Cheguei no Salão Comunal e Harry, Mione e Rony estavam do lado da lareira conversando com Sirius.

– Lizzie - disse Sirius - Que bom te ver garota.

– Hey Sirius - sorri aliviada - É ótimo te ver.

– Estávamos comentando com Harry que ele deveria formar um grupo de aulas de Defesa Contra as Artes das trevas. - disse Sirius.

– Como assim? - sorri e me ajoelhei do lado de Harry (ótimo, muito bom) e Mione.

– Ele estava me contando que a tal da professora nova é uma tirana que não usa magia. - disse ele

– Nem me fale. - bufei

– Eu disse que ninguém melhor que ele para ensinar os interessados a se defenderem. - explicou Sirius calmamente

– Isso é brilhante Sirius. - sorri e me virei para Harry. - Você concorda né?

– Eu não sei Lizzie - disse ele rindo

Os olhos de Harry estavam diferentes, maiores e mais vivos.

Me virei para Sirius e só consegui ver uma mão gorda nas chamas. Harry tampou minha boca com as mãos para tampar o grito que eu ia soltar. Ficamos observando a mão tatear o lugar onde a cabeça de Sirius estava. Era a mão da Umbridge.

Depois que ela desapareceu, nos levantamos devagar e fomos para o outro lado do Salão Comunal.

– Ele está certo, Harry. - disse Mione - A gente precisa aprender a nos defendermos de Volde-mort.

Ela tremeu a voz ao falar dele.

– Vai dar certo. - sussurrei sorrindo

– Ninguém vai querer! - disse Harry

– Eu vou falar com algumas pessoas e no fim de semana, em Hogsmeade, a gente faz uma reunião.

– Vocês duas são doidas. - suspirou Harry - Você concorda com quem Rony?

– Com a Mione. - disse ele rápido - e a Alice.

Harry riu e olhou para baixo.

– Vou pensar. - disse ele

Sorri e ele subiu.

– Vamos dormir também. - suspirei e subimos todos.

Coloquei o meu pijama e deitei na minha cama.

– Você acha que ele vai topar? - perguntou Mione

– Vai - ri - Com certeza. Ele riu e o olhou para baixo, o que quer dizer que ele concorda mas que o orgulho dele não permite que ele tope de primeira. E ele mexeu a cabeça do jeito que diz que, no fundo, ele concorda.

Virei pro lado e dormi.

Passamos o resto da semana falando com pessoas seguras e que se interessariam por aulas.

– Ninguém vai aparecer. - disse Harry.

Íamos para o Cabeça de Javali para a reunião com os interessados.

– Claro que vão. - eu disse

– Por que alguém teria aulas comigo?

– Você é Harry Potter. - disse Rony - Só para início de conversa.

– Vocês não sabem de nada. - bufou Harry

– Você vai ver quem topou. - eu disse sorrindo.

– Tudo bem então. - disse ele dando de ombros

Sentamos no pub e resolvemos não pedir bebidas, levando em conta que os copos estavam com teias de aranhas.

Foi quando todos começaram a chegar. Eu e Hermione tínhamos falado com um número considerável de pessoas. E em dez minutos, todos haviam chegado.

Hermione se levantou.

– Bom, vocês sabem porque estamos aqui. - começou ela - Tivemos a ideia de ter aulas com alguém mais experiente.

– E quem seria? - disse Zacarias Smith, um idiota da Lufa-Lufa que Hermione tinha chamado.

– Você que não é. - deixei escapar.

Ouvi risadinhas e Mione continuou.

– Harry, é claro. - disse ela - Ele já fez mais que todos nós juntos. Como sabemos ele derrotou Você-Sabe-Quem quando era um bebê, salvou a Pedra Filosofal no primeiro ano. Derrotou um basilisco e dementadores. Sem falar da quantidade de vezes que ele já salvou a Lizzie.

Olhei para baixo.

– E ele participou do Torneio Tribruxo ano passado. - disse Neville - E lutou com um dragão, sereianos e outras coisas.

– Sem falar do Você-Sabe-Quem em pessoa. - disse Rony

– Quem disse que ele voltou mesmo? - perguntou Zacarias

– Dumbledore. - Rony disse

– Dumbledore diz porque ele diz. - retrucou Zacarias Smith.

– Você era amigo do Cedrico, certo? - perguntei

– Sim. - disse ele

– Então vê se cala a boca. - eu disse

– Se ele pudesse falar um pouco mais sobre a morte do Cedrico. - disse Zacarias olhando para Harry

– Olha só - disse Harry se levantando. - Eu não vou falar da morte do Cedrico. E se você veio aqui só para ouvir isso, pode ir embora. É diferente você treinar, você estar numa aula, de estar cara a cara com seu inimigo. Você não vai ter uma segunda chance, você pode ver um amigo morrer diante de seus olhos, você pode ter uma chance de impedir que sua… amiga vire comida de basilisco, que seu padrinho perca a alma. Vocês não entendem.

– Então explica. - eu disse - A gente precisa disso Harry. A gente precisa se preparar para enfrentar Voldemort.

– Ele voltou. - disse Denis Creevey.

– É - suspirou Harry

– Quem estiver interessado, assine aqui. Por favor. - disse Hermione passando com um pergaminho.

Todos assinaram, alguns de má vontade como Marietta e Zacarias.

Eu não sei se foi o meu cérebro ainda depressivo mas Cho não tirou os olhos de Harry em toda a reunião.

– A gente precisa de um nome. - sugeri

– Que tal o Ministério da Magia só tem retardados.

Ri mas Mione vetou logo.

– Podia ser Associação Defesa - disse Cho - E nós chamaríamos de AD.

– Que tal Armada de Dumbledore? - sugeriu Gina - Porque o que Fudge mais tem medo disso, não é.

– Eu gostei. O que vocês acham? - eu disse olhando para Harry, Mione e Rony.

– Achei legal - disse Mione - Todos concordam?

Todos concordaram e demos um fim à reunião.

– Foi boa, não acham? - eu disse quando ficamos eu, Harry, Mione, Rony, Neville, Gina e Luna.

Juntamos as cadeiras e saímos. Fomos andando até o castelo, combinando como nos falaríamos e acertamos todos os detalhes.

– Precisaremos de um lugar. - disse Rony.

– Casa dos Gritos? - perguntou Gina

– Pequena demais. - disse Harry - E iríamos precisar de um toldo da invisibilidade para colocar todo mundo dentro. A capa mal cabe duas pessoas.

Olhei para baixo. Eu sabia das duas pessoas que ele estava falando. Sabia o que elas faziam. Sabia de tudo. E isso doía.

Mione viu minha cara e cutucou Rony. Ele assentiu mas continuou andando.

– É emocionante né? - disse ela - Quebrar as regras.

– Quem é você e o que você fez com Hermione Granger? - perguntou Rony, meio maravilhado.

Sorri e olhei para Harry. Ele riu e entendeu o que eu estava falando e concordou com a cabeça.

Eles continuaram falando dos lugares quando chegamos no Salão Comunal mas eu sentei no meu sofá e dormi.