar de estar bêbada, já que acabei com o líquido das duas garrafas, eu parecia estar sóbria. Depois de tantos anos bebendo assim, o álcool já nem tem o mesmo efeito sobre mim.


 

Entrei em casa e Sue veio ao meu encontro.


 

__Por onde você esteve menina? -perguntou levemente preocupada. Qual é? Já sou grande e sei me cuidar. __Já está quase anoitecendo.


 

__Pra que fingir preocupação Sue? Você nunca se importou.


 

__Sempre me importei com você! – gargalhei do que ela falou.


 

__Você não se preocupou comigo quando eu era criança, por que se preocuparia agora? Justamente agora que eu não preciso de você? E além de não precisar, eu não te quero na minha vida. Sinceramente não entendo o que você ainda está fazendo aqui se já te expulsei várias vezes da minha casa.


 

__Estou aqui pra cuidar de você.


 

__Dispenso seus cuidados. Sempre cuidei de mim sozinha. Desde pequena.


 

__Não vou dar idéia pro que está falando. Está bêbada!


 

__Posso estar bêbada, mas estou consciente de tudo o que falo, e da veracidade de todas as minhas palavras. -suspirou pesadamente.


 

__Por favor, Leah. Pare com isso. – os olhos ficaram marejados. __Sou sua mãe. Não pode me tratar assim. – deixou suas lágrimas nojentas escaparem de seus olhos. Acham mesmo que essas lágrimas falsas causam algum efeito sobre mim? Até parece!


 

__Poupe-me da sua choradeira, sua idiota. Suas lágrimas não valem nada pra mim. – passei rápido por ela em direção a escada, mas ainda assim consegui ouvi-la chorar mais alto ainda.


 

MORRA!


 

Subi pro meu quarto, e tomei um banho não muito demorado. Quando sai, vesti apenas uma lingerie preta e um blusão social por cima. Desci e fui pra cozinha, ainda não tinha comido hoje. Preparei uma salada de frutas e suco natural. Comi tudo e depois subi. Abri o frigobar pra pegar tequila. Bebida dos deuses! Fui pra sacada, e sentei-me ali junto com a tequila.






Jake POV'



Estava ansioso pra conhecer a namorada do meu pai. Na verdade, estava ansioso pra ir a esse jantar. Nem consigo acreditar que Leah Clearwater, a garota que me fez parar de respirar hoje, é a filha da nova namorada do meu pai.


 

Eu tirei na sorte grande hoje né?! Vou passar a noite ao lado dela.


 

Não levem pro buraco da maldade. Quando eu digo passar a noite, quero dizer no jantar, bando de mentes podres!


 

Ajudei meu pai a arrumar uma roupa que o deixasse elegante porém jovial, e depois fui me arrumar. Tomei um banho demorado e relaxante, depois sai do banheiro e fui procurar uma roupa bem despojada pra mim. Queria impressionar Leah Clearwater. Não que eu precisasse de muita coisa pra impressionar uma mulher, mas é que ela... nossa! Parece ser tão diferente de todas as outras. O olhar dela tem um tom de... mistério. Quando a olho, é como se estivesse vendo a mulher gato do filme do Batman: gostosa, mas letal.


 

Comparação estranha né?! Eu sei... mas é isso que parece.


Optei por usar uma calça jeans escura, uma camisa preta, um tênis branco e uma jaqueta de couro também preta. Penteei meus cabelos de um jeito arrepiado e me perfumei bastante. Se tiver uma coisa que aprendi sobre as mulheres é: elas gostam de homens cheirosos.



 

FATO!


 

Terminei de me vestir e desci as escadas. Fui pra sala, mas não tinha ninguém.



 

__PAI? JÁ ESTOU PRONTO. ESTOU SÓ ESPERANDO VOCÊ. – gritei pra ele poder me ouvir no andar de cima.


 

__JÁ ESTOU INDO. - gritou de volta. Sentei-me no sofá, e esperei ele descer.


 

Não demorou muito e ele apareceu. Vestido com as roupas que escolhi e com um sorriso abobalhado brincando em seus lábios.


 

__Essa dama misteriosa deve ser um arraso pra você estar desse jeito. – comentei sorrindo enquanto me levantava.


 

__Você não faz idéia do quanto ela é maravilhosa.


 

__Oks Mr. Love. Vamos logo que quero conhecê-la.


 

__Quer conhecer minha namorada ou quer conhecer a filha dela? – olhei pra ele pensativo.


 

__Os dois. -respondi sorrindo. __Ainda não descobri qual dos dois quero mais. -falei enquanto entrávamos no meu Aston Martin.



 

Fomos o caminho todo conversando sobre amenidades e brincando muito. Meu pai e eu sempre fomos muito amigos. O fato de eu não ter mãe tornava nossa relação ainda mais intensa. Quero dizer... eu tenho mãe, mas não a considero como minha mãe. Ela abandonou a nós dois quando eu tinha apenas 8 anos de idade. E uma mulher que abandona seu próprio filho sem motivo aparente, não pode ser chamada de mãe. Pelo menos a meu ver.



 

Meu pai foi me indicando por onde seguir, já que ele conhecia o caminho. Ele já havia ido a casa dela, mas ele me disse que Leah não estava presente na hora. A casa dela ficava afastada da cidade. Era em uma área montanhosa. Perguntei a meu pai quem havia tido a idéia de morar no meio do nada, e ele me contou que havia sido da Leah. Não acreditei muito nisso. Que garota, gostosa daquele jeito ia querer morar no meio do mato, longe de tudo? Nenhuma né...



 

Apesar delas morarem num lugar onde só tinha árvores em volta, a casa era simplesmente perfeita. Grande e muito linda. Dois andares, a frente toda feita em pedra, muitas janelas... Rústico, porém muito bonitos. Nem preciso dizer que adorei né?!


 

Saímos do carro, subimos os poucos degraus da frente da casa, e meu pai tocou a campainha. Esperamos por cerca de dois minutos, eu uma mulher muito bonita abriu a porta sorridente. Ela devia ter 1,65 no máximo, longos cabelos pretos, olhos castanhos e puxadinhos, lábios fartos, um sorriso encantador e traços marcantes... linda! Mas não se parecia muito com Leah.


 

Meu pai se deu bem hein... kkk


 

__Oi amor! -meu pai a cumprimentou assim que ela abriu a porta. Aproximou-se dela e lhe beijou, me ignorando totalmente.


 

__Entrem, por favor. - a namorada do meu pai falou. Entramos e fomos pra sala de estar, no caminho pra lá, fui reparando na casa, muito linda. Quando chegamos à sala, vi uma escada que levava ao segundo andar. Leah deve estar por lá, já que ainda não a vi por aqui.


 

__Sue, querida... esse é meu filho Jacob. Jake, essa é minha dama misteriosa, Sue. - falou sorrindo.


 

Sorri pra mulher. Ela parecia ser bem legal, e fazia meu pai feliz.


 

__É um grande prazer finalmente conhecê-la Sue. Meu pai tem falado um bocado de você nos últimos tempos... queria muito conhecer o motivo de tanta felicidade e cantoria pela casa... – falei brincalhão e ele me deu um leve tapa na nuca. Ri com isso.


 

__É um prazer conhecê-lo também querido. -aproximou-se e me deu um beijo no rosto e um abraço. __Seu pai falou muito sobre você também. -sorriu e foi para o lado do meu pai enquanto nos sentávamos no sofá. Sentei-me no que ficava de costas pra escada, e meu pai e Sue de frente pra mim.


 

__Amor, onde está sua filha. Quero conhecê-la, e Jacob também. -olhou pra mim e piscou. Mas reparei que Sue ficou tensa com a pergunta.


 

__E-ela... na-não está se... se sentindo bem. -sorriu sem humor engolindo em seco. __Preferiu ficar de repouso! - por que me parecia que ela estava mentindo?


 

Aí tem!



 

Leah POV'


Fiquei por sei lá quanto tempo na sacada bebendo e ouvindo música, mas teve uma hora, que ouvi vozes lá embaixo. Vozes masculinas e que eu não conhecia. Apesar de eu estar pra lá de bêbada e só com uma blusão por cima da lingerie, iria descer assim mesmo.




 

Mesmo estando um pouco zonza, consegui descer os degraus sem tropeçar ou rolar por eles. Quando estava nos últimos degraus, vi aquele garoto gostoso da escola, o moreno cheio de músculos e um homem que estava junto de Sue, o qual eu desconhecia. Quando cheguei ao último degrau, ouvi o homem perguntando por mim, então parei ali pra ouvir a resposta de Sue.



 

__E-ela... na-não está se... se sentindo bem.–deu um sorriso sem graça. __Preferiu ficar de repouso!– sorriu mais uma vez, só que agora ela estava se achando genial por estar falando asneiras para os caras. Só que eu ia acabar com a graça dela... ahh se ia.


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Notas finais do capítulo

Reviews? Recomendações?
O.o
O que acharam da Leah bêbada?
E o que vcs acham que ela vai fazer pra acabar com a graça da Sue?
Aguardando os comentários de vcs hein...



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