Capitulo 15: Wish Five

-“Droga... não deu pra agradecermos...”-Comentou Erza voltando a Armadura usual.

-“Agradecemos depois então...”-Suspirei. -“Próxima parada?”

-“Por que pergunta pra mim?”

-“Porque não sei onde gostaria de ir.”

-“Quem tem que fazer desejos é você.”

-“Mas estou sem ideias pra desejos, então, onde quer ir?”

-“Decida você, tenho que te acompanhar e realizar seus desejos, como HOMEM, o mínimo que deveria fazer não seria entreter-me?”-Perguntou Erza inclinando o corpo pra frente um pouco, colocando as mãos na cintura.

Ok, o que deu nela pra essa mudança de humor repentina?

Como se surgisse uma luz no fim do túnel em meio ao sermão que Erza estava me dando, tive uma idéia.

Se tem de realizar meus desejos, por que não usar um deles para ela?

Afinal, não sou digno de estar com ela...

Deixe disso Jellal, você ganhou... De forma justa... Acho...

-“Francamente Jellal, poderia pelo menos prestar atenção no que lhe digo?”-Perguntou Erza dando-me um peteleco na cabeça.

-“Ta...”

-“Sua mente vaga muito fácil Jellal, em que estava pensando?”

-“Em meu próximo desejo.”-Respondi com um largo sorriso.

-“E qual seria?”-Perguntou com desconfiança na voz e olhar.

-“Que tal: meu quinto desejo será fazer com você, algo que nunca fez antes.”

-“Co-Co-mo-mo é-é qu-que é-é?”-Gaguejou ficando vermelha, mas acertou um tapa na minha cara.

No que ela pensou?

-“Isso dói Erza... existe algo que queira fazer aqui que nunca tenha feito?”-Perguntei massageando o rosto.

-“Por exemplo?”-Perguntou fazendo bico, cruzando os braços e encarando-me com uma sobrancelha arqueada.

-“Vejamos...”-Comecei coçando meu cabelo olhando ao redor procurando alguma ideia, avistei um arbusto cheio de flores, e tive uma ideia, embora acho que é bem idiota.-“Por exemplo: colher flores?”

Erza tentou engolir uma gargalhada, mas assim que nossos olhares se cruzaram, desabou na gargalhada curvando-se de tanto rir.

-“Ok, pode rir o quanto quiser... mas pense em algo.”-Respondi sem graça enquanto Erza tentava se recompor dando leves socos em meu peito.

-“Des-culpa! Ma-mas...essa....foi...ótima!”

 Apenas suspirei e depois de uns cinco minutos, finalmente parou.

-“Ai, ai...”-Começou limpando algumas lagrimas de tanto rir. -“Bem, vejamos...”

Voltou ao seu normal séria, cruzou os braços e levou uma mão ao queixo ficando cada vez mais e mais pensativa.

Depois de uns cinco minutos pensando seriamente, abriu um sorriso, fechou um punho e abriu a outra mão e bateu na mesma.

-“Que tal um mini piquenique?”-Sugeriu com os olhinhos brilhantes.

-“Num parque de diversões?”

-“Mas tem uma área tranquila, muitas pessoas fazem piquenique lá.”

-“Mas e os itens necessários pra um piquenique?”

-“Não se preocupe.”-Continuou com um grande sorriso, usou sua magia e uma cesta bonitinha apareceu. -“Mira me entregou essa cesta, falou varias coisas mas a única coisa que prestei real atenção foi na palavra piquenique.”

Por alguma razão senti um calafrio percorrer minhas costas.

Olhei de canto para alguns arbustos e notei a presença de membros da Fairy Tail, que fizeram sinal para que aceitasse.

Suspirei um tanto derrotado, mas aceitei.

-“Ótimo! Vamos!”-Disse Erza fazendo a cesta desaparecer, reequipou para a armadura planadora, agarrou meu braço e saiu arrastando-me com toda delicadeza que possui pelo parque.

Depois de aproximadamente cinco minutos no Expresso Erza Scarlet, chegamos na área ‘florestal’, por assim dizer, do parque.

O lugar era bem bonito por sinal, havia um grande riacho, varias pequenas pontes, centenas de arvores grandes, alguns quiosques de madeira muito bem trabalhada, varias mesas com bancos espalhadas estrategicamente, pequenos lugares com focos de flores de vários tipos, pequenas lagoas de águas cristalinas, ambos, tanto o riacho quanto as lagoas era possível ver os peixes nadando, alem centenas de pássaros voando empolgados.

Mulheres, crianças, homens, famílias, casais, solitários, varias pessoas estavam ali, ou se divertindo ou absorto em pensamentos, ou apenas correndo, admirando a paisagem.

-“Ai...”-Resmunguei massageando um galo que formou-se em minha cabeça repentinamente.

-“Voltou?”-Perguntou Erza estralando os dedos.

Sim, enquanto inocentemente admirava a paisagem, Erza cruelmente acertou um soco em minha cabeça e se preparava para mais.

-“Sim, voltei...”

-“Vem!”-Disse usando um tom autoritário, mas segurou fortemente meu pulso e saiu correndo em direção a uma área onde havia um trecho do riacho.

Ali existia uma grande arvore e alguns arbustos pouco distante da arvore e ficava numa área um tanto isolada, não havia pessoas ali.

Num movimento rápido, Erza esticou uma grande toalha no chão, e usando sua magia sobre a mesma, fez aparecer diversos pratos e a cesta vazia ficou no canto.

-“Sente-se Jellal.”-Pediu de forma gentil com os olhinhos brilhantes.

Automaticamente me dirigi ao ponto onde mandara me sentar, porem notei que ela sacou suas espadas e passou a olhar ao redor um tanto tensa.

-“O que foi?”-Perguntei sentando-me.

-“Estou checando se não seremos atacados.”

-“E quem nos atacaria?”

-“A ultima vez que tive um piquenique... ele... ele... foi arruinado!”-Disse Erza com os olhos marejados, mudando para sua armadura usual e sentou-se ao meu lado.

-“Não fique assim...”-Pedi acariciando seus cabelos escarlates.

-“Claro que não, aqueles homens irão se lembrar de mim pelo resto da VIDA!”

-“Nem te pergunto o que fez com eles...”-Sussurrei sentindo um calafrio.

-“O que quer dizer com isso?”-Perguntou cruzando os braços encarando-me séria.

-“Que você é incrível.”-Respondi sorrindo.

-“Q-QUE?!”-Disse ficando toda corada, pegou um sanduíche pequeno e enfiou com tudo em minha boca.

Lógico que engasguei, afinal quem esperaria ser atacado por um sanduíche?

Depois de uns minutos lutando para me salvar, finalmente me livrei desse sanduíche irritante.

Mas obtive sucesso graças a um tapa ‘delicado’ de Erza.

-“Obrigado...”

-“Dix Nabunaga...”-Respondeu Erza devorando os sanduíches.

-“Não fale de boca cheia.”-Repreendi pegando um sanduíche triangular.

Mas senti apenas meu dedo sendo mordido...e não foi por mim...

Erza roubou o sanduíche, e mostrou a língua assim que o engoliu.

Apenas respirei fundo, fechei os olhos e contei até dez.

-“Sugeriu um piquenique, agora não quer me deixar comer?”

-“Exu xneai, tinxta pengxar.”-Respondeu roubando outro sanduíche de minhas mãos.

-“Esta me desafiando a pegar comida antes que você roube de mim?”-Perguntei arqueando a sobrancelha.

-“Exatamente.”-Disse num fôlego só assim que terminou de engolir.

-“Ora,Ora,ora, então existe uma mortal querendo me desafiar pra jogos é?”

Não querendo me gabar, mas tinha motivos pra isso.

-“Ora, ora, ora, não sabia que depois da surra que levou, ainda quer dar uma de gostosão.”

Ok, juro que ouvi um vidro se quebrar.

-“Sou bom em jogos, ninguém me derrota.”

-“De onde vem essa confiança hein?”-Perguntou roubando outro sanduíche de minhas mãos.

-“Jogava muito com Meredy.”

-“Estamos oito a zero, pare de falar e tente me derrotar mero mortal.”-Disse Erza pegando rapidamente um sanduíche.

Apenas sorri de canto, ativei minha magia ‘Meteror’ e roubei o sanduíche.

Porem Erza encarou-me com uma aura competitiva.

-“Um a oito?”-Comentei devorando o sanduíche.

Erza apenas bufou e soltou uma gargalhada maléfica e no instante seguinte fechou a cara assumindo uma postura extremamente competitiva.

Engoli seco por instinto e senti como se fosse morrer, mas era uma competição, então... que vença o melhor.

Nos encaramos sérios, com as mãos pra cima, por alguns segundos senti como se fosse um duelo de faroeste, afinal um vento forte soprou bagunçando nossos cabelos e vi uma bola rolando ao longe.

Erza reequipou para Armadura Planadora e foi assim que perdi o foco do desafio.

No instante seguinte vi apenas as mãos de Erza avançando sobre a comida.

Não deixei por isso e parti para roubar dela.

Porem, estou lidando com Erza Scarlet.

Antes que alcançasse a bandeja onde estava os sanduíches, Erza a levantou com o pé, pois estava com um sanduíche em cada mão e um pendurado na boca.

A encarei um tanto irritado, e como resposta, apenas sorriu desafiante.

Ok, vou mostrar que não se desafia Jellal Fernandes e sai ileso.

Avancei sobre a bandeja, ma s num movimento rápido e sobrenatural por parte dela, fez a bandeja escorregar sem cair, passando pela coxa e parando em seu colo.

Lógico que não fiquei parado, parti pra cima dela, porem bloqueou meu corpo com sua perna e arqueando as costas bruscamente jogou a bandeja pra cima e a fez cair em cima de sua cabeça.

Paramos por um instante para nos encarar, sem querer fui baixando meu olhar, do pé que estava em meu peito, tornozelo, canela, joelho, coxa... e bem... roupa intima de Erza.

No instante seguinte vi apenas a parte de cima de seu pé atingindo com força minha cara fazendo-me cair de costas.

-“HENTAI!”-Gritou acertando mais e mais chutes em minha cabeça.

Porem não sou saco de pancadas, e era necessário acalmá-la antes que espadas comecem a voar por ai e acertar pessoas inocentes.

-“EI!ERZA! CALMA! FOI SEM QUERER! DESCULPA!”-Gritei bloqueando os ataques com meus braços.

Definitivamente... por que ficou tão brava? Ela usa cada Armadura... e que armaduras...

Erza parou de atacar-me, cruzou os braços, estava um pouco corada e me encarou brava.

-“Não pense que irei deixar algo tolo como isso arruinar meu magnífico piquenique.”

-“Então isso quer dizer que ganhei?”-Comentei roubando um sanduíche da bandeja e levando-o a boca.

-“Nunca.”-Retrucou a centímetros de meu rosto mordendo um pedaço do sanduíche que estava em minha boca.

PERTO DEMAIS!

Controle-se Jellal, não pode sair por ai agarrando-a... não é digno dela...

Mas é o Wish List então...

Não, não pense em desejar isso!

Ok, discussão mental num momento desses é complicado... e perigoso...

Ainda mais com aqueles lábios próximos ao meu...

-“E com isso venço o duelo de comer sanduíches.”

Lindo balde de água fria acabando de vez com minhas magníficas expectativas, mas tudo bem, é mais seguro assim.

Erza mantinha um sorriso vitorioso e superior enquanto beliscava mais alguns itens da grande cesta de piquenique, que admito, estava me tentando.

Não, não pense que meu desejo seria atacá-la.

Muito pelo contrario, fazê-la sorrir assim não tinha preço.

Mexendo na cesta, seu olhar brilhou e de dentro dela retirou uma grande torta de morango com chocolate.

-“Torta de morango...”-Comentou sentindo o aroma.-“Com chocolate, mas tem morango.”

Seus olhos brilhavam tanto e um grande sorriso estava estampado em seu belo rosto.

Admito que devo estar com uma tremenda cara de idiota admirando-a assim, mas não me importo, é minha amada Erza.

Uma idéia louca e sem nexo passou por minha cabeça, o que sem duvidas seria divertida, mas provavelmente acabaria causando-me alguns hematomas e ferimentos.

-“Ei Erza...”-Comentei aproximando-me sorrateiramente da mesma.

-“Hum?”-Resmungou sem desviar os olhos da torta colocando-a na toalha e sacando uma de suas facas.

-“Quero uma revanche.”

-“E no que me desafia?”-Perguntou cortando a torta em vários pedaços pequeninos.

-“Quem come mais pedaços da torta ganha.”-Propus com um sorriso maroto.

Erza sorriu com a mesma intensidade, porem no instante seguinte uma aura competitiva formou-se ao seu redor.

-“Perfeito.”

Antes que Erza pulasse para cima da torta, pensei mais rápido e usando minha magia, fiz a bandeja onde a torta estava vir a minhas mãos.

Mostrei a língua provocando-a e logo em seguida coloquei um pedaço dela na boca.

Erza bufou furiosa fazendo centenas de espadas surgirem ao seu redor.

Não sou tolo e pessoalmente... quero realmente me divertir com ela, então assim que começou a me atacar, usei Meteor e variando entre pequenos saltos, rolar pelas laterais e cambalhotas, desviava das espadas afiadíssimas que iam em minha direção.

E claro, sempre pegando um pedacinho da torta, afinal, quando ela me pegasse, já era.

Esquivando-me dos ataques consecutivos acabei chegando a beirada do riacho.

-“Desista e entregue-me a torta sagrada mero mortal profano!”-Ordenou Erza reequipando para uma armadura estranha.

A armadura era negra, com detalhes em prata e uma coisa peculiar, possuía varias correntes presas em si.

-“NUNCA!”-Gritei mordendo dois pedaços de torta.

Não tive tempo de correr, pois aproveitou-se da deixa enquanto mordia a torta e acorrentou meus tornozelos.

Num movimento extremamente rápido, puxou a corrente com força e acabei sendo suspenso no ar... e a torta? Bem... iria cair no riacho.

-“ICE MAKE: FLOOR!”-Gritou Gray correndo sobre o rio congelando-o e pegou a torta antes que caísse no chão frio.

-“Ei!PICOLÉ AMBULANTE! NÃO TERMINAMOS NOSSA DISCUÇÃO!”-Gritou Natsu correndo pelo rio com os pés em chamas, conseqüentemente descongelando-o.

-“HOY!FÓSFORO! OLHE O QUE ESTA FAZENDO!”-Gritou Gray inutilmente, pois logo em seguida teve o rosto atingido em cheio por um chute do Dragon Slayer.

Conseqüentemente a torta novamente foi jogada para o alto, notei mais integrantes da Fairy Tail correndo em nossa direção gritando para que Natsu e Gray parassem, mesmo sabendo que não surtiria efeito.

A corrente que estava em meu calcanhar transformou-se numa espécie de lança com uma garra na ponta.

Erza encarava atônita a torta voadora, e logo abaixo dela Gray e Natsu brigavam caindo na água.

Wendy corria toda empolgada, ao ver a torta arregalou os olhos assustada, levou os braços delicados ao ar, respirou fundo e soprou devagar.

-“Levitate!”

Uma leve brisa de ar formou-se abaixo da torta e foi descendo-a delicadamente.

Porem, por mais que a pequenina tenha se esforçado na salvação da torta, o destino é cruel.

A torta fora atingida em cheio por um Rugido do Dragão de Fogo de Natsu.

Senti uma aura assassina e cruel bem próxima a mim, olhei ao lado apenas para ter certeza, torcendo profundamente para que não fosse, mas  era Erza.

A mesma parecia rosnar de tão furiosa, fincou a lança no chão, deixando-me ainda mais suspenso de ponta cabeça e saiu correndo atrás de Natsu e Gray.

-“NATSU!GRAY! VOU PUNIR VOCÊS POR PROFANAREM A TORTA SAGRADA! DANCE MINHAS LAMINAS!”

Um resumo do caos que se seguiu: Milhares de espadas espalhadas pelo rio, arvores, gramado, entre pessoas, até que Erza encurralou ambos e bem... prefiro não descrever o ato violento da Ruiva.

-“Jellal, acho melhor acalmar Erza antes que destrua o parque todo.”-Disse Mirajane docemente aproximando-se, em seguida fazendo a  garra me soltar, conseqüentemente cai de cabeça no chão.

Me sentei acariciando minha cabeça dolorida.

-“Como pretende que faça isso?”

Afinal acalmar a fúria da Ruiva... era perigoso demais...

-“Seja um cavaleiro como o Gray-sama da Juvia!”-Disse a Azulada com as mãos fechadas próximas do peito.

Uma gota gigante formou-se em minha cabeça sem duvidas por conta desse comentário... afinal, é EXTREMAMENTE difícil imaginar o Gray-sama como Cavaleiro.

-“Seja amável com ela.”-Disse Mirajane com um enorme sorriso.

-“Ro-mân-ti-co!”-Soletrou Levy com um sorriso maroto aparecendo logo atrás de Juvia.

         São ninjas é?

-“Seja Homem!”-Disse o grandão de cabelo branco aproximando-se, creio que seu nome seja Elfman.

-“De flores a ela!”-Disse uma maga com óculos e vestido verde... se não me engane, seu nome é Evergreen.

-“Seja Quente!”-Disse um mago baixo irritante, que pessoalmente adoraria socar até cansar... Ichiya era seu nome.-“Men!”

Mas afinal... de onde ele veio?

-“Nada disso vai funcionar, acho mais fácil chamá-la para fazer algo que ela goste.”-Disse Lucy pensativa.-“Antes que destrua todo o Parque apenas por causa de uma torta.”

Provavelmente somado ao desejo de socar esse cara estranho com a situação atual mais o que fazíamos anteriormente, resultou a idéia perfeita de como parar o Tufão de Destruição Escarlate, porem poderia ser perigoso... mas por Erza, tudo valeria a pena.

-“Já entendi, vou la tentar domar a fera.”-Levantei suspirando me exercitando um pouco.

-“O que pretende fazer? Nada do que sugerimos surtiria efeito numa Erza furiosa.”-Comentou Lucy observando os rapazes tentarem escapar .-“Dois espetinhos e três frango de fogo e já estará se sentindo melhor.”

-“Juvia vai curar o Gray-sama com todo o seu amor!”

-“Vai matá-lo afogado isso sim.”-Comentou Evergreen atrás de seu leque.

Provavelmente iria começar uma briga entre as duas por um motivo tolo, mas realmente... era melhor parar Erza antes que cause danos irreparáveis.

-“Meteor!”

Corri o mais rápido que pude em direção a Erza, afinal, poderia ser atingido de qualquer direção se estivesse em minha velocidade normal.

Porem, meu erro foi pensar que uma Erza furiosa diferenciaria inimigo de aliado em meio ao caos que estava causando.

Assim que toquei em seu ombro delicadamente, mal tive tempo de conjurar uma certa magia e beijei o chão, literalmente falando.

Rolei para o lado desviando de um chute, ou deveria chamar de coice? Afinal abriu um buraco no chão.

Logo em seguida só tive tempo de ativar a mágia e assim... dezenas de espadas pararam a milésimos de centímetros de meu corpo.

Mas admito que a visão privilegiada que possuía desse ângulo era ótima.

-“O QUE PENSA QUE ESTA FAZENDO JELLAL FERNANDES?!”-Gritou Erza imobilizada.

-“Ca-calma... por favor... acalme-se...”-Disse calmamente rastejando-me para fora da área das espadas mortais.

Não gosto de usar essa magia, ainda mais em Erza.

Afinal, foi usando ela que a imobilizei na Torre do Paraíso.

-“Me solte Jellal!”

-“Acalme-se, olhe ao seu redor... seus amigos estão machucados por sua causa também...”

            Erza olhou ao redor, mas como esperado, não ficou surpresa com a destruição, observou os meninos e seu olhar ficou cerrado, sem duvidas ainda queria matá-los.

            -“Erza... pode dar uma lição neles outro dia... hoje você esta comigo.”-Comentei calmamente olhando-a nos olhos.

            Porem como resposta ela apenas bufou e encarou-me zangada.

            -“Vai me soltar ou terei de matar você pra isso?”

            Ok, a julgar pela raiva que vi em seus olhos, realmente faria isso sem duvidas.

            -“Prometa se acalmar e não atacar?”

            -“Sim, dou minha palavra de Cavaleira.”

            -“Então,...”-Disse anulando a magia.-“Podemos continuar nosso belo passeio?”

            -“Claro.”-Resmungou brava dando um soco em minha cabeça.-“Estamos quites.”

Continua....