Ela deu mais um passo para trás e sentiu-se encostar na parede. Estava acabado. A qualquer momento a Hidra iria lhe cuspir uma rajada de fogo e ela morreria. A criatura a farejou e virou duas de suas cabeças em sua direção. Por que ela não trouxe seu boné da invisibilidade? É claro que foi por orgulho. Era por isso que o hubris era seu defeito mortal. E ela de fato morreria por causa dele.Agora a do meio, que cospe fogo também começou a se mover em sua direção. Então se ela lutasse ou seria partida em vários pedaços pelas presas, ou esmagada pelas patas, ou viraria churrasco. Perfeito. Tirou sua faca. Não importava que fosse morrer. Se caísse, quando caísse, cairia lutando.Uma das cabeças se moveu para mais perto dela, e a vontade de atacar, cortá-la fora, foi muito grande. Mas ela não era burra. Sabia que isso só pioraria sua situação. Pense, pense. Ela precisava de um plano.Ela havia parado naquelas ruínas porque acho a forma interessante. Mas eram ruínas. Ela precisava entrar. Ficar acuada em uma das paredes laterais não lhe era útil. Começou a se mover muito lentamente para a esquerda. Para aquele lado havia uma passagem. A hidra apenas continuou acompanhando-a com os olhos. Mas monstros não foram criados para ser inteligentes, então... Por que essa maldita parede tem que ser tão grande?!Finalmente, finalmente ela conseguiu entrar. E assim como esperava, a hidra deu um urro de raiva. O que ela não esperava e enm planejara foi que, ao invés de tentar segui-la,o monstro tentava agora derrubar as ruínas para esmagá-la. A hidra simplesmente havia roubado seu plano!Começou a correr. Entrava em todas as portas que encontrava. Tinha que haver outra saída. Entrou em um quarto sem saída. Xingou alto e voltou correndo, escolhendo outro caminho. Que som era aquele? Desmoronamento. A hidra já havia começado a derrubar a casa. Entrou em pânico. Pense, pense.Corria cada vez mais depressa. E as paredes estremeciam, ameaçando cair sobre ela. O suor escorria de sua testa e o martelar de seu coração quase conseguia abafar o som das ruínas caindo. Quase.Ela corria, e parecia que a casa velha aumentava a cada passo que ela dava, e as portas se multiplicavam, embora nenhuma delas fosse uma saída. Um estrondo. Mais uma ala da casa havia caído. Ela correu para o lado oposto. Então a parede em frente a ela começou a tombar em sua direção; ela se virou e tentou fugir, mas a parede de trás começou a cair também. A única porta que havia fora soterrada. Como era possível? ainda a pouco haviam tantas portas!quando ela ia ser esmagada, ouviu uma voz. Não uma voz. A voz que ela sempre ouvia quando mais precisava.-Annabeth!Ela abriu os olhos, sentando-se na cama, coberta de suor e com uma expressão confusa e assustada. Olhou para Percy, sentado ao seu lado, depois de acordá-la.- Ei, foi só um pesadelo. Está tudo bem.Ele antão a abraçou. Sim, estava tudo bem.FIM