Filhos De Hades escrita por Ice Queen


Capítulo 1
Capítulo 1 - Em Casa


Notas iniciais do capítulo

pessoal, essa fic será bem longa, e eu estou adorando escrevê-la. Já tenho vários capítulos escritos, e postarei quando houverem leitores e reviews, então, quem ler e gostar, comente!! Posta com frequência,e postarei mais rápido ainda se houverem pessoas lendo!!
Espero que vocês gostem!!



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Katherine ouviu a porta da frente bater. Klaus. O irmão provavelmente havia brigado na escola de novo. Ela suspirou. Foi até o quarto dele e bateu.

— O que foi? — Ele perguntou, com a voz abafada.

— Sou eu, me deixe entrar. — Ela pediu, apreensiva com o que teria acontecido.

— Está aberta.

A moça empurrou a porta e se deparou com o irmão do meio deitado de bruços, com o rosto enterrado no travesseiro. Ela se sentou na beira da cama dele.

— O que houve dessa vez?

Ele se mexeu, ficando deitado de lado, de frente pra ela. Olhou-a com seus olhos negros e respondeu o que ela imaginou.

— Briga.

— Quem apanhou?

Ele apenas revirou os olhos, mas deu um leve sorriso. Katherine apenas balançou a cabeça, também sorrindo. Levantou-se e começou a sair.

— Kathi, eu... Sinto muito. — Ela se virou pra ele com uma expressão compreensiva.

— Tudo bem. — E saiu.

Quando passava pelo corredor viu um vulto de cabelos pretos passar correndo e entrar no último quarto. O que era, agora?

— Kallisto? Está tudo bem?

A irmã caçula então saiu do quarto com um sorriso angelical no rosto.

— Tudo!

Katherine franziu o cenho. A resposta não a havia convencido.

— O que você está aprontando?

— Eu? Nada! — Kallisto respondeu, parecendo ofendida, antes de voltar a fechar a porta do quarto.

Ela resolveu deixar pra lá, e voltou para a cozinha, para terminar de preparar o almoço.

            Quando os três estavam sentados para almoçar, Kallisto estava com uma expressão de grande contentamento, o que fez Katherine ficar desconfiada. Reparou em seus dois irmãos, tão parecidos, com os mesmo olhos negros, os mesmos cabelos escuros e levemente cacheados, a mesma pele clara, mas também tão diferentes.

Klaus era estourado, mas também fechado, intimidador, e a maioria das pessoas não se sentia compelida a se aproximar, com uma fachada como a dele. Já Kallisto, por outro lado, tinha um rostinho perfeitamente inocente, que fazia com que as pessoas se aproximassem, se abrissem, mas Katherine sabia que para os de fora isso era um erro. Diferente de seu irmão, que apesar da aparência era uma pessoa excelente, depois que você conseguia atravessar a muralha, Kallisto podia ser má quando queria. Na maior parte do tempo era tão angelical quanto aparentava, mas se tivesse um capricho e não fosse atendida ou algo do tipo, Katherine preferia não pensar muito nisso. Mas ela era compreensiva com os dois. Sabia que era difícil para eles serem filhos de um deus. Ainda mais do deus dos mortos.

Que irônico que o deus dos mortos se ressentisse com a morte. Era assim que Katherine via o pai: como um homem que nunca aceitou a morte da mãe dos três. Já faziam três meses que Hades não aparecia, e as coisas começavam a ficar estranhas de novo. Ela sabia que seus irmãos sentiam falta de alguém em quem eles pudessem confiar realmente. Ela tentava suprir essa necessidade, mas tinha consciência de que uma garota de 19 anos não era a mesma coisa que um pai e uma mãe. Já fazim 13 anos que eles moravam em Bar Harbor, Maine, e 11 da morte horrível de sua mãe.

            Mas ela tinha que admitir que as coisas haviam melhorado, depois que ela fez dezoito anos. Falou com o pai e este arranjou uma boa casa na mesma cidade, assim os dois menores puderam continuar na escola, mesmo não morando mais nela. É claro que haviam pequenas coisas, como as brigas de Klaus. Ou as "brincadeiras" de Kallisto. Mas não eram coisas preocupantes. Ou talvez ela fosse apenas negligente e tolerante demais.

Tentava protegê-los. Tanto que quis que os dois tivessem uma vida o mais normal possível.

                Colocou-os numa escola para humanos, incentivou-os a fazer amizades, a conviver. E ela também tentou fazer o mesmo. Mas não era fácil. Monstros não eram problemas. Pelo menos não na casa; Hades havia lançado um encanto sobre o lugar que os repelia. Não. O problema eram as pessoas. Como os seres humanos podiam ser cruéis. E a lembrança da morte da mãe voltou, apenas para ser banida rapidamente.

— Como foi o dia de vocês?

— O meu foi ótimo. — Respondeu rapidamente Kallisto. — Nossa professora troxe música pra aula e nosso outro professor fez leitura. Muito bom.

— O meu estava ótimo, até aquele idiota do Fletcheler vir me encher o saco. Aí eu dei um soco nele, fui pra diretoria e acabou a graça. — Klaus disse, amargo.

— Você não fala pra diretora das provocações que os outros garotos te fazem? —- Perguntou Kallisto ao irmão mais velho.

— No começo eu contava, você sabe. Mas, depois que eu percebi que não adiantava nada, parei.

— Klaus, você se lembra do que nós conversamos? De como ajudaria se voc...

— Eu sei, Kathi. Eu fiz do jeito que você sugeriu. Não retruquei. Levantei e sai de perto. Tentei ignorar. Mas aquele infeliz  veio atrás de mim. E ainda por cima me chamou de covarde, disse que eu estava fugindo.

— Tecnicamente, você estava. — Kallisto comentou baixo, e Kathi interviu antes que Klaus resolvesse revidar:

— Entendo. E o que a diretora falou?

— O de sempre. Aquela mosca morta não tem imaginação.

                Katherine franziu o cenho para Klaus, e depois lançou um olhar repreensivo para Kallisto, que estava dando risada do comentário do irmão sobre a diretora.

— Hoje aconteceu um negócio esquisito. — Kallisto disse. — Chegou um professor novo que parece ser bem legal.

— O que tem de esquisito nisso? — Perguntou a mais velha, confusa. Kallisto revirou os olhos.

— Kathi, acorda. Desde quando existe professor legal naquela escola? Ainda mais legal com a gente?

— Mas ele foi legal como? — Katherine perguntou, ainda achando que era apenas imaginação de Kallisto.

— Ah! Ele deu atenção, e não ficou com cara de entediado quando eu pedi pra ele me explicar a lição de novo. — Kallisto explicou.

            Kathi ficou pensando. Talvez fosse uma boa ideia ela fazer uma visita à escola. Para falar com a diretora sobre a briga, pode ser a desculpa.

— Que foi, Kathi? Por que você ficou pensativa de repente? — Perguntou Klaus.

— Nada. — Ela respondeu com um sorriso.

            Ele ergueu as sobrancelhas, mas não comentou. Era por isso que os dois se davam tão bem. Eles se compreendiam. Klaus respeitava seus momentos. Dos dois irmãos, ela sabia que Klaus era o que mais a considerava realmente uma irmã com que ele podia contar.

Depois que terminaram de comer, cada um foi fazer algo em seus quartos. Antes de ir para o próprio, Kathi foi lavar a louça, ainda pensando nesse tal professor simpático. O que será que ele queria? O que será que ele era?


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