Harry Potter. escrita por AliceFelton


Capítulo 132
Capítulo 20




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Aparatamos a alguns quilômetros de distância da Toca, que era nosso único ponto de referência para a casa dos Lovegood.

— Meus pais sempre apontam para os morros, quando mencionam os Lovegood. - disse Rony - Vamos andando, tenho o palpite de que reconheceremos a casa de Luna de longe.

Começamos a subir o morro e espiar pela janela das casas em que passávamos. Harry estava coberto com a sua Capa da Invisibilidade, mas, pelo seu silêncio, eu sabia que ele estava emburrado por estarmos indo visitar Lovegood. Ele não estava muito certo de que a visita seria de alguma ajuda e temia que o pior acontecesse, assim como em Godric’s Hollow.

— Venham ver isso! - disse Rony, que estava mais a frente no caminho - Essa é com certeza a casa de Luna!

Fui até ele e observei o que ele mostrava. A casa parecia uma torre de xadrez com um ângulo estranho. À sua volta, várias plantas com flores e frutos estranhos cresciam.

— Só pode ser essa. - disse Rony, orgulhoso de si próprio

Fomos até a casa e passamos pelo jardim. Sobre a porta, haviam três placas. Cheguei um pouco mais perto para lê-las.

— “ O Pasquim: Editor X. Lovegood. Traga seu próprio Visgo. Não se aproxime das ameixas dirigíveis.”

Me aproximei para bater na porta, mas fui contida por Hermione.

— Harry, acho que você é quem deve fazer isso. - ela disse - Xenofílio o apoia no Pasquim, mas praticamente não nos conhece.

Harry se materializou ao meu lado e colocou sua capa em minha bolsinha. Mostrou a língua pra Hermione e bateu na porta. Alguns segundos depois, uma fresta da nota se abriu, revelando um Xenofílio Lovegood maltrapilho, descalço e com aparência doentia.

— Sr. Lovegood! - disse Harry - Sou eu, Harry, Harry Potter.

— Sr. Potter…. o que o senhor está fazendo aqui? - sussurrou Xenofílio - Não foi nada sensato ter vindo.

— Eu preciso de ajuda, senhor. - disse Harry

— Não posso… ajudá-lo - disse ele

— Então por que disse no Pasquim de todos deveriam ajudar Harry Potter? - perguntou Rony - Era mentira?

— Não, não era… mas eu… - disse Xenofilio

— Não se aplica a você? - perguntou Mione

Lovegood suspirou.

— Está bem, entrem. - disse ele - Rápido!

Entramos correndo na sala e ele trancou a porta atrás de nós. O acompanhamos até a sala e ele nos fez sentar no sofá. Ele desapareceu por uma porta, mas, no momento seguinte, voltou trazendo xícaras de chá para todos.

— A Luna veio para casa, Sr. Lovegood? - perguntei

— Claro, claro. - ele disse - Ela está pescando dilatex de agua doce. Vou avisá-la de que vocês estão aqui, podemos comer minha sopa depois.

Ele saiu.

Rony riu.

— Que bom, temos sopa garantida! - ele disse

Ri.

Tomei um gole do meu chá e resolvi que não tomaria mais nenhum. Era o pior chá que eu já havia tomado. Olhei para meus amigos e vi que a reação deles não era muito diferente.

Xenofílio voltou e eu esperei ver Luna vindo com ele, mas ela não apareceu.

Mione e eu nos entreolhamos.

— Em que posso ajudá-los? - ele perguntou

— Nós gostaríamos de saber mais sobre o símbolo que você estava usando no casamento de Gui e Fleur.- disse Harry

Ele tirou um colar de suas vestes.

— Esse? - ele perguntou

Harry assentiu.

— Esse é o símbolo das Relíquias da Morte. - ele disse

Nos entreolhamos.

— O que são as Relíquias da Morte? - perguntou HarryXenofílio pareceu chocado.

— Vocês conhecem o Conto dos Três Irmãos? - perguntou Xenofílio

Harry e eu negamos, Mione e Rony assentiram.

Xenofílio olhou em volta.

— Eu tenho meu exemplar em algum lugar por aqui… - ele murmurou

— Eu estou com o meu aqui, senhor. - disse Hermione tirando da bolsa o livro que Dumbledore havia deixado para ela

Ela abriu o livro em uma página marcada e limpou a garganta.

"Era uma vez três irmãos que viajavam numa estrada deserta e tortuosa ao anoitecer…”— Hermione começou

— À meia noite. - interrompeu Rony - Era como minha mão contava, dava mais medo.

Hermione o fuzilou com os olhos.

— Ao anoitecer está bom. - ele acrescentou

— Você quer ler? - ela perguntou, irritada

— Não, não. - ele disse - Sua voz é mais bonita.

Ela bufou e continuou a ler.

A história era sobre três irmãos que haviam encontrado a Morte, e ela, havia oferecido um presente a eles. O primeiro irmão pediu uma varinha invencível. O segundo, uma pedra para ressuscitar os mortos. E o terceiro, uma capa de invisibilidade para sair de lá sem ser visto por ela.

Eles se separaram e o primeiro irmão morreu logo depois, teve a garganta cortada por um inimigo que havia ficado sabendo sobre a varinha. O segundo irmão, usou sua pedra para trazer de volta sua pretendente, que havia morrido antes que tivessem a chance de se casarem. Ela, porém, ao retornar, estava triste e fria, não pertencia a aquele mundo. O irmão, então, se matou para poder se encontrar com ela do outro lado. O terceiro irmão, porém, nunca foi achado pela morte. Quando atingiu uma idade avançada, ele despiu a capa e deu-a para seu filho, acompanhando a Morte como uma velha amiga, para seu destino final.

Hermione terminou de ler e fechou o livro lentamente. Xenofílio olhava Harry com curiosidade. Harry, por sua vez, estava confuso.

— Eu não entendo, o que a história tem a ver com as tais relíquias?

— Você não percebe? - sorri - São as Relíquias. A Varinha, a Pedra e a Capa. Estou certa, Sr. Lovegood?

— Está, Srta. Felton. - ele disse - Está.

— Mas elas existem, então? - perguntou Harry

— Nunca se sabe. - disse Xenofílio - Alguns afirmam que sim, outro têm certeza que não.

Harry assentiu.

— A família Peverell tem alguma relação com o conto, Sr. Lovegood? - perguntou Mione

O Sr. Lovegood deu um sorriso.

— Muitos acreditam que os irmãos Antíoco, Cadmo e Ignoto Peverell tenham sido os irmãos do conto, Srta. Granger. - disse ele

Ela assentiu.

— Nós temos que ir. - eu disse

Harry concordou.

— Não. - disse Xenofílio

— O que? - perguntou Harry

— Vocês não podem ir sem falar com Luna! - ele disse - Vou chamá-la.

Ele saiu correndo da sala.

— Isso está muito estranho. - eu disse

Hermione concordou.

— O que? - perguntou Rony

— Eu não acho que Luna esteja aqui. - disse Mione

— Nem eu. - eu disse - Acho improvável que ela não teria vindo correndo para casa se soubesse que estávamos aqui.

Harry suspirou e se levantou. Ele olhou para cima, na escada em espiral e subiu.

— Harry! - exclamei

— Venham ver! - ele disse

Subimos a escada e nos vimos no quarto de Luna. Era um quarto muito mais normal do que eu imaginei que fosse ser, para falar a verdade. Havia uma cômoda, algumas prateleiras e uma cama. Harry, no entanto, olhava para o teto.

Olhei para cima e vi uma pintura com os rostos de Harry, Mione, Rony, Gina, Neville e o meu próprio. Nós estávamos circulados pela palavra amigos pintada várias vezes seguida em dourado.

— Wow - disse Rony

Assenti.

Ouvi um estrondo alto, seguido do barulho de vidros quebrando no andar de baixo.

— Merda. - disse Harry

— Lovegood deve estar mentindo. - escutamos uma voz dizer - Não seria a primeira vez.

— Não, não… - gemeu Xenofílio - É verdade, ele está aqui.

— Não estou vendo. - disse a voz

— Ele deve estar escondido. - disse Xenofílio

— Eu não estou aqui para brincar de esconde-esconde com Potter, Lovegood. - disse outra voz masculina - Se quiser sua filha de volta, nos traga Potter agora.

Arfei.

— O que faremos? - sussurrei

— Confia em mim? - perguntou Mione

— Sempre. - eu disse

Ela assentiu.

— Rony, coloca a capa. - disse ela - Teremos alguns segundos até que eles nos vejam.

— Por que? - perguntou Rony

— Você é o único de nós que tem um alibi. Não pode ser visto. - ela disse - Eles precisam nos ver para que saibam que Lovegood não está mentindo, e não machuquem Luna.

Harry assentiu.

Ouvimos mais barulhos vindos do andar de baixo.

— Não, por favor! Não! - ouvimos Xenofílio gemer

Joguei um sapato de Luna com força no chão.

— Tem alguém lá em cima, Travers. - disse o segundo comensal

Ouvimos passos subindo a escada e nos juntamos. Assim que o rosto do Comensal apareceu, Hermione o estuporou. O outro comensal subiu correndo, mas, quando ele nos viu, nós aparatamos.

Caímos no chão de uma floresta.

— Traidor desgraçado. - disse Rony

Assenti.

Me levantei e topei com um homem que não conhecia, que estava sorrindo.

— Olá - ele disse

Nos entreolhamos e começamos a correr.


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Notas finais do capítulo

GENTE ME DESCULPA PELA DEMORA, mas tive uma semana muuuito cansativa e não estava conseguindo escrever esse capítulo chatinho heuheuheuhe mil desculpas mesmo
deixem review mesmo assim por favorzinho