A frase ecoou na minha cabeça por um bom tempo, saboreei a palavra que iria sair da minha boca e respirei fundo.

– Sim. – respondi abrindo um sorriso.

– E você aceita Annie Cresta como sua esposa? – o homem perguntou olhando para Finnick.

– Sim. – ele respondeu sem demora.

Trocamos as alianças e assinamos uns papéis que certificava que estávamos nos casando.

– Agora podem se beijar.

Finnick veio até mim, colocou uma mão no meu pescoço e a outra na minha cintura, me puxando pra perto. Chegou mais perto, encostou sua testa na minha e me olhou nos olhos por um tempo até que pressionou seus lábios nos meus enquanto eu entreabri a boca para dar passagem para sua língua. O beijo foi calmo e apaixonado, nossas línguas exploravam a boca um do outro com calma, como se quisesse memorizar cada canto. Eu mordia seu lábio inferior e Finnick dava leves chupões em meus lábios. Paramos o beijo e demos mais um selinho estralado. Nos viramos para frente e vi todas as pessoas que estavam lá. Muita gente eu não conhecia, mas pouco me importava. Ergui o buquê de rosas vermelhas no alto e então saímos do altar. A festa estava linda, estava sol, tinham muitas pessoas, todas estavam se divertindo. Durante a festa, foram tantos parabéns e elogios como “Você está linda!” ou “Parabéns!” e até “Vai aproveitar a lua de mel hein Finn?” vindo dos amigos do Finnick que fiquei até tonta. Katniss veio falar comigo, após expulsar delicadamente algumas pessoas.

– Mana você tá maravilhosa! O Cinna caprichou neste vestido! – Katniss gargalhou e me abraçou. – Parabéns Finn! – disse Katniss o abraçando.

– Valeu Kat... – disse ele sorrindo.

– Parabéns sua chata. – disse Johanna. Não me contive e abracei-a. – Me solta! – disse ela me tirando do abraço

– Obrigada... Nem acredito nisso!

– Tá gatona! – disse Peeta se aproximando com Cato.

– Como é que é? – Finnick perguntou cruzando os braços na frente do peito.

– Tá linda Senhora Odair. – brincou Peeta estendendo a mão para Annie. Todos riram. “Senhora Odair” dá pra acreditar? Eu ia ter que me acostumar com isso e era estranho, mas eu gostava... Gostava muito.

Pensei que aquele Massacre Maldito não poderia me trazer nada de bom, que seria pior que os Jogos ou que eu morreria em plena arena e até que perderia meus amigos... Mas deu tudo certo! Não aguentei e dei um abraço em Katniss. Estava muito emocionada com a ocasião e enquanto a abraçava, os acontecimentos iam voltando na minha mente, eu estava quase chorando. Um misto de felicidade e alívio, por ter tudo saído bem. Até demais. Estava tudo perfeito. Eu e Finnick nos sentamos na mesa que estava reservada para os noivos. O jantar que foi servido estava maravilhoso. Estava tudo ótimo.

– Pessoal, tenho um recado importante! – Katniss levantou da cadeira batendo com um talher numa taça de cristal, querendo chamar a atenção dos convidados, embora não precisasse disso, já que falava alto. - Gostaria de fazer um pronunciamento, nesta ocasião tão especial, em nome da família Everdeen: Finnick seja bem-vindo! – ela sorriu. - Sei que a ama e não vai magoá-la, mas caso isso ocorra, eu tenho um arco e várias flechas guardadas em casa e eu sei mexer com facas também, então, nem tente. – disse ela olhando séria para Finnick.

– Essa é a minha garota! – gritou Peeta rindo junto com os outros.

– Espero que os dois sejam felizes e eu já estou muito só de saber que ela tem um companheiro especial. – vi Katniss começando a ficar emocionada. - Pronto, chega de sentimentalismo, vamos voltar para a festa! - os convidados aplaudiram e fiquei emocionada novamente... Como o casamento me deixou chorona!

Continuei sentada com Finnick e mais pessoas vinham nos cumprimentar e dar felicidades. As pessoas pararam de vir e começaram a ir dançar.

– Você tá linda. – disse Finnick pegando minha mão que estava apoiada em uma das suas pernas

– Você também. – me aproximei dele e dei um selinho estralado.

– Vem, vamos. – ele se levantou me puxando pela mão.

– Aonde? – perguntei enquanto ele me puxava.

– Dançar. – ele disse divertido.

Finnick me pegou pelas mãos e começamos a dançar. Tocava uma musica agitada e todos estavam dançando, Peeta e Katniss, Cato e Johanna até mesmo Haymitch e Effie. O ritmo da música foi acalmando, Finnick me pegou pela cintura e apoiei a cabeça em seu ombro. Ficamos dançando por um tempo até eu começar a sentir meus pés doerem por causa da sandália. A festa chegou ao fim e estava na hora de partir. Eu e Finnick íamos para o Caribe. Subi para o quarto que antes tinha colocado o vestido para pegar minhas malas e trocar de roupa. Katniss e Johanna subiram comigo para me ajudarem com os últimos preparativos. Coloquei uma saia e uma blusinha confortáveis, pois vamos pegar avião e carro. Estava tudo pronto, vesti a sapatilha e elas me ajudaram a descer com as malas para o carro. Me despedi dos meus pais, Cato, Johanna, Peeta e Katniss.

– Aproveita. – Katniss me abraçou. – E quero saber das novidades. – ela deu uma piscadinha antes de eu entrar no carro.

Sentei na parte de trás com Finnick, o motorista vai nos levar até o aeroporto. Peguei sua mão e encostei minha cabeça no seu ombro. Um nervoso começou a crescer dentro de mim e não pude controlar minhas pernas que balançavam sem parar. Olhei pela janela de trás enquanto o carro andava as pessoas ficando longe e então saímos pelos portões da casa. Seguimos a estrada até o aeroporto que logo chegamos. Estava vazio pela hora da noite, mas tinha uma fila para onde íamos. Finnick me deixou sentada num dos bancos enquanto ele foi fazer o check-in. Logo ele estava de volta. Seguimos para a sala de espera antes de pegar o avião e embarcamos. Sentei perto da janela e encostei no ombro de Finnick. Eu estava cansada, a festa me deixou exausta. Senti um frio na barriga quando o avião decolou e então me apaguei. Acordei com o sol batendo no meu rosto, fechei a cortina da janela e vi Finnick com fones enormes envolta da cabeça cantando baixinho. Sai de seus braços e fui até o banheiro. Me olhei no espelho e estava descabelada. Me arrumei e voltei ao meu lugar. Tirei os fones de Finnick e o beijei.

– Não vi que você tinha acordado. – disse ele grudando seu rosto no meu.

– Eu fui até no banheiro.

Ele riu e eu senti sua respiração quente bater no meu rosto.

– Atenção passageiros, chegamos ao local de destino, peço que coloquem seus cintos, vamos pousar. – a aeromoça disse na frente dos nossos acentos.

************

De volta a outro carro, já era tarde e ainda não tínhamos chegado. Me encostei no vidro da janela do carro impaciente.

– Chegamos. – disse o motorista.

– Já? – o frio na minha barriga começou a crescer, pensando melhor, queria que tivesse demorado mais.

– Sim... Algum problema? – Finnick saiu do carro abrindo a porta e me ajudando a sair.

– Nenhum. – menti.

– Você parece nervosa. – disse ele me puxando para andar.

– Mas não estou. – tentei ser convincente. – O que é isso? – perguntei quando paramos na frente do que parecia ser um prédio em alto mar.

– É um iate. – Finnick não estava nem um pouco nervoso.

Entramos e um homem começou a pilotar aquela... Coisa. O que quer que fosse aquilo, era enorme. Tinham algumas almofadas na parte de fora, onde me sentei com Finnick.

– Tá vendo aquilo? – ele apontou para um lugar onde só pude ver algumas luzes bem fracas.

– Sim. O que é? – perguntei espremendo os olhos para enxergar melhor.

– É a Ilha Anguila e aquela é a nossa casa. – ele sorriu. Fomos chegando mais perto e fui vendo o tamanho daquela casa. Paramos na praia e descemos do iate. O motorista levou nossas coisas para dentro da casa e entregou a chave para Finnick. - Se precisar de alguma coisa, tem telefone na sala. – disse o homem. - Obrigado. - Boa estadia. – o homem então se retirou do lugar. Olhei para Finnick que sorriu malicioso. O nervoso agora fazia parte do meu ser. Minha respiração estava ficando rápida e meu coração parecia querer sair do meio peito ali. Ele me puxou para perto e não esperou mais um minuto, começou a me abraçar beijando meu pescoço, me virei para ele e o dei um beijo selvagem. Nossas línguas exploravam toda nossa boca e nós mordíamos os lábios um do outro. Pulei no colo de Finnick e o mesmo me levou para o andar de cima. Ele empurrou a porta com as costas e eu sai de seu colo, mas sem parar de beijá-lo. Empurrei-o interrompendo o beijo fazendo-o cair na cama. Ele ficou apoiado pelos cotovelos me olhando. Sentei em seu colo e coloquei suas mãos na minha blusa. Finnick começou a desabotoar me deixando de sutiã branco. Me livrei da minha saia, jogando-a para algum lugar do quarto. Olhei para ele que me virou e deitou em cima de mim, beijando meus seios por cima do sutiã que ele logo tirou. Tirei sua camiseta preta e sua calça, deixando-o de cueca box preta. Ele passou seu peitoral nos meus seios me levando a loucura, beijou minha barriga, meu umbigo e mordeu a lateral do meu corpo. Finnick voltou a beijar minha barriga e colocou as mãos nas minhas coxas abrindo minhas pernas e beijando minha intimidade logo depois lambendo meu clitóris. - Oh Finnick... - gemi enquanto empurra sua cabeça para aminha intimidade.

– Oh Finnick eu vou... - meu corpo estremeceu e um liquido quente saiu de minha intimidade. Finnick sorriu malicioso.

– Agora é minha vez... - falou ele rouca no meu ouvido me fazendo arrepiar.

Fui com as mãos até sua cueca, tirando-a. Finnick abriu mais minhas pernas, enfiando seu membro com tudo em mim. Prendi minha respiração por um momento, mas quando ele fez movimento de vai e vem fui ao delírio.

– Mais forte...

Finnick estocou mais forte e mais rápido.

– Você gosta? - perguntou ele divertido.

– Adoro - sorri para ele.

Ele estocava mais rapido e mais forte me levando ao deliro. Finnick estremeceu e gozou dentro de mim. Ele deitou sobre mim, relaxando enquanto eu fazia carinho eu seu cabelo. Ficamos alguns minutos assim e Finnick saiu de dentro de mim, mas continuou em cima.

– Eu te amo Annie, você é linda e seus olhos me encantam. – disse Finnick tirando alguns fios de cabelo suados de meu rosto.

– Eu também te amo Finnick, muito.

Ele me beijou, mas dessa vez um beijo calmo e tranquilo. Finnick caiu do meu lado ofegante assim como eu, puxou o lençol e nos cobriu. Me aninhei em seu peito, ele começou a passar as mãos em meu cabelo e então adormecemos.

Acordei de manhã, mas não abri os olhos. Senti Finnick se mexer em baixo de mim, colocando minha cabeça no travesseiro e levantando da cama. Abri os olhos e ele vestia sua calça.

– Aonde você vai? – perguntei me sentando a cama enrolada no lençol.

– Fazer o café pra minha mulher. – ele disse dando ênfase no minha. – Bom dia. – ele se apoiou na cama me dando um beijo. – Vamos?

– Sim. – me levantei da cama e coloquei sua camisa

Fui com ele até a cozinha da casa e ele me preparou o típico pão do Distrito 4, verde com algas.

– Te amo, estou muito feliz mesmo tendo te encontrado na arena. – eu disse olhando para ele fazendo o pão.

– Eu não me arrependo de ter ido para aquela arena.

– Dessa vez eu não fiquei com trauma e sim louca de amor. – não sei o porquê de eu estar tão romântica, aquele casamento me mudou mesmo.

– Você é a mais forte de todas nós, você ganhou duas vezes. – ele se sentou ao meu lado.

– Eu só me sinto forte perto de você. – disse me aproximando para beijá-lo.