Acordei com o telefone que ficava no meu quarto tocando. Era Harry.

– Ele está bem? - perguntei imediatamente

– Não. - disse ele - Mas está vivo e melhorando. Deu tempo de garantir que ele não morra.

– Graças a você. - eu disse

– É, mais ou menos. - disse ele e eu pude ouvir que ele estava sorrindo

– Você vai visitá-lo às duas horas junto com a gente? - perguntou ele. - Quer que eu passe ai para te pegar?

Olhei para a porta do meu quarto e Draco estava parado no batente, sorrindo.

– Hm, eu tenho uma coisa para fazer mas você pode passar aqui para pegar Mione?

– Ela não foi esquiar ou algo assim? - perguntou ele

– Não, ela ficou aqui. - eu disse - Por causa do que aconteceu.

– Eu pego ela sim. - disse ele

– Eu encontro vocês lá. Qualquer coisa, liga aqui para casa. - eu disse - A propósito, tem telefone aí no Largo Grimmauld?

– Não, eu estou numa cabine. - disse ele

– Como você achou meu número. - perguntei

– Eu sei de cor. - disse ele rapidamente

– Hm, eu tenho que desligar, ok? - eu disse

– Tudo bem. - disse ele

– Tchau - eu sussurei

Desliguei o telefone e sorri.

– O que você está fazendo aqui? - sorri

– É tão difícil assim de imaginar? - perguntou ele - E, se eu fosse você, ficaria feliz. Eu tive que pedir pro Professor Dumbledore seu endereço.

Lembrei de algo que eu escutei saindo da boca de Draco no segundo ano.

"Segundo ele, disse Draco, Dumbledore é a pior coisa que existe em Hogwarts."

– Obrigada por fazer isso por mim. - eu disse

Me levantei para ir até ele e Draco riu. Eu estava de pijama. Revirei os olhos e virei para o meu armário para pegar uma roupa mas ele correu e me impediu.

– Não tem problema. - disse ele já com os lábios próximos aos meus.

Beijei ele e ouvi um resmungo vindo da porta do meu quarto.

– Malfoy. - disse Mione

– Granger - bufou Draco

– Mione, Harry vem te buscar antes das duas para ir para o hospital. - eu disse - Eu preciso me trocar mas não vou deixar vocês dois no mesmo lugar. Mione, você pode descer e ficar um pouco com a minha mãe?

– Claro - bufou ela

– Obrigada - sorri ignorando seu mau-humor.

– E você está proibida de voltar e bater na cara dele outra vez. - eu disse

Ela saiu emburrada e eu sorri para Draco.

– Espera um pouquinho? - perguntei - Sem causar confusão?

– Claro. - disse ele

Peguei minha roupa e me troquei rapidamente no banheiro. Quando voltai para o meu quarto, Draco estava sentado na cama.

– Foi rápida. - disse ele

– Não confio em vocês dois juntos na mesma casa. - sorri

– Que honra. - disse ele

Sentei no colo dele e o beijei. Ele retribuiu com vontade e me puxou para perto.

– Hem, hem. - ouvi Mione dizer - Desculpa atrapalhar o que vocês estão fazendo, mas eu preciso usar o quarto.

– Tudo bem. - suspirei - Você sempre interrompe mesmo.

– Eu nunca teria interrompido daquelas vezes se eu soubesse o que eu teria que interromper depois. - disse ela

Puxei Draco e desci as escadas com ele. Demos de cara com minha mãe.

– Mãe, a gente vai sair. - eu disse - Depois eu vou direto pro hospital ver o Sr. Weasley.

– Tudo bem. - disse ela - Muito prazer, Draco.

Draco sorriu e murmurou que o prazer era todo dele. Deve ter sido muito difícil para ele dizer isso.

Saímos da minha casa e eu o abracei.

– Foi muito ruim? - perguntei - Conhecer trouxas?

– Sua mãe é ótima. - disse ele - É só muito estranho para mim.

– Você se saiu muito bem. - sorri e o beijei

Pegamos um ônibus e fomos até perto do Caldeirão Furado.

– Conhece esse lugar? - perguntei

– Sim. - disse ele - Embora eu normalmente use a Rede de Flu, consigo reconhecer o Caldeirão Furado ali.

– É isso mesmo. - sorri

– Aquela lanchonete parece legal. - disse ele apontando para uma Starbucks que ficava perto.

– Vamos achar outro lugar. - eu disse rapidamente - Esse não é uma boa ideia.

– Eu estou com fome - disse ele

Chequei meu relógio.

– Já é tarde, vamos almoçar. - eu disse

– Tudo bem. - sorriu ele

Puxei ele para um restaurante que eu ia sempre e nos servimos. Olhei para ele e vi seu sorriso.

– Por que você está sorrindo? - ri

– Deu vontade. - disse ele

Sentei com ele e almoçamos em silêncio. Draco comeu pouco, levando em conta onde estávamos.

– Você quer ir pro Caldeirão Furado? - perguntei - Pra comer.

– Não - disse ele - Aqui está bom.

– Draco - eu disse

– Lizze. - disse ele

Continuei comendo e Draco logo terminou seu prato.

– Vamos? - perguntou ele

Assenti e segurei sua mão. Passamos em uma Starbucks perto do St Mungus e ele me puxou para um beco. Ele me beijou e eu deixei cair meu copo.

– Opa - riu ele

– Droga Draco - ri mas não parei de beijá-lo.

– Por que eu semper vejo isso? - escutei alguém resmungar

– Rony! - exclamei

– Alice! - disse ele

– O que você está fazendo aqui? - ri

– Não sei se te falaram, mas meu pai foi ferido e está internado.

– Aqui no beco? - perguntei irônica

– Não vou nem responder - disse ele - Tchau

– Eu vou com você. - eu disse

– Ele também vem? - perguntou Rony se referindo a Draco.

– Não. - respondi com impaciência

– Tudo bem. - disse Rony - Então vem.

– Você consegue chegar em casa? - perguntei para Draco.

– Consigo. - disse ele - Eu vou pro Caldeirão Furado e de lá uso Pó de Flu.

– Tudo bem. - dei um selinho nele e me virei para Rony, que fazia uma profunda cara de desprezo.

Draco me puxou pela cintura e ia me beijar mas eu o interrompi.

– Não provoca. - eu disse

– Tanto faz. - disse ele - Te vejo depois?

– Com certeza. - sorri

Draco saiu do Beco dando uma encarada em Rony. Fui até ele e ri.

– Tem muitos machos em Hogwarts. - disse ele - Você escolheu o pior.

– Achei que você não gostasse do Córmaco. - eu disse

– Não gosto dele, mas gosto muito menos do Malfoy. - disse ele

– Como está seu pai? - perguntei mudando de assunto.

– Melhorando. - disse ele

Batemos na vitrine da falsa loja vazia que escondia o St. Mungus. Rony comunicou a manequim quem visitaríamos. Estávamos na escada quando ele segurou meu braço.

– Quando a gente estava aqui mais cedo, escutamos a conversa de alguns membros da Ordem que estavam aqui. - sussurrou ele - Ele disse que talvez Harry esteja possuído por Você-Sabe-Quem.

– Por Voldemort? - ri - Isso é loucura.

– Eu sei que é, mas ele não acha. - disse Rony

– Eu falo com ele. - eu disse

– Obrigada.