A Nightmare escrita por nsilvac


Capítulo 3
O Aviso


Notas iniciais do capítulo

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Vi a cara de Seneca Crane de surpresa e isso me deixou feliz por dentro, como pra eles o Distrito 12 era um dos mais fracos, queria mostrar que não é exatamente o que eles pensavam. Manti meu rosto sério e guardei o arco. Voltei para a estação das facas para ir pro meu andar. Esperei junto com Peeta, Annie e Gale um bom tempo para podemos subir. Cato veio em nossa direção com os outros três de seu distrito.

– Meu mentor pediu pra eu fazer isso então... Eu sou o Cato, essa é a Clove – apontou para uma menina mais baixa que eu, com cabelos e olhos pretos, seu rosto me dava medo. – essa é a Glimmer – uma garota loira de olhos azuis apareceu de trás dele. – e esse é o Marvel. – um garoto um pouco mais baixo que Cato e moreno.

– Não fazemos questão disso bonitão. – disse Annie dando risada. – Mas mesmo assim. Esse é o Peeta – empurrou Peeta para frente. – Esse é o Gale. – nunca tinha reparado, mas Gale era extremamente alto, o mais alto de todos os tributos pelo que parecia. – e essa é a Kat...

– Katniss – interrompeu Cato. – A bonitinha aí eu já conheço.

– Bonitinha? – a raiva tomou conta de mim e avancei nele. – Quem você acha que é bonitinha? Quem? – Peeta me puxou pelo braço só com uma mão.

Effie apareceu na porta para nos buscar.

– Mas é só eu atrasar um minuto a mais e você arruma uma briga? – Effie se aproximou e me puxou para perto. – Isso não é bom Katniss, não dê bola para eles.

– Desculpa, mas ele me irrita.

– Dessa vez eu vou deixar passar. – disse ela arrumando minha trança. – Mas agora vamos que você tem um encontro com Cinna. Peeta, Gale, Annie, vamos. – Effie gritou para eles que estavam mais longe.

Entrei no meu quarto e sentei na cama, como Effie disse pra eu não tirar a roupa, fiquei do jeito que estava. Os minutos demoravam para passar enquanto Cinna não chegava. Até que ele chegou com uma arara cheia de vestidos de todos os tipos.

– Podemos começar? – perguntou ele.

– Podemos. – sorri.

– Deixa eu te apresentar a nossa equipe de preparação. Flavius, Vênia e Octavia. – três figuras apareceram ambos com roupas esquisitas e tatuagens no rosto.

– Olá querida! Você tem uma pele perfeita para trabalhar! – disse Flavius.

– Sim, olhe esses olhos! – Vênia pegou em meu queixo.

– Divina! Simplesmente divina. – disse Octavia me olhando dos pés até o último fio de cabelo. – Temos que dar uma melhorada, como fazer suas sobrancelhas e dar um jeito nessas unhas, mas isso é simples.

Fui para o banheiro seguindo as ordens de Cinna. Tomei um banho e sai de toalha.

– Ótimo, temos que tirar suas medidas. - Vênia passava a fita métrica em meu busto, cintura, quadril e pernas enquanto Flavius anotava os números que ela falava.

Octavia me sentou numa cadeira para tirar minha sobrancelha enquanto Vênia fazia minhas unhas.

– Pronta! Está ainda mais bonita que antes. – disse Cinna.

– Obrigada. – senti minhas bochechas ficarem quentes. Eu tinha que parar com aquilo. Eu podia falar que não estava com vergonha, mas minhas bochechas me entregavam.

– Por hoje é só, nos vemos amanhã. – Cinna e a equipe de preparação arrumaram a bagunça no quarto.

– Até amanhã então. – dei um sorriso enquanto todos eles vieram me dar beijos de despedida no rosto.

Olhei na janela e vi que já é noite. Coloquei uma das roupas de andar em casa do Cinna. Sai do quarto e ninguém estava no andar, resolvi passear pelo prédio. Desci até o térreo e sentei no sofá da recepção. Um garoto de mais ou menos 20 anos, alto, olhos verdes, bem musculoso e muito bonito parou na minha frente.

– Eai 12, posso me sentar aqui ou vai me bater? – perguntou dando risada.

– Pode sentar. – retribui com um sorriso.

– Eu sou o Finnick, Distrito 4. – ele estendeu a mão.

– Oi 4, eu sou a Katniss. – apertei sua mão.

– É, eu conheço seu amigo, o loiro que não me lembro do nome.

– Peeta. O nome dele é Peeta.

– Já sabe do seu novo apelido por aqui?

– Apelido? Não estou sabendo de nenhum. – a raiva apareceu e imaginei que quem criou o apelido foi o insuportável do 2.

– Garota quente. – ele deu uma gargalhada. – Combina com você.

– Combina? Por quê? Quem me deu esse apelido? Foi o idiota do 2, não foi? – me levantei do sofá.

– Calma aí, garota quente. Não foi ele não, fui eu. – disse ele me acalmando.

– Por que você fez isso? – perguntei me sentando de novo no sofá.

– Pelo modo que você atacou o idiota do 2 no centro de treinamento. Foi demais.

– Ele me provocou. – disse lembrando da cena.

– Os carreiristas são assim, até as meninas do distrito deles são iguais.

– Eles parecem mesmo. A Clove me dá medo. – comecei a rir.

– Pensei que ela só assustava a mim... Mais uma pro grupo. – Finnick gargalhou.

– Tenho que ir agora, foi um prazer falar com você Finnick.

– Igualmente garota quente. – ele deu um sorriso torto.

Entrei no elevador imaginando como consegui achar um tributo tão diferente. Finnick realmente foi muito legal comigo. Subi para o meu andar e vi que tinha alguém no terraço da sala. Peeta, apoiado no muro que divide nosso andar com um campo de força – eles colocaram para nenhum tributo tentar se matar – olhando para a Capital. Fui até o lado de fora e o observei por um tempo.

– Está tudo bem? – perguntei chegando mais perto.

– Está sim, só estou pensando na vida. – ele abaixou a cabeça.

– Não, você não está bem, me conta o que aconteceu. – cheguei mais perto pegando em sua mão.

– Katniss, não quero falar agora, pode ser? – disse soltando minha mão, percebi que seu rosto estava molhado. Ele sumiu no escuro e foi para seu quarto.

Estava preocupada. Afinal, não sei porque Peeta estava me tratando daquele jeito. Não me lembro de nada que fiz pra ele. Fiquei mais um tempo sentada na sacada olhando a Capital. Voltei para meu quarto e me deitei. Nada me tirava da cabeça a pergunta de por que Peeta me tratou daquele jeito. Me levantei da cama e fui até o quarto dele. Bati na porta e ele não abriu.

– Peeta, abre a porta! – disse dando socos na porta. Silêncio e mais silêncio se seguiu e eu resolvi voltar para meu quarto. No meio do caminho escutei a porta do quarto de Peeta abrindo e ele parando no corredor.

– O que você quer Katniss? – ele passou a mão no pescoço e encarou o chão.

– Agora você quer conversar? Enquanto eu estava me esgoelando pra você abrir a porta você não falou nada. – olhei com cara séria, ele estava sem camisa, mostrando seus músculos bem definidos. Continuei seguindo o corredor.

– Espera. – ele me pegou pelo braço

– Olha, a gente se fala amanhã quando você estiver menos estressado. – disse soltando meu braço e voltando para meu quarto.

Fechei a porta e enterrei meu rosto no travesseiro. Acordei de manhã bem cedo. Me levantei e todos ainda estavam dormindo. Fui para a sacada e fiquei sentada lá por um bom tempo. A cada dia mais perto do Massacre, a Capital ficava mais movimentada e barulhenta.

– Bom dia queridinha, caiu da cama? – perguntou Haymitch abrindo a geladeira.

– Só acordei um pouco mais cedo hoje.

– Ótimo, no treinamento individual você vai estar acabada. – ele riu da minha cara.

– Treinamento individual? – um certo medo começou a aparecer.

– Você vai entender quando todos tiverem acordados. – ele foi para a sala e sentou no sofá com um copo na mão. Me sentei próximo a ele e liguei a TV esperando os outros acordarem.


Enfim todos sentados na mesa.

– Ok, vocês podem fazer silêncio um minuto? – disse Haymitch se levantando da mesa. – Hoje vocês terão o último treinamento que vai ser o individual. Cada um de vocês terá no máximo 30 minutos para mostrar suas habilidades. Os Idealizadores darão as notas que passará essa tarde na TV. Vocês têm que estar bem confiantes e a única dica que posso dar a vocês – Haymitch respirou fundo e se apoiou na mesa encarando cada um de nós. – Não demonstrem medo.

O nosso andar estava muito silencioso e tenso. Vi Peeta passar na frente do sofá em que estava sentada, com cara de noite mal dormida e olhos inchados. Fui atrás dele.

– Está menos estressado? Ou ainda vai me evitar? – perguntei acompanhando ele.

–Vamos conversar. – ele apontou para dentro de seu quarto.

– Pode falar. – sentei em sua cama.

– Quero te pedir desculpas pelo que aconteceu ontem, eu fui estúpido mesmo.

– Fala logo. – tentei revidar o que ele fez ontem. – Porque não tenho todo tempo do mundo.

Ele demorou um pouco para falar e vi que seu rosto ficou diferente. Uma expressão triste.

– Minha mãe morreu Katniss. Morreu num acidente na padaria. – uma lágrima escorreu por suas bochechas.



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Notas finais do capítulo

Outra fic com Myprerrogative: http://www.fanfiction.com.br/historia/249857/You_Got_Me



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