Guardiões Do Mundo - A Missão! escrita por felipe carter


Capítulo 1
Eu sou Jay!


Notas iniciais do capítulo

Oii pessoal! A primeira historia de minha propria autoria XD, espero que gostem ^^ fiz com bastante animo U.U
valew a todos que leram!



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Era uma quinta-feira de céu cinzento e bastante chuvoso, todos pareciam estremecer de frio com o vento árido, de soprar a alma. Mesmo que o treino tivesse sido bastante exaustivo e caloroso, eu ainda sentia bastante frio.

Eu passava em frente a alguns galpões do departamento quatro. Meus pés submergiam na terra lamacenta, mas não chegava a me importar com algo tão fútil. Meu intuito era seguir ate meu dormitório, que por sinal ficava bastante distante do departamento quatro, onde eu passava a maior parte do dia.

Caminhava lentamente sem me incomodar com minhas vestes ensopadas. As mechas amarelas de meu cabelo se opuseram a frente de meus olhos, sugerindo uma franja, com goteiras incessantes. E minha feição como sempre... Sem vida alguma. A única indicação de calor dentro de meu ser eram os olhos verdes radiantes, que eu herdara de meu pai... Falecido.

- Garoto... – o incorporado Josef disse me consolando, após interromper minha caminhada – Eu sei que esta sendo difícil... Mas...

- Não senhor! – eu o interrompi, frigido– Isso não é problema seu. Somente eu devo lidar com isso. Era meu pai, portanto, meu problema!

- Sabe que não precisa ser assim... Todos estão aqui do seu lado e... – ele tentou argumentar... Mas não adiantava quaisquer argumentos, quando eu me encontrava em um dos meus piores dias.

- Deixe-me ir para o dormitório – eu o interrompi novamente sem qualquer restrição.

- Tudo bem... – ele disse desolado – Me desculpe, mas sempre tentarei lhe ajudar, estarei sempre aqui para lutar por você Jay e, você sabe por que.

- Sim eu sei – eu disse dando de ombros

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                Josef é do tipo amigo e sempre pronto para me apoiar, diferente do que seu porte robusto aparenta. Ele era um grande amigo de meu pai, sempre esteve ao lado dele e, eu sempre o vi como um tio presente... Mas agora tudo mudou, ate mesmo sua barba fortemente escurecida, se tornara grisalha... Era como eu me sentia em questão a ele, a amizade entre mim e ele era uma união da qual não dura sem meu pai para ser o suporte que nos uni, agora é apenas uma força que perderá a cor cada vez mais... Embranquecendo como sua barba... E eu não estava com cabeça para ouvir seus conselhos agora. Meus pensamentos atordoantes estavam em um lugar extremamente diferente... Aquela missão... Desde a última, eu não consigo parar de pensar naquilo que houve... Foi tudo tão...

                - Droga... – eu murmurava pra mim mesmo quase que caindo em prantos, no momento em que me aproximava da porta do dormitório – Droga... Por que!?

                - Porque oque?! – Rey me deu um tremendo susto, interrompendo meus pensamentos tão repentinamente. Se ele tem um talento, é sem duvida, sua capacidade de se esconder. Ele esta sempre a espreita... E sempre me surpreende.

                Rey sempre foi o mais espontâneo e, seus olhos negros não dizem o que transcendem de suas ações. Rey é um garoto de 15 anos, possuí mais ou menos o meu tamanho, 1,67. Cabelos negros escorridos e olhos penetrantes, não tanto quanto os meus quando quero. Ele diz ter vindo do noroeste da Itália, morava em uma cidade chamada Turim, no estado de Piemonte... Mas tudo é tão secreto por aqui, que chega a ser impossível saber se ele realmente viera da Itália, afinal, para entrar nesta organização é preciso no mínimo saber cinco línguas e falar fluentemente cada uma delas... E todos aqui são bastante misteriosos, por isso procuro observar sempre a dilatação da pupila dos que me rodeiam, uma regra básica de um teste da verdade... Ou Rey mente muito bem, ou ele diz sempre a verdade. 

                - Oque foi!? – eu soava arrogante como na maioria das vezes.

                - Sabe, você estava sussurrando algo... Tipo: droga e, porque alguma coisa sabe lá – ele se enrolava na maioria de suas explicações. Por favor, nem imagine ele narrando um discurso, acredite, não iria gostar.

                - Você sabe que meus problemas são relevantes somente a mim. Sabe que essa é minha regra mais rígida... E sabe que a única pessoa a quem eu confiava, era meu pai... E agora ele... – eu me toquei de que estava falando demais.

                - Entendo... – ele soava bastante entendedor.

                - Entende oque!? Hein! Oque você entende? Não sabe como me sinto! – eu trincava os dentes e espreitava os olhos com rigidez, arfando. Fixando meu olhar tenebroso em Rey.

                - Não precisa ser assim! Se aprofundar nisso... Só vai lhe afogar cada vez mais naquilo que tanto teme! – ele olhava incrédulo. Mas falou bem e, isso me surpreendeu.

                - Me deixe sozinho! – eu disse em um tom mais grave, bufando por sinal.

                - Certo! – ele disse andando de ré – Você não costuma ser muito amigável... Mas dessa vez esta muito estressado.

                - Já disse para me deixar só! – eu gritei arrogante mais uma vez.

                - Tudo bem, mas quando quiser minha atenção, eu não estarei a seu favor! – ele falava sorridente, dando de ombros.

                Eu nem ao menos o respondi, pelo que conhecia da figura, ele não iria parar de me encher, por isso logo entrei no dormitório.

                O dormitório era bastante extenso, camas para todos os lados e algumas TVs em pontos estratégicos, para que todos pudessem ter uma visão privilegiada. Na cabeceira de cada cama, podemos dizer que haviam tablets acoplados. Não tablets convencionais, tablets realmente maneiros, com hologramas 3D, infiltrador de tecnologia similar ou inferior e mais um milhão de utilidades capazes de deixar o criador do iphone no chinelo, realmente boquiaberto, tudo criação da própria D.S.H. no departamento um.

Já ia me esquecendo! D.S.H. é abreviação de: Defense Secret Human... Protegemos a todos... É uma organização da qual ninguém sabe a existência... Nem mesmo o governo. Robert Brown, o criador de toda essa rede, era sem duvida um gênio e, não só um gênio como também exageradamente rico. Viera de uma família bilionária de Londres, Inglaterra. Algo o incomodava. Sentiu a vontade excessiva de ajudar o mundo, talvez algo que tenha o aturdido bastante, porém, tentar ajudar o governo não era uma opção plausível para ele, em sua mente seria apenas perda de tempo, eles sem duvida iriam restringir seus movimentos preso ao governo. Foi ai que teve a surpreendente ideia de criar a maior organização existente... Mesmo que não saibam.

                Ele criou uma hierarquia com diversos parceiros de confiança e bilionários estudiosos, trazendo assim, uma organização sem falhas.

                                                                                     X

                Ao chegar a minha cama, me deparei com novas mensagens no tablet D.S.H., uma das poucas coisas que me divertia naquela concentração, eram as redes sociais nas quais eu mentia minha identidade e podia sentir um pouco de uma vida normal. Deitei-me e desacoplei o tablet, para que eu pudesse ver algumas imagens nas quais eu e meu pai se encontrava. Em uma delas, meu pai esbouçava um sorriso para foto com sua barba mal feita, desconsertado, eu o atrapalhava com o seu treinamento de adagas. Ele usava uma bandana vermelha cobrindo os cabelos negros, sua face estava bastante branca nesse dia, na verdade sempre foi mais branco do que eu. Seus olhos verdes refletiam o flash, parecia me fitar. Ele vestia uma das roupas que eu sempre quis vestir quando criança, um colete especial cinza e preto, o spectra flex, feito com fibras de polietileno, dez vezes mais resistentes que aço. Por debaixo do colete havia uma camiseta preta de mangas longas e bem grossa, adaptável ao ambiente e ao corpo. Luvas negras envolviam suas mãos. Depois do ‘’cinto de mil e uma utilidades’’ bastante distinto por sinal, preto, vinha à calça cinza e marrom camuflável, que terminava quando a barra se introduzia nas botas adaptáveis a maioria dos terrenos, também pretas.

Em outra imagem eu estava evidentemente emburrado, muito estressado por não conseguir êxito no lançamento de adagas, não é fácil como parece.

                                                                     X

Eu preferi não continuar a busca por lembranças desconcertantes. Acoplei novamente o tablete e, fechei os olhos pesados, eu estava exausto. Dormi rápido.

                                                               X

                Você não faz ideia de como é acordar todos os dias 04h00min da manhã. Eu já estava em meu pior estado e, ainda tinha que aturar todas aquelas restrições, sem libertar nem mesmo um grunhido. Mas algo me confortava a ponto de aguentar tudo aquilo... Eu não poderia deixar que o legado de meu pai se apagasse... Eu estarei aqui ate o fim, para demonstrar tudo àquilo que ele se esforçou para me ensinar com perfeição.

                - Pessoal! Acorde! – Josef passava por entre as camas gritando e batendo palmas – Vamos lá, o dia vai ser longo!

                Eu abri os olhos ainda cansados e embaçados e os esfreguei com as mãos, soltando um bocejo.

- Olá garoto! – Josef se opusera a frente da minha cama com um sorriso estampado no rosto – Hoje o dia vai ser longo Jay!

                - Os dias aqui são sempre longos e chatos! – eu dizia a verdade.

                - Hoje pode ser diferente – ele libertou novamente um confiante sorriso.

                Levantei-me da cama, meus lábios demonstravam meu desanimo e meus olhos fitavam o nada... Fitavam meus pensamentos, que desde aquele dia... Não conseguiam parar de rodear o mesmo assunto, meu pai é claro.

                - Depois do banho, suas programações irão ser atualizadas no tablet D.S.H – Josef ergueu a voz autoritário – E, boa sorte! – ele me fitou com mais importância que os demais.

                Eu não sabia o que significava tanto animo. Levantei-me e segui ate o banheiro logo depois de preparar minha roupa. Tomei banho, troquei-me e vi minha programação no tablet... Uma solicitação, o comandante Zero havia me convocado... Mas, por quê?

                O comandante Zero é líder de todo esse local, uma das bases da gigantesca rede que percorre o mundo todo, no nosso caso, essa base se localiza em Londres. Cada base possui um comandante vital cujo nome é Zero, seu nome verdadeiro é ocultado ate mesmo para os demais da organização, incluindo eu...

                                                                                X

                Já era 05h00min horas da manhã, o dia ainda permanecia bastante escuro e, uma neblina densa envolvia toda a base. Eu já estava pronto para a conversa que sem duvida iria ser bastante seria.

                Eu vestia uma calça jeans azul escuro, um tênis esportivo preto e cinza ótimos para os treinos e uma jaqueta azul escura com capuz.

                Depois de dez minutos de andança, já me localizava em frente ao ‘’perímetro zero’’, um vento frigido esvoaçou meus cabelos... Eu hesitei. O perímetro era mesmo grande, um portão de aço fundido me separava do comandante zero.

                - Olá! Posso ajudar? – um guarda que eu nem ao menos notara me indagou.

                - Acho que sim... Eu tenho uma convocação zero. Já deve estar atualizado.

                Ele se dirigiu ao seu espreito escritório a céu aberto e deslizou os dedos sobre os botões do teclado do PC.

                - Hm... A descrição esta certa... Pode entrar – o guarda disse me encarando com ignorância.

                Eu atravessei o grande portão e passei por um estreito corredor, ao fim havia uma entrada de portas duplas. No momento em que eu as abri, uma luz forte ofuscou meus olhos, uma sala imensa e luminosa era o que eu me deparava. Muitas pessoas trabalhavam em frente aos muitos computadores que se localizavam por toda a sala, enquanto outros andavam incessantemente por todo o espaço branco moderno e todo mobilhado de tecnologia de ponta, como computadores touch screen e hologramas realísticos.

                - Olá s.r... Jay – um secretario consultava seu tablet D.S.H – o s.r. Zero te espera, vamos. Siga-me rápido, afinal, ele não aprecia a arte da espera – ele soltou um breve sorriso de excitação.

                 Oque me espera eu não sei... Mas será sem duvida algo de extrema relevância, uma convocação tão direta assim, não é sempre que isso acontece. Mas agora só tenho a ouvir o que ele tem a dizer... Agora sei por que Josef me dirigia aquele olhar estranho.

Estou atravessando um corredor branco e observando tudo em volta com olhos indagadores. O secretario é mesmo veloz...

Continua...  

                       


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Notas finais do capítulo

Yoo! É isso U.U
espero que tenham gostado XD
ainda tem muito para acontecer, creio que o proximo capitulo será muito melhor U.U
ate+